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Processo Te nO 2668/06

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO


-~ I
Administração Direta Municipal. Município de São José dos
Ramos. Prestação de Contas do Prefeito Antônio Azenildo de
Araújo Ramos. Exercício 2005. Parecer favorável à aprovação.
Declaração de atendimento parcial. Aplicação de multa
Comunicação ao INSS. Determinações à Auditoria.
Recomendações.

I PARECERPPLTC 4912008

RELAT6RIO

Cuidam os presentes autos da prestação de contas do Prefeito Municipal de São José dos
Ramos, Sr. Antônio Azenildo de Araújo Ramos, relativa ao exercício de 2005.
O município sob análise possui 4.974 habitantes e IDH 0,525, ocupando no cenário
nacional a posição 5.438 e no ~ posição 215". I
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_ João Pessoa

2004 2005
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3.950.050,08
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R$ 791,59
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R$ 5.227.835,26 R$
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1.047,66
Receita RTG
Despesa DTG R$ 3.812.723,72 R$ 764,07 R$ 5.101.798,87 R$ 1.022,40
Função Saúde R$ 820.260,56 R$ 164,38 R$ 1.184.618,35 R$ 237,40
Função Educação R$ 1.200.141,66 R$ 240,51 R$ 1.462.897,57 R$ 293,17
Função Administração R$ 558.512,82 R$ 111,93 R$ 701.842,68 R$ 140,65
Despesa com Pessoal R$ 1.837.352,68 R$ 368,21 R$ 2.131.170,86 R$ 427,09
Despesa Pessoal x DTG 48,19% 41,77%
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•••••.
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Aplicado R$ 373.702,28 R$ 74,89 R$ 619.243,74 R$ 124,10
Limite Mínimo R$ 392.723,25 R$ 78,70 R$ 495.327,76 R$ 99,26
Aplicado X Limite -4,84% 25,02%
...... ......
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Aplicação por Escola 1 R$ 1.200.141,66 1 R$ 1.462.897,57


Aplicação por Professor 59 R$ 20.341,38 62 R$ 23.595,12
Aplicação por Aluno(j 1.090 R$ 1.101,05 1.203 R$ 1.216,04
Indices
Alunos X Escola 1.090 1.203
Alunos X Professores 18 19
Mecli~ < .'

Aplicado
, R$ 89.384,81 R$ 17,91 R$ 89.483,96 R$ 17,931

Aplicado R$105.929,10 I R$ 88,05 R$ 93.275,36 I R$ 77,541


Fonte: IBGE - INEP - SAGRES - IDEME - PCA 2004 - PCA 2005

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Repito a mesma forma de apresentação do relatório, todavia com diferencial, fazendo o


comparativo dos exercícios de 2004 e 2005, de maneira que será possível avaliar as duas gestões com
maior abrangência.

o resgate de elementos das prestações de contas passadas se destina à montagem de um


cenário mais abrangente, de modo a propiciar o exame da gestão municipal, além dos aspectos formais,
legais e quantitativos, sob a ótica da qualidade, eficiência e eficácia da despesa.

Acrescento ainda, que neste relatório, fiz constar gráficos com dados referentes aos
exercícios de 2002 a 2005, que para o Relator, também, contribui com a melhoria da análise dos
resultados do exercício em julgamento.

Vencidas estas preliminares, destaco os aspectos relevantes extraídos da matriz de


indicadores construída com dados dos exercícios de 2004 e 2005.

A Receita Total Geral (RTG) e a Despesa Total Geral (DTG) apresentaram crescimento
em relação ao exercício anterior, de 32,35% e 33,81%%, índices reveladores de que o gasto por habitante
passou de R$ 764,07 em 2004, para 1.022,40 em 2005.

A Despesa com as funções Saúde, Educação e Administração apresentaram


crescimentos de 44,42%, 21,89% e 25,66%, respectivamente.

Na Função Educação (FED) a aplicação por aluno foi de R$ 1.216,04, contra R$


1.101,05 apurado no exercício anterior, indicando, portanto, um acréscimo de 10,44%. Vale destacar que
o número de alunos variou de 1.090 para 1203, acrescentadas, portanto, 113 matriculas no presente
exercício. Registro que nos dados consultados do SAGRES há o registro da existência de apenas uma
única escola no município, o que me parece não condizer com a real situação da rede de ensino do
município.

Registra-se, na Despesa de Pessoal (DEP) acrescimo de 15,99%, no entanto, se


comparada com a Despesa Total Geral (DTG) o índice é de 41,77 % contra os 48,19% observado no
exercício anterior.

o gasto per capta em Ações e Serviços Públicos de Saúde (SPP) foi de R$ 124,10
contra R$ 74,89 observado no exercício anterior, registrando, assim, um aumento de 65,70%.

Referente aos gastos com Medicamentos (MED) e Merenda Escolar (MES),


constatam-se registros de R$ 89.483,96 e R$ 93.275,36, respectivamente, estes números revelam que os
gastos com medicamentos se mantiveram praticamente idênticos aos valores de 2004 e os gastos com
Merenda Escolar reduziram em 11,95% (em 2004, utilizando-se a mesma base, os gastos foram de R$
89.384,81 e R$ 105.929,10, respectivamente).

Por fim, ressalto que os dados apresentados, ainda não permitem refletir com precisão o
enfoque da administração sob o aspecto da qualidade, eficiência e eficácia da gestão, diante das políticas
públicas implementadas, no entanto, é uma tentativa de se criar, para exercícios vindouros, indicadores
parametrizados de modo a possibilitar a este Tribunal a criação de critérios de qualidade e eficácia na
avaliação das prestações de contas anuais.

Passo, agora, a destacar os principais aspectos apontados pela Unidade Técnica desta

)
Corte, com base nas informações colhidas, da documentação encartada aos presentes autos e da defesa

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apresentada, contidas no relatório técnico de fls. 528/536, 637/647, 1456/1466, 1487/1488 e 1598
evidenciando os seguintes aspectos:

1. Sobre a Gestão Fiscal

1.1. Não atendimento aos preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal, no que conceme a:
a) Manutenção do equilíbrio entre receitas e despesas (item 8.1);
b) Montante da dívida consolidada, concessões de garantias, operações de créditos (item 4.4.1 );
c) Destinação dos recursos obtidos com a alienação de ativos (item 8.5);
d) Correta elaboração de RGF encaminhados para este Tribunal (item 8.7.1).
e) Compatibilidade de informações entre o RGF e a PCA (item 8.7.1);

2. Quanto à Gestão Geral:

1. A prestação de contas foi apresentada dentro do prazo e instruída com todos os documentos
exigidos;
2. A Lei Orçamentária Anual (LOA) n" 161 de 31/12/2004 estimou a receita e fixou a despesa em
R$ 4.071.471,00, bem como autorizou a abertura créditos adicionais suplementares no mesmo
valor;
3. As Leis nOs165, 167, 170, 171, 174, 176, 177, 185, 186e 187, autorizaram a abertura de créditos
adicionais especiais, no valor de R$ 793.542,40, tendo sido abertos créditos no valor de R$
455.642,40;
4. A Receita Orçamentária Arrecadada, no valor de 4.835.136,33, foi 18,75% superior à sua
previsão e a Despesa Total Orçamentária Realizada, que importou em R$ 4.915.839,94 foi
34,26% superior à realizada no exercício anterior'.
5. As despesas condicionadas ou legalmente limitadas comportaram-se da seguinte forma:
5.1.1. Despesas com Pessoal representando 55,67% da Receita Corrente Líquida"; demonstrando
aceleração na tendência de crescimento desta despesa.

APLICAÇÃO PESSOAL

-Umite -Umite Aplicação com Obrigações Patronais

64,00%

60,00%

--- ---
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•..::sc 56,00% 5567%

Q)

~ 52,00%
Q)
51,30% 51:&7%
O- ~n_ 1!W:--
48,00%

44,00%

2002 2003 2004 2005


Exercícios

I VidevaloresdasReceitase Despesasno QDI,às fls. 529.


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5.2. Aplicação de 27,86% da receita de impostos e transferência na Manutenção e


Desenvolvimento do Ensino (MDE), mantendo as aplicações acima dos 25% conforme se
verifica nos exercícios anteriores.

APLICAÇÃO MANUT. DESENV. DO ENSINO

1 - Limite -- Aplicado I

35,00%
2903% 30~2% 2853%

fi)
30,00%
- 27,86%

-
25,00%
Oi
~ 20,00%
c:
cu
cu
e 15,00%

a. 10,00%

5,00%

0,00%

2002 2003 2004 2005


Exercícios

5.3. Os gastos com Ações e Serviços Públicos de Saúde atingiram o percentual de 18,75% da
receita de impostos e transferências, portanto, acima do estabelecido no art. 77, inciso I1I, §
1° do ADCT, merecendo destaque que as aplicações neste setor de 2002 até o exercício em
análise, mais do que duplicaram, não se tendo porem dados para aferir se houve ou não
melhoria na prestação do serviço.

APLICAÇÃO AÇÕES E SERVo PÚB. DE SAÚDE

1 - Limite •..•.• Aplicado I

21,00%
.-.18,75%
18,00% 15,QJl% ___
fi) ~
Oi
~
C

~
~
15,00%

12,00%

9,00%

6,00%
10,20%

8,79°1õ
.... - 12,89%
11,80%
14,39%
15,00%

3,00%

0,00%

2002 2003 2004 2005


Exercícios

de pessoal M gastos com obrigações patronais devidas, MO co~ por


, Despesa com pessoal do Poder Executivo: 51,710/. Poder Legislativo: 3,9... %, foram incluidos no
6.

fl0fj ~ tOj.. : despesa


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5.4. Destinação de 62,83% dos recursos do FUNDEF na remuneração e valorização dos


profissionais do Magistério, satisfazendo, desse modo, a exigência do art. 70 da Lei
9.424/96, no entanto, comparando-se a evolução dos 2 últimos exercício nota-se uma curva
descendente para o limite dos 60%.

APLICAÇÃO VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO

I - Limite -- Aplicado I
69,00%

66,00%
li)

-
Oi
:I 63,00%
c::
Q)
~
Q)
a.
60,00%
60,71%
62,83%

57,00%

54,00%

2002 2003 2004 2005


Exercícios

o Município transferiu para o FUNDEF a importância de R$ 472.606,72 , tendo recebido


deste fundo a importância de R$ 815.769,62, resultando em um superávit de R$ 343.162,90.

APLICAÇÃO FUNDEF

1-Transferido - Recebido I
1.000.000

..,815.770
800.000
»>

~
li)
eo 600.000

400.000
461.066 ___ -
577.075~

378.998
.•••472.607

337.507
200.000

2003 2004 2005


Exercícios
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6. Sobre os balanços e dívida municipal foi observado:


6.1. O balanço orçamentário apresentou um déficit equivalente a 1,67% da receita
orçamentária arrecadada;
6.2. O balanço financeiro apresenta saldo para o exercício seguinte de R$ 493.469,32,
distribuídos entre Caixa, Bancos, Instituto de Previdência e Câmara, nas proporções de 5%,
40%, 54%e 1%.
6.3. O balanço patrimonial apresenta superávit financeiro no valor de R$ 240.837,30;
6.4. A dívida municipal, no final do exercício, importou em R$ 253.723,89, correspondentes a
5,25% da receita orçamentária total arrecadada, representando um acréscimo de 440,02%
em relação ao exercício anterior'.
7. A ausência de licitação detectada, decorrente de aquisição de combustíveis, no total de R$
111.673,95 foi esclarecida após apresentação da defesa. Assim, as licitações ocorreram dentro da
previsão legal;
8. O município recebeu, durante o exercício, recursos de convênios federais no valor de R$
302.182,28.
9. A remuneração dos agentes políticos manteve-se dentro dos limites legais, todavia, foi observado
que o subsídio desses agentes foi fixado através do Decreto Legislativo e não através de Lei.
10. Os dispêndios com obras públicas totalizam R$ 596.565,244 os quais representaram 12,14% da
Despesa Orçamentária Total (DOT).
11. Os Repasses ao Poder Legislativo representaram 7,99% das receitas de impostos e transferências
do exercício anterior.

IH - O órgão de instrução, em seu relatório preliminar, constatou diversas irregularidades, e


após análise da defesa, ainda persistiram as seguintes:

1. Despesas do exercício de 2005, no valor de R$ 27.328,72, as quais foram empenhadas e


pagas em 2006, ferindo o princípio da competência das despesas e contribuindo para que os
demonstrativos contábeis não espelhem a realidade (item 3.2.3);

2. Pagamento a prestadores de serviços no valor de R$ 504.022,805, sem a retenção do ISSQN


(item 3.2.4, fls. 1460);

3. Diferença no saldo anterior do Balanço Financeiro, a menor em R$ 2.887.50, que também


provoca impactos no saldo para o exercício seguinte (item 4.2.1);

4. Saldo constante no Balanço Financeiro sem comprovação e/ou divergente do expresso em


extrato bancário no valor de R$ 83.986,78 (item 4.2.2);

5. Inexistência de contrato de parcelamento do INSS nos demonstrativos de dívida e existência,


porém, de débitos em conta bancária deste parcelamento (item 4.4.1);

6. Inexistência de contrato de parcelamento com a SAELPA nos demonstrativos de dívida e


existência, porém, de pagamentos (item 4.4.1);

3 Contribuíram para o aumento da dívida flutuante: Inscrição em Restos a Pagar: R$ 177.119,81; Consignações
/INSS, aumento de R$ 30.945,88, com relação ao exercício de 2004;
4 Dos gastos com obras e serviços de engenharia da prestação de contas em exame foi inspecionada uma
amostragem de obras, no total de R$ 396.928,05, que corresponde a 80,23% da despesa, tendo sido as obras julgadas
regulares pela 2a Câmara deste Tribunal através do Processo 04638/06 (AcórdãoAC2 TC 0823/06, fls 88/89);
5 A defesa apresentou docwnentos referentes a alguns depósitos de ISSQN, todavia, nem toda a documentação fo\
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7. Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial não espelham a realidade (item 4.5);

8. Contabilização a menor em R$ 4.020,006 de alienação de veículos através de processo


licita tório (item 5.1.3);

9. O subsídio de Agentes Políticos fixado através de Decreto Legislativo (item 6.1);

10. Campanha anti-econômica para o IPTU, com custo de R$ 1.020,00 para urna arrecadação de
R$ 3.306,82 (item 11.2);

11. Retenção a menor das contribuições previdenciárias dos empregados para o Instituto de
Previdência Própria (item 11.3);

12. Não transferência de contribuição previdenciária, parte empregador, para o Regime de


Previdência Própria (item 11.4);

13. Não recolhimento de contribuições previdenciárias ao INSS, parte empregador (item 11.4);

14. Não repasse tempestivo da contribuição previdenciária INSS retida (item 11.5);

Diante do alto valor divergente constatado pelo órgão técnico entre o Balanço Financeiro e
os comprovantes bancários que instruem os autos, no montante de R$ 83.986,78, e considerando a
informação do defendente da dificuldade de obtenção dos referidos extratos bancários, o relator
oficiou o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste. Todavia, foram encaminhados somente os extratos
da conta do Banco do Brasil, que da sua análise o órgão de instrução emitiu novo relatório, de fls.
1487/1488, reduzindo o valor carente de comprovação (irregularidade n° 01) para R$ 22.994,07.

Submetidos os autos ao Órgão Ministerial este, após considerações, opinou, em síntese,


por:

1. Declaração de atendimento parcial dos requisitos da LRF;


2. Emissão de parecer contrário à aprovação das contas de gestão;
3. Cominação de multa prevista no artigo 56, 11 da LOTCEIPB ao ex-gestor por das
irregularidades constatadas, as quais traduzem grave infração aos preceitos e disposições
constitucionais e legais;
4. Recomendação à atual gestão da adoção de medidas visando a evitar todas as irregularidades e
infrações à Constituição, à Lei 4.320/64, às Resoluções deste Tribunal, à Lei de Responsabilidade
Fiscal aqui examinadas e, quanto à gestão geral, envidar esforços para não incorrer nas mesmas
irregularidades aqui examinadas;
5. Remessa de cópia dos presentes ao Ministério Público Comum para fins de análise dos indícios
de cometimento de atos de improbidade administrativa pelo Sr. Antônio Azenildo de Araújo
Ramos;

6 A defesa informa que houve erro contábil, tendo sido solicitado correção dos registros junto à ASTEC (fls. 1275),
todavia, o órgão de instrução apurou que não houve erro, os valores registrados na conta Cota -Parte do Fund~
Especial do Petróleo - FEP, em julho /2005 estão d acordo c o crédito constante no extrato bancário às fls. 572. \
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Dados estes que só dificultam o entendimento preciso acerca do efetivo valor declarado e
recolhido junto ao INSS. Por outro lado revelam que os recolhimentos estão sendo feitos, não
cabendo ao Tribunal auditar se os valores efetivamente recolhidos estão ou não de acordo com o
pacto celebrado entre a Prefeitura e o INSS, cabendo comunicação ao órgão competente acerca
dos levantamentos feitos pelo órgão de instrução.

No que conceme à retenção a menor das contribuições previdenciárias dos empregados


para o Instituto de Previdência Própria e não transferência de contribuição previdenciária, parte
empregador, entendo que cabe aplicação de multa, visto que têm o potencial de causar danos
(irregularidades dos itens 11 e 12).

Quanto às demais irregularidades verificadas, entendo que cabe recomendação ao gestor a


adoção de medidas com vistas a não repetir as irregularidades apontadas no relatório da unidade técnica
deste Tribunal, precisamente atenção quanto ao registro contábil dos eventos efetivamente ocorridos na
gestão (irregularidades dos itens 1, 2, 3, 5,6, 7, 9, elO)

Por todo o exposto, voto no sentido de que este Egrégio Tribunal:

3. Emita e encaminhe à Câmara Municipal de São José dos Ramos parecer favorável a aprovação
das contas do Prefeito, Sr. Antônio Azenildo de Araújo Ramos, relativas ao exercício de 2005;
4. Declare que o chefe do Poder Executivo do Município de São José dos Ramos, no exercício de
2005, atendeu parcialmente às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal;
5. Aplique multa pessoal ao Prefeito, Sr. Antônio Azenildo de Araújo Ramos, no valor de R$
2.805,10 (Dois mil, oitocentos e cinco reais e dez centavos), por infração a normas legais, com
fundamento no art. 56 da Lei Complementar n" 18/93, assinando-lhe o prazo de sessenta (60)
dias, a contar da data da publicação da presente decisão, para efetuar o recolhimento ao Tesouro
Estadual, à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, a que alude o
art. 269 da Constituição do Estado, a importância relativa à multa, cabendo ação a ser impetrada
pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), em caso do não recolhimento voluntário devendo-se
dar a intervenção do Ministério Público, na hipótese de omissão da PGE, nos termos do § 4° do
art. 71 da Constituição Estadual;
6. Comunique ao INSS os fatos apurados pelo órgão de instrução em face de suas
atribuições legais para as providências que julgar pertinente;
7. Determine à Auditoria, que, na ocasião da análise das contas relativas ao exercício de
2006, realize um levantamento mais detalhado acerca de todos os valores declarados e
recolhidos ao INSS, de forma a consolidar todas informações sobre este aspecto;
8. Recomende a atual administração à adoção de medidas com vistas a não repetir as
irregularidades apontadas no relatório da unidade técnica deste Tribunal.

É como voto.

DECISÃO DO TRIBUNAL

o TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAÍBA, usando da competência que lhe é conferida


pelo art. 13, § 2°, da Constituição do Estado e art. 1°, IV, da Lei Complementar n." 18/93, à unanimidade,
na sessão plenária realizada nesta data, acolhendo o voto do Exmo. Sr. Conselheiro Relator,
DECIDE:

a
1. Emitir e encaminhar à Câmara Municipal de São José dos Ramos parecer favorável à
apro~ação das contas do Prefeito, Sr. Antênio Azenildo de Ara~o Ramos, relativas); 0--..
exercício de 2005. ;//. IA'
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te nO 2668/06
2. Declarar que o chefe do Poder Executivo do Município de São José dos Ramos, no exercício de
2005, atendeu parcialmente às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal;
3. Aplicar multa pessoal ao Prefeito, Sr. Antônio Azenildo de Araújo Ramos, no valor de R$
2.805,10 (Dois mil, oitocentos e cinco reais e dez centavos), por infração a normas legais, com
fundamento no art. 56 da Lei Complementar n" 18/93, assinando-lhe o prazo de sessenta (60)
dias, a contar da data da publicação da presente decisão, para efetuar o recolhimento ao Tesouro
Estadual, à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, a que alude o
art. 269 da Constituição do Estado, a importância relativa à multa, cabendo ação a ser impetrada
pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), em caso do não recolhimento voluntário devendo-se
dar a intervenção do Ministério Público, na hipótese de omissão da PGE, nos termos do § 4° do
art. 71 da Constituição Estadual;
4. Comunicar ao INSS os fatos apurados pelo órgão de instrução em face de suas
atribuições legais para as providências que julgar pertinente;
5. Determinar à Auditoria que, na ocasião da análise das contas relativas ao exercício de
2006, realize um levantamento mais detalhado acerca de todos os valores declarados e
recolhidos ao INSS, de forma a consolidar todas informações sobre este aspecto;
6. Recomendar a atual administração à adoção de medidas com vistas a não repetir as
irregularidades apontadas no relatório da unidade técnica deste Tribunal.

Publique-se, registre-se e
PLENÁRIO MINISTRO JO - )-) de abril de 2008.

Santos
...--'

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