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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo Te N o 02384/07
Prestação de Contas Anuais da
Câmara Municipal de Ingá.
Julgamento regular. Atendimento
parcial às disposições da LRF

ACÓRDÃO APL Te I ,)-'7::[ ~

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos do Processo TC N° 02384/07, referente a


Prestação de Contas da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Ingá, exercício de 2006, de
responsabilidade do senhor Jorge Silvino de Sales, ACORDAM os integrantes do Tribunal de
Contas do Estado da Paraíba, à unanimidade, em sessão plenária hoje realizada, em julgar
regular a prestação de contas em referência, declarando o atendimento integral às disposições
da Lei de Responsabilidade Fiscal, por parte do Chefe do Poder Legislativo Municipal de Ingá.
Assim decidem, tendo em vista que as falhas que poderiam levar à irregularidade das
contas foram elididas durante o transcorrer da instrução do processo.
Os gastos totais com o Poder Legislativo superaram o limite em apenas R$ 4.331,78,
podendo a falha ser relevada.
A Auditoria entendeu que, alto custo, houve desrespeito ao princípio da economicidade,
na locação de um veículo, vez que, com os valores despendidos em dois anos (R$ 31.500,00),
daria para adquirir um carro da mesma especificação. Não foram apresentados parâmetros que
levem a considerar elevado tal gasto, com indício de irregularidade. Não existe qualquer
denúncia quanto a estas despesas, e, em nenhum momento, a unidade técnica de instrução
apontou sobre-preço nos valores pagos ou que os serviços não tenham sido realizados. Não se
pode imputar débito ao gestor de todo o valor pago, como quer a Auditoria, com fundamento no
princípio da economicidade, pois não foi comprovada nenhuma malversação de recursos. Por
outro lado, no que tange à falta de comprovação das despesas, o interessado apresentou os
documentos inicialmente reclamados pelo órgão técnico.

Publique-se e cumpra-se.
TC - Plenário Min. João Agripino, e c--vc de 2008.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo Te N o 02384/07

RELATÓRIO

o presente processo trata da Prestação de Contas Anual da Mesa Diretora da Câmara


Municipal de Ingá, de responsabilidade do senhor Jorge Silvino de Sales, relativa ao exercício
de 2006.
Do exame preliminar, procedido pelo órgão de instrução, destacaram-se os seguintes
aspectos:
1. a Prestação de Contas foi encaminhada no prazo legal;
2. a Lei Orçamentária Anual estimou as transferências em R$ 430.000,00 e fixou as
despesas em igual valor;
3. não foram observadas distorções, quanto à execução orçamentária;
4. as remunerações dos vereadores se comportaram dentro dos limites impostos pela
legislação pertinente;
5. correta elaboração dos RGF encaminhados a este Tribunal;
6. compatibilidade de informações entre o RGF e a PCA;
7. os gastos com pessoal ultrapassaram os limites legais;
8. os gastos do Poder Legislativo corresponderam a 8,07% da receita do Município
relativa ao exercício anterior;
9. insuficiência financeira para saldar compromissos de curto prazo no valor de
R$1.361,54;
10. desequilíbrio entre receitas e despesas;
11. falta de contabilização de despesas;
12. balanço financeiro incorretamente elaborado;
13. pagamento de despesa em duplicidade no valor de R$ 1.980,00;
14. gasto antieconômico com locação de veículo no valor de R$ 31.500,00, estando o
valor de R$ 17.500,00 despendido no exercício, sem comprovação

Notificado, o interessado apresentou defesa de fls. 250/315.


Ao analisar os argumentos apresentados, o órgão técnico considerou sanadas as
irregularidades referentes aos gastos com pessoal, insuficiência financeira, desequilíbrio
orçamentário, ausência de contabilização de despesas e pagamento de despesas em duplicidade.
Permaneceu o órgão de instrução com o entendimento inicial sobre as irregularidades relativas
às despesas totais do Poder Legislativo e aos gastos antieconômicos.
Instada a se pronunciar, a Procuradoria em parecer da lavra do Procurador André Carlo
Torres Pontes opinou pela regularidade das contas, at imento integral às exigências da LRF e
recomendações ao atual gestor.
É o Relatório.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo Te N o 02384/07
VOTO

Os gastos totais com o Poder Legislativo superaram o limite em apenas R$ 4.331,78,


podendo a falha ser relevada.
A Auditoria entendeu que, pelo alto custo, houve desrespeito ao princípio da
economicidade, na locação de um veículo, vez que, com os valores despendidos em dois anos
(R$ 31.500,00), daria para adquirir um carro da mesma especificação. O Relator entende que
não foram apresentados parâmetros que levem a considerar elevado tal gasto, com indício de
irregularidade. Não existe qualquer denúncia quanto a estas despesas, e, em nenhum momento, a
unidade técnica de instrução apontou sobre-preço nos valores pagos ou que os serviços não
tenham sido realizados. Não se pode imputar débito ao gestor de todo o valor pago, como quer a
Auditoria, com fundamento no princípio da economicidade, pois não foi comprovada nenhuma
malversação de recursos. Por outro lado, no que tange à falta de comprovação das despesas, o
interessado apresentou os documentos inicialmente reclamados pelo órgão técnico.
Assim, VOTO no sentido de que o Tribunal julgue regular a Prestação de Contas da
Mesa Diretora da Câmara Municipal de Ingá, tiva ao exercício de 2006, sob a
responsabilidade do senhor Jorge Silvino ales e declare o atendimento integral às
disposições da LRF, por parte do chefe do.r. er Lezi ~ãtivo do Município de Ingá.

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