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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

I PROCESSO TC 02354/07

Administração direta municipal. PRESTAÇÃO DE


CONTAS ANUAIS do EXERCíCIO de 2006, da MESA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SER TÃOZINHO, da
responsabilidade do Senhor JOSIVAN CARDOSO DA
SILVA - REGULARIDADE - RECOMENDAÇÃO.
Atendimento integral às exigências da Lei de
Responsabilidade Fiscal.

ACÓRDÃO APL TC 3'lA 12.008

Vistos, relatados e discutidos os autos do PROCESSO TC - 02354/07; e


CONSIDERANDOos fatos narrados no Relatório;
CONSIDERANDOo mais que dos autos consta;

ACORDAM os Membros do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAÍBA


(TCE-Pb), à unanimidade, na Sessão realizada nesta data, de acordo com a
Proposta de Decisão do Relator, em:
1. JULGAR REGULARES as contas da Mesa da Câmara de Vereadores de
SERTÃOZINHO, relativas ao exercício de 2006, de responsabilidade do
Senhor JOSIVAN CARDOSO DA SILVA, neste considerando o atendimento
integral das exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal;
2. RECOMENDAR à atual Mesa da Câmara Municipal de Sertãozinho, no
sentido de que não mais repita as falhas detectadas nos presentes autos.
Publique-se r time-se, registre-se e cumpra-se.
Sala das Sessões o C - Plenário Ministro João Agripino
João ,ess ,8 de maio de 2.008.

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Fui presente: -+----'-----'----7-=-:::=:-:7:"':--'=-~~~---


Ana Terêsa Nóbrega
Procuradora Geral do Ministério Público Especial Junto a ribunal

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

I PROCESSO TC 02354/07 rillJJ


Administração direta municipal. PRESTAÇÃO DE
CONTAS ANUAIS do EXERCícIO de 2006, da MESA DA
CÂMARA MUNICIPAL DE SER TÃOZINHO, da
responsabilidade do Senhor JOSIVAN CARDOSO DA
SILVA - REGULARIDADE - RECOMENDAÇÃO.
Atendimento integral às exigências da Lei de
Responsabilidade Fiscal.

RELATÓRIO
o Senhor JOSIVAN CARDOSO DA SILVA apresentou, dentro do prazo
legalmente estabelecido, a Prestação de Contas Anual da Mesa da Câmara Municipal de
SERTÃOZINHO, relativa ao exercício de 2006, sob a sua responsabilidade, cuja
documentação foi encaminhada e analisada pela DIAFI/DIAGM ", que emitiu Relatório,
com as seguintes observações, que a seguir se fez resumir:
1. No orçamento estimou-se a receita e previu-se a despesa em igual valor de
R$ 257.000,00, sendo efetivamente transferidos 114,82% da receita prevista e a
despesa realizada foi de 114,03% da fixada;
2. A remuneração de cada Vereador durante o exercício foi de R$ 10.800,00, e a
do Presidente da Câmara foi de R$ 21.600,00, estando dentro do limite
estabelecido na legislação local específica;
3. A despesa com pessoal correspondeu a 3,81 % da Receita Corrente Líquida do
exercício de 2006, cumprindo o art. 20 da LRF;
4. A folha de pagamento do Legislativo atingiu 53,05% das transferências
recebidas, cumprindo o artigo 29-A, parágrafo primeiro da Constituição Federal;
5. A despesa total do Poder Legislativo Municipal foi de 7,93% da receita tributária
e transferências realizadas no exercício anterior, cumprindo o art. 29-A da
Constituição Federal;
6. Quanto à gestão fiscal, consignou-se o atendimento às disposições da LRF,
exceto no tocante à incorreta elaboração dos RGF encaminhados e
incompatibilidade de informações entre o RGF e a PCA (fls. 79/80);
7. Referentemente às disposições constitucionais, legais e demais aspectos
examinados, constatou-se:
7.1. Divergência entre os valores apresentados no SAGRES e o RGF do
segundo semestre (RCL e Despesas totais com Pessoal);
7.2. Insuficiência financeira apresentada no final do exercício, no valor de
R$ 1.254,94, infringindo o art. 42 da LRF.
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Regularmente intimado, o responsável apres ntou a defesa ~Is. 85/124, que
a Auditoria analisou e concluiu por manter so nte a in jc(ência financeira
apontada no final do mandato do Gestor da Câm,ra.

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSO TC 02354/07 ~I
Remetidos os autos à consideração do Parquet, o ilustre Procurador André
Carlo Torres Pontes, após considerações, pugnou para que esta Egrégia Corte:
1. DECLARE o atendimento dos requisitos de gestão fiscal responsável, previstos
na LC 101/2000;
2. JULGUE REGULARES as contas do ex-Gestor;
3. RECOMENDE à atual gestão diligências no sentido de prevenir a repetição das
falhas acusadas no exercício.
Foram feitas as comunicações de estilo.
É o Relatório.

PROPOSTA DE DECISÃO

o Relator reconhece que houve falta de preparo da equipe técnica que elaborou a
presente prestação. Veja-se, a propósito, que o valor de "Outras obrigações financeiras a
pagar", no total de R$ 1.254,94, que ensejou a insuficiência financeira apurada pela
Auditoria (fls. 80), decorreu de saldo proveniente de exercício anterior, no valor de
R$ 1.312,18, conforme demonstrado no Anexo 17 (fls. 35), logo não há prova suficiente
de que a insuficiência foi apurada nos dois últimos quadrimestres do mandato, condição
prevista no art. 42 da LRF. Se ainda assim o argumento não valesse para afastar a pecha
que poderia macular a prestação de contas, o valor a esse título é insignificante, posto
que representou apenas 0,4% da despesa total do Poder Legislativo, que de nenhuma
forma poderia desequilibrar a execução orçamentária do exercício seguinte.
Desta forma, propõe no sentido de que os integrantes deste egrégio Tribunal Pleno:
1. JULGUEM REGULARES as contas da Mesa da Câmara de Vereadores de
SERTÃOZINHO, relativas ao exercício de 2006, de responsabilidade do Senhor
JOSIVAN CARDOSO DA SILVA, neste considerando o atendimento integral
das exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal;
2. RECOMENDEM à atual Mesa da Câmara Municipal de Sertãozinho, no sentido
de que não mais repita as falhas detectadas nos presentes autos.
É a Proposta.

João Pessoa-Pb ~~

mgsr

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