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ACÓRDÃO APL - TC
RELATÓRIO
Esta Corte de Contas, na Sessão Plenária de 14 de março de 2.007, nos autos que
apreciaram o Recurso de Reconsideração interposto pelo Prefeito Municipal de SANTA
TEREZINHA, Senhor JOSÉ AFONSO GAYOSO FILHO, contra decisões relativa às contas
do exercício financeiro de 2002 (Parecer PPL TC 41/2004 e o Acórdão APL TC
276/2004)', decidiu, através do Acórdão APL TC 119/2007 (in verbis):
1 " CONSIDERANDO que os esclarecimentos prestados pelo Gestor não foram suficientes para afastar máculas
verificadas na Prestação de Contas, em face das seguintes irregularidades, tidas como principais, dentre outras:
1) Abertura de crédito suplementar (R$ 33.000,00) sem indicação das fontes de receitas que originou o excesso de
arrecadação, em que pese ter o Senhor Prefeito elaborado um Decreto na tentativa de suprir a irregularidade,
mas que repetiu o mesmo texto do Decreto apresentado com o balancete de outubro contendo as mesmas
informações;
2) Não implementação do salário minitno, embora que a defesa informe ter corrigido a irregularidade ainda durante
o exerclcio, nos meses de setembro e dezembro não se comprova a providência alegada;
3) Realização de várias despesas sem submissão a procedimento Iícitatório;
5) Pagamento de assessoria com vistas à elaboração de projetos, que se diz terem sido prestados pelos Senhores
IRAMILTON SÁTIRO DA NÓBREGA, RIVANILDO SANTOS DE LIRA e pela CEPAN - CONSULTORES E
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL, cujos serviços não foram comprovad . $ 11.040,00);
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TRIBUNAL
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DE CONTAS DO ESTADO
I PROCESSO TC 05836/07
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e despesas com
assessoria administrativa e elaboração de projetos (R$
11.040,00), prestadaspelo Senhor Iramilton Sátiro da Nóbrega e CEPAM •
Consultores em Planejamento e Administração Municipal mantendo-se os
2
demais itens que fundamentaram o Parecer PPL TC 4112004 e o Acórdão APL
TC 27612004."
Ainda irresignado, o Senhor JOSÉ AFONSO GAYOSO FILHO, através de seus
procuradores, interpôs o presente Recurso de Revisão (fls. 02/673) que a Unidade Técnica
de Instrução examinou e sobre ele ofereceu pronunciamento, reformando o seu
entendimento anterior, porquanto elidida a irregularidade referente à aplicação mínima dos
recursos advindos do FUNDEF, na Remuneração e Valorização do Magistério, que
reconheceu que passara de 56,05% para 60,17% e diminuindo o percentual de despesas
realizadas sem a exigível antecedência de procedimento licitatório, correspondendo, desta
feita, a 3,59% da Receita Orçamentária Total Arrecadada (fls. 693/694).
O Ministério Público especial junto ao Tribunal ofereceu manifestação a cargo da sua
ilustre titular, pugnando, após considerações", pelo NÃO CONHECIMENTO do recurso.
Foram feitas as comunicações de praxe.
É o Relatório.
PROPOSTA DE DECISÃO
O Relator concorda com a Unidade Técnica de Instrução no tocante à manutenção da
irregularidade da realização de algumas despesas sem submissão a procedimento
licitatório, correspondente a 3,59% da Receita Orçamentária Total Arrecadada. Embora
referindo-se a aspecto não abrangido no Parecer PN TC 47/01, que tivesse reflexo na
emissão de parecer, mas que serviu de motivação para a aplicação de multa.
De fato, após afastada a pecha da aplicação dos recursos originários do FUNDEF na
R.V.M em índice inferior ao legalmente previsto, a irregularidade que persistiu, in caso, a
inexistência de realização de exigíveis procedimentos licitatórios para 3,59% da ROTA, não
se fazia suficiente para macular as contas prestadas. Ocorre, porém, que a interposição do
Recurso de Revisão se deu posteriormente ao julgamento das contas pela Augusta Câmara
Municipal de Santa Terezinha (28/09/2007), que decidiu nos mesmos moldes do que
decidira este Tribunal (19/05/2004).
Isto posto, o Relator propõe no sentido de que os integrantes do Tribunal Pleno,
preliminarmente, conheçam do Recurso de Revisão, quanto ao que decidiram os Acórdãos
APL Te 276/2004 e 119/2007, porquanto presentes os requisitos de admissibilidade e não
conheçam daquele em relação ao que resolveu o Parecer PPL TC 41/2004, uma vez
descaber recurso de revisão para parecer, principalmente quando tenha a Câmara julgado
as contas respectivas, como na espécie. No mérito, concedam-lhe provimento parcial para
afastar da fundamentação do Acórdão APL TC 276/2004, a irregularidade acerca da
aplicação mínima na Remuneração e Valorização do Magistério.
É a Proposta.
2Os itens Quese manteram inalterados foram os referentes á realização de várias despesas sem submissão a procedimento Iicítatório e
aplicação inferior ao legalmente estabelecido, dos recursos do FUNDEF, na remuneração e valorização do magistério, em Que pese ter o
Prefeito contestado o cálculo elaborado pela Auditoria, mas que esta se baseou nos extratos bancários com vistas a estabelecer a base
de cálculo da receita realmente auferida, enquanto o Gestor se lastreou no Ane , cujos dados não são muito confiáveis.
3A Câmara Municipal de Santa Terezinha, em 28/09/2007, apreciou as c tas o recorrente, exercício 2002, rejeitando-as, o Queenseja
o esvaziamento do objeto recursal, em razão da p da superveniente in! esse processual. Ainda, do exame da peça percebe-se Que
o insurgente não fundamentou a sua pretensão e enhuma das póte s do art. 35 da Lei Orgânica do TCE, aspecto Que reforça o
i";" "',", do ,dm;""",,,," do pleítode n ~N
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
DECISÃO DO TRIBUNAL
Vistos, relatados e discutidos os autos do PROCESSO TC-05836/07; e
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Ana Terêsa Nóbrega N~
Procuradora Geral do Ministério Público especial junto a Tribunal