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de fribunal Pleno
3) Com fulcro no art. 71, inciso XI, c/c o art. 75, caput, da Constituição Federal, COMUNICAR
à Delegacia da Receita Federal do Brasil, em Campina Grande/PB, acerca da falta de
recolhimento de parte das contribuições previdenciárias devidas pelo empregador, incidentes
sobre a folha de pagamento dos agentes políticos e servidores comissionados da Câmara
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Represen
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nte do Ministério Público Especial -es-
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Os peritos da Divisão de Auditoria da Gestão Municipal VI - DIAGM VI, com base nos
documentos insertos nos autos, emitiram o relatório inicial de fls. 75/79, constatando,
sumariamente, que: a) as contas foram apresentadas ao TCE/PB no prazo legal; b) a Lei
Orçamentária Anual - Lei Municipal n.o 670/2005 - estimou as transferências em
R$ 518.356,40 e fixou a despesa em igual valor; c) a receita orçamentária efetivamente
transferida, durante o exercício, foi da ordem de R$ 527.163,24, correspondendo a 101,70%
da previsão originária; d) a despesa orçamentária realizada atingiu o montante de
R$ 523.485,39, representando 100,99% dos gastos fixados; e) o total da despesa do Poder
Legislativo alcançou o percentual de 8,08% do somatório da receita tributária e das
transferências efetivamente arrecadadas no exercício anterior pela Urbe - R$ 6.452.822,19;
f) os gastos com folha de pagamento da Câmara Municipal abrangeram a importância de
R$ 352.960,90 ou 66,95% dos recursos transferidos; g) a receita extra-orçamentária,
acumulada no período, compreendeu o montante de R$ 52.040,48; e h) a despesa
extra-orçamentária, executada durante o exercício, atingiu a soma de R$ 55.703,25.
É o relatório.
Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa
total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os
ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos,
funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com
quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens,
fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria. reformas e
pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens
pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuicões
recolhidas pelo ente às entidades de previdência. (nossos grifos)
Conforme alegações do defendente, fI. 96, no presente caso, faz-se necessária a inclusão de
valores registrados nos elementos de despesa 3.1.90.01 - APOSENTADORIAS E REFORMAS,
na soma de R$ 13.770,61, e 3.1.90.09 - SALÁRIO FAMÍLIA, no valor de R$ 434,49, bem
como da contribuição patronal transferida ao Instituto de Previdência dos Servidores de
Cuité/PB no exercício sub studio, na importância de R$ 5.911,16. Portanto, entende-se que
os gastos com pessoal do Poder legislativo da Comuna, em 2006, somaram R$ 423.372,38,
representando 3,63% da Receita Corrente Líquida - RCl, R$ 11.656.387,33, inexistindo,
assim, a eiva antes apontada.
Por outro lado, não restou efetivamente comprovado nos autos a publicação e/ou divulgação
do RGF concernente ao primeiro semestre do exercício, uma vez que a documentação
acostada pela defesa, fls. 117/135, refere-se apenas ao relatório do 2° semestre. logo, tem-
se prejudicada a transparência das contas públicas, estabelecida nos artigos 48 e 55, § 20,
da já citada lei de Responsabilidade Fiscal - lRF, verbatim:
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
( ) ...
Art. 55. (omissis)
( ...)
§ 1° (...)
É importante ressaltar que a comprovação da publicação desse instrumento deve ser enviada
a esta Corte, dentro de prazo estabelecido, consoante determinação contida na Resolução
Normativa RN - TC n.o 07/04, em seu art. 18, § 1°, verbo ad verbum:
Art. 18 - (omissis)
Já o art. 50, inciso I, e §§ 10 e 2°, da lei que dispõe, dentre outras, acerca das infrações
contra as normas de finanças públicas - Lei Nacional n.o 10.028, de 19 de outubro de
2000 -, determina que a não divulgação do relatório de gestão fiscal, nos prazos e condições
estabelecidos, também constitui violação administrativa, processada e julgada pelo Tribunal
de Contas, sendo passível de punição com multa pessoal de 30% (trinta por cento) dos
vencimentos anuais ao agente que lhe der causa, ipsis /itteris.
II - (...)
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
§ 10 A infração prevista neste artigo é punida com multa de trinta por cento
dos vencimentos anuais do agente que lhe der causa, sendo o pagamento
da multa de sua responsabilidadepessoal.
Além do mais, como a propna norma preconiza, deve ficar evidenciada a notória
especialização do profissional prestador dos serviços para se configurar a hipótese de
inexigibilidade de licitação. Nos autos, nada existe que suscite a manifesta especialização dos
contratados pelo Poder Legislativo de Cuité/PB, Dr. Fábio Venâncio dos Santos e Dr. Gilberto
de Pontes Azevedo. Assim, reproduz-se o entendimento do Tribunal de Contas do Estado de
São Paulo - TCE/SP, verbum pro verbo:
Por sua vez, o colendo Tribunal de Contas da União - TCU estabilizou seu posicionamento
acerca da matéria em análise através da, sempre atual, Súmula n.o 39, de 28 de dezembro~.... ..
de 1973, in verbis: \
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A dispensa de licitação para a contratação de serviços com profissionais ou .
firmas de notória especialização,de acordo com alínea "d" do art. 126, §
do Decreto-lei 200, de 25/02/67, só tem lu ar uando se trate de se
inédito ou incomum, capaz de exigir, na seleção do executor de confi
PROCESSOTC N.o 02794/07
No âmbito judicial, observa-se que Superior Tribunal de Justiça - STJ tem se posicionado
pela necessidade da efetiva comprovação da inviabilidade de competição para a
implementação do procedimento de inexigibilidade de licitação, consoante se verifica do
extrato de ementa transcrito a seguir, verbo ad verbum:
In casu, o Presidente da Câmara Municipal de CuitéjPB, Sr. Geraldo de Souza Leite, deveria
ter realizado o devido concurso público para a contratação dos profissionais das áreas
contábil e jurídica. Neste sentido, cabe destacar que a ausência do certame público para
seleção de servidores afronta os princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade
administrativa e da necessidade de concurso público, devidamente estabelecidos na cabeça
e no inciso II, do art. 37, da Constituição Federal, ipsis litteris.
I -(omissis) I'
PROCESSOTC N,o 02794/07
.~
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Com efeito, deve ser enfatizado que a não realização do mencionado procedimento licitatório
exigível vai, desde a origem, de encontro ao preconizado na Constituição da República
Federativa do Brasil, especialmente o disciplinado no art. 37, inciso XXI, verbum pro verbo:
1-( ...)
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e
das seguintes contribuições sociais:
No entanto, importa notar que a quantia que o gestor deixou de recolher à Autarquia
Previdenciária Federal, R$ 9.877,94, representa apenas 16,54% do montante efetivamente
devido em 2006, R$ 59.738,16, o que, por si só, não é suficiente para macular as contas
sub judice. Ainda assim, cabe representação à Delegacia da Receita Federal do Brasil, em
Campina Grande/PB, a quem compete a fiscalização dos citados pagamentos.
1-(...)
3) Com fulcrono art. 71, inCISO XI, c/c o art. 75, caput, da Constituição Federal,
COMUNIQUE à Delegacia da Receita Federal do Brasil, em Campina Grande/PB, acerca da
falta de recolhimento de parte das contribuições previdenciárias devidas pelo empregador,
incidentes sobre de pagamento dos agentes políticos e servidores comissionados da
Câmara Munici ai de ?::B:. no exercíciofinanceiro de 2006.
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