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Seminário Bilateral de
Comércio Exterior e Investimentos
BRASIL SUÍÇA
27 de junho de 2005
Seminário Bilateral de
Comércio Exterior e Investimentos
BRASIL SUÍÇA
17 de junho de 2005
Participação
Swiss
Business Hub
Federação das Câmaras de Comércio Exterior
Foreign Trade Chambers Federation
FCCE is the o ldest Trade Association dedicated In the recent past, the FOREIGN TRADE CHAM-
Exclusively to Foreign Trade activities. BERS FEDERATION – FCCE signed an accord with
Founded in 1950 by entrepreneur Joao Daudt de the CHAMBERS OF COMMERCE COUNCIL OF THE
Oliveira (who was also the founder of the National Trade AMERICAS, an organization representing the Bilateral
Federation five years earlier), FCCE has been in Chambers of Commerce in the following countries:
operation for over 50 years, motivating and supporting ARGENTINA, BOLIVIA, CANADA, CHILE, CUBA,
the work of Bilateral Chambers of Commerce, Foreign ECUADOR, MEXICO, PARAGUAY, SURINAM,
Consulates, Business Councils and Mixed Commissions URUGUAY, TRINIDAD AND TOBAGO and VENE-
at the federal level. ZUELA.
FCCE, by force of its Statute, has national scope with In addition to the several dozen Bilateral Chambers of
Regional Vice-Presidents in various states of the Commerce affiliated with FCCE throughout Brazil, the
Federation, and also operates in the international realm Presidents of these Chambers of Commerce belong to
through “Cooperation Convention’s” established with the current Administration: Brazil-Greece, Brazil-
various organizations of the highest credibility and Paraguay, Brazil-Russia, Brazil-Slovakia, Brazil-Czech
tradition. Among these is the International Chamber of Republic, Brazil-Mexico, Brazil-Belarus, Brazil- Portu-
Commerce (ICC) founded in 1919, with headquarters gal, Brazil-Lebanon, Brazil-India, Brazil-China, Brazil-
in Paris, which has more than 80 National Committees Thailand, Brazil-Italy and Brazil-Indonesia, in addition to
across the five continents, in addition to running the the President of the Brazilian Committee of the
most important “International Arbitration Court” in the International Chamber of Commerce, the President of
world, founded in 1923. the Brazilian Commercial Exporting Company Association
The FOREIGN TRADE CHAMBERS FEDERATION ABECE, the President of the Brazilian Railroad Industry
headquarters is located at Avenida General Justo 307, Association ABIFER, President of the Brazilian Container
Rio de Janeiro, which is also the main office of the Terminal Association and the President of the Mechanical
National Confederation of Commerce (Confederação Industries and Electric Material Union, among others.Also
Nacional do Comércio – CNC). The FCC and the CNC included are various Consuls and foreign diplomats,
have held a partnership for nearly two decades, working among them the Consul General of the Republic of Gabon,
through the “Administrative Support Convention and the Consul of Sri Lanka (formerly Ceylon) and the Trade
Mutual Cooperation Protocol.” Counselor Minister of the Portuguese Embassy.
The Administration
ADMINISTRATION FOR THE 2003/2006 TRIENNAL
President
1 st V i c e - P r e s i d e n t
Vice-Presidents
Directors
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Velhos amigos e parceiros
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Friends since 1818, when Helvetian
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emigrants settled in Nova Friburgo, in the
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State of Rio de Janeiro, Brazil and
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No Brasil, a primeira experiência de imigração estrangeira estimulada pelo Estado
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resultou na formação da colônia de Nova Friburgo, na região inicialmente conhecida Switzerland have maintained a relationship
○
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como Morro Queimado, no estado do Rio de Janeiro. Imigrantes suíços ali se instala- that began to narrow from the first half of the
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XX century, period in which the Swiss
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ram, em 1818; dez anos após a vinda da corte portuguêsa para o Brasil. Começava aí um
○
relacionamento que iria se estreitar a partir da primeira metade do Século XX, com a companies began to set themselves up
○
○
instalação de empresas de capital suíço em território brasileiro. amongst us. Today Brazil is the largest
○
Hoje, o Brasil é o maior parceiro econômico e comercial da Suíça na América Latina. commercial partner of Switzerland in Latin
○
○
Pode parecer muito, mas ainda é pouco diante dos inúmeros nichos de mercado a America but a certain stagnation has
○
occurred in the commercial flows between
○
explorar. As economias são complementares e ainda há muito a se fazer. Nesse sentido,
○
a FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE COMÉRCIO EXTERIOR – FCCE realizou, em the two countries as a result of the timidity in
○
○
27 de junho de 2005, no Rio de Janeiro, o Seminário Bilateral de Comércio Exterior e exploring market niches that could much
○
Investimentos Brasil-Suíça. Autoridades dos Ministérios do Desenvolvimento, Fazenda increase the volume of the respective
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e Relações Exteriores delinearam os rumos, potencialidades e deficiências do relacio- bilateral exchanges. The signing of a new
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commercial agreement between the
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namento helvécio-brasileiro.
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É impossível deixar de registrar aqui o amplo apoio do embaixador da Suíça na European Association of Free Trade, of which
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divulgação do seminário junto às empresas daquele país. Representantes dos segmen- Switzerland is a party and MERCOSUL; the
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adoption of measures that eliminate bi-
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tos suíços que atuam em território brasileiro disputaram lugares no auditório da
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CNC, para ouvir as palavras do Ministro, interino, do Desenvolvimento, Indústria e taxation and the conclusion of a new
○
○
Comércio Exterior, Marcio Fortes de Almeida; do Secretário do Tesouro, Joaquim scientific-technological agreement, already
○
Levy; do ex-Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e atual Presidente do ○
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under study, are initiatives that can boost
Conselho da ABIEC, Marcus Vinicius Pratini de Moraes; do Secretário de Comércio these flows of trade and investments.
○
○
APOIO
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do Banco do Brasil, José Maria Rabelo; do Diretor Jurídico da Febraban, Johan Albino
○
Este quarto número de nossa revista traz a cobertura completa do seminário Brasil-
○
Suíça, e apresenta importantes conclusões para o estreitamento dos laços bilaterais. Por
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um lado, a aparente estagnação dos fluxos comerciais com a Suíça é indicativo não da
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exaustão das oportunidades, mas de que há um mercado não totalmente atendido pelos
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a Suíça é país membro, venha a concluir o desejado acordo comercial com o Mercosul,
○
○
importante passo terá sido dado na direção da dinamização do comércio exterior com
○
aquele país. Por outro lado, faz-se necessária a imediata elaboração de acordo para evitar a
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bitributação, com o fito de facilitar investimentos entre os dois países. Por fim, e não menos
○
encontra em fase de elaboração e que deve aproximar ainda mais os dois países.
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Boa leitura.
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O EDITOR
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Expediente
Produção Textos e Repor tagens Fotografia
Agência Brasileira de Imprensa Elias Fajardo Christina Bocayuva
Diretores: Eduardo Teixeira e José Antonio Nonato
Maurice Stéphane Habib Marlene Custódio As opiniões emitidas nesta revista são de
Tel.: 55 21 3251 0950 responsabilidade de seus autores.
Projeto Gráfico, Editoração e Ar te
e-mail: eduardo.teixeira@abrapress.com.br É permitida a reprodução dos textos, desde
Estopim Comunicação
Editor Tel.: 55 21 2518 7715 que citada a fonte.
O coordenador da FCCE e-mail: estopim@estopim.com
SUMÁRIO
6 E N T R E V I S TA 39 E M P AU TA
“Dívida externa de Presidente da
empresas FCCE adverte:
brasileiras caiu “Cuidado com
pela metade” as fraudes!”
16 A B E RT U R A 41 C U LT U R A
Apesar das diferenças, Brasil Patek Philippe, o
e Suíça têm interesses comuns melhor
relógio do mundo
21 P A I N E L I
Relações
44 P E R F I L
econômicas entre O diplomata poliglota que
Brasil e Suíça representa um país multicultural
podem melhorar
46 N E G Ó C I O S
24 P A I N E L I I A melhor carne
Iniciativas brasileiras no do mundo
âmbito de investimentos busca novos
mercados
consumidores
29 P A I N E L I I I Identificar produtos e negócios: o
Pequenas e começo de uma parceria de sucesso
médias empresas
suíças têm apoio
para negociar
48 F I N A N Ç A S
Segurança e inviolabilidade:
33 P A I N E L I V a receita do sucesso dos bancos
suíços
Brasil-Suíça, êxitos e desafios,
a visão empresarial
50 T U R I S M O
36 ENCERRAMENTO Guarda Suíça:
plumas coloridas
Carne brasileira e em uma corporação
etanol para o de elite
mercado europeu
38 T E N D Ê N C I A 52 T A B E L A S
Crescimento estável e energia limpa
na pauta dos investimentos 60 C U RTA S
ENTREVISTA
“Dívida externa de
empresas brasileiras
caiu pela metade”
Secretário do Tesouro Nacional diz que
empresariado nacional deve menos no exterior e
isto tem bons reflexos na dívida total do país
Nascido no Rio de Janeiro, Joaquim Vieira Ferreira Levy, Secre-
tário do Tesouro Nacional, tem um perfil prudente, habilidoso
e algumas vezes até irônico em suas declarações. Formado em
Engenharia Naval, doutorou-se em Economia pela Universida-
de de Chicago e trabalhou no Fundo Monetário Internacional –
FMI – de 1992 a 1999, onde, entre outras atribuições, traba-
lhou com mercado de capitais. Em seu pronunciamento no Se-
minário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos Bra-
sil-Suíça, afirmou que o Brasil tem tido um excelente desem-
penho no pagamento da dívida externa e deu um dado que, se-
gundo ele, poucos conhecem: “O nível de dívida externa das
empresas brasileiras caiu pela metade, de 115 bilhões para cer-
ca de 60 bilhões de dólares. Com isso, “o país está menos endi-
vidado no exterior, o que, junto com o aumento das exporta-
ções, nos põe em posições mais competitivas e diminui o risco
Brasil. Às vezes, as coisas demoram a acontecer por aqui, mas
quando ocorrem não voltam atrás”, disse, bem-humorado. Em
entrevista exclusiva, ele analisou o desempenho das nossas ex-
portações e realçou a importância da colaboração entre o setor
público e a iniciativa privada para resolver questões estruturais
ligadas ao comércio exterior.
“ Aumentamos a exportação de
carne para a Suíça e a nossa
campanha de álcool
nharia e, mais tarde, da Diretoria de Operações da empresa Flumar S/A Nave-
gação. E foi também professor do curso de mestrado da Fundação Getúlio
Vargas em 1990.
De 1992 a 1999, integrou os quadros do Fundo Monetário Internacional
combustível tende a ganhar peso (FMI), instituição na qual ocupou cargos nos seguintes departamentos: Hemis-
”
fério Ocidental, Europeu I e Pesquisa. Ainda no FMI, trabalhou nas divisões de
em muitos países Mercado de Capitais e da União Européia.
No período compreendido entre 1999 e 2000, foi economista visitante do
A que o senhor atribui os resulta- Banco Central Europeu, atuando nas divisões de Mercado de Capitais e de
dos que o Brasil tem tido com o Estratégia Monetária.
comércio exterior nos últimos No ano de 2000, foi nomeado secretário-adjunto de Política Econômica do
anos? Podemos esperar um aumen- Ministério da Fazenda do governo brasileiro e, em 2001, assumiu como econo-
to permanente das exportações ou mista-chefe do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A partir de
trata-se de um fenômeno conjun- janeiro de 2003, tornou-se secretário do Tesouro Nacional.
tural?
JVFL – Eu acho que é resultado de uma tante é a potencialidade, isto é, o fato de tável, podemos também exportar móveis,
mudança na economia que já vem de alguns termos aumentado a exportação de carne acessórios e até mesmo produtos natu-
anos e que tem a ver com muitos fatores; para eles e também toda a nossa campa- rais. Inclusive, aqui, no Brasil, temos as
mas devemos ter cuidado para não nos en- nha do etanol, o álcool combustível, que rppns, que são as reservas particulares do
ganarmos. Na verdade, muitos países, como tende a ganhar um peso cada vez maior patrimônio natural, em que parte de flo-
a Indonésia, têm tido um aumento de 30% a não só com relação à Suíça como também resta é preservada e, ao mesmo tempo,
40% nas exportações ao longo dos anos, a outros países. Acredito também que a permitem-se certas atividades econô-
mas o Brasil, por exemplo, poderia não es- área de confecções, com a nossa moda de micas. Se fizermos uma ligação inteligen-
tar conseguindo o mesmo desempenho. melhor nível, também pode ter uma en- te e conseguirmos exportar alguns pro-
Nós temos conseguido isto porque o cam- trada muito boa na Suíça. dutos naturais podemos conservar áreas
po vai bem e a indústria certamente está mais na Mata Atlântica ou na Amazônia de
competitiva do que há alguns anos. O cônsul da Suíça no Rio de Janei- maneira muito permanente e eficaz, ge-
ro, Klaus Bucher, disse que os seus rando negócios sem derrubar a floresta.
Nesse cenário, que importância conterrâneos querem muito a cul-
têm os negócios do Brasil com a tura brasileira. O senhor vê negóci- Gostaria que o senhor, na qualida-
Suíça? os aí também? de de secretário do Tesouro Nacio-
JVFL – Temos de levar em consideração a JVFL – Certamente. Se aproveitarmos nal, dissesse como vê a política do
taxa de crescimento da própria Suíça. Uma bem, vamos conseguir gerar receitas tanto governo para o financiamento das
outra questão são as estatísticas e a manei- diretas, com o entretenimento, como com exportações nacionais.
ra, como em várias instâncias, são medi- outros produtos de cultura. Não tenho JVFL – Vejo com muita tranqüilidade.
dos estes negócios. Agora, o mais impor- dúvida de que, de maneira bem susten- Acho que tem melhorado, temos aqui
constato que as exportações para o Bra- O Brasil é, de longe, o maior pois o acordo em vigor é de 1968, e, por-
sil não aumentaram nos últimos cinco tanto, bastante defasado. No novo acor-
anos e, se tirarmos alguns elementos
parceiro da Suíça do as empresas terão um papel funda-
conjunturais, como, por exemplo, a ven- na América Latina mental. Não queremos a pesquisa só na
da de aviões usados da Suíça para o Bra- universidade. Queremos uma relação
sil, temos na verdade uma queda nas ven- ta. Na Suíça também tomamos medidas estreita entre a economia, as empresas,
das da Suíça. Com relação às importa- importantes, algumas iniciativas novas, os grandes centros tecnológicos e a uni-
ções – o que se compra do Brasil temos como a missão do Swiss Business Hub, inau- versidade”.
também um nível bastante modesto, com gurado também em São Paulo, que tem A Suíça e outros países europeus do
um déficit comercial desfavorável ao como objetivo promover a tecnologia suí- grupo EFTA (European Free Trade Asso-
Brasil; e as importações ficam mais ou ça no domínio do high security. ciation), um pequeno clube de países
menos no mesmo nível. Aqui temos al- “O terceiro ponto que quero discutir é que engloba, além da Suíça, Noruega,
guns elementos atípicos, como a venda como fazer para avançar, para estimular os Litchtenstein e Islândia e não faz parte da
de aviões da Embraer, que infelizmente troncos bilaterais e os investimentos. Pre- União Européia, gostariam de negociar um
não se concretizou inteiramente. São fa- cisamos fazer visitas mútuas. Dirigentes novo acordo comercial com o Mercosul.
tores conjunturais que falsificam um suíços têm de vir mais ao Brasil, conhecer O papel do Brasil nesta negociação será
pouquinho a evolução. Em resumo, te- a realidade do país; e os dirigentes brasi- fundamental.
mos alguma estagnação e muito campo leiros têm de viajar para a Suíça para expli- “Outro ponto importante para facili-
aberto para crescer”. car essa nova posição brasileira. Tenho um tar os investimentos seria um novo acor-
No que se refere às novas iniciativas, mandato da Câmara de Comércio Suíça na do para evitar a bitributação. Trata-se de
Rudolf Baerfuss destacou que o Brasil tem América Latina, para convidar políticos, assunto muito difícil e, infelizmente, até
feito reformas estruturais importantes: uma autoridades e ministros, para irem à Suíça agora, as negociações não começaram.
nova Lei de Inovação, a Lei de Falências e a e expor o ponto de vista brasileiro. Acho que este seria um passo fundamen-
medida provisória das Parcerias-Público- Estamos preparando a negociação de tal para incrementar e facilitar as relações
Privadas – PPPs são passos na direção cer- um novo acordo científico-tecnológico, bilaterais”.
”
or, depois de 15 anos de déficit, nossas portante para dar visibilidade para aque-
exportações cresceram e, no ano passa- o comércio e investir les que olham o Brasil e vêem que a
do, exportamos 7 bilhões de dólares direção é clara.
com um superávit comercial de US$ 7 O investimento externo apresenta ní- Em junho já temos concluído nosso
milhões. Passamos de 9º para o 5º estado veis surpreendentes. Embora não tenha- programa de financiamento para 2005.
exportador do país, em 2004; um cres- mos os índices da década de 1990, a qua- Estamos tentando aproveitar as boas opor-
cimento de 45%, em relação a 2003. lidade do FDI - Fundo de Desenvolvimen- tunidades, tanto na área doméstica quanto
Acho que estamos no caminho cer- to Industrial - tem dado mais retorno, e o na externa. Nosso programa de emissões
to e, contrariando um mito de esvazia- Brasil se coloca numa posição bastante externas se completou, o que dá uma
mento do estado, estamos vivendo um razoável. Temos colhido resultados signi- tranqüilidade adicional para o resto do ano
momento promissor de crescimento de ficativos e as oportunidades se multipli- e até 2006.
nossa economia. Acredito que seminá- cam com políticas que garantem a segu- Isso tem levado a uma diversificação
rios como este, que se realizam na cida- rança nos contratos, com uma política so- dos investidores. Mais uma vez, o tema é
de só nos fortalecem. Nosso intercâm- cial clara e efetiva, e com a criação de um a melhora da qualidade de nosso crédito
bio com a Suíça é muito pequeno, mas ambiente de negócios seguro. A política e a melhora da qualidade do risco Brasil
torço para que se intensifique, bem social, na verdade, visa a uma criação de em função das políticas macro e micro
como nossa relação comercial”. riquezas, que é o nosso maior objetivo. que o governo tem feito. Nosso nível de
Brazil-Switzerland
Bilateral Seminar on
Foreign Commerce and
Armando Mariante Carvalho, Diretor do BNDES, marcou presença no evento. Investment
The Swiss Ambassador, Rudolf Baerfuss,
plantações florestais, eucaliptos, pinos e a Europa. Os EUA plantam 110 milhões opened the debates highlighting the
acácia, tudo isso junto dá mais ou menos e a Europa, 140 milhões de hectares. A structural reforms that Brazil has made: a new
7% do território nacional. Os outros paí- China planta 140 milhões, dos quais 50 innovation law, the bankruptcy law and the
ses plantam entre 20% e 25% . No Brasil, ou 60 milhões são irrigados. Nós temos MP (Provisional Measure) of the Public-
incluindo as reservas de madeira que plan- condições, enfim, de atender às necessi- Private-Partnerships PPPs, are steps in the
tamos, passamos um pouquinho de 7% e, dades do mundo em alimentação. O mun- right direction. Switzerland has installed the
do precisa do Brasil para comer. Nós so- Swiss Business Hub, in São Paulo, to back
mos a última fronteira agrícola do mun- the medium and small Swiss Companies and
O Brasil tem 90 milhões de do,e para isso, meu caro embaixador, eu to promote technology in the high security
hectares para plantar; o dobro queria pedir a atenção de Vossa Excelên- domain. A new scientific-technological
do que plantamos hoje: cia: a Suíça nos compra muita coisa inclu- agreement is under study since the current
sive carne bovina. Quase 10% da carne agreement is from 1968.
48 milhões de hectares. bovina que vendemos é para a Suíça, além The Secretary of the National Treasury,
de soja e outros produtos. Existe muito Joaquim Ferreira Levy, reported the principal
em culturas anuais, só 5,5% de todo o espaço para a Suíça comprar mais do Bra- initiatives of the government in the financial
território. Isso, sem tocar num arbusto se- sil, porque a Suíça está comprando muito area to guarantee growth and to maintain the
quer da Amazônia. Aqui é importante se- produto com subsídio. Quando compra level of trust of the investor. The investments
parar o conceito de Floresta Amazônica açúcar da França, açúcar da Alemanha e have had good recovery in relation to other
de Amazônia Legal, que vai até Brasília; e outros produtos da União Européia, na countries but it is necessary to lower the cost
não me consta que havia floresta em verdade, está importando 10% de produ- of capital to allow greater access to the
Brasília – o Brasil tem 90 milhões de hec- to e 30% de subsídio. Então, vou fazer um domestic market. In June we concluded our
tares para plantar, o dobro do que planta- apelo aos senhores: que a Suíça diminua a financing program for 2005. The external
mos hoje, 48 milhões de hectares. importação de subsídios e compre mais issues have already been completed which
Além disso, temos 220 mil hectares comida do Brasil, que não tem subsídio. gives additional tranquility up to 2006.
de pastagens naturais cultivadas, que à me- Hoje estamos plantando 10 milhões de Marcus Pratini de Moraes, President of the
dida que crescem, vão sendo liberados para hectares a mais do que plantamos na safra de Board of ABIEC, Brazilian Association of the
a agricultura. Em dez anos, nós vamos pre- 1999-2000. O PIB do agronegócio brasilei- Meat Exporters Industry, highlighted the
cisar de 100 milhões de hectares para ro é o principal motor, ao lado das exporta- importance of Brazil as a country with the
manter os 190 milhões ou 200 milhões ções, do crescimento da economia brasilei- greatest arable area in the world. Brazil has
de animais que teremos então. Em dez ra. É por isso que defendo a necessidade de conditions to satisfy the needs of the world in
anos, a área plantada do Brasil pode passar se continuar apoiando o agronegócio, que dá food. He asked the Swiss to buy more from
de 48 para 200 milhões de hectares. É retorno: na agricultura, na indústria de má- Brazil since we sell without the subsidies of
mais do que plantam os Estados Unidos e quinas, nos fertilizantes, nos serviços, nos the products of the European market.
Ursula Bardorf, Diretora Executiva da Swisscam, abre os debates do Painel 1 e expõe as disparidades e afinidades entre o Brasil e a Suíça.
Grandes e pequenos
A diretora-executiva da Swisscam
destacou em sua palestra a diferença en-
tre as superfícies do Brasil e da Suíça.
Em outros indicadores, as duas nações
se aproximam, cada uma podendo
oferecer vantagens à outra. A Suíça tem
uma grande produção industrial, e pode
colocar à disposição do mercado brasi-
leiro uma variedade enorme de produ-
tos. O Brasil, por sua vez, apresenta al-
gumas vantagens que a Suíça não pode
oferecer.
Segundo Ursula Bardorf, no comér-
cio bilateral a Suíça está entre os 15 par-
ceiros mais importantes do destino das
exportações brasileiras e está em 38º
lugar como comprador de produtos
brasileiros. Ela informou ainda que seu
país foi um dos dez maiores investido-
res no Brasil em 2004, e que o nosso
país é o mais importante parceiro co-
Ivan Ramalho: “A corrente de comércio exterior brasileira já é superior a 160 bilhões de dólares”. mercial dos suíços na América Latina,
responsável por 51% do comércio
160 bilhões, o que significa que ela já está Neste cenário, o saldo comercial daquele país europeu na América do Sul.
em torno de 26% no nosso PIB, devendo impacta de modo favorável o balanço de Por tudo isto, o governo suíço conside-
chegar a 30%”. pagamentos brasileiro. A nossa indústria ra que o Brasil, juntamente com os Es-
Segundo o secretário, nos últimos dois exporta 60% de sua produção e conta tados Unidos são os países mais impor-
anos, o Brasil teve um crescimento mé- com uma distribuição e diversificação bas- tantes das Américas em termos de co-
dio de 32% de suas exportações, e só a tante razoáveis. Segundo Ivan Ramalho, mércio exterior.
Rússia e a China cresceram mais do que hoje, os produtos manufaturados brasi-
isso, sendo que a Rússia foi favorecida por leiros se destinam majoritariamente aos Investimentos suíços no Brasil
suas exportações de petróleo, e a China, Estados Unidos e à Argentina e, além dis- Cerca de 300 empresas suíças estão
pelo fato de que, nos últimos anos, con- so, os países asiáticos compram, também instaladas no território brasileiro e res-
tou com um extraordinário aumento de de modo significativo, produtos básicos e pondem por 87 mil empregos diretos
sua produção industrial com preços com- manufaturas. Quanto aos estados, São no nosso país, e faturam aproxidamente
petitivos. Já o México, considerado, um Paulo é o principal exportador, seguido 10 bilhões de dólares por ano. Ursula
país emergente, cresceu 14%, menos da por Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bardorf considera que tais empresas são
metade do que o Brasil. Paraná e Rio de Janeiro. conhecidas pela alta qualidade de seus
MERCOSUL e AELC: à espera de junto, razão pela qual ele iria abordar, pri- bora tenha assinado outros acordos bilate-
um definitivo acordo meiro, as relações entre os dois blocos rais com a UE. Em sua opinião, apesar de se
Ao iniciar a exposição, César Bonamigo econômicos e, depois, as que mantêm os tratarem de blocos distintos, do ponto de
teceu uma série de considerações sobre as dois respectivos países. vista de área negociadora é muito seme-
relações do MERCOSUL com a Associa- Com a ressalva de que não desejava “en- lhante o perfil dos participantes da AELC e
ção Européia de Livre Comércio – AELC. sinar o Padre Nosso aos vigários”, Bonamigo da UE, alcançando os integrantes da AELC
Lembrando que o embaixador da Suíça já relembrou aos participantes do seminário um PIB de 53 bilhões de dólares, tendo a
fizera menção à declaração conjunta assi- que a AELC é um bloco econômico inte- Suíça como principal economia.
nada pelos dois blocos para cooperação grado pela Suíça, Noruega, Islândia e As exportações da AELC, explicou o
em matéria de comércio e investimentos, Lichtenstein, e exporta produtos no valor debatedor, correspondem aproximada-
observou que, apesar de estar falando aos de 170 bilhões de dólares, mais 54 bilhões, mente ao dobro das do MERCOSUL . Se
participantes de um seminário que analisa em serviços. Com exceção da Suíça, o blo- os dois blocos possuem PIB semelhante,
o comércio entre o Brasil e a Suíça, convi- co tem um acordo com a União Européia, importa lembrar que a os países da AELC
nha não esquecer que, desde 2000, o formando a Área Econômica Européia, da têm uma população que corresponde a
MERCOSUL só pode negociar em con- qual a Suíça não participa plenamente, em- 10% da população do MERCOSUL, o
MERCOSUL e AELC: João Emilio Gonçalves fala sobre as Parcerias Público-Privadas durante o Painel II.
dois blocos poderosos à um acordo de livre comércio. O primei- Brasil tem grande interesse. A manuten-
espera de um acordo ro encontro ocorreu em 2002, e o se- ção do diálogo com os países da AELC,
gundo, em 2004. Em ambos, houve tro- particularmente com a Suíça, é do inte-
definitivo de livre comércio ca de informações sobre as respectivas resse do Itamaraty, sobretudo pelas possi-
economias, sobre comércio e parcerias, bilidades que abre para se explorar uma
brasileira no comércio com a AELC, pois sobre os acordos internacionais assina- cooperação maior, para a facilitação do
corresponde a 72% das importações e dos por cada um deles e sobre as pers- comércio e de investimentos. Para termi-
68% das exportações totais. pectivas de cooperação futura. nar, Bonamigo reconheceu que a realiza-
Na comparação entre as duas balan- Reafirmando que o perfil de interes- ção do seminário vem facilitar, em muito,
ças comerciais, destacou que o comér- ses da AELC é bastante semelhante ao da a identificação das oportunidades de coo-
cio entre o Brasil e os países da AELC União Européia, pois há demandas de ser-
nos tem sido deficitário, mas em níveis viços, de investimentos, de propriedade Encontros bianuais
de normalidade absolutamente aceitá- intelectual, de compras governamentais,
veis, sem um desequilíbrio notável na ao mesmo tempo em que ambos dispen-
geram troca de
relação. “Quando se examina o quadro sam alguma proteção ao setor agrícola, o informações e facilitam
de comércio,” salientou, “o gráfico muda diplomata lembrou que, individualmen- o comércio bilateral
muito pouco, dada a já mencionada pre- te, os quatro países integram o G-10, no
ponderância brasileira no volume do âmbito das negociações da OMC, em
comércio total.” contraponto ao G-20, que reúne os paí- peração. Quanto às perspectivas futuras
A seguir, Bonamigo explicou que a ses que buscam eliminar o protecionismo de aprofundamento das relações comer-
Declaração Conjunta para Cooperação à agricultura. Nos encontros havidos, a ciais, o Chefe da Divisão de União Euro-
em Comércio e Investimentos, assinada AELC já sinalizou quais as áreas de inte- péia, manifestou a esperança de que seja
entre o MERCOSUL e a AELC, foi fir- resse na negociação com o MERCOSUL: finalmente concluído um acordo entre os
mada em dezembro de 2000 e abrange indicações geográficas de produtos agrí- países do MERCOSUL e os da AELC.
comércio, investimentos e serviços. Pre- colas, barreiras de importação de produ-
vê troca de informações e diálogo regu- tos de pesca, tarifas de produtos industri- Brasil, um investimento lucrativo
lar - os encontros têm tido regularidade ais, proteção de investimentos e compras O segundo debatedor, João Emilio
bi-anual – com a intenção de facilitar o governamentais. Gonçalves, Consultor de Projetos para In-
comércio e os investimentos de ambas As dificuldades de negociação, a exem- vestimentos da APEX, explicou que está
as partes. O plano de ação, que é parte plo do que ocorre com a União Européia, havendo uma revitalização e um aumento
integrante dessa declaração, lista as áreas ficam por conta do protecionismo agrí- do fluxo de investimentos estrangeiros no
previstas para essa cooperação, que são, cola, que impede o livre trânsito do co- cenário internacional, desde 2003, depois
em verdade, todas aquelas previstas em mércio recíproco em um setor em que o da brusca recessão que se seguiu ao pico
“O Brasil não dispõe, ainda, de uma fazem. Para ele, outro objetivo funda-
As PPPs vão ajudar a
marca consolidada em alguns setores mental tem sido o de transformar as em-
tecnológicos”, comentou o palestrante, viabilizar investimentos presas domésticas em transnacionais,
“Em comparação com outros países, é necessários e urgentes para que possamos trazer ao nosso país
interessante notar que a indústria de na infra-estrutura brasileira tecnologias e informações capazes de
software, por exemplo, gera milhares de cooperar para a expansão do nosso de-
empregos e envolve grande número de senvolvimento. O aumento das expor-
firmas. A exportação de manufaturados mento da economia nacional. Além dis- tações, concluiu, foi um dos fatores que
também foi mencionada, dada a sua im- so, a maior importação de insumos e contribuíram decisivamente para a con-
portância e crescimento, pois, no ano equipamentos se traduz num volume clusão governamental sobre a necessi-
passado, atingiu a mais de 100 milhões maior de exportações. dade de se investir em infra-estrutura,
de dólares. No campo das importações, O representante da APEX salientou para que desapareceram os gargalos
João Emílio destacou que o seu valor, que, na estratégia de desenvolvimento, que venham a impedir uma expansão
nos últimos anos, cresceu cerca de 50%. uma das principais questões é a da ainda maior.
Acrescentou que esse aumento, se ocor- atração de parcerias para a formação de Em vista do atual cenário de crescimen-
resse em qualquer outro país, geraria, alianças, tanto para acesso a mercados to econômico brasileiro, baseado na res-
possivelmente, uma infinidade de recla- quanto para o desenvolvimento de pro- ponsabilidade fiscal, foi necessário encon-
mações de todo o setor empresarial, mas, dutos em escala mundial, exploração e trar novos mecanismos de financiamento
no Brasil, teve uma resposta diferente, diversificação de vantagens comparati- e um deles, exemplificou, é o das Parce-
pois as firmas brasileiras, para se adaptar vas e de vantagens competitivas. A es- rias Público Privadas, as PPPs, compos-
a isso, investiram em capacitação e em tratégia brasileira de atração de investi- tas por contratos de longo prazo, entre 5
desenvolvimento de tecnologia e con- mentos estrangeiros ao país, explicou, e 35 anos, que envolvem não apenas a
seguiram responder com uma expansão baseia-se no esforço para atrair compa- construção, mas também o financiamen-
ainda maior de suas exportações, o que nhias que ainda não operam no Brasil e to, a operação e a manutenção, e que po-
só contribuiu para o maior desenvolvi- para expandir as atividades das que já o dem ser complementados por contra-
A APEX-Brasil, em conjunto
com a Sala do Investidor,
atua na área de facilitação
de negócios para quem
está à prucura de novos
investimentos
aliviar o tráfico de veículos na Avenida Desenvolvimento, da Indústria e Co-
que o parceiro privado define uma tari- Brasil e na Rodovia Presidente Dutra, mércio Exterior, operando em conjunto
fa e o setor público garante a rentabili- para favorecer o transporte até o Porto com a Sala do Investidor, que faz parte da
dade mínima do projeto. de Sepetiba. Casa Civil, e atuando nas áreas de facilita-
Para assegurar a continuidade do pa- Por fim, João Emílio Gonçalves re- ção de negócios e do fornecimento de
gamento por parte do setor público foi feriu-se ao Programa de Atração de In- informações a quem deseja investir.
desenvolvido um fundo garantidor, de vestimentos do Brasil, originado na
natureza privada, o que significa que ele priorização de atração de investimentos
é não contingenciável e sujeito a execu- pelo Governo Federal, que percebeu a Brazilian initiatives in the
ção judicial. Os critérios de prioridade necessidade da criação de instituições ambit of investments.
repousam em projetos que tenham gran- The perspectives of increase in
de capacidade de geração de retorno, O Governo Federal está prevendo commercial relations between the
que estejam de acordo com a estratégia MERCOSUL and AELC blocks and particularly
de desenvolvimento do Governo Fede-
dois tipos de PPPs:
between Brazil and Switzerland would be
ral, que possam despertar grande inte- as administrativas e as dynamic with the signing and
resse no setor privado e que já tenham concessões patrocinadas. implementation of future bilateral
um nível de desenvolvimento bastante
Um fundo garantidor assegura agreements that would facilitate the
razoável. Dentre eles, João Emílio des- expansion and diversification of the
tacou três, que já estão sendo desenha- a continuidade respective flows of commerce. Public-Private-
dos: o da Ferrovia Norte-Sul, que visa a de pagamentos do setor público Partnerships can serve as a great incentive to
melhorar o corredor de exportação da foreign investment in the area of
Região Centro Oeste do país; o da Ro- específicas, para coordenar as suas dife- infrastructure, the modernization of which
dovia BR-116, que também se acha em rentes áreas envolvidas e para facilitar o Brazil lacks so much. They can also be the
fase de estudos e cuja licitação saia, tal- diálogo com o setor privado. Dele faz recipe for commerce between Brazil and
vez, até o final do ano; e o do arco rodo- parte a Unidade de Investimentos da Switzerland to return to reaching the levels
viário do Rio de Janeiro, que pretende APEX-Brasil, ligada ao Ministério do already obtained in the near past.
oland Rietman, chefe do Swiss empresa semigovernamental que auxilia nas 5% dessas empresas têm condições
Arthur Pimentel, Coordenador Geral de Exportação do MDIC, expôs os recentes programas do governo brasileiro que incentivam o comércio exterior.
stas palavras, de Arthur Pimentel, de Azeredo Santos, Presidente da Câ- Esforço para os peixes
Incentivar o comércio
exterior junto às pequenas
e médias empresas é meta
do governo brasileiro
Presidente da FCCE
adverte: “Cuidado
com as fraudes!”
João Augusto de Souza Lima desvenda o autoridades estrangeiras do país
fraudulento roteiro dos que procuram ti- ao qual a câmara se refere. Deve-
rar partido e lucrar indevidamente com o se exigir, inicialmente, o reconhe-
prestígio obtido pelas Câmaras Bilaterais cimento das autoridades brasilei-
de Comércio. ras, o aval da Associação Comer-
cial e Federação de Comércio do
O que leva um fraudador a atuar na estado-sede e a inscrição em nos-
esfera das Câmaras Bilaterais de Co- sa Federação das Câmaras de Co- João Augusto de Souza Lima, Presidente da FCCE.
mércio? mércio Exterior.
Souza Lima – O potencial entrevisto rio do país correspondente à falsa câmara.
numa instituição que opera nas presti- Como agem os trapaceiros que fun- Recebido esse adiantamento, que pode ser
giadas áreas do comércio exterior e da dam câmaras inexistentes? polpudo, eles somem.
diplomacia econômica, sua aparente im- Souza Lima – Existe um famoso casal de
portância institucional e, enfim, o êxito fraudadores que age, há anos, em diversos O que vem sendo feito para evitar
obtido pelas câmaras já existentes atra- estados brasileiros. O roteiro básico desses tudo isso?
em sobre si vários tipos de burla, tentati- enganadores é o seguinte: 1) Imprimem Souza Lima – Felizmente, graças sobre-
vas de utilização indevida e de aproveita- papel timbrado de uma câmara falsa, com tudo à vigilância desta FCCE, essas práti-
mento espúrio. um nome pomposo, citam os números do cas diminuíram sensivelmente nos últi-
registro no cartório e dão como endereço mos anos e esperamos que elas sejam de-
É possível fundar falsas Câmaras Bi- de sua sede um apart-hotel, ou um quarto- vidamente extirpadas, eliminadas do nos-
laterais de Comércio? e-sala em bairro conhecido; 2 ) Em segui- so meio. Advertências como esta, veicu-
Souza Lima – Não, mas a criação de da, obtêm dos nossos organismos oficiais ladas em uma revista que tem ampla cir-
uma câmara segue os mesmos trâmites de controle e acompanhamento do comér- culação entre os operadores de comércio
de uma firma de capital limitado, ou seja, cio exterior brasileiro os dados e nomes de exterior, tanto na esfera pública quanto
basta, como primeiro passo, o seu firmas que operam com o país cuja câmara no âmbito da iniciativa privada, podem,
registro no Cartório de Documentos. inventaram; 3) Procuram a direção dessas através da denúncia, alertar próximas víti-
Assim, uma “câmara fantasma”, ao ser empresas e, com a lábia e a esperteza típica mas em potencial.
registrada no cartório, recebe um núme- desse tipo de marginais, convencem os in-
ro de registro, data, número da folha e cautos dirigentes dessas firmas a lhes for-
do livro, apresentando, então, uma falsa necerem equipamentos, computadores,
aparência de legalidade. Em um primei- material diverso de trabalho e dinheiro, a
The President of the
ro momento, isso pode ser o suficiente título do pagamento da “inscrição” e da “pri- FCCE warns: “Careful
para iludir as vítimas das fraudes e para meira mensalidade”...; 4) Em seguida, fo- with frauds!”
extorquir-lhes dinheiro, embora a insti- gem, escafedem-se, desaparecem! 5)De-
tuição, de fato, não exista. pois de algum tempo, mudam de cidade ou The growing prestige of the Bilateral
de Estado e recomeçam tudo de novo, es- Chambers of Commerce functioning in Brazil
Como reconhecer, então, uma verda- colhendo um outro país como alvo de suas has awoken the interest of defrauders who
deira Câmara Bilateral de Comércio? trapaças. do not hesitate to offer different companies,
Souza Lima – É preciso que a sua cri- through prior payment, “participation” in
ação tenha atendido a exigências legais Que outro tipo de fraude executam? fictitious chambers. The link to the Federation
e jurídicas que vão muito além do Souza Lima – A de prometer, mediante of Chambers of Foreign Commerce must
registro em cartório. Não se pode pres- prévio pagamento de “despesas iniciais”, a always be checked to guarantee the
cindir, ainda, do respaldo expresso das nomeação para o cargo de cônsul honorá- authenticity of these institutions.
Jean-Marie Phillipe
mundial.
Na grande exposição realizada em
Londres neste ano, os primeiros relógi-
os sem chaves deslumbraram os notá-
veis visitantes, entre eles a Rainha Vitó-
ria, que, ao adquirir um modelo em for-
ma de broche, feito em ouro de 18 qui-
lates e decorado com esmalte, assegu-
rou, de uma vez por todas, o sucesso da
marca entre as cabeças coroadas e o
beautiful people do mundo inteiro, pois
logo os Pateks cruzaram o Atlântico e
passaram a se constituir num must dos
americanos – e sul americanos – cheios
do dinheiro. Artistas, como o músico
Tchaikovsky, que desfilava com um mo-
delo no estilo Luís XV, e cientistas, como
Marie Curie, a quem a Sociedade de Be-
las Artes de Genebra presenteou com
um exemplar, também espalharam a fama
dos Patek entre os plebeus endinheirados
O magnata norte-america-
Patek Philippe, the
no James Ward Packard,
criador da famosa linha de
best watch in the
automóveis, e seu modelo world
exclusivíssimo.
The Patek Philippe brand is one of the most
respected and admired in the whole world and
possessing a watch with this brand is attestation
of refinement and good taste. The first models
were created in 1835, soon obtaining the
preference of the rich and noble Europeans, and
today they are found spread across the world.
Há quanto tempo o senhor está ser- pos difíceis, havia a crise da dívida exter- E como vão as relações comerciais
vindo no Brasil? na, a Guerra das Malvinas, o governo entre Brasil e Suíça ?
RB – Estou aqui desde outubro do ano militar. De lá para cá, o Brasil mudou RB – Antes de mais nada, vamos lem-
passado, há cerca de nove meses, por- muito, e a mudança mais importante é brar que as duas economias são comple-
tanto. Esta é a segunda vez que traba- que, hoje, é uma nação democrática. As- mentares e que essas relações são anti-
lho no Brasil, onde servi de 1982 a sisti ao caminho traçado pelo Brasil para gas: a Nestlé, por exemplo, está no Bra-
1987. Sou um entusiasta deste país, chegar a essa democracia. Vi a campanha sil há mais de oitenta anos e a Câmara de
onde nasceram dois filhos meus, dois pelas “Diretas, já!”; a eleição e o terrível Comércio Suíço-Brasileira data de 1945.
candangos. drama do presidente Tancredo Neves; o O Brasil é, de longe, o principal parceiro
governo de José Sarney com seu Plano comercial da Suíça na América Latina,
Em sua visão, há muita diferença Cruzado... foi um período muito inte- mas hoje em dia acontece uma certa es-
entre o Brasil da década de 80 e o ressante. Agora, o Brasil é um país muito tagnação nas trocas bilaterais, e o peso
Brasil de hoje? amadurecido, com uma democracia que relativo da Suíça vem caindo na pauta da
RB – Muita. Quando eu cheguei aqui, avançou muito e fez enormes progres- economia brasileira nos últimos anos,
em 82, o mundo e o Brasil viviam tem- sos no campo econômico. tanto nos investimentos quanto no co-
“
exportador em face do dólar mais The best meat in the
fraco?
É preciso acompanhar
atentamente a política cambial world search for new
PM – Em termos gerais, nós vamos as-
markets
sistir, ou melhor, já estamos assistindo de concorrentes como Austrália
aos setores ficarem mais vulneráveis. Em
especial, aqueles que empregam mais
e Argentina para continuarmos President of the Board of the Brazilian
mão-de-obra estão sentindo uma grande
retração. Podemos citar os calçados, mó-
veis, auto-peças, confecções e tecidos.
a ter competitividade
”
bio há mais de um ano, que está a 2,80 ou
Association of Meat Exporters Industry –
ABIEC, ex-minister Pratini de Moraes, on
his investiture brought the Association a
São setores que, em razão da taxa de câm- 2,90. Não há a menor dúvida que o mo- challenge: to consolidate Brazil as the
bio e em razão do aumento das importa- vimento de redução no ritmo das expor- world’s greatest exporter of the product.
ções da China, são mais vulneráveis. tações consegue gerar saldos comerci- With his wide experience in the
Mesmo os outros setores, mais estru- ais, em função de compromissos anteri- international market, Pratini de Moraes
turados, enfrentam dificuldades. Por ores que estão sendo cumpridos agora. wishes to conquer new slices of traditional
exemplo, o setor de carnes. Continua- Também em função de uma menor im- markets and new markets since according
mos aumentando as exportações, mas há portação decorrente de uma redução no to him “Brazilian meat is the best in the
muito tempo não se consegue aumentar ritmo do crescimento da economia. Ima- world and whoever tastes it always wants
os preços. Com a melhoria dos preços ginamos que no segundo semestre a taxa more”. Amongst the problems faced by the
em dólar foi possível compensar uma de câmbio deva se ajustar. producers is the current value of the dollar,
parte da desvalorização em nosso mer- which makes the price less competitive in
cado, mas no que se refere ao setor ex- Qual seria a taxa de câmbio ideal the world market.
terno estamos chegando ao limite, prin- para o setor que o senhor repre- For the agricultural business he planted
cipalmente quando nossos concorren- senta? with imported inputs with the dollar at R$
tes, como a Argentina e a Austrália, con- PM – A verdade é a seguinte: para o 3.20, the minimum viable is an exchange
tinuam mantendo o valor de suas moe- agronegócio que plantou com insumos rate of R$ 2.80. The immediate consequence
das acompanhando o valor do dólar. A importados com o dólar a R$ 3,20 o of a shortfall exchange is the lack of
Argentina está com a mesma taxa de câm- mínimo viável é 2,80. A conseqüência investments for the future.
Lição a seguir
Segurança e inviolabilidade:
a receita do sucesso dos
bancos suíços
País eminentemente agrícola até o que se quebre um sigilo bancário é preci-
A um encontro que tinha como final do século XIX, a Suíça foi, pro- so abrir um processo em que se estudam,
principal parceiro a Suíça – o gressivamente, se transformando detalhadamente, as razões favoráveis e
em uma potência financeira, cujas contrárias a essa quebra. O titular da con-
mais famoso centro financei- entidades mais poderosas são os seus ta, ao contrário do que ocorre aqui, é cha-
famosos bancos. Qual é o segredo mado, recebe a notícia de que se suspeita
ro mundial – não poderia dei- de todo esse sucesso? O Brasil tem de algo em suas contas e é ouvido, pode
xar de comparecer um peso algo a aprender com o sistema ban- defender-se, fazer um contencioso que
cário suíço? até mesmo prove a inutilidade da quebra.
pesado do nosso setor ban- JAR – Bem, temos muito a aprender, No Brasil, quebrar ou não um sigilo ban-
antes de mais nada, em relação à questão cário é uma decisão de um juiz apenas,
cário. O seminário contou do sigilo. Embora possa não parecer, a não se abre um processo.
questão do sigilo, na Suíça, tem limites. O
com a presença de Johan Al-
bino Ribeiro, Diretor Jurídi-
processo de quebra de sigilo, no entanto,
é absolutamente dependente de estudada
autorização judiciária, pois a idéia é criar
“ O respeito atribuído ao sigilo
bancário na Suíça
é o mesmo dispensado à
co da Federação Brasileira de estímulos para que as pessoas transfiram,
Johan Albino Ribeiro, Diretor Jurídico da Febraban, defende uma maior proteção do sigilo nas operações bancárias, como ocorre na Suíça.
aplicação dos seus recursos. O Brasil tam- tos de diversos tipos de contas, retirando, está mais ligada ao futebol, ao samba, à
bém tem uma taxa de juros dos títulos pú- assim, as pessoas das filas bancárias. violência. É verdade que nós temos al-
blicos que é altíssima: hoje, as empresas guns tipos de problemas relacionados com
têm de colocar suas disponibilidades em Em sua opinião qual é a vantagem de a questão social, a distribuição de renda e a
bancos, em títulos públicos, enfim, com se realizarem seminários como este? criminalidade, mas a maneira de resolvê-
rapidez, pois cada dia passado pode repre- JAR – Eu acho ótimo, porque o Brasil é los passa por nossa inserção no contexto
sentar uma perda significativa de recursos. muito pouco conhecido lá fora; a visão internacional, daí a importância de encon-
Os longos anos vividos sob a inflação fize- que as pessoas têm do país, infelizmente, tros como o que acabamos de ter.
ram com que o Brasil desenvolvesse um
dos sistemas financeiros mais criativos e de-
senvolvidos do mundo. Em termos quan- Safety and Inviolability: the recipe for
titativos, enquanto a Suíça tem dez milhões success of the Swiss Banks
de habitantes, nós temos oitenta milhões
de brasileiros que dispõem de contas em Johan Albino Ribeiro, Legal Director of the the uselessness of the breach. In Brazil, to
bancos, e um número muito maior de Brazilian Federation of Banks, who was one of breach bank confidentiality or not is only a
transações bancárias, pois, no Brasil, pagam- the speakers of Panel IV, dedicated to the decision of a judge, a suit is not filed.
se as contas de água, de luz, de gás e de theme Successes and Challenges – The With relation to the functioning of the
telefone, o carnê da escola e uma porção de Business View. According to him Brazil has bank system, the Brazilian system of
outras coisas através do sistema financeiro. much to learn from the Swiss bank system, payments is unprecedented in the whole
Nos Estados Unidos, por exemplo, as con- principally with respect to bank world, it manages to make a bank
tas são pagas através do Correio: você manda confidentiality, which also has its limits there. transference from one bank to another or to a
o cheque, alguém recebe, paga as contas e The title holder of the account, contrary to supplier in a question of seconds and the
envia um recibo de volta... E é um dos mai- what happens here, is called, receives the system, as a whole, is very safe.
ores interesses da Febraban dinamizar ainda notice that he is suspected of something in The long years lived under inflation made
mais o nosso sistema, de modo que se pos- his accounts and is heard, can defend brazil develop one of the most creative and
sam ampliar as possibilidades de pagamen- himself, be contentious which can even prove modern financial systems in the world.
suíços eram vestidos e calçados à custa comandante, roxas para os oficiais, ver-
dos papas; especula-se que, para que se melhas para os alabardeiros e amarelas
pudesse identificar melhor a corporação, e pretas para os instrumentistas.
sobre o peito de cada soldado poderia Quanto à afirmação de que teria sido
estar bordada uma grande cruz suíça, de Miguel Ângelo o autor do vistoso uni-
cor branca, ou as duas chaves pontificais, forme, trata-se de crença corrente na
cruzadas. própria Itália, mas não há comprovação
Ao longo da História começam a apa- documental de que isso tenha aconteci-
recer registros de vários tipos de uni- do, ao passo que a multicolorida criação
formes, quase todos de cores amarela e de Repond está cuidadosamente regis-
azul, às quais, no pontificado de Leão X, trada nos arquivos da Biblioteca Vaticana.
foi juntado o vermelho, formando, as- Pesquisador atento de formas e cores e
sim, as cores dos Médicis, famosos aficionado dos estudos sobre o variado
mecenas renascentistas. Com a evolu- e colorido mundo dos uniformes mili-
ção dos tempos e das modas marciais tares, Repond recorreu ao pintor Rafael
Swiss Guard, the colored
passaram pelo uniforme da guarda vári- e em seus afrescos quinhentistas reco- feathers of a corporation
os comprimentos de calças e calções, lheu inspiração para a concepção e exe- of elite
muitas variedades de calçados e diferen- cução do modelo até hoje em vigor. Ao About to complete 500 years, the
tes tipos de coletes, chapéus, e agasa- azul, vermelho e amarelo tradicionais, Pontifical Swiss Guard continues to
lhos. Os acontecimentos históricos, ele acrescentou o branco, presente nas enchant the visitors of the Eternal City.
como a Revolução Francesa e, mais tar- luvas e nas golas. Sua mais variada e de- Their colorful uniforms that have different
de, o Império Napoleônico, tiveram cisiva contribuição cromática ao unifor- feather colors in the helmets to indicate
também suas repercussões estéticas no me papal diz respeito, no entanto, às the rank of the respective wearer, contrary
uniforme da guarda. plumas de avestruz que ornamentam as to what is believed, was not created by the
O atual uniforme deve-se ao coman- couraças de metal da cabeça dos guar- renaissance painter and sculptor Michael
dante Jules Repond, que esteve à frente das. Cada graduação militar corresponde Angelo, but date from the beginning of the
do pequeno exército entre 1910 e 1921. a uma cor de plumas: brancas para o XX century.
DEMAIS PRODUTOS
DEMAIS PRODUTOS
Cultura: produto de Estas palavras do Cônsul- sempre um mercado teste na estratégico, a longo prazo, é
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exportação Geral da Suíça no Rio de Europa, com alto poder se integrar, mas nos
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“A cultura, principalmente Janeiro, Klaus Bucher, dão aquisitivo”, disse Klaus próximos anos isto não vai
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a música, gera produtos bem a medida de como os Bucher. “Temos de tratar de ser possível”, concluiu.
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importantes, através dos seus conterrâneos se sentem dar um novo impulso ao
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quais o Brasil já tem boa atraídos por aspectos nosso comércio exterior, Havaianas made in
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entrada na Suíça e pode ter ○
culturais da vida brasileira, com novas idéias para agradar Brazil
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ainda mais. Não se pode que podem render bons a suíços e brasileiros”. Cada mercado exige um
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esquecer aí a gastronomia e o negócios. Ele acha ainda que O cônsul acha que os produto específico, e
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papel da feijoada. Quando a cachaça pode ser também produtos suíços que mais descobrir o que pode fazer
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vou ao meu país fico um ótimo produto de agradam aos brasileiros são sucesso em certas regiões e
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contente em saber que já exportação. aqueles de alta tecnologia e países é uma arte muito
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existem nele vários lugares “A Suíça é um país alta qualidade, feitos para praticada pelos especialistas
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onde se pode beber pequeno, com relativamente durar toda uma vida. em comércio exterior.
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caipirinha”. poucos habitantes, mas é Segundo ele, a qualidade tem Segundo Ursula Bardorf,
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seu preço, mas compensa. Diretora-Executiva da
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Swisscam, a Câmara de
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Por que a Suíça não Comércio Suíço-Brasileira, as
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entrou na União populares sandálias havaianas
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Européia (na verdade, quase uma
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Rudolf Baerfuss, marca registrada brasileira)
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Embaixador Extraordinário são um bom exemplo.
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e Plenipotenciário da Suíça Naquele país europeu,
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no Brasil, tem uma ninguém costumava usar tais
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explicação para o fato de sandálias e havia, portanto,
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seu país não ter aderido à uma grande curiosidade
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União Européia – EU. sobre elas. Isto tornou
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Investimento, organizados pela serviu durante duas grandes torno de 80 francos suíços
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FCCE, é distribuída entre as mais população não quer entrar suíço cotado a R$ 1,81, daria
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destacadas personalidades, do
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culturais e mesmo
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no comércio internacional.
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seu produto a quem realmente aderir à UE, já que a Suíça e Comércio vai dispor de
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Procure-nos.
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EM BREVE
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brasileira faz sucesso
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na mesa suíça
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Marcus Vinicius Pratini
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de Moraes, Presidente do
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Conselho da Associação ○
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Brasileira da Indústria de
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Exportadores de Carne,
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informa que a Suíça é um
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grande importador de carne
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do Brasil. Atualmente os
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suíços estão comprando
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coxão mole de nelore para
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fazer o tradicional viande de
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grison.
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Software brasileiro faz
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sucesso na Europa
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Os programas de maior
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sucesso nas relações bilaterais
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entre o Brasil e a Suíça têm
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sido os da área de informática,
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em especial os dos softwares Manuais de Procedimentos e Informações
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criados por brasileiros. Um Brasil-Portugal, Brasil-Marrocos,
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dos motivos que levaram a Brasil-Bélgica/Luxemburgo e Brasil-Suíça
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esta bem-sucedida parceria,
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além da criatividade dos
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nossos técnicos, é o fato de nossa dívida pública. Depois de cio Exterior e Investimentos Friburgo, no Rio de Janeiro.
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que este produto não oito anos consecutivos do Brasil-Argentina. Na ocasião, Em 2004 a Nestlé firmou um
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depende de logística para ser crescimento, há três anos a ele deverá convidar o Presiden- convênio com o CCPF, Centro
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transportado. No que se tendência tem sido de redução te da Federação das Câmaras de de Conservação e Preservação
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refere à logística o país ainda na relação da dívida/PIB. Comércio Exterior – FCCE, Fotográfica da Funarte, para a
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está longe das condições Embora acredite que o país só João Augusto de Souza Lima, a implantação do tratamento do
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necessárias para acompanhar terá tranqüilidade quando coordenar juntamente com ele acervo do Centro de
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o crescimento que as esses índices estiverem a próxima edição de um en- Documentação da Nestlé,
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exportações vêm próximos dos 40%, a contro que deverá reunir repre- composto por nove álbuns
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apresentando a cada ano. O repetição de anos de uma sentantes da iniciativa privada fotográficos, com cerca de 800
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Brasil produz também nova tendência é fundamental de ambos os países. Enquanto imagens. A coleção, que tem
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tecnologia para computadores e pode antecipar decisões isso, é enorme a expectativa entre suas peças as imagens da
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que tem conquistado importantes para os novos para o Seminário do dia 11a ser famosa moça que ilustra a
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importantes fatias do investidores. realizado pela FCCE, que ocor- embalagem da lata de leite
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está presente na pauta de Brasil e Argentina: um ções Brasil-Argentina que se importantes registros da
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convite, um encontro e
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há três anos tria, Comércio e Mineração da CCPF restaura acervo na preservação de coleções
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Para o Secretário do República da Argentina e atual documental da Nestlé fotográficas brasileiras, presta
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Tesouro Nacional, Joaquim Presidente do Centro de Estu- A Nestlé, uma das mais também serviços para
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Ferreira Levy, um dos fatos dos Bonaerense – CEB, Dante tradicionais empresas suíças instituições privadas que
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mais relevantes dentro da Sica, virá ao Rio de Janeiro, no com sede no Brasil, possuem em seus acervos,
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nova política de estabilidade próximo dia 11 de julho, para o comemora, em 2005, 84 anos material de relevância histórica
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04 de abril PORTUGAL
12 de maio MARROCOS
30 de maio BÉLGICA/LUXEMBURGO
27 de junho SUÍÇA
11 de julho ARGENTINA
01 de agosto VENEZUELA
29 de agosto MÉXICO
03 de outubro CHILE
07 de novembro ITÁLIA
21 de novembro HOLANDA
28 de novembro POLÔNIA
12 de dezembro CANADÁ