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2007
05 de março
Seminário Bilateral de
Comércio Exterior e Investimentos
BRASIL AMÉRICA CENTRAL
Costa Rica – El Salvador – Guatemala – Honduras – Nicarágua
FCCE
La FCCE es la más antigua Asociación de Clase de- En un pasado reciente, la FEDERACIÓN DE LAS CÁ-
dicada exclusivamente a las actividades de Comercio MARAS DE COMERCIO EXTERIOR – FCCE firmó Con-
Exterior. venio con el CONSEJO DE CÁMARAS DE COMERCIO
Fundada en el ano 1950, por el empresario João DE LAS AMÉRICAS, organismo que representa a las Cá-
Daudt de Oliveira (se debe a él la fundación de la Con- maras Bilaterales de Comercio de los siguientes países:
federación Nacional de Comercio – CNC, 5 años an- ARGENTINA, BOLIVIA, CANADÁ, CHILE, CUBA,
tes), la FCCE opera, ininterrumpidamente, desde hace ECUADOR, MÉXICO, PARAGUAY, SURINAME, URU-
más de 50 años, incentivando y apoyando el trabajo de GUAY, TRINIDAD Y TOBAGO y VENEZUELA.
las Cámaras Bilaterales de Comercio, Consulados Ex- Además de varias decenas de Cámaras Bilaterales de
tranjeros, Consejos Empresariales y Comisiones Mixtas Comercio afiliadas a la FCCE en todo Brasil, forman
a nivel federal. parte de la Directoria actual, los Presidentes de las Cá-
La FCCE, por fuerza de su Estatuto, tiene ámbito na- maras de Comercio: Brasil-Grecia, Brasil-Paraguay, Brasil-
cional y posee Vicepresidentes Regionales en diversos Rusia, Brasil-Eslovaquia, Brasil-República Checa, Bra-
Estados de la Federación, operando también en el plano sil-México, Brasil-Belarus, Brasil-Portugal, Brasil-Líba-
internacional, a través de “Convenios de Cooperación” no, Brasil-India, Brasil-China, Brasil-Tailandia, Brasil-Italia
firmados con diversos organismos de la más alta credibi- y Brasil-Indonesia, además del Presidente del Comité
lidad y tradición, a ejemplo de la International Chamber Brasileño de la Cámara de Comercio Internacional, el
of Commerce (Cámara de Comercio Internacional – Presidente de la Asociación Brasileña de las Empresas
CCI), fundada en 1919, con sede en París, y que posee Comerciales Exportadoras – ABECE, el Presidente de
más de 80 Comités Nacionales, en los 5 continentes, ade- Ia Asociación Brasileña de la Industria Ferroviaria –
más de operar la más importante “Corte Internacional de ABIFER, el Presidente de la Asociación Brasileña de los
Arbitraje” del mundo, fundada en el año 1923. Terminales de Contenedores, el Presidente del Sindi-
La FEDERACIÓN DE LAS CÁMARAS DE COMER- cato de las Industrias Mecánicas y Material Eléctrico,
CIO EXTERIOR tiene su sede en la Avenida General Jus- entre otros. Súmese aun, la presencia de diversos Cón-
to nº 307, Río de Janeiro, (Edifício de la Confederación sules y diplomáticos extranjeros, entre los cuales, el
Nacional de Comercio - CNC) y mantiene con esta enti- Cónsul General de la República de Gabón, el Cónsul de
dad, hace casi dos décadas, “Convenio de Respaldo Admi- Sri Lanka (antiguo “Ceilán”), y el Ministro Consejero
nistrativo y Protocolo de Cooperación Mutua”. Comercial de la Embajada de Portugal.
La Directoria
DIRECTORIA PARA EL TRIENIO 2006/2009
Presidente
1 st V i c e p r e s i d e n t e
Directores
APOIO
Energia limpa e acesso
○
○
○
○
○
a novos mercados
○
○
○
○
○
○
FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE COMÉRCIO EXTERIOR – FCCE
○
○
chegou ao seu 3º ano de seminários bilaterais. Nesse período, no que
○
○
tange ao comércio exterior brasileiro e aos investimentos realizados,
○
○
inúmeras foram as propostas lançadas; entraves identificados; oportunidades
○
○
sinalizadas; recordes atingidos. O fórum de discussão instituído pela FCCE
○
ganhou destaque por sua seriedade e interesse em acompanhar de perto as
○
○
metas instituídas pelo Governo Federal.
○
○
O Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos Brasil-
○
○
América Central inovou, ao priorizar não somente um, mas cinco países.
○
○
Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua foram tema do
○
○
Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos, realizado no
○
○
auditório do edifício sede da CNC, na cidade do Rio de Janeiro, em 05 de
○
março de 2007.
○
○
Se a corrente de comércio daqueles países com o Brasil é, ainda, tímida,
○
○
que isso sirva para sinalizar oportunidades à vista. Mercados consumidores
○
CONSELHO DE
○
ainda mal explorados e acordos preferenciais de comércio são a senha para a
○
CÂMARAS DE COMÉRCIO
○
intensificação das exportações para aquela região, sobretudo quando ○
○
DAS AMÉRICAS
com o fito de fazer penetrar nos Estados Unidos produtos brasileiros a custos
○
○
Expediente
○
Produção
finalmente parece ter-se dado conta dos perigos do aquecimento global. O
○
petróleo, recurso finito, considerado como poluidor em sua queima, é, ainda, Av. General Justo, 307/6o andar
○
o motor das economias. Possui, entretanto, alternativas energéticas de grande e-mail: fcce@cnc.com.br
○
Editor
○
O coordenador da FCCE
fuel e com a mistura e estabilização do álcool como combustível foi tema
○
aproxima, levando-se em conta a substituição, a contento, é claro, da matriz Projeto Gráfico, Edição e Ar te
○
Estopim Comunicação
○
O leitor encontrará neste número a cobertura completa do seminário que e-mail: estopim@estopim.com
○
Revisão
privilegiou uma região até bem pouco tempo não priorizada pelo Brasil, mas que,
○
Fotografia
○
Christina Bocayuva
aos investimentos e ao comércio exterior brasileiro: a América Central
○
○
Secretaria
○
6 E N T R E V I S TA 48 E M P AU TA
Suyapa Indiana Padilla Tercero
Victor Manuel Lozano Urbina
Amazônia: crescer e
Em busca da integração preservar
um patrimônio da
Gonçalo de Barros Carvalho e Mello humanidade
Mourão
“A política brasileira
objetiva uma aproximação intensa e 50 I N T E R C Â M B I O
produtiva com a América Central”
“Brasil tem muito a lucrar na parceria com
1 7 A B E RT U R A Honduras”
“Brasil procura integrar-se com os países da
Brasileiros podem alcançar o mercado Norte- América Central”
americano passando pela América Central “Queremos saudar o povo
23 P A I N E L I e os empresários do Brasil”
Exportação de serviços 53 P R O D U T O
inclui diferentes setores
da economia Honduras e seus
ótimos charutos
28 P A I N E L I I 55 E N E R G I A
Energia, turismo e transportes
Pioneira em combustível
34 P A I N E L I I I limpo
“Uma boa política
As exportações energética é essencial
brasileiras de para o desenvolvimento”
manufaturados e bens
de capital
58 T R Â N S I T O
38 E N C E R R A M E N T O Um sinal que significa vida
Brasil vive, hoje, círculo virtuoso
no comércio exterior 61 E N G E N H A R I A
41 F I N A N C I A M E N T O S Sustentabilidade na ordem do dia
Desenvolvimento e mudança
da realidade social
62 C U LT U R A
Música e dança na
42 T U R I S M O Nicarágua
45 C I DA D A N I A 65 R E L A Ç Õ E S B I L AT E R A I S
“Meu país aposta na educação como fator de
desenvolvimento” 70 C U RTA S
ENTREVISTA
Suyapa Indiana Padilla Tercero afirma que a Nicarágua pretende exportar e se aproximar de todos os centros de comércio do continente americano.
Em busca da integração
Embaixadores de Nicarágua e Honduras acreditam no potencial das
relações comerciais do mercado centro-americano com o Brasil
O Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investi- seu turno, revelou um perfil de empresário e esboçou uma
mentos Brasil-América Central reuniu os embaixadores visão pragmática, voltada para os negócios e para um estímu-
plenipotenciários da Nicarágua, Suyapa Indiana Padilla lo intenso aos investimentos. Ambos os embaixadores de-
Tercero, e de Honduras, Victor Manuel Lozano Urbina. monstraram competência e interesse numa maior aproxi-
A Embaixadora da Nicarágua, durante sua exposição, mação com o governo e com os empresários brasileiros.
analisou o potencial do relacionamento bilateral com o Bra- Confira, ao longo da entrevista, o que pensam estes dois
sil, mostrando-se preocupada com questões sociais e de de- embaixadores sobre comércio, investimentos e sobre o
senvolvimento regional. O Embaixador de Honduras, por relacionamento com o Brasil.
Estados Unidos. Somos o terceiro ex- SP – Claro que sim. Nós necessitamos
portador (por meio da maquila) para os de investimentos, principalmente em se-
americanos. Estamos procurando, no tores que dependem de tecnologia. Com
momento atual, um relacionamento mai- o aporte tecnológico que vem desenvol-
or com o Brasil que tem acenado com a vendo na produção do etanol, o Brasil
possibilidade de investimentos brasilei- poderia nos ajudar muito. Na Nicarágua
ros em Honduras. Nós proporcionamos temos um consórcio que cultiva cana-
muitas oportunidades para a fixação das de-açúcar, produz etanol e já realizou suas
empresas, como redução de impostos primeiras exportações. Necessitamos, no
para importação de maquinaria e maté- entanto, necessitamos de apoio para am-
ria-prima. Honduras, há muito tempo, pliar nossa escala de produção. Esse se-
abriu suas fronteiras para os produtos minário pode chamar a atenção dos em-
brasileiros, mas ainda temos uma balan- presários brasileiros que se disponham a
ça comercial muito deficitária. Compra- investir em nosso país.
mos do Brasil mais ou menos US$ 140 VU – Sim. Ainda estamos trabalhando
milhões e o Brasil compra cerca de US$ nisso. Em 2006, foram para Honduras
600 mil de Honduras. Acredito, no en- cinqüenta investidores, numa missão
“
tanto, que, dentro de pouco tempo, va- especial à América Central, chefiada
Há paz no continente e mos melhorar essa balança. pelo Ministro do Desenvolvimento, In-
boa vontade por dústria e Comércio Exterior, Luiz
parte da maioria dos países Neste cenário, que importância têm Fernando Furlan. Estamos abrindo as
”
os investimentos? Os seus países es- portas do país, e acho que dentro de
centro-americanos tão interessados em atrair capitais pouco tempo vamos ter empresas,
S U YA PA P A D I L L A N brasileiros? como a Santista, fazendo investimentos
muito importantes.
A trajetória da senhora embaixadora
A cidade do embaixador
Suyapa Indiana Padilla Tercero nasceu em Somoto, na Nicaragua.
A senhora e o senhor são otimistas
ou pessimistas com relação ao futu-
Desde
Naturalnovembro
da cidadedede2005 vem desempenhando
Olanchito, no Norte do país,asofunções
Embaixadorde embaixadora
de Hondurasde ro das relações comerciais entre a
seunopaís no Victor
Brasil, Brasil. Manuel
Entre 1997 e 2004,
Lozano Urbina,exerceu importantes
é licenciado cargos diplomáticos
em Ciências Jurídicas e América Central e o resto do conti-
emSociais
váriospela
países, tendo sidoNacional
Universidad embaixadora
Autónomaem Honduras,
de Honduras embaixadora
e Doutorna emAlemanha
Direi- nente? Existem boas perspectivas?
com extensão para a Suíça e embaixadora na Áustria com extensão
to Agrário pela Universidad Complutense de Madrid. Foi advogado da Corte para os seguintes SP– Sim, vejo ótimas perspectivas, por-
países do Leste
Suprema Europeu:
de Justiça República Tcheca,
de Tegucigalpa, Honduras.Eslováquia, Hungria, Bulgária, Polônia que todos os países da América Latina
e Eslovênia.
O município de Olanchito, sua terra natal, é conhecido como a “Cidade Cívica estão vivendo a democracia. Há paz no
DeHonduras”.
de 1991 a 1996, foi conselheira
Ele pertence ao Estadoedecônsul-geral
Yoro, que ficadanoEmbaixada da Nicarágua
coração do Vale Aguán. continente e, também, boas intenções das
também em Viena.
A região é caracterizada pela hospitalidade com que recebe seus visitantes e por partes. Cada um dos países está fazendo
Seu curiosas
suas ingressotradições
no corpoediplomático de seu país éseuma
costumes. Atualmente, deudasemcidades
agosto mais
de 1990 e sua
impor- um grande esforço para que o comércio
primeira
tantes do missão
país, foi a de conselheira
contando com educação da embaixada
formal emdatodosNicarágua em desde
os níveis, Berlim.o pré- internacional funcione. Como vivemos
Do início
escolar dos anos 70Impulsionada
à universidade. até 1988, desenvolveu
pelo Vale Aguán, uma ascarreira como
atividades professora
econômicas num mundo globalizado, não podemos
emmais
seuimportantes
país, tendo sãosidoa fundadora e diretora da Escola de Comércio
agricultura e a pecuária, nas quais se destacam a produção San José, no nos isolar. Temos de procurar criar um
Norte
de leite e as cooperativas de fazendeiros, em geral produtoras de grãos. É possívelem
da Nicarágua, e professora de Literatura e Artes no Instituto Nacional tratado de livre comércio para nos forta-
Somoto.
mencionar, ainda, o cultivo de bananas, sendo a maior cidade produtora de lecermos mais e, também, para que nos-
Foi, ainda,
Honduras professora
e uma das quedeproduz
História e Letras
frutos na Universidade
de melhor qualidade noCentro-Americana
mundo. Conta, sos produtos possam chegar aos países
daainda,
Nicarágua e tem pós-graduação em administração
com comércio, algumas indústrias e serviços. funcional de empresas na mais ricos.
especialidade de gerência para o desenvolvimento, cursada
Muitos são os atrativos de Olanchito, que vão desde suas comidas típicasno Instituto Centro-
até VU – Nós vivemos, como o resto dos
Americano
a celebração de da
Administração
Semana Cívica. de AEmpresas,
cidade conta em com
Manágua.
várias instituições culturais países centro-americanos, um momento
eAturísticas,
Embaixadora Suyapa
entre elas Indiana
a Casa PadillaoTercero
de Cultura, tem a Ordem
Museu Municipal da Estrela
e o Palácio Muni-do de mercado produtivo. Com esse tratado
Grau de Cavaleiro Grã-Cruz, que lhe foi outorgada pelo
cipal. Pode-se fazer uma caminhada longa até o alto do Monte Pacura ou do Governo da República de livre comércio que assinamos com os
Federal
CampodaEscola;
Alemanha porassuas
escalar atividades
Cavernas diplomáticas
do Naranjo; naquele
ir a centros país. Em
turísticos comodezem-
El Estados Unidos, estamos abrindo nossas
broConquistador,
de 2003, foi eleita
La Mora,a diplomata
e a outrosdobalneários.
mês pela Associação
Os turistasDiplomática
não podem deixarde Leipzig.
de fronteiras e criando possibilidades de im-
É casada,
visitar tem duas
o Parque filhas
Central e gosta de
e degustar as fazer pinturaChuletas
tradicionais a óleo edeem“Chilo”
porcelana, além
(a carne portar e exportar. Entendemos, também,
deassada)
trabalhos
ou, se tiverem oportunidade, saborear o Jamo en Coco, a mais famosa e
manuais com diferentes técnicas. Fala espanhol, alemão, inglês que nossos empresários devem ser mais
português.
comida típica de Olanchito. agressivos, aumentando sua produção e
“
tava crescendo e buscando parceiros co- Acredito que o brasileiro é o maior te-
merciais em outras regiões. Hoje em dia, souro que o Brasil tem. É uma gente Oferecemos redução de
o panorama é outro: os brasileiros estão muito amável, muito gentil, muito ani- impostos para importação
levando em conta, em termos de comér- mada. Morando aqui, me senti como se de maquinaria e
”
cio e investimentos, os países centro- tivesse nascido no Brasil. É muito fácil,
americanos e creio que nossas relações para qualquer pessoa, adorar o Brasil e matéria-prima em Honduras
vão se fortalecer. os brasileiros. VICTOR URBINAN
VU – Queremos estreitar cada vez mais o
nosso comércio com os brasileiros. A cidade do embaixador
Na atividade comercial, que é cada Natural da cidade de Olanchito, no Norte do país, o Embaixador de Honduras
vez mais internacionalizada, é pos- no Brasil, Victor Manuel Lozano Urbina, é licenciado em Ciências Jurídicas e
sível manter o sentido de nacionali- Sociais pela Universidad Nacional Autónoma de Honduras e Doutor em Direi-
dade e de identidade cultural de to Agrário pela Universidad Complutense de Madrid. Foi advogado da Corte
cada país? Como preservar a perso- Suprema de Justiça de Tegucigalpa, Honduras.
nalidade nacional num mundo O município de Olanchito, sua terra natal, é conhecido como a “Cidade
globalizado pela informação e pela Cívica de Honduras”. Ele pertence ao Estado de Yoro, que fica no coração do
tecnologia? Seu país está tentando Vale Aguán. A região é caracterizada pela hospitalidade com que recebe seus
criar uma marca nacional para seus visitantes e por suas curiosas tradições e costumes. Atualmente, é uma das
produtos? cidades mais importantes do país, contando com educação formal em todos
SP – Creio que seria muito triste se per- os níveis, desde o pré-escolar à universidade. Impulsionada pelo Vale Aguán,
dêssemos nossa identidade como país; as atividades econômicas mais importantes são a agricultura e a pecuária, nas
por isso procuramos estabelecer uma quais se destacam a produção de leite e as cooperativas de fazendeiros, em
marca que nos identifique. Um exemplo geral produtoras de grãos. É possível mencionar, ainda, o cultivo de bananas,
a ser citado são as pequenas nações eu- sendo a maior cidade produtora de Honduras e uma das que produz frutos de
ropéias. A Áustria tem a marca “A”, e to- melhor qualidade no mundo. Conta, ainda, com comércio, algumas indústri-
dos os produtos que saem daquele país as e serviços.
têm essa identificação. Na Nicarágua, te- Muitos são os atrativos de Olanchito, que vão desde suas comidas típicas até
mos produtos excelentes, como o rum a celebração da Semana Cívica. A cidade conta com várias instituições culturais
Flor de Caña, o tabaco e os charutos, que e turísticas, entre elas a Casa de Cultura, o Museu Municipal e o Palácio Muni-
são excelentes. Trata-se, então, de esta- cipal. Pode-se fazer uma caminhada longa até o alto do Monte Pacura ou do
belecer uma marca que identifique os Campo Escola; escalar as Cavernas do Naranjo; ir a centros turísticos como El
produtos nicaragüenses e que, ao mes- Conquistador, La Mora, e a outros balneários. Os turistas não podem deixar de
mo tempo, sinalize que somos centro- visitar o Parque Central e degustar as tradicionais Chuletas de “Chilo” (a carne
americanos. Não podemos, nunca, per- assada) ou, se tiverem oportunidade, saborear o Jamo en Coco, a mais famosa
der a própria identidade. comida típica de Olanchito.
“A política brasileira
objetiva uma
aproximação intensa
e produtiva com a
América Central”
O Embaixador Gonçalo de Barros Carvalho e Mello Mourão, Diretor
do Departamento do México, América Central e Caribe, do Ministério
das Relações Exteriores, entende que, o clima geral de globalização da
economia convive com o ambiente onde há interesses específicos de
cada país. Há, portanto, que se identificar as necessidades, de modo a
se concretizar acordos. Com relação à América Central, o embaixador
defende a idéia de que é necessário um relacionamento que seja cons-
tante e permanente.
da África do Sul, comprou cervejarias de que tem um mercado grande, pode fazê-
Honduras e El Salvador. Repito: nosso país
Um pólo de indústria lo, mas nós não podíamos. Por isso, aos
têxtil desenvolveu-se em poucos, fomos nos abrindo ao mundo e
é pequeno, mas tomamos bastante cerveja.
território hondurenho. O optamos por uma economia totalmente
Além disso, o Lehman Brothers, comprou
uma empresa em Honduras e está insta-
país oferece mão-de-obra desprotegida, mas com acesso aos grandes
barata e facilidades de mercados. Isso foi muito importante e,
lando uma planta para produzir algodão
para jeans. São cerca de US$ 100 milhões
exportação. Um grupo hoje, em Honduras, podemos importar e
brasileiro está se exportar sem nenhuma restrição e pagan-
em investimentos para produzir tecidos
instalando em Honduras. do poucos impostos. O Brasil pode enviar
destinados à exportação. Eu poderia citar,
ainda, muitos nomes de companhias que para nosso território o que quiser, e está
estão interessadas em investir na América América Central é um centro de cruza- exportando muitos veículos, e não há res-
Central. Por enquanto, o Brasil ainda não mentos histórico. Quando se descobriu trição a esse procedimento. Por exemplo,
está investindo em grande escala nessa re- ouro na Califórnia, por exemplo, foi cria- o imposto pago para matérias-primas,
gião, por isso viemos aqui.” da uma frota de barcos que ia de Nova maquinário e bens industriais, na Costa Rica,
Em seguida, Adolfo Facussé passou a Iorque até a América Central e, de lá, até à vai de zero a 15%, no máximo, para produ-
enumerar as vantagens para os investimen- Califórnia. Nossa região é muito bem lo- tos finais. No caso de têxteis, por exemplo,
tos na região centro-americana. calizada, e é a mais próxima dos Estados o algodão não é taxado; já quem quiser tra-
“A primeira delas é a posição privilegi- Unidos. Os países centro-americanos pro- balhar com malha, vai pagar 10% de im-
ada do nosso continente. Em 1932, o Ins- priamente ditos são, hoje, Guatemala, postos, e quem desejar lidar com roupas
tituto Geodésico dos Estados Unidos Honduras, El Salvador, Nicarágua e Cos- vai pagar 15% de impostos.“
concluiu que o meu país está no centro ta-Rica, mas podemos incluir, entre eles, Em seguida, Adolfo Facussé tratou das
geográfico e físico de toda a América Cen- Belize e Panamá, e, na costa do Caribe, a oportunidades que, segundo ele, o CAFTA
tral. O ponto exato recai em uma rodovia República Dominicana e Cuba. As nossas terá condições de criar, não só para os paí-
que liga a capital atual,Tegucigalpa, à antiga nações entenderam, há muito tempo, que ses centro-americanos, mas também para
capital. Nossos países também são privi- somos pequenos e precisamos associar- aqueles que desejarem estabelecer relações
legiados, porque dali saem muitos vôos nos para sobreviver.” comerciais mais próximas com eles.
internacionais e por ali cruzam mais bar- O presidente da ANDI enumerou, a “Se o Brasil quiser exportar têxtil ou
cos de diferentes nações do que em qual- seguir, os esforços feitos, historicamente, roupas para os Estados Unidos tem que
quer outra região do continente. O Pana- para criar um bloco centro-americano. pagar um grande imposto: se for algodão,
má está duplicando seu canal e oferecen- Hoje, já se pode, segundo ele, viajar de 17% de imposto; se for mescla ou poliés-
do obras a companhias de engenharia de um lado a outro da América Central, sem ter, 28%, mas, além das taxas normais,
vários países. Além disso, podemos desta- pagar taxas e sem passaporte. agregam-se as de confecção, o que quase
car a Taca Airlines, uma companhia aérea “Mesmo caminhando para a integração duplica os impostos, pois aplicam-se duas
centro-americana que voa para o Canadá, como mercado, nos demos conta que, ain- vezes, o que vai dar 52%. É claro que aos
para os Estados Unidos e para toda a Amé- da assim, somos pequenos, e buscamos brasileiros não interessa entrar, assim, nos
rica do Sul. A Copa Airlines, do Panamá, ampliar as parcerias. Inicialmente, tentamos Estados Unidos, mas nós podemos fazê-
voa também para toda a América do Sul. A a substituição das importações. O Brasil, lo, com 0% de taxas. Qual é a porta de
acesso mais conveniente ao mercado têx- mos o Cortez, o único porto da região
til norte-americano? A América Central, centro-americana que é seguro, tem águas
é claro, que tem mão-de-obra barata e profundas e conta com a presença da al-
poucas taxas. Por isso, estamos atraindo fândega americana.”
tantas empresas importantes de vários Adolfo Facussé considerou, ainda, que
continentes. Algo está começando a sur- a relação especial mantida entre Honduras
gir. Um grande grupo brasileiro, a Santista, e os Estados Unidos não nasceu com o
já comprou o seu terreno e vai começar a CAFTA: ela tem raízes históricas e come-
produzir, em território hondurenho, çou há muitos anos, por conta do Acordo
como uma extensão do Brasil, para ter do Caribe. Por meio dele, os Estados Uni-
acesso ao mercado norte-americano. Qual dos, unilateralmente, deixaram que a pro-
é a lógica dessa operação na América Cen- dução hondurenha entrasse no seu mer-
tral? O empresário leva as máquinas e o cado, livre de impostos, com poucas ex-
tecido e instala fábricas de confecção em ceções: sapatos, por exemplo.
Honduras, El Salvador, Nicarágua etc. As- “Isso fez com que experimentássemos
sim, entra nos Estados Unidos sem taxas. um grande desenvolvimento industrial,
Se a confecção ficar mais barata na Nicará- com a presença das chamadas empresas
As madeiras nobres,
gua, ele a encaminha para a Nicarágua.” maquiladoras. As iniciativas resultantes do
abundantes no país,
Acordo do Caribe terminariam em 2008
Energia e portos permitiram o
e, por isso, firmamos esse novo tratado
desenvolvimento da
O presidente da ANDI enfatizou, em do CAFTA. Não se trata mais de um ato
indústria moveleira.
seguida, que esse movimento de integra- unilateral que possa ser cancelado. Além
Honduras é o terceiro
ção gera oportunidades valiosas para os disso, mantemos tratados de livre comér-
exportador de móveis de
investidores, unindo os países, criando cio com outros países. Estamos negoci-
madeira processada para
rodovias entre eles e unificando, também, ando com a Colômbia, com Taiwan e com
os Estados Unidos.
o setor e os sistemas elétricos. a União Européia, e gostaríamos de firmar
“Há alguns meses, o presidente do meu um acordo com a Europa, mas isso só é
país anunciou que vamos construir a pri- Unidos, sendo o seu maior porto o de oferecido ao Brasil, pelo seu tamanho.”
meira hidrelétrica binacional da América Cortez. O porto de Cortez trabalha não O representante hondurenho menci-
Central: a usina de El Tigre, que é como a somente com a produção de Honduras, mas onou outros setores econômicos atraen-
Itaipu Binacional, ainda que em menor es- também com a de El Salvador e a da Nica- tes em seu país, como o madeireiro, com
cala. O Brasil, que tem esse tipo de experi- rágua, o que faz dele um mega porto. Esta- a presença de cedros, pinhos e outros ti-
ência, poderá executar esse projeto, pois o mos construindo, também, uma rodovia pos de madeira que se pode cultivar com
governo hondurenho não executa os pro- que vai ligá-lo a El Salvador. recursos privados. Honduras é, hoje, o ter-
jetos, ele apenas cria as condições favorá- Os hondurenhos costumam chamar essa ceiro exportador de móveis de madeira
veis para sua realização pela empresa priva- iniciativa de “um canal seco”, já que ela pode, processada para os Estados Unidos.
da. Além disso, Taiwan está construindo de certa maneira, ser comparada ao Canal de “Espero ter colaborado para demons-
uma outra represa hidrelétrica na América Panamá. Como o transporte, nesse caso, se trar o quanto será importante para os in-
Central, numa região só de montanhas, em fará por terra, trata-se de um canal sem água. vestidores brasileiros estabelecer um flu-
que se pode represar onde for necessário. Como funciona o complexo portuário? El xo de negócios mais amplo e aprofundado
Trata-se, portanto, de um negócio para pro- Salvador mantém a sua alfândega em Porto com os países da América Central. Isso re-
dução nacional e, também, para exporta- Cortez; os Estados Unidos também man- presentaria não apenas um grande impulso
ção de energia. As condições geográficas têm a deles e assim sucessivamente. Como no sentido de ajudar o desenvolvimento
de Honduras nos permitiram construir as alfândegas americanas costumam estar de nossos países, como, principalmente, o
pequenas hidrelétricas, que geram dois, lotadas de produtos e realizar muitas transa- aproveitamento de uma oportunidade única
cinco ou dez megawatts. Temos, ainda, um ções, um porto liberado é um fator de gran- e urgente de os investidores deste grande
projeto de instalação de 40 mini-hidrelé- de ajuda e praticidade.” país terem acesso privilegiado e barato ao
tricas e estamos eletrificando algumas áre- “Creio que também o porto de Santos, maior mercado mundial. Muito obrigado.”
as das grandes cidades. Acredito que o que no Brasil, e o do Rio da Prata, na Argenti- Após o pronunciamento do doutor
estamos fazendo em Honduras, é um fenô- na, estão qualificados pelos Estados Uni- Adolfo Facussé, o presidente da mesa,
meno muito especial, pois somos a única dos como seguros, porque têm os equi- Ministro Marcio Fortes de Almeida deu
região que tem desenvolvido a Costa Atlân- pamentos adequados para averiguar o que por encerrados os trabalhos da sessão de
tica, a mais diretamente ligada aos Estados é transportado nos contêineres. Nós te- abertura do seminário.
Itaipu Binacional.
América Latina
“No continente latino-americano, te-
“Trabalhamos com vários órgãos da ad-
ministração pública, como concessioná-
rios de setores que envolvem estradas e
“ Não há nenhuma obra
sobre a qual não tenhamos
um bom conhecimento e que
mos atuado em países como Argentina,
Chile, Equador, Peru e Venezuela. Na
América Central, estamos trabalhando no
aeroportos, e como parte do grupo que Panamá, com muito sucesso, participan-
administra a Light, com inserção, inclusi- não possamos executar em do das obras de duplicação do Canal do
ve, em saneamento no Estado do Paraná,
por intermédio da Saneapa. Atuamos, tam-
bém, na maior empresa de construção ro-
doviária do Brasil, a CCR, que se respon-
qualquer lugar do mundo
R ICARDO A NTONIO M ELLO C ASTANHEIRAN ” Panamá, ao lado da Camargo Corrêa e da
Queiroz Galvão; parceria brasileira numa
das obras de engenharia de maior porte
no continente. Além disso, elaboramos
sabiliza por 1500 km de estradas, entre do que a construção representa cerca de uma proposta para construção de uma hi-
elas a Via Dutra, que atravessa os territóri- US$ 700 milhões desse total.” drelétrica em El Salvador. Estamos, natu-
os do Rio de Janeiro e de São Paulo; a Via “A nossa atividade é bastante intensa. Já ralmente, muito interessados na usina de
Anhanguera-Bandeirantes; a Via Lagos; a executamos cerca de 22 mil km de rodovi- El Tigre, uma hidrelétrica binacional en-
Rodonorte; e a própria Ponte Rio-Niterói. as; 120 km de metrô; 930 km de ferrovias; tre Honduras e El Salvador. Dentro de
Atuamos, ainda, na Nova Light, uma com- 30 km de túneis, tanto ferroviários quanto pouco tempo, os responsáveis por esse
panhia de energia que atende, no momen- rodoviários; 60 km de pontes; 1000 km de projeto vão fazer uma visita técnica à Itaipu
to atual, uma área de 11 mil km². gasodutos. Essas experiências tão vastas am- Binacional, de cuja construção participa-
O faturamento do grupo gira, atual- pliam nossos conhecimentos e nos capaci- mos. Estamos iniciando a atualização da
mente, em torno de US$ 2,2 bilhões, sen- tam a executar obras em qualquer lugar do reforma do aeroporto de Antigua, uma
portuguesa, contando com tecnologia de senvolvido pelo Governo Federal, vai per-
Via Lagos, Rio de Janeiro, Brasil. engenharia brasileira, executou diversos mitir a criação de muitas outras oportunida-
trabalhos em território português e afri- des de obras e de negócios.
nação centro-americana. Temos um pro- cano. Fomos responsáveis pelas obras do
jeto, desenvolvido por nosso escritório na metrô de Lisboa; fizemos o aeroporto da Sinalização
capital mexicana, para a construção de uma Ilha da Madeira; o pavilhão da Expo 98, Em seguida, a palavra foi passada ao
barragem naquele país. Nosso interesse é em Lisboa, executamos várias rodovias e Embaixador Luis Maria Riccheri, Diretor
ver crescer, cada vez mais, nossas ativida- portos em território português.” Comercial Internacional da Pró Sinaliza-
des nos países da América Central.” Finalmente, o representante da Andra- ção Viária.
de Gutierrez encerrou a exposição reafir- “A nossa empresa está há 35 anos no
Diversificação mando suas intenções de apoiar o cresci- Brasil, estabelecida no Estado de São Pau-
Para viabilizar estas iniciativas, a Andra- mento e o desenvolvimento dos países lo. Ela tem atuado na implantação de sis-
de Gutierrez trabalha com financiamentos centro-americanos. temas de sinalização em áreas urbanas das
do governo brasileiro, principalmente por “São nações com as quais temos total principais cidades brasileiras. Também
meio do BNDES, aos quais se juntam re- entendimento e sinergia, o que facilita convém mencionar que trabalhamos na
cursos obtidos no exterior. nosso trabalho com empresas locais. Nos- República Dominicana. Nossos projetos
“Nosso projeto, na República Domi- so objetivo é difundir a engenharia brasi- nesse país estão sendo bem sucedidos e
nicana, conta com financiamentos brasi- leira, sempre com parcerias, no sentido isso nos faz crer que também possamos
leiros, portugueses e noruegueses. A di- não só de ajudar, mas de interagir com ser úteis em outras nações. Temos, in-
versificação é nosso lema. Já executamos outras instituições e empresas, usando clusive, o objetivo de nos instalarmos
uma ponte sobre o Rio Guayaquil, no recursos locais. Isso tem levado, muitas para atuar no Peru, no Equador e na Ar-
Equador; uma auto-estrada na Mauritânia, vezes, à expansão do comércio e à afinida- gentina.”
África; um duto de águas no México; e o de entre as empresas.” A Pró Sinalização Viária é uma empresa
aqueduto Noroeste na República Domini- O presidente do painel I, Ministro Márcio que executa projetos e oferece todos os
cana. Construímos, também, escolas se- Fortes de Almeida, agradeceu a participação tipos de serviços e de materiais para sina-
cundárias em Miami, Estados Unidos; de Ricardo Antonio Mello Castanheira e in- lização horizontal, vertical e de semáfo-
executamos o sistema de drenagem na ci- formou que seu ministério, encarregado do ros, além de canalização e iluminação pú-
dade de Teerã, no Irã; um viaduto na Co- saneamento em todo o território nacional, blica em cidades e zonas rurais, com siste-
lômbia; um oleoduto no Equador; o Ae- considera de grande importância o incre- mas eletrônicos de segurança e centrais
roporto de Nassau, nas Bahamas; um ressort mento desse setor para o avanço do país. inteligentes de trânsito.
no Caribe; e um terminal de carga livre Destacou, ainda, que o Plano de Aceleração Segundo seu diretor, a companhia tem
num porto peruano. A nossa empresa do Crescimento – PAC, que vem sendo de- participado, nos últimos anos, da maioria
”
taxa anual de 27%.
tem mantido um crescimento continuado, a de alta tecnologia “Recebemos 1,5 milhão de turistas por
despeito de crises internacionais que afeta- M A R I A A M E L I A H I DA L G O N ano e esse grande desenvolvimento faz com
ram países como o México, a Tailândia, a que os investidores fiquem muito interes-
Indonésia e a Venezuela.” o abacaxi, que cresceu 32%. É necessário sados. Há um grande território para inves-
A estratégia de promoção de investi- mencionar, também, os têxteis; os equi- timentos em projetos turísticos.”
mentos da Costa Rica tem sido bastante pamentos de infusão e transmissão de so- “No ano de 2006, a Costa Rica atingiu
focada na reexportação, em três setores ros; os medicamentos; e o café. um recorde nas exportações: US$ 8 bi-
bem específicos: alta tecnologia; equipa- A população era, até 2005, de 4 mi- lhões. Espera-se um crescimento de 22%
mentos médicos e serviços, que incluem lhões e 300 mil habitantes, com uma for- para 2007. A inflação, depois de vários anos
um centro de apoio para escritórios inter- ça trabalhadora de quase 2 milhões de ha- em 14%, chegou a 9,3% em 2006.”
nacionais, operações compartilhadas e bitantes. Atualmente, o país investe 6,5% “O governo estima que, nos próximos
centros de atendimentos internacionais li- do PIB em educação, e o governo preten- anos, haja o crescimento sustentado de 7%.
gados a engenharia, e a design. A vice-mi- de aprovar um projeto de lei que vai fazer Vamos modificar as leis de construção pú-
nistra esclareceu que um dos pilares da com que esse investimento seja de 8% do blica, pois, nos últimos anos, a Costa Rica
economia vem sendo a liberalização do PIB. praticamente ficou parada em matéria de
comércio, que tem permitido que as ex- “Como resultado desse investimento, desenvolvimento urbano e, com a nova lei,
portações saltassem de 30% do PIB, em na atualidade, a Costa Rica possui um dos pretende-se dar um impulso ao desenvol-
1990, para 60%, na atualidade. A Costa mais altos índices de desenvolvimento vimento de infra-estruturas. Quais são os
Rica tem acordos de livre comércio com humano entre os países da América Latina principais projetos? Aumentar em 30% a
os Estados Unidos, México, Canadá, Amé- e uma das taxas mais altas de alfabetização rede viária de todo o país e ampliar a infra-
rica Central, Chile, República Dominicana das Américas, com 98%”. estrutura dos portos. Além disso, já foi re-
e Panamá. “Na Costa Rica, os estrangeiros podem alizada a concessão do Porto do Pacífico,
A expositora informou que, entre os dirigir seus negócios, têm igualdade cons- que tem sido bastante bem sucedido.”
países que mais importam da Costa Rica, titucional de direitos e deveres e há livre
estão os Estados Unidos, com US$ 3,4 trânsito de capitais.” Etanol
bilhões e a China que já atingiu os US$ 1,1 “Desde a abolição do Exército, em “Pretende-se também”, relatou Maria
bilhão. Entre os principais produtos ex- 1949, vem sendo investido em educação Amelia Hidalgo, “modernizar a infra-estru-
portados, destacam-se os componentes e saúde os recursos anteriormente aplica- tura da empresa refinadora de petróleo, que
eletrônicos; a banana; que cresceu 22%; e dos nas Forças Armadas. Como resulta- tem um orçamento de US$ 503 milhões
Samir Passos Awac informa que o Brasil produz etanol a um preço bem menor do que o do petróleo. “ Nossa expectativa é que
o Brasil se torne um
exportador de petróleo
”
O etanol na economia costarriquenha turar 7% de álcool à gasolina. Como no
país são consumidos três milhões de litros nos próximos anos
• O país exporta álcool para de gasolina por dia, serão, portanto, neces- S A M I R P A S S O S A WA D N
os Estados Unidos; sários cerca de 50 mil litros de álcool por
• importa 30 milhões de litros dia, só para consumo interno, fora o que vai Hoje, com o petróleo a preços entre
de álcool hidratado do Brasil para ser exportado. Ainda não existe uma políti- US$ 50 e 60 o barril, o etanol, é uma nova
exportá-lo desidratado; ca nacional definida para o biodiesel. O pla- realidade no cenário do desenvolvimento
no piloto, que vai começar em 2008, pre- energético.
• produz 400 mil toneladas tende misturar entre 1 e 2%, e só se conta, “Atualmente, conseguimos produzir e-
de açúcar por ano;
neste momento, com tecnologia argentina tanol a um preço consideravelmente mais
• tem projeto de misturar 7% de álcool para produzir biodiesel na Costa Rica. baixo que o do petróleo, aliado ao fato de
à gasolina em 2008;
A expositora terminou sua participa- que se trata de um produto renovável, en-
• oferece parcerias em suas usinas ção no painel colocando-se à disposição quanto o petróleo é um recurso finito. Sabe-
de cana-de-açúcar e álcool; para melhor esclarecimento dos temas se que o mundo, hoje, tem recursos de
• consome 3 milhões de litros de abordados, e o moderador passou a pala- petróleo e gás para os próximos 100, 150
gasolina por dia e 50 mil litros vra a Samir Passos Awad, Gerente Execu- anos, com as reservas que hoje estão des-
de álcool por dia tivo da Petrobras. cobertas. Bioenergia e energia, portanto,
viraram commodities, como o petróleo. Nos
para os próximos três anos. Isso faz com Histórico anos 70, tínhamos uma visão muito limita-
que muitas empresas brasileiras estejam na Samir Passos Awad iniciou sua exposição da. Produzíamos 400 mil barris de petró-
expectativa de que sejam abertas licitações, relatando uma história que muitos dos mais leo, por dia, na década de 70 e, hoje, pro-
e o consulado já se pôs às ordens para o jovens presentes ao plenário do seminário duzimos 2,2 milhões de barris. O Brasil
que precisarem.” não viveram era, na época, um país importador de pe-
Atualmente, a Costa Rica importa do “Os primeiros carros a álcool surgi- tróleo e, hoje, é auto-suficiente, e eu já diria
Brasil 30 milhões de toneladas de álcool ram no Brasil há trinta anos atrás e deram com grandes expectativas de ser exporta-
hidratado, produzidos no Rio Grande do um bocado de dor de cabeça para muitos dor de petróleo, nos próximos anos.”
Sul, para serem exportados aos Estados brasileiros. Naquele tempo, era uma al-
Unidos. A Costa Rica produz cerca de 400 ternativa que a Petrobras e o governo bra- Economia
mil toneladas de cana, ao ano e, em 2007, sileiro viam como possível para a sobrevi- O representante da Petrobras abordou
terá 50 mil hectares de área plantada, o que vência aos dois choques do petróleo ocor- também os carros flex-fuel.
significa 3,9 milhões de toneladas de cana. ridos na década de 70. Estabeleceu-se, “Junto com isso, junto com o agrone-
O plano nacional para 2008 pretende mis- então, um longo caminho. A gangorra de gócio, junto com as montadoras de carros
Economia
O moderador Arthur Pimentel passou,
então, a palavra a Alexandre Camargo,
Diretor Internacional da Copa Airlines,
que começou sua exposição lembrando
que, quando se fala de oportunidades de
negócios na América Central, é preciso
pensar inicialmente em como se chega lá.
“A Copa Airlines chegou ao Rio de Ja-
neiro em 8 de dezembro do ano passado e Alexandre Camargo demonstrou que voar pela Copa Airlines, hoje, é mais prático e mais barato.
hoje dispõe de cinco vôos semanais sain-
do do Rio para o Panamá, e do Panamá, Atuação da Copa Airlines e proporcionamos US$ 500 dólares de
com uma hora de conexão, para 37 países no Rio de Janeiro economia. Além de todos esses descon-
da América Latina, entre eles os países que tos, a companhia também oferece um
estão representados aqui, hoje.” • Desde 8 de Dezembro de 2006 oferece programa corporativo: qualquer empresa
5 vôos semanais direto do Galeão ao que, hoje, tenha um movimento anual de
”
Economia de Tempo
desse seminário Conexões imediatas com contos de 5 a 25%. Para as que não atin-
ALEXANDRE CAMARGON tempo médio de 1 hora. gem esse faturamento anual, temos um
Sem necessidade de Imigração e programa de milhas para empresas, em
O expositor lembrou que, do Brasil, a visto americano nas conexões. que, a cada viagem economizam-se pon-
Copa Airlines está operando a partir de tos. A cada 18 pontos que uma empresa
São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus e, que, zemos uma comparação das nossas co- acumula, há uma passagem gratuita em
para os países que participam desse semi- nexões com as conexões por Miami, e classe econômica e a cada 40 pontos, uma
nário, há 115 vôos semanais, o que cria constatamos que a Copa Airlines vai do em classe executiva. Nesses casos, faze-
um leque de opções muito interessante Rio de Janeiro a São José em apenas 9 mos uma simulação de pontos e, pratica-
para os negócios. horas, com preço a partir de US$ 759, o mente, com 11 viagens Rio de Janeiro-
“As grandes vantagens de voar, hoje, que representa uma economia de 6 ho- Guatemala, em classe econômica, já se tem
pela Copa Airlines repousam, principal- ras, no tempo, e uma economia média uma grátis.”
mente, na enorme economia de tempo; de US$ 600 na tarifa.” Alexandre Camargo terminou sua
na economia substancial em relação ao “Para a Guatemala o tempo de viagem, participação no painel II manifestando
preço das passagens aéreas; e, basica- saindo do Rio de Janeiro, é de apenas 10 a certeza de que os participantes do en-
mente, na facilidade que nós temos de horas, o que significa sete horas e meia de contro têm na Copa Airlines a melhor
conexões no Panamá, onde não se exi- economia de tempo – e quem viaja muito opção de viagem para a América Cen-
ge visto americano para suas conexões, sabe o que é stress de aeroporto – e, tam- tral e agradeceu a todos pela atenção.
o que facilita muito o intercâmbio co- bém, uma economia de US$ 300 dólares.” Em seguida, o moderador Ar thur
mercial e cultural com esses países. “Para ir a Honduras, somos quatro ho- Pimentel deu por encerrado os traba-
Para a Costa Rica, por exemplo, nós fi- ras mais rápidos, saindo do Rio de Janeiro, lhos do painel.
As exportações brasileiras de
manufaturados e bens de capital
Maior valor agregado garante presença sólida no cenário internacional
Ao presidir o painel III, Luiz Oswaldo Aranha destacou o esforço da indústria brasileira em exportar produtos de maior valor agregado.
O que é o NAFTA
O Tratado Norte-Americano
que não participam do Mercosul, com
uma taxa de expansão de 62% nas vendas
ao Brasil. Isso significa que o nosso país
“ Embora o principal bloco
de fornecimento para o Brasil
seja o asiático, o que teve
de Livre Comércio (North Ame- está fazendo negócios com a América La-
rican Free Trade Agreement) ou tina nas duas mãos: tanto na importação a maior expansão foi
NAFTA, envolve o Canadá, o Méxi-
co e os Estados Unidos numa inicia-
tiva de livre comércio, com custo
reduzido para troca de mercadorias
quanto na exportação, sendo que e a im-
portação tem apresentado taxas de cres-
cimento mais aceleradas.
“O principal parceiro do Brasil, consi-
o da América Latina
FÁBIO MARTINS FARIAN ”
entre os três países. O NAFTA en- derando-se o bloco de países integrantes Há um grande espaço para a ampliação
trou em funcionamento em 1º de ja- do Mercado Comum Centro-Americano dos negócios, e acredito que esse traba-
neiro de 1994. – MCCA, foi a Costa Rica, seguida da Gua- lho, iniciado com a missão brasileira lide-
Em 1988, os Estados Unidos e o temala, de El Salvador, de Honduras e da rada pelo Ministro Luiz Fernando Furlan,
Canadá assinaram um Acordo de Nicarágua. Esse comércio é composto, so- em 2006, na América Central, deva ser
Liberalização Econômica, formalizan- bretudo, por produtos manufaturados e, complementado com missões empresa-
do o relacionamento comercial en- dentre estes produtos, o principal foi o ál- riais. Muito comtribuirá o trabalho que
tre os dois países. Em agosto de 1992, cool, destacando-se sua recolocação no vem sendo feito pelo Ministério das Re-
o bloco recebeu a adesão dos mexi- mercado do NAFTA. Em seguida, temos o lações Exteriores – MRE, que visa à subs-
canos. O atual NAFTA entrou em vi- semi-manufaturado de ferro e aço, a gaso- tituição de importações brasileiras e ao
gor em 1994, com um prazo de 15 lina, fios e máquinas, chassis, automotores, redirecionamento dessas importações
anos para implementar a total elimi- automóveis, papel cartão, máquinas e apa- para países da América Latina.”
nação das barreiras alfandegárias en- relhos para terraplanagens, ligas de alumí- Após a exposição de Fábio Martins Fa-
tre os três países, estando aberto a nio e laminados planos de ferro e aço. Com ria, o Presidente do Painel III, Luiz
todas as nações da América Central e relação às importações, apresentaram cres- Oswaldo Aranha, considerou encerrados
do Sul. cimento, sobretudo, aquelas de produtos os trabalhos.
rismo de Honduras, Paula Bonilla; Embaixador Gonçalo de Barros reu um desenvolvimento extraordinário.
pelo Presidente da Câmara de Co-
mércio e Indústria Brasil-Honduras,
O Carvalho e Mello Mourão desta-
cou o nome do departamento que
dirige no Ministério das Relações Exterio-
Isso tudo se deve não só a um esforço
nosso, mas também a uma manifestação
de vontades da região. Assim como nós
Luiz Oswaldo Aranha; pelo Presiden- res – Departamento do México, América estamos procurando a América Central,
Central e Caribe – como uma sinalização aquela região está nos procurando. Nos
te da Associação Nacional de Indús- da importância dada pelo Governo Federal últimos três ou quatro anos, não só tive-
trias de Honduras – ANDI, Adolfo ao seu relacionamento com a América Cen- mos a visita do Presidente Luiz Inácio Lula
tral. O departamento, que antes se dire- da Silva à Guatemala, como também uma
Facussé; pelo Presidente da Comis- cionava, também, para os Estados Unidos e expressiva quantidade de visitas de presi-
são Nacional de Energia de Honduras, o Canadá, acabou sendo desmembrado de- dentes centro-americanos ao Brasil. De
vido à importância crescente da região cen- uma maneira metafórica, o que nós esta-
José Isaias Aguillar; pela Embaixado- tro-americana para o Brasil. mos fazendo aqui, hoje, é, realmente, si-
ra Plenipotenciária da Nicarágua, “Temos verificado que o intercâmbio nalizar e mostrar mais claramente os ca-
com a América Central, embora ainda não minhos possíveis para o desenvolvimen-
Suyapa Padilla; e pelo Embaixador muito expressivo em termos financeiros, to do comércio exterior; indicar a manei-
Plenipotenciário de Honduras, apresentou, de 2002 a 2006, uma tripli- ra de não serem obstruídas as passagens
cação das exportações e uma quadru- para novas possibilidades de relaciona-
Victor Lozano Urbina. plicação das importações, ou seja, ocor- mentos e evitar acidentes de percurso.”
Desenvolvimento e mudança da
realidade social
Luciene Ferreira Monteiro Machado, Essas iniciativas, pelo que a senhora
está dizendo, têm um enfoque
Chefe do Departamento de Comér- marcadamente social. Por que?
cio Exterior do Banco Nacional de LM – Eu diria que, por parte dos países
da região centro americana, existe uma
Desenvolvimento Econômico e So- necessidade que se repete em toda a Amé-
cial – BNDES, representou a insti- rica Latina. A infra-estrutura local precisa
ser melhorada e estes paises estão também
tuição no Seminário Bilateral de Co- tentando saldar parte de sua dívida social.
mércio Exterior e Investimentos Bra- Por isso, a característica desses projetos tem
a natureza que eu citei anteriormente.
sil-América Central. Nesta entrevis-
ta, ela analisa as possibilidades de ope- Há alguns anos, o Brasil se voltou
para a Ásia, procurou criar novas
rações nos países centro americanos. fronteiras para suas exportações, e,
no momento, está trabalhando em
“
Enquanto financiador de ativida- países que também se dizem interes-
des ligadas ao comércio internaci- Estamos analisando sados em resgatar suas carências so-
onal, o BNDES tem uma política es- o mercado centro-americano ciais. Segundo o BNDES, os resulta-
pecífica para a América Central? para saber como o BNDES dos dessa política têm sido positivos?
”
LM – Não. Não temos uma política espe- LM – São muito positivos. Para o BNDES,
cífica voltada para a América Central. Du- pode inserir-se nele apoiar empresas que se dediquem a novos
rante os primeiros anos da área de comér- L UCIENE F ERREIRA M ONTEIRO M ACHADOM mercados é uma das prioridades, princi-
cio exterior, até como um desdobramen- palmente quando este apoio vai se materi-
to natural de nossas atividades, nós nos tral. Hoje, portanto, também estamos nos alizar no país de destino como um projeto
concentramos pesadamente na América dedicando mais fortemente ao espaço que tem mais visibilidade, e que, certamen-
do Sul, que é um mercado natural para os centro americano. te, terá um efeito multiplicador maior. Ou
exportadores brasileiros, entre outros seja, a empresa brasileira que se insere nes-
motivos pela proximidade geográfica. Que iniciativas podem ser aponta- sas regiões leva com ela, durante a realiza-
Além disso, a política externa do Governo das entre os projetos de infra-estru- ção destes projetos, um sem numero de
Federal tem na integração com a América tura? São portos, estradas, sanea- empresas contratadas e abre o caminho para
do Sul um de seus principais objetivos. mento básico? uma série de outras firmas que talvez, atu-
Num segundo momento, que já se ini- LM – Hoje, entre operações em análise, ando diretamente e isoladamente, não ti-
ciou há cerca de dois anos, estamos contratadas e em curso, a nossa carteira vessem esse acesso facilitado. Para nós, não
focando e tentando entender melhor o soma cerca de US$ 830 milhões. São ope- seria possível imaginar resultados melho-
mercado centro-americano, e analisando rações de financiamentos para projetos en- res que esses num curto espaço de tempo.
como o BNDES poderia se inserir-se nele. tre os quais se destacam infra-estrutura
Nessa prospecção que nós fizemos, con- viária, estradas, geração e transmissão de A senhora gostaria de fazer alguma
cluímos que existem também oportuni- energia elétrica. Normalmente, trata-se de outra colocação?
dades relacionadas com a infra-estrutura geração hidráulica, pois esses paises têm LM – Gostaria de agradecer à FCCE a opor-
na região, em projetos parecidos com um potencial hidrelétrico muito grande e tunidade de participar desse evento e dizer
aqueles que nós já financiamos em alguns ainda pouco explorado. Podem, também, que esperamos que, dentro de alguns anos,
paises da América do Sul. Nesse sentido, ser mencionados projetos de abastecimen- voltemos a realizar um outro seminário de-
entendemos como muito natural este to de água e saneamento básico. Este últi- dicado à América Central e que verifique-
nosso apoio não só aos países da América mo item tem sido muito relevante nós mos, então, que a nossa carteira de US$ 830
do Sul como às nações da América Cen- últimos anos. milhões se expandiu consideravelmente.
Puerto Jimenez é uma jóia costarriquenha, cujo equilíbrio entre o uso e a preservação dos recursos naturais chama a atenção dos visitantes.
Praias e turismo
O litoral costarriquenho fica no cora-
ção da América Central, e a distância entre
as praias banhadas pelo Atlântico e pelo
Pacífico é percorrida em apenas três ho-
ras de carro ou em 45 minutos de avião.
A costa das praias caribenhas destaca-
se pela biodiversidade maninha, areias
brancas ou escuras, e por serem propíci-
as à prática de atividades como pesca es-
portiva e mergulho em águas claras. Já o
litoral do Pacífico concentra os grandes
centros turísticos e oferece praias ade-
quadas para o surf.
O território conta com 20 parques na-
turais, oito reservas biológicas e uma sé- Floresta tropical no entorno do Cerro Chirripó, o ponto culminante do país, a 3.819 metros.
rie de áreas protegidas, administradas pelo
governo ou por particulares, que colo-
cam à disposição dos visitantes passeios e
atividades variadas ao ar livre.
Aspectos regionais
Em 2003, a população foi calculada em
4.200.000 habitantes que vivem em pro-
víncias – uma divisão administrativa que
corresponde aos estados brasileiros. São
elas: San José, Heredia, Guanacaste,
Puntarenas, Cartago, Alajuela e Limón.
San José, a área mais populosa, fica no
centro, na Cordilheira Central, onde situ-
am-se vários parques nacionais, reservas
florestais e muitas terras férteis. A capital,
San José, localiza-se numa extensa planí-
cie, rodeada por vulcões e florestas. A ci-
dade tem uma arquitetura eclética e ofe-
rece museus, teatros, hotéis, restaurantes
e edifícios antigos de estilo europeu. A Costa Rica tem muitas manifestações vulcânicas, entre as quais se destaca o Vulcão
Com um território de 2.656 km2 Poas, a 2.760 metros de altitude.
e uma população de 75 mil habi-
tantes, Heredia é a menor pro- tradição cultural e pela arquitetura. Carrillo, que representa a maior riqueza
víncia, muito valorizada pela O centro urbano de Heredia, natural do Vale Central, com floresta chu-
conhecida como a cidade vosa, centenas de espécies de plantas e
das flores, foi funda- animais; um local ideal para observação
do em 1762. Na re- de aves. As cachoeiras permitem praticar
gião podem-se apreciar casas de adobe, atividades de aventura e ecoturismo.
feitas de barro, nas comunidades Barva Conhecida pela qualidade de suas prai-
e Santo Domingo. Esta é também a pro- as, Guanacaste é a região mais seca da Costa
víncia do vulcão Barva, situado na parte Rica e abriga alguns dos melhores hotéis
Oeste do Parque Nacional Bráulio de praia do país.
Três mundos A Baía de Utila e sua ilhas, no litoral hondurenho, caracterizado por suas águas transparentes.
num só país com a presença de visitantes europeus. nosso mercado e dar mais atenção a essa
Natureza tropical, Procuramos desenvolver um trabalho de área, estimulando, também, os investimen-
marketing para atrair mais turistas, por- tos e o setor manufatureiro. Precisamos
arqueologia e praias são os que estamos oferecendo não somente criar oportunidades para atrair os investi-
principais atrativos de praias, como também antropologia, his- mentos, tanto da empresa privada quanto
tória, arqueologia e ecoturismo. Em geral, das instituições públicas e esperamos que,
Honduras muitos brasileiros visitam a costa Norte, dentro de alguns anos, possamos melho-
o setor praia e o setor de cruzeiro.” rar ainda mais os números do turismo de
No coração da América Central – fazen- nosso país, pois trabalhamos baseados
do fronteira com Guatemala, El Salvador e
Nicarágua – Honduras oferece, como prin-
cipais atrações turísticas, as praias do mar do
“ Estamos criando um programa
de turismo sustentado para que
as comunidades desenvolvam
numa estratégia nacional.”
Atrativos
Caribe, ao Norte do país; sua história arque- Indagada a respeito de como o país é
ológica, na qual se destaca a presença da Ci-
vilização Maia; e uma exuberante natureza
em todo o território.As ruínas de Copán e as
seus talentos
PAULA BONILLAN ” visto e conhecido mundialmente, Paula
Bonilla apontou duas realidades distintas:
a praia e arqueologia.
ilhas das baías hondurenhas comprovam seu Segundo a Vice-Ministra de Estado do “Temos Copán, o corredor Maia e a Cos-
potencial turístico. Como aponta o slogan do Turismo, esse trabalho de marketing, que ta Norte, com as praias e ilhas. Nossa estra-
site oficial do governo no setor (www.lets vem sendo feito pelo governo e pela inici- tégia de marketing é divulgar mais essas três
gohonduras.com), trata-se de “um país pe- ativa privada, tem obtido resultados ao zonas para que possamos, dentro de um pe-
queno, e três grandes mundos”. longo dos anos, e conta, também, com o ríodo determinado, nos dedicar a diferentes
Conversamos com a Vice-Ministra de mercado de cruzeiros, formado por tran- áreas como o turismo cultural, o turismo
Estado do Turismo de Honduras, Senhora satlânticos que vêm em busca de águas rural e o histórico, pois temos muitos episó-
Paula Bonilla, sobre como tem sido de- tropicais e de cidades acolhedoras. dios e sítios coloniais. Estamos também tra-
senvolvido o turismo hondurenho e o que “Como qualquer outro país, claro que balhando em comunidades, com um pro-
o país tem a oferecer neste setor. aspiramos a que Honduras venha a estar grama de turismo sustentável constituído de
“Para nós, hondurenhos, o turismo é em primeiro lugar em matéria de ingresso pequenos fundos de micro-empresas para
uma indústria. Nós desejamos alcançar os de turistas. O governo hondurenho e o pró- que os habitantes locais possam desenvol-
melhores resultados possíveis. Nosso prio presidente estão empenhados em pro- ver seus talentos. Com isso, acompanhamos
mercado mais forte é o centro-america- mover leis novas dentro dessa área. e estimulamos uma maior preparação e capa-
no, seguido de perto pelo mercado nor- Estamos elaborando uma Lei da Zona Li- citação da infra-estrutura e dos profissionais
te-americano e, eventualmente, contamos vre Turística, o que significa promover o do setor.”
Cerca de 6,5% do PIB costarriquenho é investido em educação, o que garante um ensino qualidade a todos e a preservação das tradições culturais.
Há três anos residindo e trabalhan- Costa Rica encara a conservação de MAH – Sempre tivemos muito orgulho
da natureza com que fomos agraciados.
do em São Paulo, a Cônsul-Geral da seu riquíssimo meio ambiente e de Como em todo o mundo, entretanto, data
Costa Rica, Maria Amelia Hidalgo, como o país valoriza a educação de dos anos 1970 a percepção mais aguda da
necessidade de sua preservação, a chama-
veio ao Rio de Janeiro especialmen- seus cidadãos. da consciência ecológica, que nos chegou
te para e representar seu país no quando começaram a existir ameaças mais
A Costa Rica recebeu esse nome por sérias ao ambiente, inevitavelmente
Seminário Bilateral de Comércio causa da admiração que a exuberan- trazidas pelo desenvolvimento socio-eco-
Exterior e Investimentos Brasil- te beleza de sua natureza despertou nômico do país. Um outro fator que
nos conquistadores espanhóis. O go- incrementou essa atitude cultural de de-
América Central. verno e os habitantes do país têm fesa do meio ambiente foi a percepção do
tido, desde então, consciência dessa quanto é importante para o nosso cresci-
Nesta entrevista, ela fala um pouco
riqueza e da necessidade de traba- mento e enriquecimento a indústria do
do tradicional respeito com que a lhar por sua preservação? turismo. É claro que a exuberância da flo-
O Presidente da Associação Nacional sileiras que forem realizadas por nosso in-
termédio. Lembro, ainda, que os acordos
de Indústrias de Honduras – ANDI, internos assinados entre os países da Amé-
Adolfo Facussé, participou ativamen- rica Central e do Caribe também facilitam
e barateiam o comércio com qualquer um
te do Seminário Bilateral de Comér- deles a partir de Honduras.
cio Exterior e Investimentos Brasil-
O mercado local e as condições de
América Central. Na sessão solene de seu crescimento demonstram que
abertura, ele fez um pronunciamento Honduras é um país que busca a
todo custo a superação do subde-
especial sobre o tema: “A utilização das senvolvimento. Essa situação tende
facilidades decorrentes do Tratado de a ser transformada? Existem expec-
tativas de um progresso sócio-eco-
Livre-Comércio América Central – nômico mais consistente?
Estados Unidos pelos investidores bra- AF – Honduras ainda paga o preço de ter
sido administrada por governos ineficientes
sileiros”. Nesta entrevista, reitera as e que se sucediam sem dar continuidade
vantagens que, a seu ver, o incremen-
to da corrente comercial de nosso país “ Acordos internos entre os
países da América Central
facilitam o comércio com
ao trabalho desenvolvido pelos governos
anteriores. Uma série de reformas vem
sendo praticada de modo a tornar nossa
economia mais moderna e competitiva.
com Honduras pode trazer para a pe-
qualquer deles a partir Entre as boas medidas adotadas nos últi-
”
netração de produtos brasileiros no mos anos, posso apontar a privatização de
de Honduras grande parte da telefonia e da geração e
mercado americano. ADOLFO FACUSSÉN transmissão de energia, que vêm dinami-
zando a economia nacional.
sileiros a investirem em meu país. Para O acordo de livre comércio com os
Que tipo de atividade industrial o isso, valho-me de dois argumentos. O pri- Estados Unidos também resultou na en-
senhor desempenha em seu país? meiro diz respeito, propriamente, a trada de capitais necessários a essa dina-
AF – Atuo, principalmente, no setor de Honduras, cuja economia tem-se manti- mização, que vem ocorrendo ainda vagaro-
indústria têxtil e sou, também, Presiden- do estável e vem experimentando um sur- samente, mas de forma consistente e con-
te da Associação Nacional de Indústrias to de desenvolvimento. O segundo refe- tínua. Gostaria de mencionar, ainda, como
de Honduras. re-se às facilidades que podemos ofere- elemento de incentivo ao nosso crescimen-
cer para a entrada de produtos brasileiros to, o fato de que a dívida externa do país foi
Fale sobre sua participação no Se- no mercado norte-americano, pois, gra- zerada. Não era uma dívida volumosa, como
minário Bilateral de Comércio Ex- ças a nosso acordo de livre-comércio com a de algumas das grandes nações do mun-
terior e Investimentos Brasil-Amé- aquele país, o governo americano não co- do, mas representava um enorme peso para
rica Central? bra taxas nem impostos dos produtos a economia de uma nação pobre, cujos re-
AF – Estou aqui, naturalmente, para ten- oriundos de Honduras. Isso representa um cursos devem ser todos carreados para seu
tar seduzir empresários e industriais bra- grande incentivo para as exportações bra- crescimento e desenvolvimento.
Milhões de Dólares
400
constatar pelos debates realizados duran-
te o painel II desse seminário.
300
De que maneira o pode Brasil cola-
borar para o crescimento da eco- 200
nomia hondurenha?
AF – Cada vez que venho ao Brasil, fico mais 100
admirado com o crescimento e a diversifica-
ção da sua economia Acredito que, para o 0
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
mercado hondurenho, sejam infinitas as pos-
sibilidades de importação de produtos e da
tecnologia brasileiros. Atualmente, contu-
do, acredito que as melhores possibilidades
girem em torno da produção do etanol, já “Brasil procura integrar-se com
que o mundo está procurando desespera-
damente uma forma de livrar-se da depen- os países da América Central”
dência do petróleo, cujos preços oscilam vi- Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Honduras
olentamente, e cujos resquícios de poluição
e degradação ambientais atingiram níveis aplaude iniciativas em prol de maior aproximação entre os países
quase insuportáveis. Tenho acompanhado as
negociações relizadas entre Brasil e Estados O Presidente da Câmara de Comércio
Unidos para que o etanol brasileiro deixe de e Indústria Brasil-Honduras, Luiz Oswal-
ser taxado ao entrar no mercado americano. do Aranha, ocupa este cargo desde que a
Seria de grande interesse para ambas as par- instituição foi criada, em 2005. Em entre-
tes que esse etanol fosse produzido em vista para a revista da FCCE, relatou as prin-
Honduras com tecnologia brasileira, ou, pelo cipais atribuições da câmara e os diferen-
menos, ali armazenado. Assim, ele poderia tes caminhos desenvolvidos pelas relações
ser repassado ao mercado americano sem o comerciais entre os dois países.
ônus daquela sobretaxa, o que encarece a “A Câmara de Comércio e Indústria
exportação desse produto. O mesmo po- Brasil-Honduras tem como objetivo pro-
deria ocorrer com outros produtos, como mover o intercâmbio entre as empresas e
frutas tropicais, veículos automotivos, com- os governos dos dois países, incentivando
ponentes eletrônicos... enfim, não há limi- as relações comerciais entre ambos. A prin-
tes para que o Brasil lucre com uma parceria cipal realização da câmara, no momento
com meu país, com vistas ao mercado ame- atual, é o apoio que vem prestando à Fe-
ricano. deração das Câmaras de Comércio Exte-
Quanto ao nosso desenvolvimento, rior – FCCE na realização desse seminá-
propriamente dito, vejo grandes perspec- rio bilateral.”
tivas para a participação do capital e da tec-
nologia brasileiros. Constato, com gran-
de expectativa, que grandes empresas es-
tão voltando seus olhos para o meu país,
Luiz Oswaldo Aranha considera que as
principais dificuldades para a ampliação das
relações comerciais entre Brasil e Hon-
“ Esse seminário permite
aos representantes de governos
e de empresas expor
duras são a distância geográfica e a polari-
como é o caso da Andrade Gutierrez, que zação política e comercial, esta última de- e trocar idéias para deslanchar
”
tem demonstrado interesse em participar terminada por um contexto histórico.
da construção da hidrelétrica de El Tigre,
as relações comerciais
“Tanto a distância geográfica que nos se-
em nossa fronteira com El Salvador. para, quanto a polarização histórica que vive- L U I Z O S WA L D O A R A N H A N
mos em relação à América do Norte são fa- tem procurado promover uma integração de Honduras, que aproveitou a oportuni-
tores que geram algumas dificuldades desses países em torno de interesses co- dade para considerar o Seminário Bilateral
logísticas para nosso comércio bilateral. Um muns, como acontece com a Comunida- de Comércio Exterior e Investimentos Bra-
seminário como este, porém, em que os re- de Européia. Certamente, ainda temos sil-América Central uma excelente opor-
presentantes dos governos, empresários e muito o que caminhar nesse sentido, mas tunidade para facilitar e intensificar as rela-
industriais dos dois países podem expor e podemos listar alguns passos já dados, ções internacionais e a abertura de novos
trocar idéias, representa uma grande opor- como o Mercosul, aqui, no Cone Sul, e o caminhos entre os dois países.
tunidade para descobrirmos novos cami- Pacto Andino, no Norte. É preciso dizer, “O Brasil, ultimamente, tem-se desta-
nhos, novas oportunidades e, com isso, também, que muito ainda precisa ser fei- cado, frente a alguns países latino-ameri-
deslanchar nossas relações comerciais.” to. Caminhar nessa direção, para esse ob- canos, devido à política do atual governo
Segundo o presidente da Câmara de jetivo, é meta que o governo brasileiro e na área do álcool e de combustíveis,
Comércio e Indústria Brasil-Honduras, o as empresas brasileiras têm procurado disponibilizando tecnologia para capacitar
governo brasileiro, no atual momento, tem atingir. Acho que a tendência é a de au- engenhos açucareiros centro-americanos
desenvolvido uma política clara no sentido mentar, cada vez mais, esse intercâmbio de forma que possam produzir etanol.”
de ampliar suas relações comerciais com entre o Brasil e os países da América Lati- Quanto ao fomento da corrente co-
os diferentes países da América Latina. na e, em particular, da América Central e mercial entre os dois países, o agregado
“Analisando esse tema de uma forma do Caribe, que são os mais afastados do comercial de Honduras é mais cauteloso.
mais positiva, podemos dizer que o Brasil Brasil em termos comerciais.” Mesmo assim, vê possibilidades de novas
iniciativas e realizações.
“O Brasil produz tudo que Honduras
produz e intensificar o comércio é algo a
ser pensado em profundidade. Os empre-
sários brasileiros podem investir em ter-
ritório hondurenho, baseando-se nas ga-
rantias que damos ao livre comércio. Por
exemplo, o Grupo Santista Têxtil está ins-
talando, atualmente, uma fábrica que pre-
vê investimentos de US$ 200 milhões em
São Pedro Sula e dará trabalho a cerca de
cinco mil operários. Nessa região, já estão
instaladas grandes indústrias dos Estados
Unidos, da Ásia e da Europa, onde são fa-
bricados componentes de automóveis e
de maquinarias de todos os tipos.”
Ao concluir sua entrevista, Roberto
Kattán Arita fez questão de agradecer à Fe-
Roberto Kattán Arita realçou as facilidades que seu país oferece aos empresários. deração de Câmaras de Comércio Exterior
a oportunidade de participar do seminário.
“Quero levar meus agradecimentos à
“Queremos saudar o povo e os FCCE, às autoridades do Brasil que ajuda-
ram a realizar esse evento e, sobretudo, ao
empresários do Brasil” povo brasileiro, que é muito amigo nosso.
Gostaríamos de ver concretizada uma par-
Agregado Comercial de Honduras diz que grupo têxtil brasileiro ceria não apenas com Honduras, mas com
está instalando fábrica de US$ 200 milhões em seu país toda a América Central. A América Central
pode ser vista, hoje, como um só país, por
“Temos a obrigação de saudar o Brasil como sobretudo nos setores de bens de capital e causa de sua união, e o Brasil tem designa-
país irmão e em pleno desenvolvimento, de bens de consumo. Naturalmente, os bra- do os seus melhores embaixadores para a
com taxas de importação altíssimas e inves- sileiros podem nos aportar investimentos nossa região, valorizando essas relações.”
timentos seguros. Honduras firmou um tra- que, inclusive, servirão para financiar obras Nossos elogios também se estendem
tado de livre comércio com os Estados Uni- públicas, como estradas, portos etc.” aos empresários e industriais por esse
dos e temos, hoje, a oportunidade de ampli- Essas palavras entusiasmadas são de acontecimento que se está celebrando no
ar nossas relações comerciais com o Brasil, Roberto Kattán Arita, Agregado Comercial Rio de Janeiro.
Honduras e seus
ótimos charutos
Excelência dos produtos
hondurenhos rivaliza
com a dos famosos
“puros” cubanos os Estados Unidos passaram também a de-
sempenhar um importante papel no comér-
cio do fumo. Os charutos produzidos em
s charutos, cuja degustação era, ori- suas fábricas, localizadas na cidade deTampa,
A que tipos de resultados o senhor associarmos a refinarias no Caribe, na área tecnologia era crucial, pois o Brasil não
se refere? de abastecimento. Hoje, trabalhamos com tinha recursos para importar petróleo.
SP – Sou responsável pela atuação da acordos bilaterais com governos da Amé- O desenvolvimento do etanol, que in-
companhia em 14 países. Temos as maio- rica Central. Temos acordos com a Gua- clui a criação do carro a álcool, foi uma
res operações nos Estados Unidos, na temala, entendimentos com a República questão de sobrevivência das contas do
Nigéria, em Angola e na Colômbia. Com Dominicana, relacionamento comercial
a concretização recente de projetos na
Venezuela, este será o quinto grande cen-
tro de investimentos da Petrobras. Quan-
com a Jamaica e com Trinidad e Tobago.
Oferecemos assistência aos governos des-
ses países no desenvolvimento de progra-
“ Usamos o conhecimento
do etanol como um diferencial
competitivo para a Petrobras
do digo resultados, eu me refiro não só à mas de etanol e biodiesel, que são produ-
área de exploração e produção, como
também à área de abastecimento. Deste
modo, sou responsável por todos os re-
tos, hoje, tão associados à Petrobras quan-
to o petróleo que produzimos.
entrar em outros países
S A M I R P A S S O S A WA D N ”
sultados da Petrobras fora do Brasil nes- Fale sobre a experiência da Petro-
ses 14 países. bras nesse campo? próprio país. Eu tive um dos primeiros
SP – A verdade é que a Petrobras não carros a álcool, e sei que era um veículo
Há algum investimento sendo de- produz etanol. Ela detém a tecnologia, o com muitas dificuldades. A Petrobras foi
senvolvido especificamente na know-how, ou seja, o conhecimento de o órgão encarregado de fazer a coisa fun-
América Central? como tratar o etanol, como misturá-lo à cionar. Produzir o álcool da cana-de-açú-
SP – Na América Central, tivemos algu- gasolina e torná-lo um produto estável e car era um problema do fazendeiro, mas
mas iniciativas de exploração e produção de boa qualidade. Esse conhecimento a Petrobras era encarregada de fazer a
em Cuba e, hoje, estamos no México, que veio sendo desenvolvido durante três mistura funcionar e de vendê-la nos pos-
não é considerado América Central, mas décadas. Há cerca de 30 anos, os brasi- tos. Nesse cenário, a indústria automo-
está bastante próximo dela. No passado, leiros rodaram com os primeiros carros bilística respondeu ao desafio, produzin-
analisamos inúmeras possibilidades de nos movidos a álcool. Naquela época, essa do peças e componentes adaptáveis.
Hoje, o consumidor não sabe que tipo etanol porque talvez não tenham uma le- que foram cometidos, e nós, como go-
de combustível está usando, se álcool 10, gislação específica para isso. A Nigéria está verno e como companhia, não nos im-
20 ou 50% ou se álcool 100%. Ele com- mudando a sua legislação para permitir portamos de reparti-los com outros pa-
pra a gasolina sem saber, ao certo, quan- que o etanol seja misturado à gasolina. É íses, mesmo porque essas trocas tecno-
to de álcool ela possui e seu carro funci- bom lembrar que não se trata somente lógicas geram oportunidades de novos
ona tão bem quanto no dia anterior, com de misturar um combustível ao outro. negócios.
outro combustível. É um trabalho do Esse processo exige toda uma tecnolo- A Petrobrás, hoje, realiza negócios com
país, na verdade, não é só da Petrobras. gia a ser repassada, como fizemos na Ve- tecnologia desenvolvida no Brasil. Isso
Atualmente, os países que estão de fora, nezuela, na África do Sul e vamos fazer ocorre tanto no processo de transferência
e vêem que o etanol substitui o petróleo na Nigéria, enviando ao país uma equipe do etanol quanto na concessão de blocos
sem nenhuma grande perda, com a van- de técnicos da Petrobras responsável por de petróleo para exploração em águas pro-
tagem de ser mais barato e mais limpo, essa transferência. Não se trata de nenhu- fundas. Temos procurado usar esse conhe-
têm o Brasil como um modelo e, mais ma ciência do mais alto grau, mas há um cimento como um diferencial competitivo
uma vez, a Petrobras aparece como de- conhecimento, uma memória de erros para a Petrobras entrar em outros países.
Como está o panorama em relação tinente americano para avaliar se seria pro-
à América Central? dutivo a Petrobrás investir, hoje, de olhos
SP – A América Central tem inúmeras fechados, na produção de biodiesel e eta-
oportunidades.Talvez não tenha tanto ter- nol nessa região, já que ela não aparenta
ritório, tantas áreas cultiváveis para sus- ser uma grande consumidora. De qual-
tentar um programa intensivo de cana-de- quer forma, estamos abertos ao diálogo e
açúcar e de óleos vegetais com o objetivo estamos indo à República Dominicana na
de produzir em grande escala. Precisamos semana que vem. O Presidente Luiz Inácio
considerar, no entanto, que o consumo Lula da Silva esteve na Guatemala recen-
de combustíveis na América Central tam- temente e nós o acompanhamos. Estamos
bém não é tão intenso assim. Pode ser que presentes. Se vamos fazer negócio, é só
haja um equilíbrio. Eu, realmente, não uma questão de tempo, pois o primeiro
conheço as dimensões desta parte do con- passo já está sendo dado.
Presidente da Comissão Nacional de Energia de Honduras defende ximação entre os dois países e o sur-
gimento de investimentos positivos nos
maior aproximação com o Brasil para construir um futuro sustentável diferentes setores da economia.”
O representante de Honduras acres-
“Em Honduras, o foco principal do Resultados centou, ainda, que a política de seu gover-
desenvolvimento tem sido a questão ener- José Isaías Aguilar fez questão de ressal- no é a de estreitar laços com as nações por
gética. Nossa economia depende, em gran- tar que, neste sentido, a realização do semi- ele consideradas amigas e irmãs.
de escala, da energia térmica. Para fazer nário adquire uma grande significação. “Podemos oferecer toda a segurança
face aos desafios do momento atual, nos- “ Este é um evento excepcional, para o de que os empresários necessitam para
sa política de governo consiste em dar qual o corpo diplomático de Honduras, investir em Honduras. Também oferece-
maior ênfase à energia renovável e às fon- no Brasil, tem trabalhado intensamente. mos garantias de que os investidores vão
tes alternativas de combustível. Estamos Nossa participação neste seminário da obter bons resultados e de que seus direi-
trabalhando intensamente neste sentido.” FCCE, certamente, vai dar muitos resul- tos serão respeitados nas iniciativas desen-
Esta declaração é de José Isaías Aguilar, tados a curto e a longo prazo, com a apro- volvidas em território hondurenho.”
Presidente da Comissão Nacional de Ener-
gia de Honduras, um dos representantes
do governo de seu país no Seminário Bila-
Capacidade de geração instalada no território hodurenho
teral de Comércio Exterior e Investimen-
TOTAL GENERACION= 1406 MW (2006)
tos Brasil-América Central, realizado pela
Federação das Câmaras de Comércio Ex- Biomassa
4,41%
terior – FCCE. Nesse cenário, ele consi-
dera muito importante a cooperação de Hidro Estatal
empresas brasileiras do setor, assim como 33,02%
do governo brasileiro.
“Temos muito interesse em fazer um
convênio bilateral que nos permita forta-
lecer a capacidade energética e o desen-
volvimento do nosso país. Isto daria ao
Brasil a oportunidade de investir em ter-
ritório hondurenho para desenvolver seus Hidro Privada
Térmica Privada
produtos industriais, e comercializá-los a 1,60%
56,38%
custos mais baixos, uma vez que estaria Térmica Estatal
mais perto dos mercados centro-ameri- 4,59%
cano e norte-americano.” Fonte: Comissão Nacional de Energia, Honduras, Março de 2007
Que tipo de serviços presta a sua nerário a ser seguido e das limitações a que te da eletrônica no controle do tráfego,
empresa? deve estar sujeito o tráfego na área; e a sina- essa é uma tendência inevitável em decor-
LMR– Como seu próprio nome indica, lização dita “inteligente”, que diz respeito rência do progresso na área da computa-
nossa firma se ocupa de implantar sistemas aos painéis eletrônicos, aos telefones insta- ção. Só queria lembrar que a instalação de
de sinalização em áreas urbanas das cidades lados nas ruas, para que os motoristas pos- aparelhos, como os chamados “pardais”,
brasileiras. Estamos sediados em São Pau- sam solicitar auxílio, aos semáforos, ou si- impõe um caráter científico e mais demo-
lo, há 35 anos, e, há cinco, trabalhamos, nais, como vocês os chamam aqui no Rio crático à aplicação das multas e ajuda a
também, na República Dominicana. Nossa de Janeiro, às câmaras de segurança e aos combater o problema da corrupção, que
boa adaptação a esse país caribenho nos faz “pardais”, entre outros equipamentos. afligia a todos, quando o controle era exer-
crer que possamos ser úteis aos demais cido exclusivamente por meios humanos.
países da América Central. Além deles, pre- Todos esses equipamentos têm im-
tendemos nos instalar e trabalhar, ainda, no portância no conjunto da sinaliza- O Brasil desenvolveu um design ex-
Peru, no Equador e na Argentina. ção, ou ocorre cada vez mais a pre- clusivo para sua sinalização?
ponderância dos aparelhos eletrô- LMR – Os padrões gráficos da sinaliza-
Que tipos de sinalização são empre- nicos? ção são universais, o que é compreensí-
gados pela empresa? LMR – Os três níveis são importantes e, vel, pois, se assim não fosse, os motoristas
LMR – Basicamente, três: a sinalização como já disse, não devemos subestimar que saíssem de um país para o outro teri-
horizontal, que consiste especialmente na os mais simples, que são as faixas, já que am que se familiarizar com uma nova sis-
pintura de faixas, aquelas linhas brancas que elas se constituem em um indicativo de temática de sinalização. Isso, com certeza,
vemos sobre o asfalto e que nem sempre fácil e imediata leitura, não apenas pelos traria problemas sérios à circulação de
são valorizadas, mas constituem um ele- pedestres, como pelos motoristas. Da im- veículos. Quanto à implantação da eletrô-
mento importante no conjunto da sinaliza- portância dos sinais de trânsito e dos pai- nica no controle do tráfego, importamos,
ção; a sinalização vertical, composta por néis, acho que nem é preciso falar, pois ela principalmente da Europa, o sofisticado
letreiros, painéis e outros indicativos do iti- é evidente. Quanto à introdução crescen- sistema que ali é aplicado com tão bons
resultados. A adaptação dos padrões eu- cam a produção e a circulação de riquezas. que dispõe o Brasil entre os países do con-
ropeus a novas realidades fora daquele tinente – o que facilita bastante as negocia-
continente é um trabalho cuidadoso e de- Se os países mais desenvolvidos – e ções – acredito que o país esteja situado
morado, que pode levar até cinco anos o senhor se referiu-se aos da Euro- em um nível de desenvolvimento que não
para ser efetivado, sendo uma das nossas pa – já conceberam e dispõem de intimida nem inviabiliza a aplicação de prin-
mais importantes tarefas. padrões quase ideais de sinalização cípios, procedimentos e equipamentos
viária, que papel poderá caber ao aqui empregados com sucesso, entre os de-
Que vantagens teriam os países do Brasil na implantação de uma efici- mais países do nosso continente.
continente com a implantação de ente sinalização entre os países da
um sistema de sinalização viária América Central e do Sul?
mais moderno e eficiente? LMR – A resposta a essa pergunta expli- A adaptação dos sinais
LMR – As vantagens seriam inúmeras, ca porque estamos aqui, participando des-
desde as mais evidentes, como a redução se seminário. Não seria viável e nem efici-
usados num país à
de acidentes, ferimentos e mortes – não ente trazer para os países do nosso conti- realidade de outro país é
nos esqueçamos de que esses índices são nente os sofisticadíssimos sistemas em uso muito importante para
altíssimos na América Latina – até as de nos países mais desenvolvidos. Como já que todo o sistema seja
ordem econômica, pois, como pretendo disse, no próprio Brasil esses sistemas são
entendido pela
ter demonstrado em minha participação no submetidos a um processo de adaptação
painel I desse seminário, é impressionante para que se consiga utilizá-los com o má- população e, dessa
a altíssima taxa de prejuízo que advém des- ximo de eficiência, respeitadas as caracte- forma, possa funcionar
ses acidentes e, também, dos engarrafa- rísticas locais e o grau de desenvolvimen- com eficiência.
mentos que engessam o trânsito e prejudi- to do país. Ora, além da grande empatia de
FCCE
Federação das Câmaras de Comércio Exterior
Foreign Trade Chambers Federation
09 de abril ANGOLA
07 de maio BELARUS
04 de junho EQUADOR
09 de julho CORÉIA
20 de agosto NIGÉRIA
17 de setembro MOÇAMBIQUE
08 de outubro MÉXICO
10 de dezembro ARGENTINA
Sustentabilidade na
ordem do dia
Andrade Gutierrez preocupa-se com a
preservação e com as questões sociais
Andrade Gutierrez é uma empresa cipalmente, para a execução de obras de
Objetivos amplos
blicas, que envolvem obras como rodo-
vias, portos, resorts, aeroportos, projetos
de saneamento básico etc.
No Brasil, a empresa faturou, em 2005,
De onde vem o interesse pela Amé-
rica Central? Por que essa região tem
atraído uma empresa do porte da
“Trabalhamos com
mão-de-obra local,
desenvolvemos capacitação
US$ 472 milhões e, no exterior, US$ 286 Andrade Gutierrez?
milhões.
Segundo Ricardo Antonio Mello Cas-
tanheira, Diretor da Área Internacional da
RC – Atuamos desde o México, onde te-
mos um escritório central e estamos cons-
truindo uma barragem, até a Argentina. Isto
profissional e educação
R ICARDO A NTONIO M ELLO C ASTANHEIRAN ”
Construtora Andrade Gutierrez, entre as nos leva a ter uma visão global da América países são democráticos e os governos mu-
iniciativas desenvolvidas na América Cen- Latina, e nos possibilita trabalhar onde se faz dam de quatro em quatro ou de seis em seis
tral, destaca-se a participação no Consór- necessário com bastante mobilidade. Já atu- anos. Procuramos trabalhar com projetos vi-
cio Interoceânico do Panamá. Trata-se de amos na Bolívia, hoje não mais; estivemos áveis e sustentáveis independentemente do
uma ação integrada de engenharia brasi- no Chile e estamos voltando para aVenezuela. governo que esteja no poder. A sustentabi-
leira destinada a participar da ampliação Todos esses processos dependem muito da lidade econômica, social e ambiental é o nos-
do Canal do Panamá. Para isso, foi criado dinâmica e da necessidade de infra-estrutura so principal objetivo.Temos a preocupação de
um escritório na Cidade do Panamá. dos diferentes países. Muitas nações da não gerar um passivo ambiental para o futuro,
Ainda na América Central, a participa- América Central estão, hoje, preocupadas e também damos grande importância à inte-
ção da Andrade Gutierrez pode ser citada em resgatar, por intermédio de obras de gração da sociedade ao nosso projeto. Traba-
na construção do Aqueduto Noroeste, na infra-estrutura, a sua dívida social, privilegi- lhamos com mão-de-obra local, desenvol-
República Dominicana; na expansão do ando as populações menos favorecidas. vemos programas de capacitação profissional
Aeroporto de Nassau, nas Bahamas; e na para os habitantes das diferentes regiões onde
construção do Resort Jalousie, em Santa A Andrade Gutierrez também se in- atuamos, trabalhamos com iniciativas de edu-
Lúcia, no Caribe. sere nesta linha de atuação? cação dentro dos nossos canteiros de obras,
“Estamos, também, iniciando o pro- RC – Cada vez mais. A sustentabilidade do atuamos em alfabetização etc. Posso dizer que
jeto de uma usina hidrelétrica na Repú- projeto é muito importante. Na América La- essa preocupação está presente em todos os
blica Dominicana de 90 megawatts. Já tina, e na América Central, em particular, os nossos projetos.
começamos a elaborar o projeto e a esta-
belecer a liberação de licenciamento
ambiental para, em 2008, iniciarmos a
construção da usina. Estamos trabalhan-
do na Nicarágua, no desenvolvimento de
oportunidades na área de energia. Na
fronteira de El Salvador e Honduras, de-
senvolvemos o projeto para a constru-
ção de uma hidrelétrica em El Tigre. Na
Costa Rica ainda não estamos atuando.
Temos pesquisado toda a região centro
americana e apresentado propostas, prin- A Andrade Gutiérrez trabalhou na duplicação da Ponte das Américas, no Panamá.
Música e
dança na
Nicarágua
Ritmos diversos e folclóricos, política e história marcam a tradição do maior país da América Central
Nicarágua é constituída por Hoje, o que se vê na Nicarágua é um do, são representativos, sobretudo, o som e a
A companhia oferece conforto a bordo e tarifas competitivas em... ... itinerários que proporcionam economia de tempo.
Segundo Alexandre Camargo, América Central e do Caribe, çam melhor a América Central. Histori-
camente, os laços brasileiros com aquela
Diretor Internacional da Copa via Panamá. região nunca foram muito grandes, e, só
agora, a ligação comercial com a América
Airlines, a companhia proporci- Além disso, a empresa acaba de Central começa a se fortalecer, inclusive
ona economia de tempo e de di- lançar uma rota para o Panamá, com ativa participação de empresas brasi-
leiras em projetos ali desenvolvidos, so-
nheiro aos viajantes, por meio com vôos diários que partem do bretudo nas áreas de construção civil, de
estradas e de hidrelétricas. Está, também,
de seus quatro vôos diários que Aeroporto do Galeão, no Rio em pauta um programa que gira em torno
saem do Brasil para os países da de Janeiro. da utilização do álcool obtido da cana-de-
açúcar, como combustível, cuja tecnolo-
gia o Brasil domina, e que pode ter os pa-
Que papel está desempenhando a América Central: tudo isso justifica o apoio íses centro- americanos como grandes
Copa Airlines no Seminário Bilate- que estamos proporcionando à iniciativa distribuidores na região e na América do
ral de Comércio Exterior e Investi- deste seminário de analisar o comércio bi- Norte. Trata-se, portanto, de um momen-
mentos Brasil-América Central? lateral entre Brasil e países da região com to ideal para a divulgação do potencial eco-
AC – A Copa Airlines é uma empresa aé- vistas a seu incremento e dinamização. Afi- nômico da América Central e das grandes
rea do Panamá que está completando sete nal de contas, em se tratando de investi- vantagens que poderão ser obtidas no co-
anos de atuação no Brasil e que, no final mentos e negócios na América Central, mércio com a região.
de 2006, inaugurou sua nova rota: Rio de acredito que temos bom conhecimento e
Janeiro-Panamá. A partir do território pa- alguma experiência de como chegar lá e A Copa Airlines atua apenas na Améri-
namenho, fica assegurada a conexão, em de como desfrutar das vantagens que nos- ca Latina ou alcança, também, outras
menos de uma hora, com quase todos os sa empresa oferece. regiões do continente e do mundo?
países da América Central e do Caribe, AC – A Copa Airlines voa para trinta e
inclusive com os que estão tomando par- Quais são as suas expectativas em sete diferentes destinos no continente. É
te nesse seminário. Um vôo novo, uma relação aos resultados do seminário? uma empresa especializada em América
rota nova, mais facilidades de locomoção AC – Antes de mais nada, considero mui- Latina. No Brasil, ela tem, atualmente,
e de transporte de cargas entre o Brasil e a to importante que os brasileiros conhe- quatro vôos diários que se dirigem ao Pa-
40.000
bilhões. 0
1991
2001
1992
2002
1993
1999
2003
1995
1997
2005
1990
2000
1994
1996
1998
2004
Em 2005, segundo o FMI, a soma do PIB dos cinco países
Fonte: OMC
(Costa Rica, Guatemala, El Salvador, Honduras e Nicarágua) foi
de US$ 77,53 bilhões, resultando em uma participação do co-
mércio exterior no PIB na ordem de 63,0%, o que evidência Evolução das exportações do MCCA
uma ampla abertura econômica. 1990 – 2005 – US$ bilhões
Ao longo do período de 1990 a 2005, o déficit comercial do
18.000
bloco foi constante e contabilizou US$ 15,9 bilhões em 2005, Fonte: OMC
resultado de exportações de US$ 16,5 bilhões e importações de 16.000
Honduras, com US$ 1,7 bilhão e 10,3% e Nicarágua, com ex- 6.000
2001
1992
2002
1993
1999
2003
1995
1997
2005
1990
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1994
1996
1998
2004
uma importação total de US$ 9,8 bilhões e participação de 30,2%
Costa Rica Guatemala El Salvador Honduras Nicarágua
no total de 2005. Em seguida estão: Guatemala, importação de
US$ 8,8 bilhões e participação de 27,2%, El Salvador, US$ 6,7
bilhões e 20,7%, Honduras, US$ 4,5 bilhões e 13,8% e Nicará- bilhão), café, chá e especiarias (8,3%, US$ 1,4 bilhão), vestuário
gua, com compras de US$ 2,6 bilhões e participação de 8,0% nas e acessórios de malha (7,6%, US$ 1,3 bilhão), máquinas e equi-
importações totais do MCCA. pamentos mecânicos (5,6%, US$ 931 milhões), vestuários e aces-
A pauta de exportação do Mercado Comum Centro-Ameri- sórios, excl. de malha (5,0%, US$ 833 milhões), instrumentos e
cano é bastante desconcentrada. O principal grupo de produtos, aparelhos de ótica (3,6%, US$ 603 milhões), açúcar (2,9%, US$
máquinas e equipamentos elétricos, com exportações de US$ 476 milhões), plásticos e obras (2,8%, US$ 474 milhões) e pro-
1,7 bilhão, respondeu por apenas 10,0% do total das vendas de dutos farmacêuticos (2,8%, US$ 462 milhões).
2005. Esse grupo compreende a exportação de US$ 803 mi- Já, as importações do bloco são um pouco mais concentradas.
lhões em circuitos integrados, 48% do total do segmento. Isso se Em 2005, o principal grupo de produtos importado foi combus-
deve a exportação da Costa Rica, país sede de uma importante tíveis minerais (participação de 14,8% na pauta, totalizando US$
fábrica de microprocessadores desde 1998. Em seguida, os prin- 4,7 bilhões), em seguida estão: máquinas e equipamentos elétri-
cipais grupos de produtos que das exportações centroamericanas cos (12,9%, US$ 4,1 bilhões), máquinas e equipamentos mecâ-
são: frutas e castanhas (9,1% do total da pauta, somando US$ 1,5 nicos (8,4%, US$ 2,7 bilhões), veículos automóveis (6,6%, US$
5,6
20.000 5,0
15.000 3,6
2,9 2,8 2,8
10.000
5.000
Acessórios,
Máquinas e
Equipamentos
Elétricos
Vestuário e
Acessórios
de Malha
Máquinas e
Equipamentos
Mecânicos
Vestuário e
exc. Malha
Instrumentos
e Aparelhos
de Ótica
Frutas e
Castanhas
Café, Chá e
Especiarias
Plásticos
e Obras
Produtos
Farmacêuticos
Açúcar
0
1991
2001
1992
2002
1993
1999
2003
1995
1997
2005
1990
2000
1994
1996
1998
2004
Costa Rica Guatemala El Salvador Honduras Nicarágua
2,1 bilhões), plásticos e obras (5,4%, US$ 1,7 bilhão), produtos Importações do MCCA
farmacêuticos (3,9%, US$ 1,2 bilhão), papel e cartão (3,7%, Principais produtos – 2005 – participação %
US$ 1,2 bilhão), ferro fundido, ferro e aço (3,4%, US$ 1,1 bi-
14,8 Fonte: Global Trade Atlas
lhão), cereais (2,0%, US$ 622 milhões) e algodão (1,9%, US$
593 milhões). 12,9
exportações do bloco se destinaram aos Estado Unidos, o equi- 3,9 3,7 3,4
valente a US$ 7,3 bilhões. Seguindo-se, os maiores destinos das 2,0 1,9
exportações do MCCA foram: México (participação de 3,7% da
pauta, somando US$ 658 milhões), Países Baixos (3,3%, US$
Máquinas e
Equipamentos
Elétricos
Máquinas e
Equipamentos
Mecânicos
Combustíveis
Minerais
Veículos
Automóveis
Plásticos
e Obras
Produtos
Farmacêuticos
Ferro Fundido,
Ferro e Aço
Papel e Cartão
Cereais
Algodão
586 milhões), Hong Kong (2,8%, US$ 492 milhões), Alemanha
(2,7%, US$ 466 milhões), Panamá (2,0%, US$ 351 milhões),
China (1,8%, US$ 313 milhões), Bélgica (1,5%, US$ 261 mi-
7,2
3,7
3,3
2,8 2,7 4,1 3,5 3,5
2,0 1,8 3,1
1,5 1,3 1,3 2,6 2,4
1,8 1,7
a
ica
inic lica
la
ia
a
ico
ão
Uni stados
Uni stados
ico
má
adá
amá
sil
Sul
ng
aixo
anh
Chin
Chin
anh
zue
mb
ana
Jap
Bra
g Ko
Bélg
Méx
Méx
a
DomRepúb
Can
do
dos
dos
Pan
Pan
Alem
Alem
Colô
es B
e
Ven
E
E
Hon
éia
País
Cor
apenas 1,7%.
A soma de US$ 1,161 bilhão das exportações brasileiras para o
MCCA em 2006 é resultado do crescimento acentuado registrado 609
desde 2002. Nesse ano, a pauta brasileira de exportação destinada ao
452
bloco se expandiu em 47,5% relativamente a 2001, e contabilizou
321
US$ 417,5 milhões. Os aumentos continuaram até 2005, atingindo 266 258
311
208
a cifra recorde no comércio bilateral de US$ 1,171 bilhão. No último
ano da série, registrou-se um decréscimo de 0,9%.
As importações brasileiras originadas no bloco, embora peque-
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
nas em relação às exportações, apresentaram um crescimento cons-
tante no período analisado. O valor das compras externas foi de
US$ 8,4 milhões, em 1997, para US$ 129 milhões, em 2006.
Quanto ao saldo comercial, o Brasil é historicamente colocado é El Salvador, representando 18,4% e US$ 213,5 mi-
superavitário no comércio com o MCCA. O maior saldo positi- lhões. Em seguida está Honduras, com 12,1% e US$ 140,7 mi-
vo ocorreu em 2005, quando foi de US$ 1,073 bilhão. No ano de lhões e Nicarágua, com 5,1% e US$ 59,6 milhões.
2006, houve uma pequena queda no saldo na ordem de 3,8% A Costa Rica é, também, o maior parceiro comercial brasileiro
devido ao aumento nas importações e queda nas exportações referente às importações provenientes da região. No ano de 2006,
brasileiras ao bloco. o Brasil comprou US$ 117,7 milhões de produtos costarriquenhos,
Por país, o maior destino das vendas brasileira no grupo é a 91,2% do total das importações originárias do MCCA. As merca-
Costa Rica com aquisições de US$ 427,8 milhões e uma partici- dorias fornecidas pela Guatemala somaram US$ 6,18 milhões e
pação de 36,8% no total do MCCA. A Guatemala é o segundo representaram 4,8% da pauta do bloco. El Salvador contribuiu
maior comprador de produtos brasileiros, com uma cifra de US$ com 2,0% e somou US$ 2,64 milhões, Honduras, com 1,9% e
319,3 milhões e participação de 27,5% no bloco. O terceiro US$ 2,48 milhões e a Nicarágua com apenas US$ 12 mil.
Ranking da China nas exportações brasileiras Ranking da China nas importações brasileiras
2005/2004 – US$ milhões FOB 2005/2004 – US$ milhões FOB
2006/05 2006/05
MCCA 1.161 -0,9 100,0 MCCA 129,0 32,3 100,0
Costa Rica 427,8 3,5 36,8 Costa Rica 117,70 27,4 91,2
Guatemala 319,3 -4,0 27,5 Guatemala 6,18 185,9 4,8
El Salvador 213,5 -10,0 18,4 El Salvador 2,64 134,1 2,0
Honduras 140,7 1,2 12,1 Honduras 2,48 32,2 1,9
Nicarágua 59,6 21,7 5,1 Nicarágua 0,01 582,9 0,0
Fonte: MDIC/SECEX
Exportação brasileira para o MCCA por fator agregado Principais produtos exportados pelo Brasil para o MCCA
2006/2005 – US$ milhões FOB 2006 – US$ milhões FOB
Máquinas e
Aparelhos para
Terraplanagem
Laminados
Planos
de Ferro/Aço
Semimanuf.
de Ferro/Aço
Chassis com
Motor
Ligas de
Alumínio
Álcool Etílico
Gasolina
Fio-máquina
Automóveis
Papel e Cartão
Básicos Semimanufaturados Manufaturados
2005 2006 Fonte: MDIC/SECEX
Principais produtos importados pelo Brasil do MCCA Estados brasileiros que mais importaram do MCCA
2006 – US$ milhões FOB 2006 – US$ milhões FOB
25,9
21,7
19,8
11,7
6,9 2,0 2,0 1,4 1,0 1,0 0,6 0,6 5,2
2,2 1,8 1,7 1,5
Partes de Máqs.
Circuitos
Integrados
Alumínio para
Reciclagem
Embalagens
de Papel
Chumbo em
Formas Brutas
Fios e Cabos
Elétricos
Peças de
Borracha
Vulcanizada
Aut. p/ Processa-
mento de Dados
Instrumentos
e Aparelhos
Médicos
Artigos de
Plástico para
Embalagens
Rio Grande
do Sul
Rio Grande
do Norte
Paraná
Espírito
Santo
São Paulo
Amazonas
Rio de
Janeiro
Bahia
Santa
Catarina
Minas
Gerais
Estados brasileiros que mais exportaram do MCCA Número de empresas brasileiras exportadoras e
2006 – US$ milhões FOB importadoras no comércio com o MCCA
565,5 Fonte: MDIC/SECEX 2.157 2.131 Fonte: MDIC/SECEX
Paraná
Espírito
Santo
São Paulo
Amazonas
Ceará
Rio de
Janeiro
Minas
Gerais
Santa
Catarina
Bahia
2005 2006
Exportadores Importadores
○
•
○
Foi destaque, durante o de 2005, a Costa Rica
○
Seminário Bilateral de detém o quinto lugar no
○
○
○
Comércio Exterior e mundo em matéria de
○
○
○
Investimentos Brasil- exportações de alta
○
América Central, a segurança tecnologia, resultado da
○
○
○
jurídica oferecida pela Costa atração de investimentos
○
Rica aos investidores estrangeiros. Além disso o
○
○
○
○
estrangeiros. No território país é referência mundial
○
○
○
○
daquele país, os estrangeiros ○
em turismo, recebendo
○
não encontram reservas mais de 1 milhão de
○
○
○
○
legais e podem dirigir, eles visitantes por ano.
○
○
○
○
próprios, os seus negócios.
○
○
Encontram, também, Financiamentos
○
○
• O BNDES, entidade que
○
○
igualdade constitucional de
○
○
direitos e deveres em relação colabora com a realização dos
○
○
○
○
aos cidadãos da Costa Rica. seminários realizados pela A Costa Rica recebe muitos visitantes da América Central, mas a
○
○
○
○
As leis de propriedade Federação das Câmaras de maioria vem dos Estados Unidos e da União Européia.
○
○
intelectual funcionam Comércio Exterior – FCCE,
○
○
○
○
segundo as regras da mantém, em sua linha de Empresas – MPMEs. São comerciais e múltiplos,
○
○
Organização Mundial do financiamentos à exportação, consideradas MPMEs as cadastrados pelo BNDES.
○
○
○
○
Comércio. Segundo o Índice o programa Empresa Âncora empresas que apresentam Maiores informações podem
○
○
○
○
de Desenvolvimento – Micro, Pequenas ou Médias receita operacional bruta ser obtidas pelo e-mail
○
○
anual de até R$ 60 milhões. faleconosco@bndes.gov.br.
○
○
○
○
Entre as principais vantagens O BNDES disponibiliza
○
○
desta linha de crédito estão o também, para as MPMEs, o
○
○
○
○
pagamento antecipado programa Pré-Embarque
○
○
○
○
(muitas vezes à vista) aos Ágil. As empresas elegíveis
○
○
fornecedores MPMEs são as exportadoras instaladas
○
○
○
○
relativo à produção a ser no Brasil. A modalidade é
○
○
○
○
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○
A Revista dos Seminários Bilaterais de financeiro, por sua vez, conta dos bancos considerados
○
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○
organizados pela FCCE, é distribuída entre elegíveis para este programa seguinte endereço:
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quem decide.
○
Procure-nos.
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○
○
eduardo.teixeira@abrapress.com.br
○
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○
http://www.bndes.gov.br/ a Germisul, com mais de
○
produtos/exportacao/ US$ 1 milhão em vendas de
○
○
○
preembagil.asp. sementes. Além disso, a
○
○
○
APEX fechou contrato para
○
Sorteio a instalação de um centro de
○
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○
• Durante o Seminário distribuição para pequenas e
○
Bilateral de Comércio médias empresas, na Cidade
○
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○
Exterior e Investimentos ○ do Panamá, nos mesmos
○
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○
Brasil-América Central, moldes dos já existentes em
○
○
foram sorteadas duas Miami e em Portugal. Os
○
○
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○
passagens de ida e volta do primeiros 12 meses serão de
○
○
○
○
Rio de Janeiro a um país da operação gratuita para as 50
○
○
América Central, oferecida empresas brasileiras que
○
○
○
○
pela Copa Airlines. Na serão selecionadas e para a
○
○
presença do Diretor APEX. O centro de
○
○
○
○
Internacional da Copa distribuição do Panamá será A estudante Nicole Marie Bandeira de Mello Dourado, é cumprimenta-
○
○
○
○
Airlines, Alexandre Camargo, localizado na Zona de Livre da pelo Presidente da FCCE.
○
○
foram contemplados a Comércio de Colón.
○
○
○
○
estudante de Relações
○
○
Internacionais, Nicole Marie
○
○
Descontos
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○
Bandeira de Mello Dourado, • A Copa Airlines, que opera
○
○
○
○
e o representante comercial vôos na América Central, está
○
○
da Comissária Ultramar, oferecendo descontos
○
○
○
○
Maurício Louzada. Os dois corporativos para empresas
○
○
felizardos receberão que efetuem, na companhia,
○
○
○
○
passagens do Rio de Janeiro à compras abaixo de US$ 25
○
○
○
○
Cidade do Panamá e, de lá, mil por ano. O programa
○
○
em outro vôo, partirão para chama-se Business Rewards,
○
○
○
○
○
○
○
○
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○
durante a missão empresarial e dois pontos para cada US$ Uma funcionária da Copa Air Lines, informa ao representante comerci-
○
brasileira que visitou a 1.000 nas viagem partindo al da Comissária Ultramar, Maurício Louzada, que ele ganhou uma
○
○
○
○
○
○
○
Panamá, ao projeto El Tigre, Missão oficial produtos brasileiros e mais Tais empresas realizaram
○
de construção de uma • Em 2006, uma missão de US$ 1 bilhão em futuros contatos com 947 possíveis
○
○
○
hidrelétrica na fronteira entre empresarial brasileira projetos de infra-estrutura parceiras nestes cinco
○
○
○
além da implantação de Desenvolvimento, Indústria visitados foram Panamá, Segundo a APEX, uma
○
○
○
usinas de etanol, como a da e Comércio Exterior, Luiz Costa Rica, Guatemala, El das organizadoras da missão,
○
American Renewable Fuel Fernando Furlan, visitou a Salvador e Honduras. Da as empresas brasileiras
○
○
○
Suppliers, em El Salvador. maioria dos países da delegação, participaram 50 devem investir nesses países,
○
○
○
Foram, também, América Central. Cálculos empresas brasileiras das em abertura de lojas,
○
○
○
importantes por empresas indicam que os resultados confecções, calçados, iniciativas, empregando
○
como a Sermatec – US$ 9 da iniciativa deverão gerar alimentos, agroindústria, recursos estimados da ordem
○
○
○
milhões com a venda de negócios no valor de US$ equipamentos médicos e de US$ 10,498 milhões.
○
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Federação das Câmaras de Comércio Exterior
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Foreign Trade Chambers Federation
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Fédération des Chambres de Commerce Extérieur
○
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○
Federación de las Cámaras de Comercio Exterior
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Conselho Superior
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MembrosVitalícios
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Antônio Delfim Netto
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Benedicto Fonseca Moreira
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Bernardo Cabral
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Ernane Galvêas
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Giulite Coutinho
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Milton Cabral
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