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1.

INTRODUÇÃO

O tema Empreendedorismo é relativamente novo, levando em conta a visão que


temos hoje sobre ele. Joseph Alois Schumpeter (1883-1950) foi quem melhor analisou a
inserção do empreendedor no contexto de uma economia capitalista, afirmando que o
empreendedor é alguém que faz novas combinações de elementos, introduzindo novos
produtos e/ou processos, identificando novos mercados de consumo ou fontes de
suprimento criando novos tipos de organização.
Porem quando realizada uma leitura mais profunda a respeito do tema
Empreendedorismo descobre-se que o termo já era usado a muito tempo, Segundo
Souza Neto (2008) o uso mias antigo do termo entrepreneur se registra no século XII,
para definir “aquele que incentiva brigas”. Ao longo do tempo o termo foi modificando
suas denominações até chegar ao contexto que é usado atualmente. A definição mais
aceita atualmente sobre empreendedorismo é feita por Filion que define que “um
empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões” (FILION: 1999,
2000a, 2000b).
No Brasil, ainda segundo Souza Neto (2008), o termo empreendedorismo aparece
a partir de duas veredas. Uma primeira, para um público mais acadêmico, professores e
estudantes universitários, surgiu no início da década de 80, nos cursos de Administração
de Empresas. A primeira experiência aconteceu através do professor Ronald Degen, em
1981, na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, em São
Paulo. Degen criou uma disciplina, Novos Negócios, dentro do Curso de Especialização
em Administração para Graduados-CEAG (uma versão anterior ao modelo atual do MBA).
Isso aconteceu quando se julgou necessário nomear o ramo emergente dos estudos
sobre a criação de negócios próprios.
Uma outra vereda ocorreu na segunda metade dos anos 80, para um outro público
que trabalha (técnicos, gestores e políticos) e habita uma certa zona denominada de
baixa renda (trabalhadores e produtores, autônomos, microempresários – de fato e em
potencial – e desempregados). Houve tentativas de introduzir o Método CEFE (Criação de
Empresas, Formação de Empresários) através de cooperação técnica Brasil–Alemanha
em Belo Horizonte, Porto Alegre e Fortaleza. Aconteceu também quando se julgou
necessário nomear o ramo emergente de atividades integradas a programas de
desenvolvimento urbano e microempresarial, subordinados ao Programa de Viabilização
de Espaços Econômicos para Populações de Baixa Renda (PRORENDA). Essas
atividades eram executadas nas esferas públicas estaduais, a partir de órgãos ligados ao
trabalho e à ação social em convênio com a GTZ (Sociedade Alemã de Cooperação
Técnica).

A atenção ao Empreendedorismo tem crescido significativamente nos últimos


anos, com iniciativas visando incentivar pessoas a abrirem novos negócios, já que o esse
seguimento é visto como uma forma de alavancar o desenvolvimento de um lugar, com
seu poder de gerar renda e emprego. Dentre as iniciativas vale destacar algumas como: o
Global Entrepreneurship Monitor (GEM), um grupo mundial que busca estudar e incentivar
o empreendedorismo, a SEMANA GLOBAL DE EMPREENDEDORISMO, promovida pelo
Instituto Empreender Endeavor, e a FEIRA DO EMPREENDEDOR, promovida pelo
SEBRAE(Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

No presente trabalho objetivou-se buscar um aprofundamento a cerca da pesquisa


realizada por ANTONIALLI (2008)1, que visava identificar a influencia da cultura familiar
nos empreendedores são joanenses, através do modelo proposto por DOLABELA,
DANTAS & SANTOS (2007). Com base nisso, o foco dessa nova pesquisa foi, identificar
os estilos gerencias dos empreendedores entrevistados, ou seja, a maneira como eles
administram, gerenciam os seus negócios. E tentar mensurar a influencia familiar exercida
sobre eles,identificar de que maneira sua família o influenciou ou influencia na maneira de
dirigir o seu negocio, traçando assim um perfil mais aprofundado desses empresários.
Um fator importante a ser destacado também e a ausência de dados do campo de
estudo em questão, da mesma maneira que aparece como uma dificuldade, ela também
aparece como uma justificativa para a execução deste trabalho. Ou seja, nos permite
entender um pouco mais sobre esses empreendedores, como também nos permite utilizá-
lo no meio acadêmico através de vertentes como ensino e extensão, desenvolvidos
principalmente pelo DECAC (Departamento de Ciências Administrativas e Contábeis) da
UFSJ. Com objetivo de servir como um modelo que possa vir a ajudar no
desenvolvimento local, porem com a preocupação de não se ater a modelos, já que isso
não condiz com o Empreendedorismo, e sim abrir a mente das pessoas pra inovação, o
algo diferente ao qual ele se baliza.

1
- ANTONIALLI, Fabio (2008). EMPREENDEDORISMO E CULTURA FAMILIAR: UMA
ABORDAGEM EXPLORATÓRIA NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DEL REI. Relatório Final
da Pesquisa do PIBIC-UFSJ-CNPq, Edital 2007, sob a orientação do Prof. Bezamat de
Souza Neto (DxECAC) e co-orientação do Prof. Waldir Dias Filho (DEPEB).
2. REFERENCIAL TEORICO

O Empreededorismo é uma área hoje que tem atraído o interesse de muitos


pesquisadores e estudiosos, e temos visto também, um grande esforço por parte do
governo e outros setores da sociedade para desenvolvê-lo e incentivá-lo. Ele já possuiu
varias concepções ao longo do tempo porem, as principais concepções sobre o
empreendedor foram desenvolvidas pelo economista Joseph Alois Schumpeter (1883-
1950), considerado na literatura como quem melhor analisa o empreendedor e sua
inserção na economia capitalista. Para ele, o entrepreneur é alguém que faz novas
combinações de elementos, introduzindo novos produtos e/ou processos, identificando
novos mercados de consumo ou fontes de suprimento, criando novos tipos de
organização. E essa definição é, segundo vários autores, ainda hoje, com poucas
variações, a que parece melhor aplicar-se ao referido termo.
Mas como não é fácil introduzir elementos de racionalidade dentro do complexo
comportamento dos empreendedores e como também muitos pesquisadores e
estudiosos, principalmente do ramo da economia, se recusavam em aceitar modelos não-
quantificáveis, isso acabou por levar o universo do empreendedorismo a voltar-se para os
comportamentalistas – psicólogos e psicanalistas, sociólogos e outros especialistas do
comportamento humano –, na busca de um conhecimento mais aprofundado do
comportamento do entrepreneur.
Um dos primeiros autores desse grupo a mostrar interesse pelo entrepreneur foi
Max Weber (1864-1920). Em sua clássica obra “A Ética Protestante e o Espírito do
Capitalismo” ele identificou o sistema de valores como um elemento fundamental para a
explicação do comportamento dos empreendedores. Para Weber, o principal fator
motivador para quem se estabelecia por conta própria era a crença religiosa ou o trabalho
ético protestante. Dessa maneira se estabeleciam normas de conduta que punham freio à
extravagância, ao consumo ostensivo e à indolência. O resultado era uma maior
produtividade, uma diminuição das despesas e aumento da economia, todos fatores vitais
para o crescimento econômico.
Ele via os empreendedores como inovadores, pessoas independentes cujo papel
de liderança nos negócios inferia uma fonte de autoridade formal. Em suma, e o mais
importante, Max Weber, conectando à ética da alta produtividade a poupança e a
desmotivação do consumo dispendioso com o sucesso econômico, pôde articular uma
forte defesa do impacto da cultura no crescimento das atividades empresariais.
Entretanto, o autor que realmente deu início à contribuição das ciências do
comportamento para o empreendedorismo foi, sem dúvida, o psicólogo e professor da
Harvard University, David C. McClelland. A obra de McClelland revela uma tentativa
arrojada de um psicólogo behaviourist, versado nos métodos das ciências do
comportamento, de isolar fatores psicológicos e culturais, e demonstrar, por métodos
rigorosamente quantitativos, que esses fatores são, de modo geral, importantes para o
desenvolvimento econômico.
Ele constatou, através de suas inúmeras pesquisas com sua equipe de
colaboradores em várias partes do mundo, a influência dos valores de determinadas
sociedades e de determinadas culturas, inclusive os valores ligados à religião, sobre as
atitudes de indivíduos empreendedores e percebeu nestes um certo padrão de excelência
internalizado. (SOUZA NETO, 2008)
É ressaltado também que McClelland foi “inspirado” pela obra de Max Weber (em
especial, “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”), e que, sendo assim,
concordava também com a “tese” de Weber com relação a certos valores religiosos
mantidos pela ética protestante como conseqüência de um crescimento do capitalismo
moderno através da expansão das atividades empresariais.
Em sua clássica obra “The Achieving Society”, McClelland se propunha a
estabelecer uma relação entre o progresso econômico e a existência de uma cultura da
“necessidade generalizada de realização”, que ele definiu como “o desejo de fazer algo
por fazê-lo, mais que com fins de poder, amor, reconhecimento ou, se desejar, lucro”
(McClelland, 1961: 322).
E, para “traduzir” esse padrão de excelência internalizado, essa novidade –
“necessidade de realização” –, ele usou, de forma original, o termo achieving, que
significa “conquistar algo com esforço próprio; realizar algo difícil; façanha; feito”.
Aprofundando a questão a partir dos resultados obtidos em suas pesquisas, o dado
significativo é que McClelland criou bases e orientações para sessões de treinamento
para motivar o êxito e a realização de executivos, cuja finalidade era melhorar tal
característica “psicológica” e torná-la aplicável em situações empresariais.
Nesse sentido, ele foi o pioneiro na capacitação para comportamentos mais
empreendedores de adultos. E, diferentemente dos economistas, para os
comportamentalistas – notadamente os psicólogos –, um empreendedor não precisa estar

2
- Tradução nossa.
necessariamente ligado à atividade empresarial. Ele pode também estar relacionado ao
mundo social de maneira geral.
Para Louis Jacques Filion, professor canadense e um dos mais conceituados
pensadores sobre o tema na atualidade, diferentemente do “dirigente-operador”, que se
encontra na maior parte do tempo ocupado com tarefas rotineiras, preocupado com
questões mais concretas, acreditando ser o planejamento e as análises das tendências de
mercado pura teoria, o “dirigente-empreendedor” apresenta um modelo de gestão
pautado no planejamento, na análise do contexto, visando detectar oportunidades de
negócios para realizá-las. Para Filion, “um empreendedor é uma pessoa que imagina,
desenvolve e realiza visões”. (FILION: 1999, 2000a, 2000b)
Por fim, pode-se detectar traços de ações empreendedoras das engenharias à
psicologia, passando pela administração e economia, ciências das computações,
sociologia, antropologia e direito, dentre várias outras. A abordagem é transdisciplinar.
Mas duas perspectivas são marcantes em sua abordagem, uma “econômica” que, em
suma, enxerga o empreendedor como aquele que gera e distribui riquezas a partir da
inovação constante em novos produtos e/ou serviços; e a outra “comportamentalista”,
que afirma que, em suma, ninguém nasce empreendedor e que ele “se forma” a partir do
meio em que vive – das influências da família, religião, escola, amizades etc.

2.1 – INFLUENCIA SOBRE O EMPREENDEDOR

Conforme David Landes (2002: p. 39), “Max Weber tinha razão. Se a história do
desenvolvimento econômico nos ensina alguma coisa é que quase toda a diferença está
na cultura”. Uma vez que empreendedorismo se trata de um fenômeno cultural (Dolabela,
2003), sua ancoragem epistemológica deverá – ou deveria – ser a cultura brasileira na
medida em que as ações empreendedoras ocorrem com implicação dos cidadãos no
quadro de seu território local, pois estes não reagem de maneira idêntica em todos os
lugares (Souza Neto, 2008) – suas racionalidades se constróem socialmente “in situ”. E
essas racionalidades “situadas” são diversas, compósitas, flexíveis, complexas e abertas
(Zaoual, 2003).

A literatura, como vimos acima, coloca como questão definitiva a de que ninguém
nasce empreendedor – “Entrepreneur are made, not born” (McClelland, 1961) –, ele é
fruto de seu entorno. Para Etzioni (1972, apud BERNARDES, 1993) “os empresários
desejam ocupar os cargos que decidem “o que” fazer por um traço de personalidade,
provavelmente aprendido na infância”. Ou seja, a influencia da família na construção de
um empreendedor é muito importante, mesmo não sendo fundamental, já que mesmo
sem o apoio da família ele pode vir a ser um empreendedor. Segundo Bernardes(1993,
p.81) se a criança for condicionada, a estar sempre buscando a realização, tornando isso
um traço de personalidade, isso pode facilitá-la a se tornar uma empreendedora
futuramente. Dolabella (1999b) vê como importante para uma pessoa se interessar em
ser um empreendedor a presença de um padrinho, que seria um empreendedor
experiente de quem "ele possa extrair conselhos e orientações".
Nota-se que na América latina, para o contexto que nos interessa, no Brasil, a
família é vista como um reduto de confiança, como observa Fukuyama (1999), e como
uma fonte muito grande de capital social, o que pode fazer muitas vezes com que essa
confiança seja estendida até o campo empresarial, no Brasil existem muitas empresas de
caráter familiar, onde a gestão é compartilhada com os familiares.

2.2 - METAMODELO DO EMPREENDEDOR BRASILEIRO

Ser empreendedor deve ser uma qualidade e característica durante toda a vida do
indivíduo. O grande problema, de acordo com Souza Neto (2008), é que o brasileiro
somente utiliza dessa sua habilidade em casos de necessidade: quando perde o emprego
e sofre a redução de seus rendimentos, por exemplo. Nesse momento ele se torna
bastante empreendedor, isto é, monta um negócio e começa a geri-lo. Ainda segundo
Souza Neto (2008), devido a essas características ele define o empreendedor brasileiro
como um "virador", ou seja, aquele que empreende por necessidade, se adequando as
diversas situações. Alias, esta característica de empreender só perante a necessidade,
pode ser apontada como um dos motivos para a alta de mortalidade das novas empresas.
Assim, ele deve ser empreendedor sempre que possível e despertar em sua equipe de
trabalho tal característica e comportamento. Pois a atividade empreendedora não se
refere somente à abertura de um negócio ou de uma empresa, mas de todas as fases de
sua vida pessoal, social e profissional, tendo reflexos maiores ou menores, dependendo
da situação.
2.3 - ESTILOS GERENCIAIS

Cada empreendedor possui um estilo de administrar o seu negocio. A definição de


estilo segundo Bergamini (1980, apud BERNARDES, 1993) é “o conjunto de
comportamentos de uma pessoa observados em situações especificas, entre as quais
inclui-se a da coordenação”, então, o estilo gerencial de um empreendedor é a maneira
como ele se comporta em determinadas situações ligadas ao seu empreendimento.
Um estudo realizado pelo SEBRAE (tabela abaixo) retirado de DOLABELLA
(1999a) mostra que quatro entre as dez primeiras causa das, dificuldades e razões para o
fechamento de empresas, estão em falhas gerenciais, como pode ser observado na
tabela.
Causas das dificuldades e para o fechamento das empresas

Categoria Ranking Dificuldades/Razões % empresários que


responderam
Falhas gerenciais 1° Falta de cap. de giro 42%
3° Problemas financeiros 21%
8° Ponto/ local inadequado 8%
9° Falta conhec. gerenciais 7%
Conjuntura econômica 2° Falta de clientes 25%
4° Maus pagadores 16%
6° Recessão econômica 14%
Logística operacional 12° Instalações inadequadas 3%
11° Falta mão-de-obra 5%
qualificada
Políticas públicas-leis 5° Falta de crédito bancário 14%
10° Fiscalização 6%
13° Carga tributara elevada 1%
7° Outra razão 14%

Fonte: Dolabella (1999a: p.126)

Se por um lado às falhas gerenciais são as principais causas para o fechamento


das empresas, a competência em gerenciar o empreendimento poder ser a explicação
pela continuidade deles, sendo assim, a capacidade de gerenciamento é um fator
importantíssimo para a manutenção de um negocio. Porem isso não quer dizer que exista
um estilo gerencial tido como o melhor, já que “qualquer estilo não é bom ou mau de per
si, mas apenas adequado ou inadequado a uma situação especifica” (Hersey &
Blanchard, 1974, Apud, BERNARDES, 1993).
3. METODOLOGIA

Para Lakatos e Marconi (1990, p.43) “a pesquisa pode ser considerada um


procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento
científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir
verdades parciais.”. Pesquisas podem vir afim de elucidar melhor questões ainda não
aprofundadas, para SILVA E MENEZES (2001) “pesquisar, significa, de forma bem
simples, procurar respostas para indagações propostas”. No presente trabalho as
indagações surgiram da pesquisa realizada por ANTONIALLI (2008), onde se estudou o
empreendedorismo e a influência familiar, presentes nos empresários são joanenses,
baseados no modelo proposto por DOLABELA, DANTAS & SANTOS (2007).

Através dos dados obtidos por ANTONIALLI (2008), que foram usados como ponto
de partida, buscou se entender mais essa influência familiar, com o objetivo de saber até
que ponto ela interfere no estilo gerencial do empreendedor. Para tal também se tornou
necessário entender o estilo gerencial do empreendedor, para assim poder mensurar
efetivamente a influência exercida por seus familiares.

O desenho da pesquisa se deu através de cinco empreendedores pré-


selecionados em conjunto com o antigo bolsista, no inicio foram selecionados mais
possíveis entrevistados. Porém no momento da execução da entrevista muitos se
mostraram resistentes, se tornando um grande obstáculo para execução da pesquisa.
Muitos empreendedores alegaram falta de tempo para conceder as entrevistas, e alguns
se mostraram incomodados com o fato dela ser gravada, já que para responder o
questionário demandava um certo tempo, e pelo fato de serem perguntas abertas, ou
seja, com respostas discursivas, que para maior facilidade de analise foram gravadas.E
por ultimo outro fator que também se mostrou como um empecilho foi à necessidade das
entrevistas serem feitas em um lugar reservado já que envolvia perguntas com relação
aos colaboradores da empresa, fazendo com que alguns alegassem não poder se
ausentar das suas posições ou funções para tal.

O questionário trazia duas subdivisões em sua estrutura: parte referente a estilos


gerenciais, e parte relativa a influencia familiar. Porém nota-se que em muitos momentos
as perguntas misturam os dois subgrupos, o que é visto de forma positiva, haja vista que
esse é um dos objetivos do projeto, descobrir a interação da influência familiar nos estilos
gerenciais. Outro ponto da pesquisa se baseou na observação não participante, onde
buscou-se observar as atitudes do empreendedor com um olhar de fora da organização,
para realmente validar o que havia sido dito durante as entrevistas, uma vez que, nem
sempre o que é respondido pelo entrevistado condiz com a realidade analisada. Sendo
assim os resultados dessa observação não participante serão vistos de forma imparcial,
uma vez que não serão influenciados pelo fato de não se fazer parte da organização.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Através das entrevistas, foram colhidos dados e posteriormente analisados. Os


resultados apresentados serviram para que conseguíssemos traçar com certa clareza o
perfil do empreendedor São Joanense, o questionário se dividia principalmente em duas
partes uma que abordava mais os estilos gerenciais e outra mais focada na influência
familiar, mais nota-se que em algumas questões havia uma mescla dos dois temas, já que
essa era uma das intenções dessa pesquisa. Para uma melhor analise os tópicos serão
abordados separadamente.

4.1. ESTILOS GERENCIAIS

A parte referente a estilos gerenciais procurou analisar, o modo do empreendedor


gerir o seu negocio, levando em conta diversas áreas do gerenciamento de uma empresa
como: a formulação de estratégias, estilo decisório, estabelecimento de objetivos,
marketing, políticas de gestão de pessoas e a área financeira.
Na primeira parte ficou claro um dado preocupante. Apesar de já ser sabido
popularmente, nessa pesquisa fica constatado que o brasileiro não tem por habito
planejar. Ao serem abordados se existia um planejamento dentro da empresa, e se o
mesmo era cumprido, todos afirmaram existir e ser cumprido, mas ao serem questionados
sobre o tempo desse planejamento, um dos entrevistados declarou planejar dentro de um
ano, e outro dentro de seis meses, todos os outros declararem só planejarem as
demandas imediatas não possuindo nenhum planejamento de médio ou longo prazo.
Segundo definição de Ackoff (1974, apud BERNARDES, 1993) “planejar é fazer o esboço
de um futuro desejado, com os meios efetivos para concretizá-lo”, sendo assim através do
planejamento ele se prepara para alcançar seus objetivos se preparando para os desafios
que aparecerão. Essa falta de planejamento pode resultar muitas vezes em fracassos nos
negócios, uma vez que um investimento mal planejado tem muito mais possibilidade de
dar errado. O entrevistado LAMC, relatou uma situação que condiz bem com o descrito
acima, na sua empresa foi feito um investimento relativamente grande para que
pudessem se tornar revendedores de um determinado produto, porem na hora dessa
escolha não foi levado em conta a realidade socioeconômica local, fazendo com que o
produto não tivesse a saída desejada, o que pode ser caracterizado como uma falta de
planejamento. Outro fator que chamou a atenção foi a falta de plano dos empreendedores
para os próximos dois anos, exceto dois entrevistados afirmaram ter planos, os outros
disseram não terem nada planejado para os próximos dois anos, notou-se uma variável
interveniente nessa pesquisa, a crise econômica pela qual temos passado, que fez com
que muitos empreendedores revissem seus planos e decidissem por hora não fazerem
novos investimentos.
Um segundo subgrupo analisado foi o estilo decisório, nele tivemos a intenção de
saber se o empreendedor centralizava ou não a tomada de decisões, e qual a influencia
da família nessa tomada de decisões. Através do questionário ficou claro que os
empreendedores entrevistados todos são centralizadores, concentrando em si a tomada
de decisões da empresa, o que pode ser confirmado através da observação não
participante, por mais que alguns estejam abertos a ouvir opiniões a ultima palavras e
incontestavelmente do empreendedor. Na pesquisa realizada por Antonialli (2008),
observa-se que quando questionados a respeito se a família interfere no modo de
administrar, quatro entrevistados disseram que sim. No presente trabalho quando
perguntados sobre a influencia da família na tomada de decisões, é visto que ela ocorre
quando os familiares se encontrão trabalhando na organização, estando por dentro do
que ocorre no dia a dia da empresa, quando os familiares não trabalham na empresa,
eles não têm o mesmo poder de persuasão.
Com relação ao estabelecimento de objetivos foi constatado que existem metas
em todos os estabelecimentos entrevistados, e que essas são sim repassadas aos
funcionários, e eles são cobrados por isso, em alguns casos as comissões são usadas
como incentivo como o entrevistado JEJV ressalta: “os funcionários aqui recebem
comissão afim de incentivá-los a cumprirem as metas estabelecidas”. E também foi
ressaltado pelos entrevistados a necessidade de em algumas situações promoções e
descontos para alcançar as metas como no exemplo dado pelo entrevistado RS “se eu
estou com um produto parado eu prefiro dar um desconto para vendê-lo”.
O próximo ponto a ser abordado foi o marketing. Jerome McCarthy, em 1960
definiu o marketing em 4 P’s, que seriam: praça, produto, promoção e preço. Baseado
nessa definição foi feita uma pergunta baseada em cada um dos P’s do marketing, para
saber qual a visão do empreendedor a respeito dessa área que tem se tornado cada dia
mais importante. Concluímos que, na escolha do ponto foi dada muita importância a
localização, seja por fluxo de pessoas ou para facilitar as entregas, quando questionados
porque da escolha do produto ou serviço, quatro entrevistados afirmaram que a escolha
se deu em função da oportunidade, eles perceberam a possibilidade de inserção no
mercado. Quanto a promoção é levada em consideração meios de acesso mais fáceis a
população da cidade, como radio, jornal e eventos; sendo dada uma ênfase a eventos
devido ao fato de movimentarem muito a cidade. E com relação ao preço quatro
entrevistados disseram considerar o que o cliente pode pagar, o entrevistado JEJV
ressalta que na opinião dele: “preço é tudo!”. Talvez essa afirmação leve em conta a
realidade econômica da cidade. Porem o entrevistado RS, disse focar na qualidade,
argumentando que: “meus concorrentes tem um preço melhor, porem o meu diferencial
está na qualidade”.
A política de gestão de pessoas foi abordada primeiramente com a intenção de
saber qual o grau de participação dos colaboradores na sugestão e resolução de
problemas, três entrevistados disseram aceitar as sugestões dadas pelos funcionários,
porem os outros dois disseram não aceitar. Nota-se em todos os casos que os
colaboradores tendo ou não poder de opinar, ha uma forte centralização na resolução de
problemas por parte dos empreendedores, talvez pelo caráter centralizador dos pequenos
empresários, ou pela pouca pro-atividade apresentada pelos funcionários, como podemos
ver no relato do entrevistado RS "os funcionários dão palpite até demais, o que eu quero é
que eles vão e façam as coisas ao invés de só ficar falando". O segundo ponto abordado
foi se havia investimento em capacitação e treinamento de funcionários, apesar de serem
poucos ou nenhum devido, mais uma vez, a própria estrutura da empresa, os empresários
demonstraram uma abertura para que os funcionários se capacitassem, ou seja, eles
facilitam para que o funcionário possa fazer cursos, liberando-o mais cedo quando
necessário e incentivando por outros meios.
Um outro tema importante que foi abordado foi sobre a parte financeira, quando
questionados se na pratica os recursos da empresa e os pessoais são separados, quatro
empreendedores disseram separar, retirando um pró-labore fixo, e um dos entrevistados
disse não separar os recursos pessoais e da empresa. Contudo, mesmo os que
declararam não misturar os recursos, afirmaram haverem meses no qual pegam mais, ou
pegam antes o dinheiro de acordo com a necessidade. Esse dado se torna muito
relevante quando levado em conta que a falta de capital de giro é a maior causa de
falência das empresas no seu inicio, porem é um fator de constante preocupação ainda
mais em tempos de crédito escasso, como agora em conseqüência da crise que a
economia mundial passa. O recomendado é que o pro labore seja retirado uma quantia
fixa e em um dia programado para evitar grandes desfalques na empresa, porem na
realidade pesquisada isso não acontece.
E para conclusão desta parte do relatório foram feitas mais duas perguntas. Uma
delas foi questionando qual a maior dificuldade no gerenciamento da empresa, dois
entrevistados disseram ser a gestão da mão-de-obra, segundo eles "falta
comprometimento" dos funcionários, isso é um ponto que pode ser constatado através da
observação, muitos funcionários não se mostram dispostos a fazer o seu melhor, vendo o
emprego como uma obrigação. Um dos entrevistados respondeu ser "conciliar tudo",
porque nas pequenas empresas o empreendedor concentra em si todas as funções da
empresa, como planejamento, marketing, compras e etc. Os outros dois entrevistados
disseram ser problemas relacionados a área financeira seja pela inadimplência ou pelas
variações econômicas ao qual a nossa economia esta propensa. E por ultimo os
entrevistados foram abordados com a intenção de saber quanto tempo era necessário
para se ter conhecimento sobre o mercado em que atua, segundo Filion (1999) esse
tempo é de cinco a dez anos em media, dois entrevistados apontaram um prazo igual ao
proposto por Filion, porem outros dois empreendedores apontaram dois anos como prazo
para se ter um conhecimento básico sobre o mercado, segundo o entrevistado RS "dois
anos é o tempo necessário, para firmar o ponto". E um dos entrevistados disse não saber
precisar o tempo corretamente.

4.2 - INFLUÊNCIA FAMILIAR

A segunda parte do questionário se destina a comentar sobre a influencia familiar,


com o objetivo de dimensionar de que maneira a família influencia o empreendedor na
maneira de gerir o seu negocio, e também saber mais sobre aquelas influencias definidas
por Filion (1999) como: Primárias, Secundárias e Terciárias.

Primarias: Familiares, próximos. São ligados a mais de um tipo de atividade.


Secundaria: Amizades e conhecimentos ligados a uma atividade precisa.
Terciária: Não são necessariamente relações entre pessoas, mas contatos com
um campo de interesse. Acontecem através de cursos, viagens, exposições industriais,
feiras, congressos e etc.

Fonte: Dolabella (1999b :p.83)


A primeira pergunta dessa segunda parte do questionário foi se o empreendedor
observou um aumento ou diminuição da influencia familiar com o passar do tempo, dos
entrevistados três apontaram uma diminuição na influencia com o passar do tempo,
concordando com a afirmação feita por Filion (1999), porem dois empreendedores
disseram ter havido um aumento, talvez devido a familiares como filhos ou esposa terem
começado a participar dos negócios, compartilhando assim a gestão do negocio com os
mesmos, inclusive os ajudando na tomada de decisões como já observado em uma das
questões referente à tomada de decisões.
Quando abordados com relação ao apoio dado pelos pais no momento da
abertura da empresa quatro entrevistados disseram terem sido apoiados, e um disse q os
pais lhe indicaram algo mais conservador. O que chega a ser uma surpresa, em um país
como o Brasil, onde a estabilidade no emprego, como em um cargo publico, é muito bem
visto, e o empreendedor não possui essa estabilidade.
A próxima pergunta foi com o intuito de saber como era a relação deles com outros
empreendedores, que poderiam se caracterizar pelas relações secundarias propostas por
Filion, todos afirmaram ter boas relações com outros empresários, porem quando
questionado como era essa relação com os concorrentes, dois afirmaram não terem boa
relação, e os outros três disseram ter um bom relacionamento, inclusive ajudando em
determinadas situações.
O próximo passo foi saber se existiam tarefas na empresa que eram
compartilhadas somente com funcionários, dois dos entrevistados afirmaram que não, e
os outros três disseram compartilhar somente com a família no quis diz respeito à área
financeira, devido a essa maior confiança depositada na família, para complementar esse
assunto no fim da entrevista os empresários eram questionados quanto à saúde
financeira da empresa no intuito de saber se a crise de alguma maneira os afetou, todos
disseram estar bem, já que segundo eles o impacto da crise não chegou afetar
incisivamente seus negócios.
Na pesquisa realizada por Antonialli (2008), os empreendedores que fazem parte
deste trabalho ressaltam a importância do apoio da família para eles estarem onde estão,
agora eles foram questionados como começaram o negocio e qual foi o apoio da família
afim de entender melhor de que maneira a família os ajudou. Todos disseram ter
começado o negocio por uma oportunidade vislumbrada e fica claro que o apoio da
família se caracteriza pelo suporte psicológico, pelo apoio nos momentos difíceis,
principalmente no começo da empresa onde os desafios são muito grandes, já que a taxa
de mortalidade de empresas, no seu inicio, é altíssima no país.
Uma das perguntas foi se os empreendedores pretendiam incentivar/influenciar
seus filhos a serem empreendedores, todos disseram que sim, porem somente um disse
que pretende coagir o filho a ser, fazendo com que ele trabalhe e se interesse pelo seu
negocio, já que segundo ele isso e imprescindível para que seu filho possa substituí-lo em
uma eventualidade, os outros entrevistados deixaram claro que, pretendem ajudá-los de
toda maneira porem sem forçá-los a nada, já que segundo eles o interesse tem de surgir
naturalmente, segundo Dolabella (2003) existe maior chance de filhos de
empreendedores virem a ser empreendedores, devido a influencia sofrida por eles, seja
direta ou indiretamente.
Sobre a procura por informações a respeito do ramo do seu empreendimento,
através de congressos, revistas, e outros meios; o que poderia ser entendido como as
relações terciárias de acordo com Fillion. Todos disseram se informar através de vários
meios possíveis, talvez devido ao fato de hoje em dia o mercado ser extremamente
dinâmico e cobrar que você esteja em sintonia com as novas tendências.
Por fim houve o questionamento a respeito do paradoxo observado no trabalho de
Antonialli (2008), o paradoxo entre família e emprego, uma vez que o empreendedor tem
a família como uma fonte de motivação para o trabalho, porem devido ao tempo que o
trabalho lhe consome não usufruir o quanto gostaria da família, todavia todos se
mostraram cientes e conformados com tal situação, como pode ser observado na fala do
entrevistado RS “tudo na vida tem um preço”, tal paradoxo pode gerar uma situação como
a descrita pelo entrevistado AGF “eu falo para os funcionários que aqui somos como uma
família”.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do presente trabalho, buscamos entender um pouco mais sobre o


empreendedor são joanense, traçar um perfil de como ele gerencia o seu negocio e de
que maneira ele é influenciado pela sua família, buscando um aprofundamento na
pesquisa realizada por Antonialli (2008).
Pode se chegar a algumas hipóteses fruto da pesquisa como que os
empreendedores mostram todos um perfil centralizador, onde sempre tomam pra si a
decisão final, Nota-se também que falta o habito de planejar aos empresários eles
dedicam uma atenção especial somente aos problemas imediatos, não se preocupando
com um planejamento de longo prazo, tendo o empreendedor são joanense uma
característica de “virador”, designação usada por Souza Neto (2008) para definir o
empreendedor brasileiro.
Na hora da abertura do negocio fica claro que os entrevistados focaram na
localização, seja principalmente pelo fluxo de pessoas que passam pelo local. Quanto a
capacitação dos colaboradores, devido ao fato de serem pequenas empresas os
treinamentos são mínimos, mas existe a disposição em colaborar com os funcionários que
buscam se capacitar por conta própria. Alias os funcionários foram destacados algumas
vezes pelos empreendedores, já que de acordo com eles falta iniciativa por parte dos
colaboradores, alem de muitas reclamações, mas mesmo com isso é vista uma relação
bem amistosa entre patrões e empregados.
Através da pesquisa fica evidente a preocupação dos empreendedores no que diz
respeito à área financeira da empresa, seja na tentativa na maioria das vezes falha de
separar os recursos da empresa com os pessoais, seja no fato de ser a área na qual eles
vêem mais dificuldade na gestão da empresa, tal preocupação pode ser traduzida pelo
fato de alguns só compartilharem a área financeira com familiares.
Quanto a influencia direta sofrida e exercida pela família, é constatado que o
suporte da família na abertura do negocio é mais de caráter psicológico, e que a decisão
de influenciar ou não o filho a ser empreendedor em maioria tem que ocorrer de maneira
natural, espontânea. A influencia da família na tomada de decisões dentro da empresa se
faz mais presente quando o familiar trabalha no empreendimento, se não, parece não
haver grande influencia, pelo menos de maneira direta. Um ponto que parece caracterizar
essa troca de influencias entre o empreendedor e sua família, é o fato de a maioria ter
indicado que pretende incentivar ou influenciar o filho a ser um empreendedor, desde que
ele se mostre interessado.
Outro ponto a ser abordado foi como o empresário se relaciona no que diz respeito
as relações primarias, secundarias e terciárias proposta por Filion. Observou que os
entrevistados mantem todos os três canais de comunicação, com dois grandes
destaques, a boa relação com outros empreendedores inclusive com concorrentes em
algumas situações, e o fato de haver uma grande busca por informações sobre o ramo
em que atua como revistas e programas relacionados.
O ponto chave da pesquisa realizada por Antonialli (2008) foi o paradoxo entre
família e emprego, uma vez que o empreendedor dedica-se tanto ao seu trabalho que
nem sempre pode aproveitar o quanto quer a família. Porem todos se mostraram
conformados com tal situação, já que afinal o seu trabalho é fonte de sustentação da
família, sendo encarado como um “sacrifício” valido.
Por fim podemos concluir que o empreendedor são joanense está influenciando ou
sendo influenciado, direta ou indiretamente sempre, havendo sempre uma troca constante
de informações com o ambiente onde ele se encontra inserido, o que é uma característica
comum do empreendedorismo sofrer influencia do ambiente em que se encontra. Entre
esses ambientes pode se destacar o ambiente familiar, onde as pequenas empresas
parecem mais suscetíveis a receberem esse tipo de influencia.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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