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ATOS ICONOCLASTAS E

PERFORMÁTICOS:
conexões entre
Flávio de Carvalho e Oswald de Andrade

Nanci de Freitas
Flávio de Carvalho (1899-1973) - artista plástico, teatrólogo e
engenheiro - realizou sua famosa Experiência nº 2, em junho de 1931,
em São Paulo, durante uma procissão de Corpus Christi. O experimento
teria sido motivado pela revolta do artista diante das agressões sofridas
pelo escritor modernista, Oswald de Andrade (1890-1954), e pela
escritora, Patrícia Galvão, a Pagu (1910-1962), nos episódios que
levaram ao fechamento do jornal O homem do povo, no qual o casal
militante atuava1.
Apesar de não estar filiado a nenhum partido, O homem do
povo apoiava a esquerda revolucionária, em prol da realização de
reformas políticas, acirrando o embate ideológico pela exposição
pública de nomes de destaque da vida nacional. O jornal adotava um
humor corrosivo e iconoclasta, “visando em suas críticas à classe
dominante, a Igreja, a moral católica e os costumes da sociedade bem
pensante”, circulando sempre com a seguinte enquete, “qual é o maior
bandido vivo no Brasil?”, como explica Maria Augusta Fonseca, em
sua biografia de Oswald de Andrade. (Fonseca, 1990:198).
Em abril de 1931, as críticas do jornal dirigidas à Faculdade de
Direito provocaram a ira dos estudantes, que reagiram com a tentativa
de agressão física a Oswald e à Pagu, quando saíam da redação do jornal,
que ficava na Praça da Sé. A interferência da polícia teria conseguido
impedir que o casal fosse linchado pelos estudantes e populares que se
aproveitaram do alvoroço. No mesmo dia, Oswald revidou a agressão,
publicando um editorial com o título, “As angústias de Piratininga”, em
que atacava o manifesto do Partido Democrático: “precioso e ridículo,
como literatura política, nulo de visão social, fechado no mais estreito e
pífio provincianismo, vertendo apenas o pus que brota dos dois cancros
de São Paulo – a Faculdade de Direito e o café”. (Apud Fonseca,
1990: 198-199). A reação dos estudantes foi imediata: empastelaram
o jornal, destruindo móveis e arquivos. A contenda terminou com a
prisão do casal (e não dos estudantes), sob gritos da multidão:“Morra
o comunismo! Abaixo o vendido de Moscou! Lincha! Mata!”. Pagu foi
processada sob a acusação (não comprovada) de ter utilizado arma de
fogo no enfrentamento, além de ter ferido duas pessoas com suas unhas;
Oswald foi acusado de insulto e provocação; o jornal foi fechado por
determinação do Secretário de Segurança do Estado. Segundo Maria
Eugênia Boaventura, em outra biografia de Oswald de Andrade, os
jornais A folha da Noite e o Diário Nacional teriam apoiado a ação dos
estudantes. (Boaventura, 1995: 157/158).
O fato ocorrido com Oswald e Pagu teria levado Flávio de
Carvalho a articular “uma minuciosa analogia com suas excitantes
leituras de Freud, Le Bom e Trotter sobre o comportamento imbecil das
multidões exasperadas”, procurando descobrir quais os estímulos que
teriam conduzido à fúria coletiva. (Toledo, 1994: 103). Num domingo,
do mesmo ano de 1931, Flávio de Carvalho passeava pela Praça da
Sé, mesmo local onde acontecera a agressão a Oswald e Pagu, quando
se deparou com os preparativos para a saída da procissão de Corpus
Christi. É o próprio Flávio quem descreve:
Negras velhas de óculos e batinas, grupos de homens de
cor segurando estandartes, velas; anjinhos sujos enfeitados
com estrelas de papel dourado mal pregadas, mulheres gordas
vestidas de cor de rosa com cabelo bem emplastrado, olhavam
o mundo em redor com infinita piedade. Uma sucessão de gaze
amarela, de tecidos pretos, veludos, padres rendados, crianças
engomadas pintadas e sujas de pó de arroz, olhavam com
espanto; freiras gordas e pálidas se mexiam como besouros
enormes, e o tráfego parado. Olhei para a catedral e vi no topo
da escadaria, homens beatos que arranjavam com um cuidado
sexual, ramos de folhas, flores, panos dourados e coisas em
torno de um altar. (Carvalho: 1931: 7).

Ocorreria a Flávio de Carvalho, então, fazer algo que lhe


possibilitasse penetrar a alma dos crentes; inventar uma estratégia
que permitisse “estudar a reação nas fisionomias, nos gestos, no
passo, no olhar, sentir enfim o pulso do ambiente, palpar fisicamente
a emoção tempestuosa da alma coletiva, registrar o escoamento dessa
emoção, provocar a revolta para ver alguma coisa do inconsciente”.
(Ibid: 8). Flávio pegou em sua casa um boné verde-musgo de veludo,
muito popular no norte da Inglaterra, Irlanda e Escócia. Portando
o exótico boné, o performer caminhava ao lado da procissão, em
sentido contrário, encarando nos olhos as mulheres, numa afronta
carregada de sensualidade pagã. A figura daquele homem enorme,
em explícita atitude profana, se contrapõe às tradições católicas. Em
meio aos sussurros e comentários, alguém grita: “Tira o chapéu!!!”.
Bastante nervoso, o pesquisador antropófago deixa escapar uma
palavra: “Covardes!”. Como uma bomba-relógio, “uma voz
anônima aperta o gatilho emocional da multidão inquieta: Lincha!”.
Flávio começa, então, a correr pela praça, perseguido pela multidão
ensandecida (homens, mulheres, crianças, irmãos marianos, padres),
portando velas, castiçais, crucifixos ameaçadores, agitando estandartes.
Todos, possuídos pela fúria visionária, gritavam: “Lincha! Mata!!!”.
A perseguição ao artista provocaria grande anarquia e pânico nas
imediações da Praça da Sé: “motoristas desgovernam suas viaturas,
subindo em calçadas, colidindo com postes (...) há pessoas pisoteadas
e lojas danificadas”. Escondendo-se na Leiteria Campo Bello, na Rua
São Bento, Flávio de Carvalho provocaria novos tumultos no interior
do estabelecimento. O experimento terminaria na polícia, com o artista/
pesquisador explicando que havia tentado apenas fazer “um simples e
inocente estudo da psicologia das multidões”. (J. Toledo, 1994: 102-
110)2.
A Experiência nº 2 iria gerar especulações em torno de qual
teria sido, afinal, a experiência nº 1. Falou-se de referência à condenação
do aristocrata francês, Jean François Lefebvre, Chevalier de La Barre
(1747-1766). O nobre fora acusado de heresia porque, encontrando-se
embriagado, cantara uma canção chamando Maria Madalena de puta,
além de “ter mutilado um crucifixo, o que o levara à prisão, onde fora
julgado e condenado em 1766, sendo a seguir torturado, decapitado
e seu corpo queimado na fogueira”. Consta que Voltaire, na época
envolvido com o seu Traîté sur la Tolérance, ficaria profundamente
revoltado e faria uma campanha para reabilitar o nome do aristocrata.
(Ibid.: 115)3.
O experimento faria de Flávio de Carvalho uma espécie de
precursor da performance, no Brasil. Diversas manifestações artísticas
das vanguardas européias, dos primeiros decênios do século XX, já
apresentavam características performáticas, tais como as realizadas pelos
futuristas e dadaístas, por exemplo. No entanto, a performance enquanto
categoria artística só iria surgir nos anos 1960, com a performance
art, uma espécie de “teatro das artes visuais”, aproximando-se do
happenig. Esta forma de expressão artística seria influenciada pelas
obras do compositor John Cage, do coreógrafo Merce Cunningham, do
videomaker Name June Park, do escultor Allan Kaprow, só alcançando
maturidade nos anos oitenta. Num sentido específico, segundo Patrice
Pavis, “o performer é aquele que fala e age em seu próprio nome
(enquanto artista e pessoa) e como tal se dirige ao público, ao passo que
o ator representa sua personagem e finge não saber que é apenas um
ator de teatro. O performer realiza uma encenação de seu próprio eu, o
ator faz o papel do outro”. (Pavis, 1999: 284).
Se a experiência performática de Flávio de Carvalho fora
movida pela indignação à violência sofrida por Oswald e Pagu, no
episódio de O homem do povo, Oswald retribuiria à homenagem,
escrevendo a peça O homem e o cavalo para o Teatro da Experiência,
espaço dirigido por Flávio, em São Paulo. Em entrevista ao Jornal
Folha da noite, em 14.11.1933, o Teatro da Experiência é descrito
por seu idealizador (antes mesmo de Grotowski) como “um centro de
pesquisa para o teatro, um laboratório onde serão feitas observações
em torno da idéia de criar um novo teatro para o Brasil e para o
mundo”. Oswald de Andrade não conseguiu finalizar sua peça para a
estréia prevista do teatro, o que levaria Flávio de Carvalho a escrever
sua polêmica peça vanguardista, O bailado do deus morto, composta
para atores-ritmistas-bailarinos, que foi censurada antes de sua quarta
exibição pública. Considerada uma afronta à família, à religião e à
moral, a censura não apenas interromperia a trajetória da peça como
do teatro, que foi interditado pela polícia, gerando grande rebuliço
entre os intelectuais de São Paulo. A peça de Oswald de Andrade teria
destino parecido, não conseguindo alcançar sua materialidade cênica,
sofrendo cortes que inviabilizariam sua encenação. Só em 1985, José
Celso Martinez Corrêa, diretor da lendária montagem de O rei da vela
(também de Oswald), pelo Grupo Oficina, em 1967, faria uma leitura-
espetáculo da peça O homem e o cavalo, em São Paulo, durante um
evento contra a censura.
A peça O homem e o cavalo, que Oswald de Andrade chamaria
de “espetáculo em nove quadros”, sugerindo seu caráter não canônico
e anti-dramático, começa no céu cristão, onde cai uma aeronave
interplanetária dirigida pelo Prof. Icar, paródia do mito grego Ícaro.
Os habitantes parasitas do céu, chefiados por São Pedro, embarcam
no dirigível e vão visitar a terra. E nesta viagem, Oswald de Andrade
opera uma devoração crítica de certos paradigmas da história ocidental,
de instituições e mitos próprios à sociedade capitalista. Na dinâmica
rotativa da sua trama, viajam, antropofagicamente misturadas e
trituradas, referências as mais diversas possíveis (configuradas na cena
ou citadas): personagens bíblicas (São Pedro, Madalena, Verônica e
Cristo); alusão ao universo de Shakeaspeare (as bruxas de Macbeth e
Cleópatra) e de Goethe (as fúrias de Walpurgis); artistas como Marinetti
(o ideólogo do futurismo italiano), o cineasta russo Eisenstein, o poeta
romântico Lorde Byron; a voz de Stalin e de Jonh Reed, como arautos
do socialismo soviético; além de o gângster Al Capone, o Cavalo branco
de Napoleão e o Cavalo de Tróia, entre muitos outros mitos e figuras
modelares da cultura ocidental. Estas figuras funcionam menos como
personagens e mais como idéias, atritos discursivos, referências de
determinados percursos da civilização na construção de uma sociedade
messiânica. Ao final da peça, após o confronto entre fascismo e
comunismo; e feito o julgamento do cristianismo e de seus dogmas
de felicidade após a morte, a nave antropofágica aterrissa no paraíso
terrestre, um novo mundo configurado pela abolição da propriedade,
da sociedade de classes, da monogamia e dos meios de produção
capitalistas (referência óbvia à União Soviética).
O texto de O homem e o cavalo faz uma clara alusão à
Experiência n° 2 de Flávio Carvalho, como veremos.
No 8º quadro da peça, Oswald empreende uma releitura
iconoclasta de diversos episódios evangélicos, visando ao desmonte
dos mistérios que envolvem o nascimento, os milagres, a paixão e a
ressurreição de Cristo, desmitificando os dogmas sobre os quais se
edificou a Igreja Católica. Diante de uma multidão formada por soldados
romanos, mulheres, apóstolos, escravos e personagens bíblicas, o
Soldado Vermelho anuncia o início do julgamento de Cristo. A entrada
de Cristo em cena é conduzida por Madame Jesus e indicada pela
seguinte rubrica: “Empurrando Cristo que vem armado com as armas
de todas as idades. Camisa evangélico-fascista e mochila. Capacete de
espinhos. Túnica alvíssima. Guarda-chuva preto. Diz Mme, Jesus em
espanhol: “Anda hombre! Yo te quiero mostrar como tiengo cohones
delantes de las guardias rojas!” (Andrade, 1990: 96).
O uso do espanhol na fala de Mme Jesus sugere uma referência
à Santa Teresa d’Ávila, nascida na Espanha, em 1515 e falecida em
1582. Em seus momentos de meditação, Teresa D’Ávila experimentaria
violentos êxtases místicos e sensuais em seus contatos com Deus,
alcançando a levitação, sendo por isso considerada herege e julgada
pela inquisição. Teresa, no entanto, conseguiria com fé e argumentação
livrar-se da fogueira e se tornar uma grande líder religiosa, combativa,
empreendedora e pedagoga, sendo considerada uma das precursoras do
feminismo. Com seu humor debochado, Oswald de Andrade apresenta
Teresa D’Ávila como uma mulher viril e decidida, contrastando com a
submissão assumida por Cristo no julgamento diante do Conselho dos
Judeus e do interrogatório de Pôncio Pilatos, nos quais ele se negara a
se defender, permanecendo em silêncio. Prosseguindo em seu ímpeto
iconoclasta, Oswald aponta Santa Teresinha do Menino Jesus como
filha de Teresa D’àvila com o Espírito Santo, referências aos transes
mágicos da santa.
Os cânticos religiosos e o som de um órgão imprimem uma
atmosfera solene para a entrada de Jesus. A cena é interrompida por
um coro, formado por “vozes de eunucos e velhas”, que, entoando uma
canção profana, dessacraliza a presença de Jesus Cristo (trata-se de uma
paródia do cântico “Louvando Maria”):

Vestido de branco
Chegou afinal!
Trazendo na cinta
Pistola e punhal!
Pra dar na cabeça
Do pobre e do mau
Gentil Bernadete
Pegando no pau! (Ibid.: 95).4

A multidão reage à blasfema com “gritos e urros histéricos”,


perseguindo e desmobilizando o grupo provocador:

Vozes – Viva o Chanceler! Viva! Péu! Péu! Tira o chapéu!


Tira Flávio! Lincha! Mata!

A Vós de um Engenheiro – Evidentemente, coagido pela


força bruta, vencido pelo número, vejo-me forçado a continuar
o meu caminho sem chapéu. Mas esse puto me paga! (Sons de
castanholas. Tumulto).
Vozes – Viva la gracia! Outro toro! Mi cago en Dios! Viva
o senhor do sábado! Tira o chapéu, Flávio! Péu! Péu! Fora!
Não tira! Deus da burguesia! Fora! Põe o chapéu! Desacata
esse veado! Fora! Fora! (Ibid.: 95-96).

A saudação jocosa à entrada em cena de Cristo relembra e


revida as manifestações de intolerância da multidão e da sociedade,
insufladas pela moral burguesa e cristã, citando os dois episódios –
aquele vivenciado, antes, por Oswald e Pagu e, depois, o experimento
de Flávio de Carvalho. O performer não confirmaria a relação entre
sua experiência e o episódio Chevalier de La Barre. Mas o fato é que,
na peça O homem e o cavalo, a personagem Madalena é introduzida,
exatamente, na cena anterior ao coro profano, declamando uma poesia
de cunho social, ponto de partida para um debate sobre a relação entre
prostituição e monogamia:
Minha rua
Minha rua em Magdala
Cheia de meretrizes
Roídas de doença
Inundadas de perfume
Mortas de fome
Ninguém vive na minha rua
Por querer
Nem eu
Nem as outras infelizes
Os fariseus freqüentam
A minha rua
Estreita
Cheirando incenso e esperma
Os homens da lei passam por ela
Eles sabem que o trabalho honrado
Não rende
A mulher e a filha do pobre
Só arranjam alguma nota
Na minha rua
Por isso a minha rua está cheia
Por isso choro de noite
Na minha rua
Quando me lembro de mim. (Op. cit.: 93)

Estaria Oswald aludindo também ao caso Chevalier de La


Barre? Nesse caso, o texto cênico justapõe os três episódios, que
configuram manifestações contra a moralidade cristã, empreendidas
por indivíduos, no espaço público. Gestos nos quais os actantes e
suas convicções se afirmam em expressão de vida, adquirindo caráter
performático. Referências que Oswald de Andrade reelabora em sua
escrita metalinguística, procurando conferir-lhes sentido artístico em
provocantes imagens cênicas.
Notas Bibliográficas:
1- No jornal, de curta trajetória (de 27 de março a 13 de abril de 1931),
Oswald assinava o editorial e escrevia vários textos, contando com Álvaro
Duarte como editor, além de Pagu e Queirós Lima como secretários.
2- A repercussão do episódio, os comentários exaustivos dos jornais da
época e a publicação do livro relatando a experiência marcariam a trajetória
profissional e intelectual de Flávio de Carvalho, que, em sua opinião, seria
“prejudicada por uma campanha surda da sociedade influenciada pelo clero”.
(Apud J. toledo, p. 110).
3- O episódio aparece em “Relation de la mort du Chevalier de La Barre. In:
Voltaire. Oeuvres Complètes. L. Moland, Paris, 1879. T. XXV, p. 503-16. Ver
J. Toledo. (Ibid.: 114-115).
4- O cântico original narra a aparição da Virgem a Bernadete, em Lourdes,
na França: “Vestida de branco, ela apareceu/ Trazendo na cinta as cores do
céu./ O anjo descendo num raio de luz,/ Feliz Bernardete, à fonte conduz”.
Ver: Manual do devoto de Nossa Senhora de Aparecida. Aparecida: Santuário,
1984, p. 262-3.

Referências Bibliográficas:

ANDRADE, Oswald de. O homem e o cavalo. São Paulo: Ed. Globo:


Secretaria de Estado da Cultura, 1990.
BOAVENTURA, Maria Eugênia. O salão e a selva: uma biografia ilustrada
de Oswald de Andrade. Campinas: Editora da UNICAMP: Editora Ex Libris,
1995.
CARVALHO, Flávio de. Experiência nº 2 – uma possível teoria e uma
experiência. São Paulo: Irmãos Ferraz, 1931.
FONSECA, Maria Augusta. Oswald de Andrade, 1890-1954: biografia. São
Paulo: Art Editora: Secretaria de Estado da Cultura, 1990.
TOLEDO, J. Flávio de Carvalho: o comedor de emoções. São Paulo:
Brasiliense; Campinas: Ed. da Universidade Estadual de Campinas, 1994.
PAVIS, Patrice. Dicionário de teatro. Trad. J. Guinsburg e Maria Lúcia
Pereira. São Paulo: Perspectiva, 1999.

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