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PERENIZAÇÃO DO PLANO NACIONAL DE

LOGÍSTICA E TRANSPORTES – PNLT

RELATÓRIO PARCIAL I

REVISÃO E APRIMORAMENTO DAS BASES DE


DADOS E INFORMAÇÕES SOBRE A PRODUÇÃO E
CONSUMO DE COMMODITIES AGRÍCOLAS

JUNHO/2008 – REVISÃO 01
Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de
Commodities Agrícolas
Rev. 01

MINISTÉRIO DA DEFESA, EXÉRCITO BRASILEIRO

DEC – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO

CENTRAN – CENTRO DE EXCELÊNCIA EM ENGENHARIA DE TRANSPORTES

PERENIZAÇÃO DO PLANO NACIONAL DE LOGÍSTICA E


TRANSPORTES – PNLT

RELATÓRIO PARCIAL I

REVISÃO E APRIMORAMENTO DAS BASES DE DADOS E INFORMAÇÕES SOBRE


A PRODUÇÃO E CONSUMO DE COMMODITIES AGRÍCOLAS

Revisão e Aprimoramento das Bases de Dados e Informações sobre a Produção e Consumo de Commodities
Agrícolas – 01
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QUADRO DE REVISÕES

Nº DA REVISÃO D VISTO DO COORDENADOR


A
T
A

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EQUIPE TÉCNICA

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EQUIPE TÉCNICA

Márcio de Almeida D´Agosto, D.Sc.


Coordenador

Pedro Furtado Bandeira de Mello


Pesquisador Responsável / Administrador de Empresas

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SUMÁRIO

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SUMÁRIO

QUADRO DE REVISÕES.........................................................................................2
Nº DA REVISÃO.......................................................................................................2
DATA..........................................................................................................................2
VISTO DO COORDENADOR..................................................................................2
EQUIPE TÉCNICA........................................................................................................................1
EQUIPE TÉCNICA........................................................................................................................2
SUMÁRIO......................................................................................................................................3
SUMÁRIO......................................................................................................................................4
LISTA DE TABELAS...................................................................................................................16
LISTA DE FIGURAS...................................................................................................................17
CONSIDERAÇÕES INICIAIS....................................................................................................18
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS..................................................................................................19
Este Relatório Parcial I é o primeiro de uma série de três Relatórios de pesquisa que têm o
objetivo de contribuir para a Perenização da coleta de dados e informações e o aprimoramento do
Plano Nacional de Logística de Transportes (PNLT) realizado pelo CENTRAN no que se refere a
caracterização do transporte nas cadeia de suprimentos de produtos agrícolas, em particular
àqueles considerados como commodities agrícolas......................................................................19
Este Relatório Parcial I considera o trabalho dos primeiro quatro meses de pesquisa e foi
desenvolvido com o intuito de apresentar a importância da agricultura na economia brasileira,
com destaque para os produtos agrícolas mais representativos na economia nacional e que
deveriam ser considerados em primeiro plano em um estudo mais aprofundado sobre suas cadeia
de suprimento e transporte.............................................................................................................19
Por serem termos amplamente utilizados e de forma a facilitar a exposição da pesquisa,
inicialmente, num item de conceituação teórica, serão apresentados os conceito de commodities
agrícolas, lavoura permanente e temporária. Em seguida, destaca-se, sucintamente, a importância
da agricultura na economia nacional.............................................................................................19
Como principal contribuição deste Relatório Parcial, foi realizada uma pesquisa no banco de
dados do IBGE (IBGE, 2007) destacando-se as 10 principais commodities agrícolas, em
quantidade produzida, e que representam mais de 95% da produção agrícola nacional na
atualidade. Estes resultados serão comparados com as commodities já estudadas pelo
CENTRAN, no Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT) e por outras fontes
pesquisadas, com destaque, por sua representatividade acadêmica, para o trabalho de Caixeta-
Filho e Gameiro (2001).................................................................................................................19
A partir desta análise, serão escolhidas e hierarquizadas as commodities agrícolas a serem
estudadas quanto ao detalhamento da sua cadeia produtiva e quanto aos fluxos de transporte....19
Neste Relatório Parcial, pela relevância e importância nacional, serão considerados, numa
primeira abordagem, o complexo da cana-de-açúcar, o complexo soja e o milho, conforme
justificativa apresentada no item 4. Para cada uma destas commodities será apresentada a
representação mundial, a situação no país e o mapeamento da cadeia produtiva.........................20
No que se refere à representação mundial foram utilizados dados do Foof and Agricultural
Policy Research Institute, da Universidade de IOWA (FAPRI), para a produção mundial dos
principais países entre os períodos de 2002 a 2007. No que tange a situação nacional, consultou-
se os dados do IBGE quanto aos principais estados brasileiros produtores de cada commodity
agrícola..........................................................................................................................................20
Como uma das etapas deste trabalho era a comparação do banco de dados do PNLT, para a cana-
de-açúcar, grãos de milho e grãos de soja, com a base de dados do IBGE para o ano de 2002.
Destaca-se que não foram encontradas diferenças significativas de valor, conforme Ítem 5. .....20
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Finalmente, é apresentada a proposta para as próximas atividades..............................................20


Destaca-se ainda que como parte das atividades desenvolvidas no quadrimestre de março a
junho de 2008, já foi apresentado ao CENTRAN, em 24/04/2008, um trabalho sobre a
importância do agronegócio na economia brasileira, conforme Anexo II.....................................20
Destaca-se que este é um Relatório Parcial, não sendo esperados resultados conclusivos, mas
sim orientações gerais para o direcionamento do futuro desdobramento dos trabalhos................20
2 CONCEITUAÇÃO TEÓRICA.................................................................................................21
2 CONCEITUAÇÃO TEÓRICA..................................................................................................22
Segundo Rudge (2003), commodity é um termo de língua inglesa que, como o seu plural
commodities, significa bem primário em estado bruto, produzido em escala mundial e com
características físicas homogêneas cujo preço é determinado pela oferta e procura internacional.
Portanto, as oscilações nas cotações destas commodities têm impacto significativo nos fluxos
financeiros mundiais, podendo causar perdas a agentes econômicos em todo o mundo e até
mesmo para a economia dos países...............................................................................................22
Como exemplo de commodities pode ser citado: ambientais (ex: água, petróleo), agrícolas (ex:
algodão, café, trigo, soja, açúcar), financeiras (ex: dólar, euro, libra) e mineral (ex: ouro, aço,
prata, cobre). (Wikipédia, 2008a)..................................................................................................22
As commodities agrícolas podem ser oriundas de dois tipos de lavoura. Lavouras permanentes,
que são caracterizadas pelas culturas de longo ciclo vegetativo, que permitem colheitas
sucessivas sem necessidade de novo plantio. Lavouras temporárias, que são as culturas de curta
ou média duração, geralmente com ciclo vegetativo inferior a um ano que, após a colheita,
necessita de novo plantio para produzir. (IBGE, 2007) ................................................................22
3 A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA NA ECONOMIA NACIONAL..............................23
3 A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA NA ECONOMIA NACIONAL...............................24
Com 8.511.965 km², o Brasil é o maior país do continente sul-americano e o quinto maior do
mundo, sendo superado, em extensão territorial, pela Federação da Rússia (17,1 milhões km²),
Canadá (9,9 milhões km²), Estados Unidos da América (9,8 milhões km²) e a China (9,6 milhões
km²) (IBGE, 2008).........................................................................................................................24
Por apresentar condições climáticas favoráveis à atividade agrícola, esta longa extensão
territorial permite o cultivo de produtos agrícolas de clima temperado, além de expressiva
produção de produtos de clima tropical. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA, 2007), quase 70% da área do território nacional apresenta
potencialidade agrícola. Isso representa 611 milhões de hectares de área agricultável (MAPA,
2007)..............................................................................................................................................24
Segundo dados do MAPA (2008), desde os anos 90 que a agropecuária tem um papel de extrema
importância para o desenvolvimento e crescimento da economia brasileira, o que pode ser
comprovado, se verificado que em 2007 o PIB do agronegócio foi de R$ 564,36 bilhões,
representando 23% do PIB nacional que foi R$ 2.422,70 bilhões................................................24
O Brasil é um global trader1 na área do agronegócio. Comercializa uma pauta muito
diversificada de produtos, com os mais diferentes países do mundo. Segundo dados do portal
AliceWeb (2008), do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a
União Européia é responsável por cerca de 42% dos total dos produtos agroindustriais
exportados pelo Brasil, seguida pelo bloco do NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América
do Norte), com 18%, e o bloco asiático, com 16%........................................................................24
As exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) são as mais expressivas entre os produtos
primários. Esse complexo participa com 25% das exportações do agronegócio brasileiro
(ANTAQ, 2008).............................................................................................................................24
Na Tabela 3.1 apresentam-se as taxas de crescimento do PIB real por setor, onde se verifica a
importância da agricultura na economia nacional. Na década de 90 a agricultura cresceu 43%
acima do crescimento do PIB. Nos sete anos do século XXI, ......................................................24

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o crescimento foi 37% acima do PIB e no período entre 1990 e 2007 foi de 40%. Isto prova que
pelo menos desde os anos 90, o crescimento do agronegócio vem superando o da economia.....25
Fonte: MAPA (2008)....................................................................................................................25
4 AS COMMODITIES AGRÍCOLAS.........................................................................................26
4 AS COMMODITIES AGRÍCOLAS..........................................................................................27
Para elaborar este tópico que é a base deste relatório, foram confrontadas três fontes de dados e
informações: o Plano Nacional de Logística de Transportes (PNLT)2, ano 2005, o capítulo
Movimentação Rodoviária de Produtos Agrícolas Selecionados, do livro Transporte e Logística
em Sistemas Agroindustriais (Caixeta-Filho e Gameiro, 2001), e a base de dados do IBGE
(2007), conforme o Anexo 1. Na Tabela 4.1, são apresentados os produtos considerados nestas
três fontes de dados destacando-se que, para o caso do IBGE (2007), foram considerados apenas
os 10 primeiros produtos hierarquizados em ordem decrescente de quantidade produzida no ano
de 2006..........................................................................................................................................27
Legenda: Frutas e Hortaliças: abacaxi, banana, laranja, mamão, manga, melancia e tomate......27
Fonte: IBGE (2007), PNLT (2005) e Caixeta-Filho e Gameiro (2001)........................................27
Entende-se que, para um estudo mais detalhado sobre as cadeias produtivas e os esquemas de
transporte das commodities agrícolas no Brasil, deve-se estabelecer uma ordem de prioridade
para sua abordagem. .....................................................................................................................27
Baseado na Tabela 4.1, propõe-se que o estudo se inicie pelo complexo cana-de-açúcar,
complexo soja e milho, pois são os únicos produtos que aparecem, ............................................27
recursivamente, nas três fontes de dados. Entende-se que desta forma se estará valorizando a
importância relativa destas commodities na economia nacional e melhor contribuindo para a
perenização dos dados e informações do PNLT............................................................................28
Por aparecem em duas da referência selecionadas, participando das 10 culturas mais expressivas
na base de dados do IBGE (2007) e da descrição apresentada em Caixeta-Filho e Gameiro
(2001), entende-se que, em um próximo trabalho, devam ser estudadas as seguintes
commodities: complexo laranja, arroz, banana, feijão, tomate e café. Estas culturas já fazem
parte de um estudo de cadeia produtiva apresentado a cerca de 10 anos (Caixeta-Filho e
Gameiro, 2001) e acredita-se que suas cadeias produtivas possam ser mais facilmente atualizadas
do que para de que não se tem melhores informações...................................................................28
Finalmente, por somente aparecem em uma das fontes de pesquisa; mandioca, batata-inglesa,
trigo e algodão (IBGE, 2007 ou Caixeta-Filho e Gameiro, 2001) propõe-se seu estudo numa
terceira etapa de trabalho, iniciando-se por aquelas que já foram estudadas por Caixeta-Filho e
Gameiro (2001). Por não se caracterizarem como commodities agrícolas, não serão estudados o
leite e o gado bovino......................................................................................................................28
Passa-se então ao detalhamento preliminar das commodities escolhidas....................................28
4.1 COMPLEXO DA CANA-DE-AÇÚCAR................................................................................28
Historicamente a cana-de-açúcar é um dos principais produtos agrícolas do Brasil, sendo
cultivada desde a época da colonização. Do seu processo de industrialização obtém-se como
produtos o açúcar, nas suas mais variadas formas e o álcool (anidro e hidratado). Segundo
Copersucar (2006), da produção de cana-de-açúcar na safra de 2005/06, a metade foi destinada
para produção de açúcar e a outra metade para produção de etanol. Nesta safra, segundo MAPA
(2007) foram produzidas 12,65 milhões de toneladas de etanol e 26,21 milhões de toneladas de
açúcar.............................................................................................................................................28
Através da Figura 4.1, pode-se perceber a evolução do volume de produção de cana-de-açúcar e
de açúcar refinado no Brasil entre as safras de 94/95 e 06/07. No caso da cana-de-açúcar, o
crescimento no período foi de 76% e para o açúcar foi de 160%..................................................29
29
4.1.1 Representação Mundial........................................................................................................29

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Segundo dados da FAPRI (2008), conforme Figura 4.2, o Brasil é o maior produtor mundial de
cana-de-açúcar, com quase 30% (427 milhões de toneladas) da produção mundial de 2007. Neste
mesmo ano, aparece em segundo lugar à Índia, com quase 21% da produção mundial e num
terceiro lugar distante a China, com pouco menos de 7% da produção mundial..........................29
Esta distribuição percentual relativa dos produtores é muito semelhante à encontrada em 2002.
Porém, o Brasil foi o único país que apresentou expressivo crescimento neste período, passando
de 23,79% da produção mundial para 29,71%..............................................................................29
Tanto o continente africano como os Estados Unidos apresentam produções inexpressivas de
cana-de-açúcar...............................................................................................................................29
A União Européia e a Rússia não apresentam dados para 2002 e em 2006, pois segundo dados da
FAPRI nesses anos não houve produção de cana-de-açúcar. Foram mantidas as legendas para
demonstrar que foram analisadas as produções desses países.......................................................30
30
Conforme a Figura 4.3, percebe-se que o Brasil, com quase 20% e a Índia, com pouco mais de
15%, são responsáveis por mais de 35% da produção mundial de açúcar. Outro dado importante
é que, mesmo não tendo uma produção de cana-de-açúcar, a União Européia produz 10% do
açúcar mundial...............................................................................................................................30
No período, tanto o continente africano, quanto a China e os EUA diminuíram a sua participação
na produção mundial de açúcar. A África reduziu em 8,22%, a China em 5% e os EUA em quase
6%..................................................................................................................................................30
31
Percebe-se, através da Figura 4.4, que o volume dos estoques nacionais de açúcar refinado é
irrisório, representando somente 1% (270 mil toneladas) do estoque mundial, isso se deve grande
exportação deste produto, o alto consumo interno e o entendimento de que a indústria do açúcar
está consolidada para uma produção anual em níveis que atendem aos mercados nacional e
internacional..................................................................................................................................31
Segundo dados da FAPRI (2008), o Brasil é o maior exportador mundial de açúcar refinado no
mundo (quase 20 milhões de toneladas), isso teoricamente reflete os baixos índices de estoque
comparado com o mundo..............................................................................................................31
A Índia, país que possui percentualmente maior representatividade no estoque mundial de
açúcar, com 20,43% em 2007, segundo dados da FAPRI (2008), apresentou um volume de
exportação em torno de 10% do volume brasileiro para o ano de 2007. Fato que caracteriza sua
produção quase que totalmente direcionada ao mercado interno, como também é o caso da União
Européia. Para os outros países ou regiões os níveis de estoques são semelhantes níveis de
produção........................................................................................................................................31
32
4.1.2 Situação no País....................................................................................................................32
A área plantada de cana-de-açúcar cresceu 20%, entre 2002 e 2006, ultrapassando para mais de
6 milhões de hectares. No mesmo período, a produção da cana-de-açúcar cresceu mais de 25%
(IBGE, 2007). Este fato demonstra que a eficiência produtiva desta cultura cresceu 25% no
período...........................................................................................................................................32
Segundo o IBGE (2007), os 10 principais produtores de cana-de-açúcar no país, em ordem de
importância, são: São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Alagoas, Goiás, Pernambuco, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Bahia. Estes estados representam juntos, mais de 94% da
produção nacional e mais de 93% da geração de valor com o complexo açúcar (Figura 4.5)......32
Ainda da Figura 5, percebe-se que o estado de São Paulo, isoladamente, representa quase 60%
da produção e da geração de valor do complexo cana-de-açúcar, destacando a sua importância
neste setor econômico....................................................................................................................32
33

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Segundo a Figura 4.6, utilizando dados da UDOP (2008), os 10 principais produtores de açúcar
no país, em ordem de importância, são: São Paulo, Alagoas, Paraná, Minas Gerais, Pernambuco,
Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Estes estados
representam juntos, mais de 98,67% da produção nacional..........................................................33
34
No próximo item Mapeamento da Cadeia se explicado porque há uma diferença de importância
entre os estados produtores de cana-de-açúcar e os produtores de açúcar....................................34
4.1.3 Mapeamento da Cadeia.........................................................................................................34
A Figura 4.7, elaborada com base Caixeta-Filho e Gameiro (2001), D Agosto (2004) e UDOP
(2008), descreve o mapeamento da cadeia produtiva de cana-de-açúcar e do açúcar brasileiro,
para consumo interno e para a exportação.....................................................................................34
35
As Tabelas, 4.1, 4.2 e 4.3, referenciadas na Figura 4.7, representam um primeiro esforço na
caracterização dos volumes produzidos e consumidos de cada estágio da cadeia produtiva........35
Fonte: UDOP, 2008. Modificado pelo Autor................................................................................36
Na Tabela 4.1, observa-se o volume de produção de todos os estados brasileiros. Percebe-se que
entre os 10 primeiros há um predomínio dos estados da região Sudeste, Centro-oeste e Nordeste,
cada região com três estados, e um único estado da região Sul. Não há significativa produção de
cana-de-açúcar nos estados da região Norte..................................................................................36
O trajeto da cana-de-açúcar ocorre entre a área de plantio (fazenda) para a usina. As distâncias
percorridas são normalmente curtas, com a utilização de estradas de terra, quando a usina sé
localizada dentro da área da fazenda. Para distâncias mais longas, que não ultrapassam 30 km,
pode haver necessidade de utilização de alguma rodovia pavimentada (Caixeta-Filho e Gameiro,
2001)..............................................................................................................................................37
Não há estocagem de cana-de-açúcar para evitar perdas por inversão de sacarose,
principalmente nas épocas mais quentes do ano (Caixeta-Filho e Gameiro, 2001)......................37
Fonte: UDOP, 2008. Modificado pelo Autor................................................................................38
Observando-se a Tabela 4.2 percebe-se que o grau de importância entre as regiões produtores de
cana-de-açúcar e de açúcar. Analisando conjuntamente as Tabelas 4.1 e 4.2 pode-se concluir que
os principais estados produtores de cana-de-açúcar e açúcar são os mesmos, o que diferencia
uma tabela da outra é a percentual representativo de cada um. Desta forma sabe-se quais estados
tem a produção direcionada para o açúcar e quais tem para o álcool............................................38
Após ser produzido o açúcar será transportado para quatro destinos: Indústria Alimentícia, setor
Atacadista, setor Varejista e para Exportação. Para o consumo interno, Indústria Alimentícia,
setor Atacadista, setor Varejista, segundo Caixeta-Filho e Gameiro (2001), a distribuição é feita
predominantemente pelo modo rodoviário. Analogamente, quando houver uma transferência ou
distribuição do setor Atacadista para o Varejista o transporte será feito predominantemente pelo
modo rodoviário............................................................................................................................39
A análise do transporte para o consumo interno, direcionado à Indústria Alimentícia, setor
Atacadista, setor Varejista não faz parte do escopo deste trabalho, por se tratar de análise de
transporte de carga geral................................................................................................................39
No ano de 2006, segundo dados do MDIC, o Brasil exportou 18.756.943 toneladas de açúcar. As
exportações ocorreram quase que totalmente pelo modo marítimo. Menos de 0,1% da exportação
se deu pelo modo rodoviário, através da fronteira na cidade de Uruguaiana. No ano de 2006
também foram exportadas 2 toneladas pelo modo aéreo, através do aeroporto de São Paulo,
porém para efeito de análise esse caso foi desconsiderado. .........................................................39
Fonte: Portal AliceWeb (2008). Modificado pelo Autor..............................................................39
4.2 COMPLEXO SOJA.................................................................................................................40
A soja se constitui na maior fonte de óleo vegetal e de proteína, tanto para a alimentação humana
como animal. O grão de soja contém mais proteína do que o ovo. O óleo de soja é utilizado na

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fabricação de margarina, maionese, molhos, óleo para fins culinários e na confecção de tintas e
sabão. (Costa e Manica,1996)........................................................................................................40
4.2.1 Representação Mundial........................................................................................................40
A soja como commodity está associada a um complexo produtivo que envolve o grão de soja, o
farelo de soja e o óleo de soja. Para um adequado tratamento deve-se dividir a abordagem nos
elementos deste complexo.............................................................................................................40
4.2.1.1 Grãos de Soja.....................................................................................................................40
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, com mais de 26% da produção mundial,
ficando somente atrás dos EUA. O terceiro país em produção é a China com mais de 7% (16,5
milhões de toneladas). As produções de Índia, Rússia e União Européia juntas representaram
4,2% da produção mundial no ano de 2007, conforme representa a Figura 4.8............................40
41
Conforme a Figura 4.9, percebe-se uma mudança de posição entre os EUA e o Brasil como líder
em volume de estoque de grãos de soja. O Brasil é líder com quase 30% do estoque mundial de
grãos de soja. A China possui o terceiro maior estoque mundial de grãos de soja, com mais de
8% dos estoques mundiais. Índia, União Européia e Rússia juntas possuíam 2,49% dos estoques
mundiais no ano de 2007...............................................................................................................41
42
Segundo dados da FAPRI (2008), o Brasil é responsável por 42,2% do volume de exportação
mundial de grãos de soja, sendo o responsável por mais de 28 milhões de toneladas
movimentadas................................................................................................................................42
4.2.1.2 Farelo de Soja....................................................................................................................42
Da Figura 4.10 percebe-se que por causa das importações de grãos, a China e a União Européia
têm importante papel no volume de produção de farelo de soja. Brasil e EUA por serem os dois
maiores produtores mundiais de grãos de soja, continuam tendo destaque na produção de farelo
de soja totalizando mais de 38% de toda produção mundial desse produto. A Índia e a Rússia não
possuem níveis significantes de produção de farelo......................................................................42
Por meio da Figura 4.11, visualiza-se que, apesar de estar em segundo lugar em produção de
farelo de soja, a China não possui estoque de farelo. Isto se deve a sua grande população, com
mais de 1,3 bilhões de pessoas, o que gera uma enorme demanda por alimentos. Outro ponto
importante é o nível de estoque brasileiro, o Brasil tem quase 20% dos estoques de farelo de soja
mundial, só perdendo para a União Européia com quase 22%. Pode-se concluir que a União
Européia importa bastante grão de soja, pois ela não é uma grande produtora dessa commodity e
a sua importação é diretamente transformada em farelo, pois seu nível de estoque de grãos é
baixo, conforme demonstrado na Figura 4.9. Índia, Rússia e os EUA possuem juntos quase 8%
dos estoques mundiais de farelo de soja........................................................................................43
44
Segundo dados da FAPRI (2008), o Brasil responde por mais de 25% do volume de exportação
mundial de farelo de soja, com mais de 12 milhões de toneladas.................................................44
4.2.1.3 Óleo de Soja.......................................................................................................................44
Pelo fato do óleo de soja, assim como o farelo de soja, ser um subproduto do grão de soja,
mantém-se uma equivalência na representatividade destes produtos, grãos, farelo e óleo de soja,
pelos países Os três primeiros produtores são continuam sendo EUA, Brasil e China, com mais
de 60% da produção mundial de óleo de soja, conforme pode ser visto na Figura 4.12. .............44
45
Da Figura 4.13, é possível perceber que os EUA e o Brasil possuem a metade do estoque
mundial de óleo de soja. Isso se deve a política de biocombustível desses dois países. A produção
de óleo de soja da China é voltada para o consumo interno o que demonstra o seu estoque pouco
representativo, comparado com seu nível de produção. A comparação entre nível de produção e
nível de estoque entre Índia, Rússia e União Européia mantém-se proporcional.........................45

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Segundo dados da FAPRI (2008), o Brasil exporta um pouco mais de 2 milhões de toneladas de
óleo de soja, representando ¼ do volume de exportação mundial................................................46
4.2.2 Situação no País....................................................................................................................47
Na Figura 4.14 observa-se que os estados brasileiros selecionados são responsáveis por mais de
96% da produção e da geração de valor da soja brasileira............................................................47
48
Através da Figura 4.15, percebe-se que o cultivo da soja é concentrado nos estados do centro-sul
do país que respondem por 81,36% do cultivo nacional. Muitos fatores contribuíram para que a
soja se estabelecesse como uma importante cultura nessas regiões. Segundo Embrapa (2007), os
oito fatores abaixo podem ser destacados:.....................................................................................48
Semelhança do ecossistema do sul do Brasil com aquele predominante no sul dos EUA,
favorecendo o sucesso na transferência e adoção de cultivares e outras tecnologias de produção;
48
Facilidades de mecanização total da cultura;................................................................................48
Estabelecimento de uma bem articulada rede de pesquisa de soja, envolvendo os poderes
público federal e estadual, apoiada financeiramente pela indústria privada;................................48
Incentivos fiscais para a abertura de novas áreas de produção agrícola, para a aquisição de
máquinas e para a construção de silos e armazéns; ......................................................................49
Incentivos fiscais para o estabelecimento de agroindústrias produtoras e processadoras de grãos
e de carnes;....................................................................................................................................49
Topografia plana, altamente favorável à mecanização, privilegiando o uso de máquinas e
equipamentos de grande porte, o que propicia economia de mão-de-obra pelo maior rendimento
dessas máquinas nas operações de preparo do solo, tratos culturais e colheita.............................49
Boas condições físicas dos solos da região, facilitando as operações do maquinário agrícola; ..49
Integração lavoura-pecuária, unido à rotação de culturas, principalmente em áreas degradadas.
49
4.2.3 Mapeamento da Cadeia.........................................................................................................50
A Figura 4.16, elaborada com base em Caixeta-Filho e Gameiro (2001), Vieira et al., (2001) e
Pinazza (2007, a) descreve o mapeamento da cadeia produtiva de grãos, farelo e óleo de soja
brasileiros, para consumo interno e para a exportação..................................................................50
50
Esse complexo respondeu, em 2006, por 9,3 bilhões de dólares nas exportações brasileiras, esse
valor correspondeu a 6,77% das exportações nacionais naquele ano, segundo dados do MDIC..50
No que se refere à produção de grãos, pela Tabela 4.4, tem-se o volume de produção de todos os
estados brasileiros. Percebe-se que entre os 10 primeiros estados produtores há um predomínio
dos estados da região Centro-oeste, com três estados. Em seguida, com dois estados cada
observa-se as regiões Nordeste, Sudeste Sul. ...............................................................................50
Fonte: IBGE, 2006. Modificado pelo Autor.................................................................................51
Após ser colhida, de acordo com Soares, Galvani e Caixeta-Filho (1997) os grãos de soja
normalmente são transportados a granel, podendo ser ensacados antes de serem carregados. É
comum a utilização de transportes de autônomo devido a sua disponibilidade e possibilidade de
usar transporte rodoviário por conjuntos de caminhão trator e semi-reboque não específicos.....51
Outros modos distintos também podem ser usados, como o ferroviário, pois numa época de pico
de demanda, os caminhões existentes no mercado podem não ser suficientes para atender a toda
a demanda de transporte. (Caixeta-Filho e Gameiro, 2001)..........................................................52
Segundo dados a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE), em 2006 o
Brasil colheu 52,12 milhões de toneladas de grãos de soja, desse volume, 42,2%, ou seja, 22,39
milhões de toneladas foram exportadas. A sobra, 29,73 milhões de toneladas (56%), foi
transportada para as usinas esmagadoras.......................................................................................52

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O processo de beneficiamento da soja se inicia com o esmagamento do grão, que basicamente


separa o óleo bruto do farelo. A industrialização tanto do farelo quanto do óleo é usualmente feita
dentro da mesma unidade industrial (usina), o que não acarreta movimentação de carga nesse
instante do processo.......................................................................................................................52
Segundo a ABIOVE em 2006, o volume de farelo de soja produzido foi de 23,95 milhões de
toneladas, sendo que o Brasil exportou 60,29%. Os demais 39,74% foram consumidos no Brasil,
na indústria alimentícia para seres humanos e rações animais e em comércio atacadista e
varejista. ........................................................................................................................................52
Após ser separado do farelo, o óleo bruto passa por um processo de refino até assumir
propriedades ideais ao consumo como óleo comestível ou utilizado como matéria-prima para a
produção de biodiesel. Segundo a ABIOVE, em 2006, o volume de óleo de soja produzido no
país foi de 5,72 milhões de toneladas, e 54,65% foi consumido internamente, o restante foi
exportado.......................................................................................................................................52
O transporte do farelo e do óleo de soja para as indústrias alimentícias e os setores atacadistas e
varejista e para a exportação é feito por rodovias, e ferrovias. E o transporte das indústrias
alimentícias para o consumo final e, quando houver, do setor atacadista para o varejista é feita
pelo modo rodoviário. Porém, neste último caso trata-se de carga geral e não será priorizado
neste trabalho.................................................................................................................................52
Fonte: AliceWeb (ano). Modificado pelo Autor...........................................................................53
Observando-se a Tabela 4.5, percebe-se que as exportações brasileiras do complexo soja foram
quase que totalmente realizadas pelo modo marítimo, em diversos pontos do território brasileiro.
53
Os portos de Paranaguá e Rio Grande exportam os três produtos do complexo soja,
concentrando 43% das exportações de todo o complexo. ............................................................53
4.3 MILHO....................................................................................................................................53
O milho é um conhecido cereal cultivado em grande parte do mundo. É extensivamente
utilizado como alimento humano ou ração animal, devido às suas qualidades nutricionais.
Existem várias espécies e variedades de milho, todas pertencentes ao gênero Zea (Wikipédia,
2008c)............................................................................................................................................53
Todas as evidências científicas levam a crer que é uma planta de origem americana, já que aí era
cultivada desde o período pré-colombiano. É um dos alimentos mais nutritivos que existem,
contendo quase todos os aminoácidos conhecidos, sendo exceções a lisina e o triptofano
(Wikipédia, 2008b)........................................................................................................................53
Tem alto potencial produtivo, e é bastante receptivo à tecnologia. Seu cultivo geralmente é
mecanizado, se beneficiando muito de técnicas modernas de plantio e colheita (Wikipédia,
2008c)............................................................................................................................................54
Além dos suínos e dos frangos, também demandam por milho para alimentação animal, os
bovinos e os pequenos animais. Atualmente, a produção de ração para pequenos animais (pet
food) tem se constituído em um mercado crescente para o uso desse cereal, dado o crescimento
da demanda por alimento de melhor qualidade para esses animais...............................................54
4.3.1 Representação Mundial........................................................................................................54
O Brasil é o quinto maior produtor de milho do mundo, FAPRI (2008). A produção nacional foi
de 44,5 milhões de toneladas para o ano-safra 2007 pela Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab). A participação da produção brasileira na safra mundial é de quase 6% (FAPRI, 2008).
54
Por ser base da alimentação da sua população e da fabricação de ração animal, os EUA são os
maiores produtores mundiais de milho, conforme Figura 17, com mais de 308 milhões de
toneladas, (FAPRI, 2008). A China tem a segunda maior produção de milho do mundo com
quase 20%. ....................................................................................................................................54

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O Brasil vem em quinto com quase 6% de representação. A produção brasileira, segundo dados
da Associação Brasileira das Indústrias de Milho (ABIMILHO, 2008) é totalmente direcionada
para o mercado interno, sendo que quando há necessidades a demanda é coberta com
importações. A África, a Índia, a Rússia e a União Européia respondem com quase 9% da
produção mundial..........................................................................................................................54
55
Percebe-se, na Figura 4.18, que, além de maior produtor, os EUA possuem o segundo maior
estoque de milho com 23% do estoque mundial. O líder é a China com mais de 38%. A China é a
segunda maior produtora mundial. Apesar do milho não ser à base da alimentação do país
asiático, esta posição de destaque na produção e na estocagem se deve ao fato país ser o mais
populoso do mundo. .....................................................................................................................55
Os outros países e regiões, incluindo o Brasil, mantiverem seus índices de proporcionalidade,
comparados com o seu volume de produção de milho, isso comprova a importância do milho da
sua economia.................................................................................................................................55
56
4.3.2 Situação no País....................................................................................................................56
A área plantada de milho cresceu mais de 7%, entre 2002 e 2006, passando para mais de 12,6
milhões de hectares. Neste período, a produção de milho cresceu quase 20%.............................56
Os 10 principais produtores de milho no país, segundo IBGE (2007), em ordem de importância,
são: Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina,
Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará. Estes estados representam juntos, mais de 93% da produção
nacional e mais de 90% da geração de valor com o cultivo do milho, conforme Figura 4.19......56
57
A produção do milho está concentrada na região centro sul do país, responsável por mais de
89% da produção e 84% da geração de valor. ..............................................................................57
4.3.3 Mapeamento da Cadeia.........................................................................................................57
A Figura 4.20, elaborada a partir de Caixeta-Filho e Gameiro (2001), Vieira et al., (2001) e
Pinazza (2007, b) descreve o mapeamento da cadeia produtiva do milho, com seus fluxos de
transportes, para consumo interno e para a exportação e importação...........................................57
58
Por meio da Tabela 4.6, tem-se o volume de produção de todos os estados brasileiros. Percebe-
se que entre os 10 primeiros há um domínio dos estados do centro sul, com um estado da região
Nordeste e nenhum da região Norte. Outro dado importante é que o milho é cultivado em todos
os estados brasileiros.....................................................................................................................58
Fonte: IBGE, 2007. Modificado pelo Autor.................................................................................59
Após a colheita, segundo ABIMILHO (2008), Caixeta-Filho e Gameiro (2001) e Vieira et al.,
(2001) um percentual dos grãos de milho fica retido na própria região para ser utilizado como
semente, alimentação humana e ração animal...............................................................................59
A quantidade de grãos líquida que fica no Brasil (colheita menos perdas e retido na região
menos exportação) é transportada para a industrialização. Esse processo industrial é feito de duas
formas: a seco e a úmido, conforme Figuras 4.21 e 4.22..............................................................59
No processo a seco, o milho após limpeza e secagem, é degerminado e separado em endosperma
e germe. O fluxo do endosperma é moído e classificado para a obtenção de produtos finais, e o
germe passa por processo de extração para produção de óleo e farelo.........................................60
60
No processo a úmido, o milho após limpeza e secagem, é macerado, separado em germe, fibras
e endosperma, que é separado em amido e glúten. O amido ainda é convertido em xaropes e
modificado em dextrinas e amidos especiais. O glúten é seco e recebe a incorporação das fibras e
do farelo após extração do óleo para composição de produtos de rações animais........................60
61

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O modo de transporte utilizado na movimentação de toda a cadeia é o rodoviário. Segundo


Caixeta-Filho e Gameiro (2001), o tipo transporte utilizado é o mesmo de outros produtos, tais
como: soja, açúcar, farelo de soja e outros produtos ensacados....................................................61
Segundo dados ABIMILHO (2008), a distribuição percentual por destino na cadeia produtiva do
milho no ano de 2006, foi a seguinte:............................................................................................61
Ração Animal – 77%....................................................................................................................61
Consumo Industrial – 1% ............................................................................................................61
Consumo Humano – 9%...............................................................................................................61
Perdas/Sementes – 2%..................................................................................................................61
Exportação – 1%...........................................................................................................................61
Segundo Monteiro (1990), o panorama em relação aos destinos da produção brasileira de milho
em grãos eram os seguintes: cerca de 60% do consumo total era classificado como consumo
comercial, 30% ficava retido no meio rural e 10% eram perdidos. Os 60% do consumo comercial
eram distribuídos de maneira tal que cerca de 75% ia para a indústria de ração, 22% para a
moagem, 1% para sementes e 2% para as exportações.................................................................61
Segundo o portal AliceWeb (2008), as exportações brasileiras de grãos, farelo e óleo de milho,
no ano de 2006, foram distribuídas conforme, Tabela 4.7.............................................................62
Fonte: Portal AliceWeb. Modificado pelo Autor..........................................................................62
O Brasil é responsável por mais de 6% das exportações mundiais de milho. A maior parte das
exportações de milho é feita pelo modo marítimo (96,78%), sendo que o porto mais utilizado é o
de Santos, com 42,29% de toda carga exportada. O modo rodoviário também movimenta uma
certa quantidade de carga...............................................................................................................62
Para Caixeta-Filho e Gameiro (2001), o mercado de fretes varia sazonalmente. A região Centro-
Oeste é uma importante origem destes produtos, sobretudo na época da safra. Na entressafra, as
agroindústrias do Sudeste se abastecem através dos armazéns situados nesta mesma região,
sendo que os picos de escoamento de milho não chegam a causar um impacto na oferta global de
transporte.......................................................................................................................................62
A peculiaridade desse mercado em relação aos de outros granéis diz respeito aos fluxos de
escoamento. A produção de milho é bastante pulverizada, havendo muitos pontos de origem. Por
outro lado, o milho e um importante insumo para a pecuária, que também é pulverizada, em
termos geográficos, fazendo com que os destinos também sejam muitos. Tal fato pode dificultar
a contratação de um transportador autônomo para realizar o serviço em determinadas épocas do
ano, pois estes não querem sair do fluxo estabelecido pelos principais eixos de escoamento de
produtos, tais como a soja, onde existe uma maior possibilidade de se obter cargas nos dois
sentidos..........................................................................................................................................63
O transporte de milho, assim como de outras commodities, a partir das unidades agrícolas,
implica redução da produtividade dos veículos, pois as operações de carregamento do caminhão
sofrem uma série de entraves, o que repercute no valor do frete..................................................63
5 COMPARAÇÃO DE BASES DE DADOS PNLT E IBGE......................................................64
5 COMPARAÇÃO DE BASES DE DADOS PNLT E IBGE.......................................................65
Apresenta-se a seguir uma das etapas deste relatório que foi fazer a comparação dos dados do
PNLT, com os dados do IBGE para o ano de 2002. Os dados comparados tanto o do PNLT
quando o do IBGE eram em níveis de microrregiões e que foram agrupados em níveis estaduais,
como pode ser visto nas Tabelas 5.1 a 5.3. Conclui-se que a base de dados utilizada no PNLT,
para a cana-de-açúcar, soja em grãos e milho, foi retirada do banco de dados de Produção
Agrícola Municipal (PAM) do IBGE referente ao ano de 2002. ..................................................65
Fonte: PNLT (2005) e IBGE (2003). Modificado pelo Autor.......................................................66
Fonte: PNLT (2005) e IBGE (2003). Modificado pelo Autor......................................................67
Fonte: PNLT (2005) e IBGE (2003). Modificado pelo Autor.....................................................68
6 PRÓXIMAS ATIVIDADES......................................................................................................69

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6 PROXIMAS ATIVIDADES.......................................................................................................70
O agronegócio é uma importante mola propulsora da economia nacional. Identificar quais são as
commodities mais significativas e aonde elas são cultivadas é de suma importância para a
elaboração de propostas de melhoria de infra-estrutura de transporte e esquemas operacionais
logísticos para o país......................................................................................................................70
Por meio do cruzamento de três fontes de informação: o PNLT (2005), o capítulo de
Movimentação Rodoviária de Produtos Agrícolas Selecionados, do livro Transporte e Logística
em Sistemas Agroindustriais de Caixeta-Filho e Gameiro (2001) e os dez primeiros produtos do
banco de dados do IBGE (2007) foi possível propor o seguinte método para o estudo dos fluxos
de transporte de produtos agrícolas brasileiros:.............................................................................70
1. Iniciar o estudo pelo complexo cana-de-açúcar, complexo soja e milho, pois são os únicos
produtos que aparecem, recursivamente, nas três fontes de dados. Esta atividade já foi iniciada
neste Relatório Parcial...................................................................................................................70
2. Para um segundo trabalho, devem ser estudadas as seguintes commodities: complexo laranja,
arroz, banana, feijão, tomate e café. Isso se justifica por elas aparecem em duas das referência
selecionadas e já terem as suas cadeias produtivas analisadas em Caixeta-Filho e Gameiro
(2001), o que facilita a sua abordagem..........................................................................................70
3. Num terceiro trabalho por somente aparecerem em uma das fontes de pesquisa, sugere-se
estudar: mandioca, batata-inglesa, trigo e algodão, iniciando-se por aquelas que já foram
estudadas por Caixeta-Filho e Gameiro (2001).............................................................................70
Para o desdobramento das atividades já iniciadas neste Relatório Parcial, duas sugestões
alternativas são possíveis:..............................................................................................................70
1. Aprofundamento no detalhamento das cadeias da cana-de-açúcar, soja e milho, incluindo
identificação e mapeamento dos fluxos na cadeia produtiva identificada. Assim, seriam
trabalhadas apenas as cadeias produtivas das principais commodities em maior profundidade. .70
2. Elaboraração das cadeias produtivas, assim como apresentadas neste Relatório Parcial, para os
demais produtos identificados nos itens 2 e 3 anteriores...............................................................71
Um entendimento entre as equipes da COPPE/UFRJ e do CENTRAN deve ser considerado para
decidir a direção do avanço dos trabalhos, identificando aquela sugestão de alternativa que
melhor contribui para a perenização do PNLT neste momento. Não obstante, uma previsão maior
de tempo viabilizaria a continuidade dos trabalhos na outra direção............................................71
7 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...........................................................................................72
7 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA............................................................................................73
AliceWeb, 2008; http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br/..........................................................73
ANTAQ, 2008; Estatísticas; Anuários; Anuário Estatístico Portuário - 2006; Análise da
Movimentação de Cargas: http:// www.antaq.gov.br....................................................................73
Caixeta-Filho, J. V. & Gameiro, A. H. Transporte e Logística em Sistemas Agroindustriais. São
Paulo. 2001....................................................................................................................................73
Copersucar. Relatório de Gestão 05-06. 2006..............................................................................73
Coppe/Coppead. Planejamento Estratégico do Programa Nacional de Produção e Uso de
Biodiesel. IBP. 2007......................................................................................................................73
Costa, J. A. e Manica, I. Cultura da Soja. Porto Alegre. 1996......................................................73
D´Agosto M. A. Análise da Eficiência da Cadeia Energética para as Principais Fontes de
Energia Utilizadas em Veículos Rodoviários no Brasil. Rio de Janeiro. 2004..............................73
Circular técnica 43 - O complexo industrial da soja brasileira. Embrapa. 2007..........................73
Embrapa, 2008; Indústria - Produção Física - Agroindústria - Soja; Dados Econômicos: http://
www.cnpso.embrapa.br.................................................................................................................73
FAPRI, 2008; Tools – Commodities Database: http://www.fapri.iastate.edu/tools/outlook.aspx.
Acessado em 01 de maio de 2008.................................................................................................73
IBGE, 2003; Produção Agrícola Municipal – 2002.....................................................................73

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IBGE, 2007; Produção Agrícola Municipal - 2006......................................................................73


IBGE, 2008; IBGE-Países: http://www.ibge.gov.br/paisesat/. Acessado em 01 de junho de 2008
73
MAPA, 2007; Balanço Nacional da Cana-de-Açúcar e Agroenergia...........................................73
MAPA, 2008; Projecoes do Agronegocio Mundial e Brasil - 06-07 a 17-18...............................74
Monteiro, J. A. O Milho no Brasil: Considerações econômicas. Informe Agropecuário, Belo
Horizonte: Epamig, nº 14 (164), p.5-9, 1990................................................................................74
ONU, 2008; Indicators on Population. In United Nations Statistics Division. Demographic and
Social Statistics. Statistical Products and Databases. Social Indicators. 2007. ............................74
Pinazza, L. A. Série Agronegócios. Cadeia Produtiva da Soja. MAPA. 2007a............................74
-------. Série Agronegócios. Cadeia Produtiva do Milho. MAPA. 2007b.....................................74
PNLT. Relatório Executivo do Plano Nacional de Logística de Transportes. Centran. 2005.......74
Rudge, L. F. Dicionário de Termos Financeiros. São Paulo. 2003...............................................74
Soares, M. G.; Galvani, P. R. C.; Caixeta-Filho, J. V. Transporte de Soja em Grãos e Farelo de
Soja no Brasil. Preços Agrícolas, Piracicaba: FEALQ, nº 126, p. 26-29, abr. 1997.....................74
UDPO, 2008; Estatística: http://www.udop.com.br/geral.php?item=noticias_estatistica.
Acessado em 21 de maio de 2008.................................................................................................74
Vieira, R. de C., Filho, A. R. T., Oliveira, A. J. (et al). Cadeias Produtivas do Brasil. Análise da
Competitividade. EMBRAPA. Brasília. 2001...............................................................................74
Wikipédia, 2008a; http://pt.wikipedia.org/wiki/Commodity. Acessado em 17 de junho de 200874
Wikipédia, 2008c; http://pt.wikipedia.org/wiki/Milho. Acessado em 17 de junho de 2008........74
anexos...........................................................................................................................................75
Fonte: IBGE, 2008........................................................................................................................77

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LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1 - Percentuais anuais do crescimento do PIB real por setor .........................................25
Tabela 4.1 - Comparação de bases de dados do estudo.................................................................27
Tabela 4.1 - Ranking decrescente dos estados produtores de cana-de-açúcar (em toneladas)......36
Tabela 4.2 - Ranking decrescente dos estados produtores de açúcar no ano de 2006 (em
toneladas).......................................................................................................................................38
Tabela 4.3 - Tipo de modo, local e quantidade de açúcar exportado em 2006..............................39
Tabela 4.4 - Locais e volume de produção de grãos de soja em (t)...............................................51
Tabela 4.5 - Tipo de modo, local e quantidade de exportações do complexo soja em 2006 (em
toneladas).......................................................................................................................................53
Tabela 4.6 - Locais e volume de produção de grãos de milho em (t)............................................59
Tabela 4.7 -Tipo de modo, local e quantidade de exportações do milho em 2006 (em toneladas)
.......................................................................................................................................................62
Tabela 5.1 - Comparação entre PNLT e IBGE no ano de 2002 - cana-de-açúcar.........................66
Tabela 5.2 - Comparação entre PNLT e IBGE no ano de 2002 - soja em grãos............................67
Tabela 5.3 - Comparação entre PNLT e IBGE no ano de 2002 - milho em grãos.........................68
Tabela A.1 – Base de dados IBGE ano 2006.................................................................................76
Tabela A.2 - Cronograma a ser seguido se for escolhida a Alternativa 1.....................................78
Tabela A.3 - Cronograma a ser seguido se for escolhida a Alternativa 2.....................................78

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LISTA DE FIGURAS

Figura 4.1 - Evolução da produção de cana-de-açúcar e açúcar entre as safras de 94/95 e 06/07
(em milhões toneladas)..................................................................................................................29
Figura 4.2 - Participação percentual na produção mundial de cana-de-açúcar.............................30
Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor................................................................................30
Figura 4.3 - Participação percentual na produção mundial de açúcar...........................................31
Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor................................................................................31
Figura 4.4: Participação no volume de estoque mundial de açúcar refinado................................32
Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor................................................................................32
Figura 4.5 - Participação percentual produção e geração de valor da cana-de-açúcar por estado 33
Fonte: IBGE, 2008. Modificado pelo Autor..................................................................................33
Figura 4.1 - Produção percentual de açúcar por estado.................................................................34
Fonte: UDOP, 2008. Modificado pelo Autor.................................................................................34
Figura 4.7 - Cadeia produtiva da cana-de-açúcar e do açúcar ......................................................35
Fonte: Elaboração própria.............................................................................................................35
Figura 4.8 - Participação percentual na produção mundial de grãos de soja.................................41
Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor................................................................................41
Figura 4.9 - Participação percentual no volume de estoque mundial de grãos de soja.................42
Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor................................................................................42
.......................................................................................................................................................43
Figura 4.10 - Participação percentual na produção mundial de farelo de soja..............................43
Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor................................................................................43
Figura 4.2 - Participação percentual no volume de estoque mundial de farelo de soja.................44
Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor................................................................................44
Figura 4.3 - Participação percentual na produção mundial de óleo de soja..................................45
Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor................................................................................45
Figura 4.13 - Participação percentual no volume de estoque mundial de óleo de soja.................46
Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor................................................................................46
Figura 4.14 - Densidade da produção de soja no Brasil................................................................47
Fonte: COPPE/COPPEAD, 2007..................................................................................................47
Figura 4.4: Participação percentual produção e geração de valor por estado................................48
Fonte: IBGE, 2007. Modificado pelo Autor..................................................................................48
Figura 4.5 - Cadeia Produtiva do Complexo Soja.........................................................................50
Fonte: Elaboração própria.............................................................................................................50
Figura 4.6 - Participação percentual na produção mundial de milho...........................................55
Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor................................................................................55
Figura 4.7 - Participação percentual no volume de estoque mundial de milho.............................56
Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor................................................................................56
Figura 4.8 - Participação percentual produção e geração de valor por estado..............................57
Fonte: IBGE, 2007. Modificado pelo Autor..................................................................................57
Figura 4.20 - Cadeia produtiva do milho.......................................................................................58
Fonte: Elaboração Própria.............................................................................................................58
Figura 4.9 - Processo a seco..........................................................................................................60
Fonte: ABIMILHO, 2008..............................................................................................................60
Figura 4.10 - Processo a úmido.....................................................................................................61

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

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Commodities Agrícolas
Rev. 01

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Este Relatório Parcial I é o primeiro de uma série de três Relatórios de pesquisa


que têm o objetivo de contribuir para a Perenização da coleta de dados e
informações e o aprimoramento do Plano Nacional de Logística de Transportes
(PNLT) realizado pelo CENTRAN no que se refere a caracterização do transporte
nas cadeia de suprimentos de produtos agrícolas, em particular àqueles
considerados como commodities agrícolas.

Este Relatório Parcial I considera o trabalho dos primeiro quatro meses de


pesquisa e foi desenvolvido com o intuito de apresentar a importância da
agricultura na economia brasileira, com destaque para os produtos agrícolas
mais representativos na economia nacional e que deveriam ser considerados em
primeiro plano em um estudo mais aprofundado sobre suas cadeia de suprimento
e transporte.

Por serem termos amplamente utilizados e de forma a facilitar a exposição da


pesquisa, inicialmente, num item de conceituação teórica, serão apresentados os
conceito de commodities agrícolas, lavoura permanente e temporária. Em
seguida, destaca-se, sucintamente, a importância da agricultura na economia
nacional.

Como principal contribuição deste Relatório Parcial, foi realizada uma pesquisa
no banco de dados do IBGE (IBGE, 2007) destacando-se as 10 principais
commodities agrícolas, em quantidade produzida, e que representam mais de
95% da produção agrícola nacional na atualidade. Estes resultados serão
comparados com as commodities já estudadas pelo CENTRAN, no Plano
Nacional de Logística e Transportes (PNLT) e por outras fontes pesquisadas,
com destaque, por sua representatividade acadêmica, para o trabalho de
Caixeta-Filho e Gameiro (2001).

A partir desta análise, serão escolhidas e hierarquizadas as commodities


agrícolas a serem estudadas quanto ao detalhamento da sua cadeia produtiva e
quanto aos fluxos de transporte.

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Neste Relatório Parcial, pela relevância e importância nacional, serão


considerados, numa primeira abordagem, o complexo da cana-de-açúcar, o
complexo soja e o milho, conforme justificativa apresentada no item 4. Para cada
uma destas commodities será apresentada a representação mundial, a situação
no país e o mapeamento da cadeia produtiva.

No que se refere à representação mundial foram utilizados dados do Foof and


Agricultural Policy Research Institute, da Universidade de IOWA (FAPRI), para a
produção mundial dos principais países entre os períodos de 2002 a 2007. No
que tange a situação nacional, consultou-se os dados do IBGE quanto aos
principais estados brasileiros produtores de cada commodity agrícola.

Como uma das etapas deste trabalho era a comparação do banco de dados do
PNLT, para a cana-de-açúcar, grãos de milho e grãos de soja, com a base de
dados do IBGE para o ano de 2002. Destaca-se que não foram encontradas
diferenças significativas de valor, conforme Ítem 5.

Finalmente, é apresentada a proposta para as próximas atividades.

Destaca-se ainda que como parte das atividades desenvolvidas no quadrimestre


de março a junho de 2008, já foi apresentado ao CENTRAN, em 24/04/2008, um
trabalho sobre a importância do agronegócio na economia brasileira, conforme
Anexo II.

Destaca-se que este é um Relatório Parcial, não sendo esperados resultados


conclusivos, mas sim orientações gerais para o direcionamento do futuro
desdobramento dos trabalhos.

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2 CONCEITUAÇÃO TEÓRICA

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2 CONCEITUAÇÃO TEÓRICA

Segundo Rudge (2003), commodity é um termo de língua inglesa que, como o


seu plural commodities, significa bem primário em estado bruto, produzido em
escala mundial e com características físicas homogêneas cujo preço é
determinado pela oferta e procura internacional. Portanto, as oscilações nas
cotações destas commodities têm impacto significativo nos fluxos financeiros
mundiais, podendo causar perdas a agentes econômicos em todo o mundo e até
mesmo para a economia dos países.

Como exemplo de commodities pode ser citado: ambientais (ex: água, petróleo),
agrícolas (ex: algodão, café, trigo, soja, açúcar), financeiras (ex: dólar, euro, libra)
e mineral (ex: ouro, aço, prata, cobre). (Wikipédia, 2008a)

As commodities agrícolas podem ser oriundas de dois tipos de lavoura. Lavouras


permanentes, que são caracterizadas pelas culturas de longo ciclo vegetativo,
que permitem colheitas sucessivas sem necessidade de novo plantio. Lavouras
temporárias, que são as culturas de curta ou média duração, geralmente com
ciclo vegetativo inferior a um ano que, após a colheita, necessita de novo plantio
para produzir. (IBGE, 2007)

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3 A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA NA ECONOMIA NACIONAL

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3 A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA NA ECONOMIA NACIONAL

Com 8.511.965 km², o Brasil é o maior país do continente sul-americano e o


quinto maior do mundo, sendo superado, em extensão territorial, pela Federação
da Rússia (17,1 milhões km²), Canadá (9,9 milhões km²), Estados Unidos da
América (9,8 milhões km²) e a China (9,6 milhões km²) (IBGE, 2008).

Por apresentar condições climáticas favoráveis à atividade agrícola, esta longa


extensão territorial permite o cultivo de produtos agrícolas de clima temperado,
além de expressiva produção de produtos de clima tropical. Segundo dados do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2007), quase 70% da
área do território nacional apresenta potencialidade agrícola. Isso representa 611
milhões de hectares de área agricultável (MAPA, 2007).

Segundo dados do MAPA (2008), desde os anos 90 que a agropecuária tem um


papel de extrema importância para o desenvolvimento e crescimento da
economia brasileira, o que pode ser comprovado, se verificado que em 2007 o
PIB do agronegócio foi de R$ 564,36 bilhões, representando 23% do PIB
nacional que foi R$ 2.422,70 bilhões.

O Brasil é um global trader1 na área do agronegócio. Comercializa uma pauta


muito diversificada de produtos, com os mais diferentes países do mundo.
Segundo dados do portal AliceWeb (2008), do Ministério de Desenvolvimento
Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a União Européia é responsável por cerca
de 42% dos total dos produtos agroindustriais exportados pelo Brasil, seguida
pelo bloco do NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), com 18%,
e o bloco asiático, com 16%.

As exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) são as mais expressivas


entre os produtos primários. Esse complexo participa com 25% das exportações
do agronegócio brasileiro (ANTAQ, 2008).

Na Tabela 3.1 apresentam-se as taxas de crescimento do PIB real por setor,


onde se verifica a importância da agricultura na economia nacional. Na década
de 90 a agricultura cresceu 43% acima do crescimento do PIB. Nos sete anos do
século XXI,
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Global Trader: negociante global.


o crescimento foi 37% acima do PIB e no período entre 1990 e 2007 foi de 40%.
Isto prova que pelo menos desde os anos 90, o crescimento do agronegócio vem
superando o da economia.

Tabela 3.1 - Percentuais anuais do crescimento do PIB real por setor

Médias da Década de 1990


Total Indústria Serviços Agropecuária
1,73 0,77 1,37 2,48
Médias entre 1990 e 2007
Total Indústria Serviços Agropecuária
2,20 1,79 1,78 3,09
Médias dos anos 2000 e 2007
Total Indústria Serviços Agropecuária
2,80 3,08 2,29 3,84
Fonte: MAPA (2008)

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4 AS COMMODITIES AGRÍCOLAS

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4 AS COMMODITIES AGRÍCOLAS

Para elaborar este tópico que é a base deste relatório, foram confrontadas três
fontes de dados e informações: o Plano Nacional de Logística de Transportes
(PNLT)2, ano 2005, o capítulo Movimentação Rodoviária de Produtos Agrícolas
Selecionados, do livro Transporte e Logística em Sistemas Agroindustriais
(Caixeta-Filho e Gameiro, 2001), e a base de dados do IBGE (2007), conforme o
Anexo 1. Na Tabela 4.1, são apresentados os produtos considerados nestas três
fontes de dados destacando-se que, para o caso do IBGE (2007), foram
considerados apenas os 10 primeiros produtos hierarquizados em ordem
decrescente de quantidade produzida no ano de 2006.

Tabela 4.1 - Comparação de bases de dados do estudo

IBGE (2006) PNLT (2005) Caixeta-Filho e Gameiro (2001)


1 Cana-de-açúcar Soja Soja em grão
2 Soja em grão Cana-de-Açúcar Farelo de Soja
3 Milho em grão Milho Óleo de Soja
4 Mandioca Bovino Milho
5 Laranja Café Cana-de-açúcar
6 Arroz (em casca) Açúcar
7 Banana Algodão
8 Feijão em grão Feijão
9 Tomate Trigo
10 Batata - inglesa Café
Arroz
Leite
Suco de Laranja
Frutas e Hortaliças
Legenda: Frutas e Hortaliças: abacaxi, banana, laranja, mamão, manga, melancia e tomate.
Fonte: IBGE (2007), PNLT (2005) e Caixeta-Filho e Gameiro (2001).
Entende-se que, para um estudo mais detalhado sobre as cadeias produtivas e
os esquemas de transporte das commodities agrícolas no Brasil, deve-se
estabelecer uma ordem de prioridade para sua abordagem.

Baseado na Tabela 4.1, propõe-se que o estudo se inicie pelo complexo cana-de-
açúcar, complexo soja e milho, pois são os únicos produtos que aparecem,

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2 Foi enviado pelo Centran uma base de dados em Microsoft Office Access®, onde se teve acesso ao detalhamento
dos dados utilizados no PNLT (2005).
recursivamente, nas três fontes de dados. Entende-se que desta forma se estará
valorizando a importância relativa destas commodities na economia nacional e
melhor contribuindo para a perenização dos dados e informações do PNLT.

Por aparecem em duas da referência selecionadas, participando das 10 culturas


mais expressivas na base de dados do IBGE (2007) e da descrição apresentada
em Caixeta-Filho e Gameiro (2001), entende-se que, em um próximo trabalho,
devam ser estudadas as seguintes commodities: complexo laranja, arroz,
banana, feijão, tomate e café. Estas culturas já fazem parte de um estudo de
cadeia produtiva apresentado a cerca de 10 anos (Caixeta-Filho e Gameiro,
2001) e acredita-se que suas cadeias produtivas possam ser mais facilmente
atualizadas do que para de que não se tem melhores informações.

Finalmente, por somente aparecem em uma das fontes de pesquisa; mandioca,


batata-inglesa, trigo e algodão (IBGE, 2007 ou Caixeta-Filho e Gameiro, 2001)
propõe-se seu estudo numa terceira etapa de trabalho, iniciando-se por aquelas
que já foram estudadas por Caixeta-Filho e Gameiro (2001). Por não se
caracterizarem como commodities agrícolas, não serão estudados o leite e o
gado bovino.

Passa-se então ao detalhamento preliminar das commodities escolhidas.

4.1 COMPLEXO DA CANA-DE-AÇÚCAR

Historicamente a cana-de-açúcar é um dos principais produtos agrícolas do


Brasil, sendo cultivada desde a época da colonização. Do seu processo de
industrialização obtém-se como produtos o açúcar, nas suas mais variadas
formas e o álcool (anidro e hidratado). Segundo Copersucar (2006), da produção
de cana-de-açúcar na safra de 2005/06, a metade foi destinada para produção
de açúcar e a outra metade para produção de etanol. Nesta safra, segundo
MAPA (2007) foram produzidas 12,65 milhões de toneladas de etanol e 26,21
milhões de toneladas de açúcar.

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Através da Figura 4.1, pode-se perceber a evolução do volume de produção de


cana-de-açúcar e de açúcar refinado no Brasil entre as safras de 94/95 e 06/07.
No caso da cana-de-açúcar, o crescimento no período foi de 76% e para o
açúcar foi de 160%.

Figura 4.1 - Evolução da produção de cana-de-açúcar e açúcar entre as safras de 94/95 e 06/07 (em
milhões toneladas)
Fonte: União dos Produtores de Bioenergia (UDOP, 2008). Modificado pelo Autor.

4.1.1Representação Mundial

Segundo dados da FAPRI (2008), conforme Figura 4.2, o Brasil é o maior


produtor mundial de cana-de-açúcar, com quase 30% (427 milhões de toneladas)
da produção mundial de 2007. Neste mesmo ano, aparece em segundo lugar à
Índia, com quase 21% da produção mundial e num terceiro lugar distante a
China, com pouco menos de 7% da produção mundial.

Esta distribuição percentual relativa dos produtores é muito semelhante à


encontrada em 2002. Porém, o Brasil foi o único país que apresentou expressivo
crescimento neste período, passando de 23,79% da produção mundial para
29,71%.

Tanto o continente africano como os Estados Unidos apresentam produções


inexpressivas de cana-de-açúcar.

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A União Européia e a Rússia não apresentam dados para 2002 e em 2006, pois
segundo dados da FAPRI nesses anos não houve produção de cana-de-açúcar.
Foram mantidas as legendas para demonstrar que foram analisadas as
produções desses países.

Figura 4.2 - Participação percentual na produção mundial de cana-de-açúcar


Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor

Conforme a Figura 4.3, percebe-se que o Brasil, com quase 20% e a Índia, com
pouco mais de 15%, são responsáveis por mais de 35% da produção mundial de
açúcar. Outro dado importante é que, mesmo não tendo uma produção de cana-
de-açúcar, a União Européia produz 10% do açúcar mundial.

No período, tanto o continente africano, quanto a China e os EUA diminuíram a


sua participação na produção mundial de açúcar. A África reduziu em 8,22%, a
China em 5% e os EUA em quase 6%.

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Figura 4.3 - Participação percentual na produção mundial de açúcar


Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor

Percebe-se, através da Figura 4.4, que o volume dos estoques nacionais de


açúcar refinado é irrisório, representando somente 1% (270 mil toneladas) do
estoque mundial, isso se deve grande exportação deste produto, o alto consumo
interno e o entendimento de que a indústria do açúcar está consolidada para uma
produção anual em níveis que atendem aos mercados nacional e internacional.

Segundo dados da FAPRI (2008), o Brasil é o maior exportador mundial de


açúcar refinado no mundo (quase 20 milhões de toneladas), isso teoricamente
reflete os baixos índices de estoque comparado com o mundo.

A Índia, país que possui percentualmente maior representatividade no estoque


mundial de açúcar, com 20,43% em 2007, segundo dados da FAPRI (2008),
apresentou um volume de exportação em torno de 10% do volume brasileiro para
o ano de 2007. Fato que caracteriza sua produção quase que totalmente
direcionada ao mercado interno, como também é o caso da União Européia. Para
os outros países ou regiões os níveis de estoques são semelhantes níveis de
produção.

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Figura 4.4: Participação no volume de estoque mundial de açúcar refinado


Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor

4.1.2Situação no País

A área plantada de cana-de-açúcar cresceu 20%, entre 2002 e 2006,


ultrapassando para mais de 6 milhões de hectares. No mesmo período, a
produção da cana-de-açúcar cresceu mais de 25% (IBGE, 2007). Este fato
demonstra que a eficiência produtiva desta cultura cresceu 25% no período.

Segundo o IBGE (2007), os 10 principais produtores de cana-de-açúcar no país,


em ordem de importância, são: São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Alagoas,
Goiás, Pernambuco, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Bahia.
Estes estados representam juntos, mais de 94% da produção nacional e mais de
93% da geração de valor1 com o complexo açúcar (Figura 4.5).

Ainda da Figura 5, percebe-se que o estado de São Paulo, isoladamente,


representa quase 60% da produção e da geração de valor do complexo cana-de-
açúcar, destacando a sua importância neste setor econômico.

1
Geração de valor é produção obtida multiplicada pelo preço médio ponderado. Neste caso o produto é a cana-de-
açúcar. (IBGE, 2008).

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Figura 4.5 - Participação percentual produção e geração de valor da cana-de-açúcar por estado
Fonte: IBGE, 2008. Modificado pelo Autor

Segundo a Figura 4.6, utilizando dados da UDOP (2008), os 10 principais


produtores de açúcar no país, em ordem de importância, são: São Paulo,
Alagoas, Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Estes estados representam juntos,
mais de 98,67% da produção nacional.

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Figura 4.1 - Produção percentual de açúcar por estado


Fonte: UDOP, 2008. Modificado pelo Autor

No próximo item Mapeamento da Cadeia se explicado porque há uma diferença


de importância entre os estados produtores de cana-de-açúcar e os produtores
de açúcar.

4.1.3Mapeamento da Cadeia

A Figura 4.7, elaborada com base Caixeta-Filho e Gameiro (2001), D Agosto


(2004) e UDOP (2008), descreve o mapeamento da cadeia produtiva de cana-de-
açúcar e do açúcar brasileiro, para consumo interno e para a exportação.

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Figura 4.7 - Cadeia produtiva da cana-de-açúcar e do açúcar


Fonte: Elaboração própria.

As Tabelas, 4.1, 4.2 e 4.3, referenciadas na Figura 4.7, representam um primeiro


esforço na caracterização dos volumes produzidos e consumidos de cada
estágio da cadeia produtiva.

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Tabela 4.1 - Ranking decrescente dos estados produtores de cana-de-açúcar (em


toneladas)

ESTADOS QUANTIDADE PARTICIPAÇÃO


SP 264.336.825 62,05%
PR 31.994.581 7,51%
MG 29.034.195 6,82%
AL 23.635.100 5,55%
GO 16.140.043 3,79%
PE 15.293.700 3,59%
MT 13.179.510 3,09%
MS 11.635.096 2,73%
PB 5.107.700 1,20%
RJ 3.445.154 0,81%
ES 2.894.421 0,68%
RN 2.397.400 0,56%
BA 2.185.600 0,51%
MA 1.660.300 0,39%
SE 1.136.100 0,27%
PI 706.000 0,17%
PA 697.400 0,16%
AM 224.700 0,05%
TO 179.300 0,04%
RS 91.919 0,02%
CE 27.400 0,01%
AC 0 0,00%
AP 0 0,00%
DF 0 0,00%
RO 0 0,00%
RR 0 0,00%
SC 0 0,00%
Brasil 426.002.444 100,00%
Fonte: UDOP, 2008. Modificado pelo Autor

Na Tabela 4.1, observa-se o volume de produção de todos os estados brasileiros.


Percebe-se que entre os 10 primeiros há um predomínio dos estados da região
Sudeste, Centro-oeste e Nordeste, cada região com três estados, e um único

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estado da região Sul. Não há significativa produção de cana-de-açúcar nos


estados da região Norte.

O trajeto da cana-de-açúcar ocorre entre a área de plantio (fazenda) para a


usina. As distâncias percorridas são normalmente curtas, com a utilização de
estradas de terra, quando a usina sé localizada dentro da área da fazenda. Para
distâncias mais longas, que não ultrapassam 30 km, pode haver necessidade de
utilização de alguma rodovia pavimentada (Caixeta-Filho e Gameiro, 2001).

Não há estocagem de cana-de-açúcar para evitar perdas por inversão de


sacarose, principalmente nas épocas mais quentes do ano (Caixeta-Filho e
Gameiro, 2001).

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Tabela 4.2 - Ranking decrescente dos estados produtores de açúcar no ano de 2006
(em toneladas).

ESTADOS QUANTIDADE PARTICIPAÇÃO


SP 19.507.637 65,72%
AL 2.136.900 7,20%
PR 2.105.974 7,10%
MG 1.911.700 6,44%
PE 1.357.300 4,57%
GO 765.717 2,58%
MT 540.200 1,82%
MS 440.997 1,49%
RJ 262.104 0,88%
RN 259.000 0,87%
PB 154.000 0,52%
BA 115.700 0,39%
SE 50.400 0,17%
ES 48.949 0,16%
AM 15.700 0,05%
PA 5.100 0,02%
MA 2.700 0,01%
CE 1.500 0,01%
PI 0 0,00%
AC 0 0,00%
AP 0 0,00%
DF 0 0,00%
RO 0 0,00%
RR 0 0,00%
RS 0 0,00%
SC 0 0,00%
TO 0 0,00%
BRASIL 29.681.578 100,00%
Fonte: UDOP, 2008. Modificado pelo Autor

Observando-se a Tabela 4.2 percebe-se que o grau de importância entre as


regiões produtores de cana-de-açúcar e de açúcar. Analisando conjuntamente as
Tabelas 4.1 e 4.2 pode-se concluir que os principais estados produtores de cana-
de-açúcar e açúcar são os mesmos, o que diferencia uma tabela da outra é a

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percentual representativo de cada um. Desta forma sabe-se quais estados tem a
produção direcionada para o açúcar e quais tem para o álcool.

Após ser produzido o açúcar será transportado para quatro destinos: Indústria
Alimentícia, setor Atacadista, setor Varejista e para Exportação. Para o consumo
interno, Indústria Alimentícia, setor Atacadista, setor Varejista, segundo Caixeta-
Filho e Gameiro (2001), a distribuição é feita predominantemente pelo modo
rodoviário. Analogamente, quando houver uma transferência ou distribuição do
setor Atacadista para o Varejista o transporte será feito predominantemente pelo
modo rodoviário.

A análise do transporte para o consumo interno, direcionado à Indústria


Alimentícia, setor Atacadista, setor Varejista não faz parte do escopo deste
trabalho, por se tratar de análise de transporte de carga geral.

No ano de 2006, segundo dados do MDIC, o Brasil exportou 18.756.943


toneladas de açúcar. As exportações ocorreram quase que totalmente pelo modo
marítimo. Menos de 0,1% da exportação se deu pelo modo rodoviário, através da
fronteira na cidade de Uruguaiana. No ano de 2006 também foram exportadas 2
toneladas pelo modo aéreo, através do aeroporto de São Paulo, porém para
efeito de análise esse caso foi desconsiderado.

Tabela 4.3 - Tipo de modo, local e quantidade de açúcar exportado em 2006

MODO LOCAL QUANTIDADE (T)


Rodo Uruguaiana 9.645
Hidro Imbituba 124.090
Hidro Itajaí 52.744
Hidro Maceio 1.777.408
Hidro Natal 63.000
Hidro Paranaguá 2.620.487
Hidro Recife 651.256
Hidro Santos 13.261.610
Hidro Vitória 196.703
Fonte: Portal AliceWeb (2008). Modificado pelo Autor

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4.2 COMPLEXO SOJA

A soja se constitui na maior fonte de óleo vegetal e de proteína, tanto para a


alimentação humana como animal. O grão de soja contém mais proteína do que
o ovo. O óleo de soja é utilizado na fabricação de margarina, maionese, molhos,
óleo para fins culinários e na confecção de tintas e sabão. (Costa e
Manica,1996).

4.2.1Representação Mundial

A soja como commodity está associada a um complexo produtivo que envolve o


grão de soja, o farelo de soja e o óleo de soja. Para um adequado tratamento
deve-se dividir a abordagem nos elementos deste complexo.

4.2.1.1Grãos de Soja

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, com mais de 26% da


produção mundial, ficando somente atrás dos EUA. O terceiro país em produção
é a China com mais de 7% (16,5 milhões de toneladas). As produções de Índia,
Rússia e União Européia juntas representaram 4,2% da produção mundial no
ano de 2007, conforme representa a Figura 4.8.

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Figura 4.8 - Participação percentual na produção mundial de grãos de soja


Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor

Conforme a Figura 4.9, percebe-se uma mudança de posição entre os EUA e o


Brasil como líder em volume de estoque de grãos de soja. O Brasil é líder com
quase 30% do estoque mundial de grãos de soja. A China possui o terceiro maior
estoque mundial de grãos de soja, com mais de 8% dos estoques mundiais.
Índia, União Européia e Rússia juntas possuíam 2,49% dos estoques mundiais
no ano de 2007.

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Figura 4.9 - Participação percentual no volume de estoque mundial de grãos de soja


Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor

Segundo dados da FAPRI (2008), o Brasil é responsável por 42,2% do volume de


exportação mundial de grãos de soja, sendo o responsável por mais de 28
milhões de toneladas movimentadas.

4.2.1.2Farelo de Soja

Da Figura 4.10 percebe-se que por causa das importações de grãos, a China e a
União Européia têm importante papel no volume de produção de farelo de soja.
Brasil e EUA por serem os dois maiores produtores mundiais de grãos de soja,
continuam tendo destaque na produção de farelo de soja totalizando mais de
38% de toda produção mundial desse produto. A Índia e a Rússia não possuem
níveis significantes de produção de farelo.

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Figura 4.10 - Participação percentual na produção mundial de farelo de soja


Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor

Por meio da Figura 4.11, visualiza-se que, apesar de estar em segundo lugar em
produção de farelo de soja, a China não possui estoque de farelo. Isto se deve a
sua grande população, com mais de 1,3 bilhões de pessoas, o que gera uma
enorme demanda por alimentos. Outro ponto importante é o nível de estoque
brasileiro, o Brasil tem quase 20% dos estoques de farelo de soja mundial, só
perdendo para a União Européia com quase 22%. Pode-se concluir que a União
Européia importa bastante grão de soja, pois ela não é uma grande produtora
dessa commodity e a sua importação é diretamente transformada em farelo, pois
seu nível de estoque de grãos é baixo, conforme demonstrado na Figura 4.9.
Índia, Rússia e os EUA possuem juntos quase 8% dos estoques mundiais de
farelo de soja.

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Figura 4.2 - Participação percentual no volume de estoque mundial de farelo de soja


Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor

Segundo dados da FAPRI (2008), o Brasil responde por mais de 25% do volume
de exportação mundial de farelo de soja, com mais de 12 milhões de toneladas.

4.2.1.3Óleo de Soja

Pelo fato do óleo de soja, assim como o farelo de soja, ser um subproduto do
grão de soja, mantém-se uma equivalência na representatividade destes
produtos, grãos, farelo e óleo de soja, pelos países Os três primeiros produtores
são continuam sendo EUA, Brasil e China, com mais de 60% da produção
mundial de óleo de soja, conforme pode ser visto na Figura 4.12.

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Figura 4.3 - Participação percentual na produção mundial de óleo de soja


Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor

Da Figura 4.13, é possível perceber que os EUA e o Brasil possuem a metade do


estoque mundial de óleo de soja. Isso se deve a política de biocombustível
desses dois países. A produção de óleo de soja da China é voltada para o
consumo interno o que demonstra o seu estoque pouco representativo,
comparado com seu nível de produção. A comparação entre nível de produção e
nível de estoque entre Índia, Rússia e União Européia mantém-se proporcional.

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Figura 4.13 - Participação percentual no volume de estoque mundial de óleo de soja


Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor

Segundo dados da FAPRI (2008), o Brasil exporta um pouco mais de 2 milhões


de toneladas de óleo de soja, representando ¼ do volume de exportação
mundial.

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4.2.2Situação no País

Densidade de
Produção (em t)

Figura 4.14 - Densidade da produção de soja no Brasil


Fonte: COPPE/COPPEAD, 2007.

Na Figura 4.14 observa-se que os estados brasileiros selecionados são


responsáveis por mais de 96% da produção e da geração de valor da soja
brasileira.

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Figura 4.4: Participação percentual produção e geração de valor por estado


Fonte: IBGE, 2007. Modificado pelo Autor

Através da Figura 4.15, percebe-se que o cultivo da soja é concentrado nos


estados do centro-sul do país que respondem por 81,36% do cultivo nacional.
Muitos fatores contribuíram para que a soja se estabelecesse como uma
importante cultura nessas regiões. Segundo Embrapa (2007), os oito fatores
abaixo podem ser destacados:

• Semelhança do ecossistema do sul do Brasil com aquele predominante no sul


dos EUA, favorecendo o sucesso na transferência e adoção de cultivares e
outras tecnologias de produção;

• Facilidades de mecanização total da cultura;

• Estabelecimento de uma bem articulada rede de pesquisa de soja, envolvendo


os poderes público federal e estadual, apoiada financeiramente pela indústria
privada;

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• Incentivos fiscais para a abertura de novas áreas de produção agrícola, para a


aquisição de máquinas e para a construção de silos e armazéns;

• Incentivos fiscais para o estabelecimento de agroindústrias produtoras e


processadoras de grãos e de carnes;

• Topografia plana, altamente favorável à mecanização, privilegiando o uso de


máquinas e equipamentos de grande porte, o que propicia economia de mão-de-
obra pelo maior rendimento dessas máquinas nas operações de preparo do
solo, tratos culturais e colheita.

• Boas condições físicas dos solos da região, facilitando as operações do


maquinário agrícola;

• Integração lavoura-pecuária, unido à rotação de culturas, principalmente em


áreas degradadas.

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4.2.3Mapeamento da Cadeia

A Figura 4.16, elaborada com base em Caixeta-Filho e Gameiro (2001), Vieira et


al., (2001) e Pinazza (2007, a) descreve o mapeamento da cadeia produtiva de
grãos, farelo e óleo de soja brasileiros, para consumo interno e para a
exportação.

Figura 4.5 - Cadeia Produtiva do Complexo Soja


Fonte: Elaboração própria.

Esse complexo respondeu, em 2006, por 9,3 bilhões de dólares nas exportações
brasileiras, esse valor correspondeu a 6,77% das exportações nacionais naquele
ano, segundo dados do MDIC.

No que se refere à produção de grãos, pela Tabela 4.4, tem-se o volume de


produção de todos os estados brasileiros. Percebe-se que entre os 10 primeiros
estados produtores há um predomínio dos estados da região Centro-oeste, com
três estados. Em seguida, com dois estados cada observa-se as regiões
Nordeste, Sudeste Sul.

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Tabela 4.4 - Locais e volume de produção de grãos de soja em (t)

Estados Quantidade (t) %


Mato Grosso 15.594.221 29,72%
Paraná 9.362.901 17,85%
Rio Grande do Sul 7.559.291 14,41%
Goiás 6.017.719 11,47%
Mato Grosso do Sul 4.153.542 7,92%
Minas Gerais 2.453.975 4,68%
Bahia 1.991.400 3,80%
São Paulo 1.648.100 3,14%
Maranhão 931.142 1,77%
Santa Catarina 798.809 1,52%
Tocantins 742.891 1,42%
Piauí 544.086 1,04%
Rondônia 273.701 0,52%
Pará 209.864 0,40%
Distrito Federal 145.746 0,28%
Roraima 30.800 0,06%
Amazonas 5.138 0,01%
Ceará 1.026 0,00%
Alagoas 264 0,00%
Acre 24 0,00%
Amapá 0 0,00%
Espírito Santo 0 0,00%
Paraíba 0 0,00%
Pernambuco 0 0,00%
Rio de Janeiro 0 0,00%
Rio Grande do Norte 0 0,00%
Sergipe 0 0,00%
Brasil 52.464.640 100,00%
Fonte: IBGE, 2006. Modificado pelo Autor.

Após ser colhida, de acordo com Soares, Galvani e Caixeta-Filho (1997) os grãos
de soja normalmente são transportados a granel, podendo ser ensacados antes
de serem carregados. É comum a utilização de transportes de autônomo devido
a sua disponibilidade e possibilidade de usar transporte rodoviário por conjuntos
de caminhão trator e semi-reboque não específicos.

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Outros modos distintos também podem ser usados, como o ferroviário, pois
numa época de pico de demanda, os caminhões existentes no mercado podem
não ser suficientes para atender a toda a demanda de transporte. (Caixeta-Filho
e Gameiro, 2001).

Segundo dados a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais


(ABIOVE), em 2006 o Brasil colheu 52,12 milhões de toneladas de grãos de soja,
desse volume, 42,2%, ou seja, 22,39 milhões de toneladas foram exportadas. A
sobra, 29,73 milhões de toneladas (56%), foi transportada para as usinas
esmagadoras.

O processo de beneficiamento da soja se inicia com o esmagamento do grão,


que basicamente separa o óleo bruto do farelo. A industrialização tanto do farelo
quanto do óleo é usualmente feita dentro da mesma unidade industrial (usina), o
que não acarreta movimentação de carga nesse instante do processo.

Segundo a ABIOVE em 2006, o volume de farelo de soja produzido foi de 23,95


milhões de toneladas, sendo que o Brasil exportou 60,29%. Os demais 39,74%
foram consumidos no Brasil, na indústria alimentícia para seres humanos e
rações animais e em comércio atacadista e varejista.

Após ser separado do farelo, o óleo bruto passa por um processo de refino até
assumir propriedades ideais ao consumo como óleo comestível ou utilizado como
matéria-prima para a produção de biodiesel. Segundo a ABIOVE, em 2006, o
volume de óleo de soja produzido no país foi de 5,72 milhões de toneladas, e
54,65% foi consumido internamente, o restante foi exportado.

O transporte do farelo e do óleo de soja para as indústrias alimentícias e os


setores atacadistas e varejista e para a exportação é feito por rodovias, e
ferrovias. E o transporte das indústrias alimentícias para o consumo final e,
quando houver, do setor atacadista para o varejista é feita pelo modo rodoviário.
Porém, neste último caso trata-se de carga geral e não será priorizado neste
trabalho.

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Tabela 4.5 - Tipo de modo, local e quantidade de exportações do complexo soja em


2006 (em toneladas)

MODO LOCAL Óleo Bruto Farelo Grãos


Rodo Bagé 0 300 0
Rodo Chuí 0 200 0
Rodo Jaguarão 309 0 0
Rodo Ponta Porã 0 0 7.150
Fluvial Cáceres 0 0 208.923
Fluvial Murtinho 0 49.016 118.786
Fluvial Itajaí 0 131 947100
Marítimo Manaus 0 0 1.583.584
Marítimo Paranaguá 811.850 6.081.305 4.095.338
Marítimo Rio Grande 687.677 1.719.374 3.391.815
Marítimo Salvador 0 55.665 49.088
Marítimo Santos 10.647 2.947.125 6.962.927
Marítimo São Francisco do Sul 178.929 591.555 3.075.202
Marítimo São Luís 0 0 1.786.389
Marítimo Vitória 0 858.324 2.715.985
Total 1.689.412 12.302.995 24.942.287
Fonte: AliceWeb (ano). Modificado pelo Autor
Observando-se a Tabela 4.5, percebe-se que as exportações brasileiras do
complexo soja foram quase que totalmente realizadas pelo modo marítimo, em
diversos pontos do território brasileiro.

Os portos de Paranaguá e Rio Grande exportam os três produtos do complexo


soja, concentrando 43% das exportações de todo o complexo.

4.3 MILHO

O milho é um conhecido cereal cultivado em grande parte do mundo. É


extensivamente utilizado como alimento humano ou ração animal, devido às suas
qualidades nutricionais. Existem várias espécies e variedades de milho, todas
pertencentes ao gênero Zea (Wikipédia, 2008c).

Todas as evidências científicas levam a crer que é uma planta de origem


americana, já que aí era cultivada desde o período pré-colombiano. É um dos

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alimentos mais nutritivos que existem, contendo quase todos os aminoácidos


conhecidos, sendo exceções a lisina e o triptofano (Wikipédia, 2008b).

Tem alto potencial produtivo, e é bastante receptivo à tecnologia. Seu cultivo


geralmente é mecanizado, se beneficiando muito de técnicas modernas de
plantio e colheita (Wikipédia, 2008c).

Além dos suínos e dos frangos, também demandam por milho para alimentação
animal, os bovinos e os pequenos animais. Atualmente, a produção de ração
para pequenos animais (pet food) tem se constituído em um mercado crescente
para o uso desse cereal, dado o crescimento da demanda por alimento de
melhor qualidade para esses animais.

4.3.1Representação Mundial

O Brasil é o quinto maior produtor de milho do mundo, FAPRI (2008). A produção


nacional foi de 44,5 milhões de toneladas para o ano-safra 2007 pela Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab). A participação da produção brasileira na
safra mundial é de quase 6% (FAPRI, 2008).

Por ser base da alimentação da sua população e da fabricação de ração animal,


os EUA são os maiores produtores mundiais de milho, conforme Figura 17, com
mais de 308 milhões de toneladas, (FAPRI, 2008). A China tem a segunda maior
produção de milho do mundo com quase 20%.

O Brasil vem em quinto com quase 6% de representação. A produção brasileira,


segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Milho (ABIMILHO,
2008) é totalmente direcionada para o mercado interno, sendo que quando há
necessidades a demanda é coberta com importações. A África, a Índia, a Rússia
e a União Européia respondem com quase 9% da produção mundial.

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Figura 4.6 - Participação percentual na produção mundial de milho


Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor

Percebe-se, na Figura 4.18, que, além de maior produtor, os EUA possuem o


segundo maior estoque de milho com 23% do estoque mundial. O líder é a China
com mais de 38%. A China é a segunda maior produtora mundial. Apesar do
milho não ser à base da alimentação do país asiático, esta posição de destaque
na produção e na estocagem se deve ao fato país ser o mais populoso do
mundo.

Os outros países e regiões, incluindo o Brasil, mantiverem seus índices de


proporcionalidade, comparados com o seu volume de produção de milho, isso
comprova a importância do milho da sua economia.

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Figura 4.7 - Participação percentual no volume de estoque mundial de milho


Fonte: FAPRI, 2008. Modificado pelo Autor

4.3.2Situação no País

A área plantada de milho cresceu mais de 7%, entre 2002 e 2006, passando para
mais de 12,6 milhões de hectares. Neste período, a produção de milho cresceu
quase 20%.

Os 10 principais produtores de milho no país, segundo IBGE (2007), em ordem


de importância, são: Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato
Grosso, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará. Estes estados
representam juntos, mais de 93% da produção nacional e mais de 90% da
geração de valor com o cultivo do milho, conforme Figura 4.19.

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Figura 4.8 - Participação percentual produção e geração de valor por estado


Fonte: IBGE, 2007. Modificado pelo Autor

A produção do milho está concentrada na região centro sul do país, responsável


por mais de 89% da produção e 84% da geração de valor.

4.3.3Mapeamento da Cadeia

A Figura 4.20, elaborada a partir de Caixeta-Filho e Gameiro (2001), Vieira et al.,


(2001) e Pinazza (2007, b) descreve o mapeamento da cadeia produtiva do
milho, com seus fluxos de transportes, para consumo interno e para a exportação
e importação.

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Figura 4.20 - Cadeia produtiva do milho


Fonte: Elaboração Própria

Por meio da Tabela 4.6, tem-se o volume de produção de todos os estados


brasileiros. Percebe-se que entre os 10 primeiros há um domínio dos estados do
centro sul, com um estado da região Nordeste e nenhum da região Norte. Outro
dado importante é que o milho é cultivado em todos os estados brasileiros.

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Tabela 4.6 - Locais e volume de produção de grãos de milho em (t)

Estados Quantidade (t) %


Paraná 11.239.987 26,35%
Minas Gerais 5.152.200 12,08%
Rio Grande do Sul 4.528.143 10,61%
São Paulo 4.378.380 10,26%
Mato Grosso 4.228.423 9,91%
Goiás 3.297.193 7,73%
Santa Catarina 2.886.139 6,77%
Mato Grosso do Sul 2.342.619 5,49%
Bahia 1.124.206 2,64%
Ceará 760.231 1,78%
Pará 576.579 1,35%
Maranhão 426.203 1,00%
Rondônia 264.430 0,62%
Distrito Federal 234.242 0,55%
Piauí 229.533 0,54%
Pernambuco 195.573 0,46%
Sergipe 184.908 0,43%
Paraíba 156.854 0,37%
Tocantins 142.149 0,33%
Espírito Santo 78.377 0,18%
Acre 56.612 0,13%
Rio Grande do Norte 51.647 0,12%
Alagoas 38.664 0,09%
Amazonas 37.069 0,09%
Rio de Janeiro 25.786 0,06%
Roraima 24.000 0,06%
Amapá 1.530 0,00%
Brasil 42.661.677 100,00%
Fonte: IBGE, 2007. Modificado pelo Autor.
Após a colheita, segundo ABIMILHO (2008), Caixeta-Filho e Gameiro (2001) e
Vieira et al., (2001) um percentual dos grãos de milho fica retido na própria região
para ser utilizado como semente, alimentação humana e ração animal.

A quantidade de grãos líquida que fica no Brasil (colheita menos perdas e retido
na região menos exportação) é transportada para a industrialização. Esse

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Commodities Agrícolas – 01 59
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processo industrial é feito de duas formas: a seco e a úmido, conforme Figuras


4.21 e 4.22.

No processo a seco, o milho após limpeza e secagem, é degerminado e


separado em endosperma e germe. O fluxo do endosperma é moído e
classificado para a obtenção de produtos finais, e o germe passa por processo
de extração para produção de óleo e farelo.

Figura 4.9 - Processo a seco


Fonte: ABIMILHO, 2008.

No processo a úmido, o milho após limpeza e secagem, é macerado, separado


em germe, fibras e endosperma, que é separado em amido e glúten. O amido
ainda é convertido em xaropes e modificado em dextrinas e amidos especiais. O
glúten é seco e recebe a incorporação das fibras e do farelo após extração do
óleo para composição de produtos de rações animais.

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Figura 4.10 - Processo a úmido


Fonte: ABIMILHO, 2008.

O modo de transporte utilizado na movimentação de toda a cadeia é o rodoviário.


Segundo Caixeta-Filho e Gameiro (2001), o tipo transporte utilizado é o mesmo
de outros produtos, tais como: soja, açúcar, farelo de soja e outros produtos
ensacados.

Segundo dados ABIMILHO (2008), a distribuição percentual por destino na


cadeia produtiva do milho no ano de 2006, foi a seguinte:

• Ração Animal – 77%

• Consumo Industrial – 1%

• Consumo Humano – 9%

• Perdas/Sementes – 2%

• Exportação – 1%

Segundo Monteiro (1990), o panorama em relação aos destinos da produção


brasileira de milho em grãos eram os seguintes: cerca de 60% do consumo total
era classificado como consumo comercial, 30% ficava retido no meio rural e 10%
eram perdidos. Os 60% do consumo comercial eram distribuídos de maneira tal
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que cerca de 75% ia para a indústria de ração, 22% para a moagem, 1% para
sementes e 2% para as exportações.

Segundo o portal AliceWeb (2008), as exportações brasileiras de grãos, farelo e


óleo de milho, no ano de 2006, foram distribuídas conforme, Tabela 4.7.

Tabela 4.7 -Tipo de modo, local e quantidade de exportações do milho em 2006 (em
toneladas)

MODO LOCAL Farelo Grão Óleo


Aéreo Rio de Janeiro 10 12 0
Aéreo São Paulo 1.243 0 0
Rodo Bagé 10.997 0 0
Rodo Chuí 1.243 144.518 0
Rodo Foz do Iguaçú 7.517 0 0
Rodo Jaguarão 420.480 44.276 784.000
Rodo Ponta Porã 0 27.735 0
Hidro Itajaí 0 2.238.000 0
Hidro Paranaguá 0 4.976.050 16.224.820
Hidro Rio Grande 200.000 0 0
Hidro Recife 0 957 0
Hidro Rio de Janeiro 4.715 32.712 0
Hidro Salvador 0 1.274 0
Hidro Santos 44.094 665.516 18.216.608
Hidro São Francisco do Sul 0 44.000 0
Hidro Sepetiba 0 655.000 0
Hidro Vitória 0 3.283 0
Total 690.299 8.833.333 35.225.428
Fonte: Portal AliceWeb. Modificado pelo Autor

O Brasil é responsável por mais de 6% das exportações mundiais de milho. A


maior parte das exportações de milho é feita pelo modo marítimo (96,78%),
sendo que o porto mais utilizado é o de Santos, com 42,29% de toda carga
exportada. O modo rodoviário também movimenta uma certa quantidade de
carga.

Para Caixeta-Filho e Gameiro (2001), o mercado de fretes varia sazonalmente. A


região Centro-Oeste é uma importante origem destes produtos, sobretudo na
época da safra. Na entressafra, as agroindústrias do Sudeste se abastecem
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através dos armazéns situados nesta mesma região, sendo que os picos de
escoamento de milho não chegam a causar um impacto na oferta global de
transporte.

A peculiaridade desse mercado em relação aos de outros granéis diz respeito


aos fluxos de escoamento. A produção de milho é bastante pulverizada, havendo
muitos pontos de origem. Por outro lado, o milho e um importante insumo para a
pecuária, que também é pulverizada, em termos geográficos, fazendo com que
os destinos também sejam muitos. Tal fato pode dificultar a contratação de um
transportador autônomo para realizar o serviço em determinadas épocas do ano,
pois estes não querem sair do fluxo estabelecido pelos principais eixos de
escoamento de produtos, tais como a soja, onde existe uma maior possibilidade
de se obter cargas nos dois sentidos.

O transporte de milho, assim como de outras commodities, a partir das unidades


agrícolas, implica redução da produtividade dos veículos, pois as operações de
carregamento do caminhão sofrem uma série de entraves, o que repercute no
valor do frete.

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5 COMPARAÇÃO DE BASES DE DADOS PNLT E IBGE

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5 COMPARAÇÃO DE BASES DE DADOS PNLT E IBGE

Apresenta-se a seguir uma das etapas deste relatório que foi fazer a comparação
dos dados do PNLT, com os dados do IBGE para o ano de 2002. Os dados
comparados tanto o do PNLT quando o do IBGE eram em níveis de
microrregiões e que foram agrupados em níveis estaduais, como pode ser visto
nas Tabelas 5.1 a 5.3. Conclui-se que a base de dados utilizada no PNLT, para a
cana-de-açúcar, soja em grãos e milho, foi retirada do banco de dados de
Produção Agrícola Municipal (PAM) do IBGE referente ao ano de 2002.

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Tabela 5.1 - Comparação entre PNLT e IBGE no ano de 2002 - cana-de-açúcar

ESTADO PNLT IBGE


AC 11.432 11.432
AL 25.170.606 25.170.606
AM 244.165 244.165
AP 1.750 1.750
BA 4.447.168 4.447.168
CE 1.668.718 1.668.718
DF 14.733 14.733
ES 2.996.217 2.996.217
GO 11.674.140 11.674.140
MA 1.407.183 1.407.183
MG 18.230.733 18.230.733
MS 8.575.190 8.575.190
MT 12.640.658 12.640.658
PA 368.712 368.712
PB 4.985.127 4.985.127
PE 17.626.183 17.626.183
PI 409.295 409.295
PR 28.083.023 28.083.023
RJ 7.215.278 7.215.278
RN 2.846.239 2.846.239
RO 15.730 15.730
RR 1.082 1.082
RS 1.075.300 1.075.300
SC 656.208 656.208
SE 1.165.378 1.165.378
SP 212.707.367 212.707.367
TO 151.801 151.801
Fonte: PNLT (2005) e IBGE (2003). Modificado pelo Autor.

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Tabela 5.2 - Comparação entre PNLT e IBGE no ano de 2002 - soja em grãos

ESTADO PNLT IBGE


AC 0 0
AL 0 0
AM 3.189 3.189
AP 0 0
BA 1.464.000 1.464.000
CE 294 294
DF 103.104 103.104
ES 0 0
GO 5.405.589 5.405.589
MA 561.718 561.718
MG 1.951.342 1.951.342
MS 3.267.084 3.267.084
MT 11.684.885 11.684.885
PA 7.535 7.535
PB 0 0
PE 0 0
PI 91.014 91.014
PR 9.538.774 9.538.774
RJ 0 0
RN 0 0
RO 83.782 83.782
RR 0 0
RS 5.610.518 5.610.518
SC 529.941 529.941
SE 0 0
SP 1.560.520 1.560.520
TO 244.329 244.329
Fonte: PNLT (2005) e IBGE (2003). Modificado pelo Autor

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Tabela 5.3 - Comparação entre PNLT e IBGE no ano de 2002 - milho em grãos

ESTADO PNLT IBGE


AC 51.508 51.508
AL 40.686 40.686
AM 15.329 15.329
AP 1.470 1.470
BA 849.743 849.743
CE 629.447 629.447
DF 147.266 147.266
ES 138.045 138.045
GO 3.389.532 3.389.532
MA 327.318 327.318
MG 4.808.170 4.808.170
MS 1.381.604 1.381.604
MT 2.311.368 2.311.368
PA 416.322 416.322
PB 91.870 91.870
PE 86.675 86.675
PI 82.700 82.700
PR 9.797.816 9.797.816
RJ 23.255 23.255
RN 68.722 68.722
RO 153.014 153.014
RR 19.220 19.220
RS 3.901.171 3.901.171
SC 3.100.031 3.100.031
SE 38.380 38.380
SP 3.943.470 3.943.470
TO 126.700 126.700
Fonte: PNLT (2005) e IBGE (2003). Modificado pelo Autor

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6 PRÓXIMAS ATIVIDADES

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6 PROXIMAS ATIVIDADES

O agronegócio é uma importante mola propulsora da economia nacional.


Identificar quais são as commodities mais significativas e aonde elas são
cultivadas é de suma importância para a elaboração de propostas de melhoria de
infra-estrutura de transporte e esquemas operacionais logísticos para o país.

Por meio do cruzamento de três fontes de informação: o PNLT (2005), o capítulo


de Movimentação Rodoviária de Produtos Agrícolas Selecionados, do livro
Transporte e Logística em Sistemas Agroindustriais de Caixeta-Filho e Gameiro
(2001) e os dez primeiros produtos do banco de dados do IBGE (2007) foi
possível propor o seguinte método para o estudo dos fluxos de transporte de
produtos agrícolas brasileiros:

1. Iniciar o estudo pelo complexo cana-de-açúcar, complexo soja e milho, pois são
os únicos produtos que aparecem, recursivamente, nas três fontes de dados.
Esta atividade já foi iniciada neste Relatório Parcial.

2. Para um segundo trabalho, devem ser estudadas as seguintes commodities:


complexo laranja, arroz, banana, feijão, tomate e café. Isso se justifica por elas
aparecem em duas das referência selecionadas e já terem as suas cadeias
produtivas analisadas em Caixeta-Filho e Gameiro (2001), o que facilita a sua
abordagem.

3. Num terceiro trabalho por somente aparecerem em uma das fontes de pesquisa,
sugere-se estudar: mandioca, batata-inglesa, trigo e algodão, iniciando-se por
aquelas que já foram estudadas por Caixeta-Filho e Gameiro (2001).

Para o desdobramento das atividades já iniciadas neste Relatório Parcial, duas


sugestões alternativas são possíveis:

1. Aprofundamento no detalhamento das cadeias da cana-de-açúcar, soja e milho,


incluindo identificação e mapeamento dos fluxos na cadeia produtiva
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identificada. Assim, seriam trabalhadas apenas as cadeias produtivas das


principais commodities em maior profundidade.

2. Elaboraração das cadeias produtivas, assim como apresentadas neste Relatório


Parcial, para os demais produtos identificados nos itens 2 e 3 anteriores.

Um entendimento entre as equipes da COPPE/UFRJ e do CENTRAN deve ser


considerado para decidir a direção do avanço dos trabalhos, identificando aquela
sugestão de alternativa que melhor contribui para a perenização do PNLT neste
momento. Não obstante, uma previsão maior de tempo viabilizaria a continuidade
dos trabalhos na outra direção.

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7 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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7 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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2006; Análise da Movimentação de Cargas: http:// www.antaq.gov.br

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Copersucar. Relatório de Gestão 05-06. 2006

Coppe/Coppead. Planejamento Estratégico do Programa Nacional de


Produção e Uso de Biodiesel. IBP. 2007

Costa, J. A. e Manica, I. Cultura da Soja. Porto Alegre. 1996

D´Agosto M. A. Análise da Eficiência da Cadeia Energética para as


Principais Fontes de Energia Utilizadas em Veículos Rodoviários no
Brasil. Rio de Janeiro. 2004.

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2007

Embrapa, 2008; Indústria - Produção Física - Agroindústria - Soja; Dados


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MAPA, 2007; Balanço Nacional da Cana-de-Açúcar e Agroenergia.

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Commodities Agrícolas – 01 73
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Commodities Agrícolas
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MAPA, 2008; Projecoes do Agronegocio Mundial e Brasil - 06-07 a 17-18

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Rudge, L. F. Dicionário de Termos Financeiros. São Paulo. 2003

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6.

ANEXOS

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Tabela A.1 – Base de dados IBGE ano 2006.

PRODUTO QUANTIDADE
Cana-de-açúcar (Tonelada) 457.245.516
Soja (em grão) (Tonelada) 52.464.640
Milho (em grão) (Tonelada) 42.661.677
Mandioca (Tonelada) 26.639.013
Laranja (Tonelada) 18.032.313
Arroz (em casca) (Tonelada) 11.526.685
Banana (Tonelada) 6.956.179
Feijão (em grão) (Tonelada) 3.457.744
Tomate (Tonelada) 3.362.655
Batata - inglesa (Tonelada) 3.151.721
Algodão herbáceo (em caroço) (Tonelada) 2.898.721
Café (beneficiado) (Tonelada) 2.573.368
Trigo (em grão) (Tonelada) 2.484.848
Coco-da-baía (Mil frutos) 1.985.478
Melancia (Tonelada) 1.946.912
Mamão (Tonelada) 1.897.639
Abacaxi (Mil frutos) 1.707.088
Sorgo granífero (em grão) (Tonelada) 1.604.920
Cebola (Tonelada) 1.345.905
Tangerina (Tonelada) 1.270.108
Uva (Tonelada) 1.257.064
Manga (Tonelada) 1.217.187
Dendê (coco) (Tonelada) 1.207.276
Limão (Tonelada) 1.031.292
Fumo (em folha) (Tonelada) 900.381
Maçã (Tonelada) 863.019
Maracujá (Tonelada) 615.196
Batata - doce (Tonelada) 518.541
Melão (Tonelada) 500.021
Erva-mate (folha verde) (Tonelada) 434.483
Aveia (em grão) (Tonelada) 405.657
Goiaba (Tonelada) 328.255
Amendoim (em casca) (Tonelada) 249916
Sisal ou agave (fibra) (Tonelada) 248.111
Castanha de caju (Tonelada) 243.770
Cacau (em amêndoa) (Tonelada) 212.270

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Triticale (em grão) (Tonelada) 208.898


Cevada (em grão) (Tonelada) 202.940
Pêssego (Tonelada) 199.719
Borracha (látex coagulado) (Tonelada) 175.723
Caqui (Tonelada) 168.274
Abacate (Tonelada) 164.441
Mamona (baga) (Tonelada) 95.000
Alho (Tonelada) 87.779
Girassol (em grão) (Tonelada) 87.362
Pimenta-do-reino (Tonelada) 80.316
Palmito (Tonelada) 73.411
Figo (Tonelada) 26.476
Malva (fibra) (Tonelada) 19.899
Pêra (Tonelada) 18.161
Chá-da-índia (folha verde) (Tonelada) 17.430
Fava (em grão) (Tonelada) 14.951
Linho (semente) (Tonelada) 13.442
Urucum (semente) (Tonelada) 11.097
Juta (fibra) (Tonelada) 6.052
Ervilha (em grão) (Tonelada) 4.175
Guaraná (semente) (Tonelada) 2.989
Centeio (em grão) (Tonelada) 2.353
Noz (fruto seco) (Tonelada) 2.220
Rami (fibra) (Tonelada) 1.221
Marmelo (Tonelada) 910
Algodão arbóreo (em caroço) (Tonelada) 675
Tungue (fruto seco) (Tonelada) 383
Azeitona (Tonelada) 0
TOTAL 657.131.866
Fonte: IBGE, 2008

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Commodities Agrícolas – 01 77
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Tabela A.2 - Cronograma a ser seguido se for escolhida a Alternativa 1

Cronograma de Execução das Atividades


Atividades Indicador Físico da Execução
mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09
Diagnóstico Preliminar Relatório
Levantamento de Literatura e Base de Dados Sobre Commodities Agrárias Relatório
Indentificação de Possíveis Ajustes Relatório
Levantamento da produção agrícola no ano de 2007 Relatório
Levantamento da balança comercial agrícola de 2007 Relatório
Análise da oferta e demanda de alimentos no mundo Relatório
Estudo da Cadeia Produtiva das Commodities Selecionadas (vide relatório) Relatório
Aprofundamento Relatório
Aprofundamento da cadeia produtiva da cana-de-açúcar Relatório
Aprofundamento da cadeia produtiva da soja Relatório
Aprofundamento da cadeia produtiva do milho Relatório
Identificação e correção de pequenos ajustes Relatório
Melhorias Relatório
Montagens das matrizes O/D das cadeias produtivas selecionadas (vide
Relatório
relatório)
Identificação e correção de pequenos ajustes Relatório

Tabela A.3 - Cronograma a ser seguido se for escolhida a Alternativa 2

Cronograma de Execução das Atividades


Atividades Indicador Físico da Execução
mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09
Diagnóstico Preliminar Relatório
Levantamento de Literatura e Base de Dados Sobre Commodities Agrárias Relatório
Indentificação de Possíveis Ajustes Relatório
Levantamento da produção agrícola no ano de 2007 Relatório
Levantamento da balança comercial agrícola de 2007 Relatório
Análise da oferta e demanda de alimentos no mundo Relatório
Estudo da Cadeia Produtiva das Commodities Selecionadas (vide relatório) Relatório
Elaboração de Relatório 2 Relatório
Estudo da Cadeia Produtiva das Commodities Selecionadas (vide relatório) Relatório
Identificação e correção de pequenos ajustes Relatório
Elaboração de Relatório 3 Relatório
Estudo da Cadeia Produtiva das Commodities Selecionadas (vide relatório) Relatório
Identificação e correção de pequenos ajustes Relatório

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