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Grau
Bob Marley
Autor Desconhecido
RESUMO
ROSA, Thiago da Silva. O Poder de Direção do Empregador e Seus Limites no Poder de
Controle. 45 Pág. Monografia apresentada ao Curso de Direito do Centro Universitário
Geraldo di Biase. Volta Redonda, 2008.
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................09
2. A RELAÇÃO DE TRABALHO...................................................................................12
3. CONCEITOS PERTINETES......................................................................................17
3.1 O EMPREGADO.................................................................................................17
3.2 O EMPREGADOR..............................................................................................29
3.3 O PODER DIRETIVO.........................................................................................20
6. CONCLUSÃO...............................................................................................................38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................LVI
ANEXOS
1. INTRODUÇÃO
Com esse trabalho tem-se a pretensão de identificar realmente o que pode e não
pode ser poder de controle do empregador. É importante porque trará uma compreensão muito
mais clara e específica sobre o tema, porque o não cumprimento dessa matéria questionando
princípios constitucionais, bem como o da intimidade e da dignidade humana.
Por se tratar de assunto que está começando a ser discutido pela doutrina
atualmente, não encontraremos muitas posições sobre tal tema. Com isso, neste trabalho
monográfico, tentarei mostrar mais do que já foi visto até os dias de hoje.
Mostrar, desde os primórdios do poder diretivo, sua evolução e como é tratado nos
dias atuais em relação ao poder de controle do empregado. A idéia deste trabalho monográfico
não é finalizar a discussão que existe sobre o tema, mas sim abrir novos horizontes para que
ele seja mais estudado e até mesmo melhorado.
Nossa ordem jurídica, ainda, não tem preceitos tão claros no poder de controle do
empregador, porém existem regras e princípios gerais capazes de orientar o operador jurídico
em face de certas situações concretas.
Para que o estudo desta monografia seja totalmente entendido devemos, primeiro,
saber ao certo quem é empregado e quem é empregador, e conceituar alguns pontos
pertinentes ao tema, para que não haja controvérsias ao longo do trabalho monográfico.
Empregado é toda pessoa física que presta serviços pessoais não eventuais e
recebe pagamento por ele mediante salário. Não é possível uma pessoa jurídica como
empregado, os serviços prestados por esta pessoa são regulados pelo Direito Civil.
O tipo de trabalho executado pelo empregado deve ser de caráter não eventual, de
natureza contínua, não podendo ser episódico ou ocasional, que é um dos requisitos no
contrato de trabalho, a continuidade na prestação de serviços.
Apesar de estar assegurado pela CLT em seu artigo 2°, o poder de direção
fiscalizador, ou seja, poder de controle, o empregador deverá tomar cuidado para não estar
realizando tal poder de maneira abusiva e vexatória para com a pessoa do empregado, pois
estaria violando a intimidade e a dignidade de seus empregados, princípios estes, assegurados
pela nossa Carta Magna.
Com isso, o empregador não poderá, no seu poder de controle, colocar câmeras de
vigilância ou microfones em áreas sujeitas ao rompimento dos princípios da dignidade da
pessoa humana e o da intimidade, todos assegurados pela nossa Carta Magna, a Constituição
Federal.
Tal assunto é de extrema importância ao direito, pois irá contribuir para que os
trabalhadores não permaneçam sujeitos a praticar atos que não sejam aqueles que estão
subordinados no seu contrato de trabalho, pois é certo que há limites ao poder de controle do
empregador. A ordem jurídica brasileira ainda não tem preceitos tão claros neste tipo de
controle, entretanto, tem regras e princípios gerais capazes de orientar o operador jurídico em
face de certas situações concretas.
Por fim, fica aqui à vontade de demonstrar neste trabalho o que já foi dito pela
doutrina sobre o tema, porém de maneira mais esclarecedora e específica, trazendo mais
benefícios e despertando maior interesse sobre o assunto que ainda, está tão pouco abordado.
2. A RELAÇÃO DE TRABALHO
1
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. Atlas. São Paulo, 2007. p.286.
Entretanto, muitas vezes, estamos utilizando a expressão relação de trabalho ou
contrato de trabalho, com o objetivo estrito de se referir à relação empregatícia ou contrato
empregatício. Para que haja a relação empregatícia é necessário que exista uma obrigação de
fazer pessoal e subordinada de caráter não-eventual, caso contrário caracterizaria qualquer
outra modalidade de relação de trabalho menos a relação empregatícia. Essas outras
modalidades de relações jurídicas não são acolhidas, em princípio, por nossa legislação
trabalhista.
2
DELGADO, Maurício Godinho. Ibidem. Op. Cit. p. 288 e 289.
que presta serviço de natureza não-eventual a empregador, sob a dependência deste e
mediante salário.
3.1. O Empregado
Com essa definição a CLT já define o rol de quem realmente pode ser empregado,
ou seja, apenas pessoa física pode ser equiparada como empregado devido aos requisitos que
só ela possui para executar os serviços estabelecidos pelo empregador na relação
empregatícia.
Os requisitos legais para que uma pessoa se torne empregado estão previstos no
artigo 3º da CLT, que deve ser complementado pelo artigo 2º do mesmo diploma legal acima
referido, que define legalmente empregador, onde se encontra o ultimo requisito para a
definição de empregado que é a prestação pessoal de serviços, ou seja, o empregado não pode
terceirizar o serviço para o qual foi contratado, caso contrário descaracterizaria a relação de
emprego, composta pelos 5 elementos fático-jurídicos, já analisados no capitulo anterior, que
também são requisitos para a caracterização de empregado, a saber: pessoa física,
continuidade, subordinação, onerosidade e pessoalidade.
De uma visão mais doutrinaria, “empregado é a pessoa física que presta
pessoalmente a outros serviços não-eventuais, subordinados e assalariados5". As pessoas
jurídicas não são incluídas no acervo do direito do trabalho, uma vez que seus serviços são
considerados contratos de locação de serviços.
5
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. LTR. São Paulo, 2007. p. 166.
6
Parágrafo 2º do artigo 224 da CLT: as disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de
direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de confiança, desde
que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 do salário do cargo efetivo.
7
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Op. Cit. p. 185.
3.2. O Empregador
Empregador seria todo ente dotado de personalidade jurídica ou não, que nos leva
ainda a entrar em concordância ao artigo mui citado neste trabalho, artigo 2º da CLT. Existe
uma divergência doutrinária a cerca do critério adotado pela CLT ao definir que empregador é
a empresa, pois para alguns a natureza jurídica da empresa é ser sujeito de direitos e para
outros é ser um conjunto de objetos e bens pertencentes a alguém.
Não obstante, devemos esclarecer que o poder diretivo não é ilimitado, ele possui
limites e esses limites devem ser cumpridos, caso contrário o empregador estará violando
direitos previstos em nossa Carta Magna, a Constituição da República Federativa do Brasil,
direito à intimidade e à dignidade da pessoa humana, direitos básicos que devem ser
respeitados independente de classe, raça ou cor. Direitos que serão abordados mais adiante
neste trabalho monográfico.
A palavra “poder” vem do latim potere (poti), cujo significado seria “chefe de um
grupo”, traduzindo idéia de posse de obediência e de força, e pressupondo a existência de
vários “graus de importância entre pessoas unidas, por um vinculo de autoridade, enquanto o
vocábulo diretivo ressalta a idéia de direção, administração ou gerência inerente ao
empregador na relação de trabalho8”.
A segunda trata da propriedade privada que diz que o empregador manda porque
tem os meios de produção e é o dono. Sendo a empresa uma instituição, o empregador tem o
direito de exercer a autoridade em seu estabelecimento, está seria a teoria institucionalista.
E por fim a teoria do interesse defende esta corrente que o poder diretivo decorre
do interesse do empregador em organizar, controlar e disciplinar o trabalho que por ele é
8
MELO, Bruno Herrlein Correia de. A Fiscalização do Correio Eletrônico no Ambiente de Trabalho. 1. ed.
Campinas/SP: Servanda, 2007. p. 123.
oferecido. Alguns acreditam que o poder diretivo é um direito potestativo ao qual nada poderá
se opor contra. Outros acreditam ser o poder diretivo um direito-função, pois vai se tornando
limitado a partir do momento que aumentam as participações dos empregados nas decisões da
empresa. Neste caso descaracterizando poder diretivo, pois faz com que o empregador tenha
deveres com seus empregados9.
Exposto isto, já podemos dizer que o poder diretivo surge sob 03 (três) aspectos
fundamentais a saber: o poder de organização, poder de fiscalização ou de controle (objeto de
estudo de nosso trabalho) e o poder disciplinar.
9
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Op. Cit. p. 225.
Nascimento10 leciona que duas correntes doutrinárias sustentam tal poder. A primeira nega o
poder disciplinar, uma vez que a relação de emprego é um contrato firmado entre dois sujeitos
de direito, ou seja, se um pode, o outro também pode exercer poder. A outra frisa que o poder
de punir é inerente ao Estado e não a particulares, só o poder Público pode punir.
Nossa legislação não permite que o empregado seja multado. Todavia, sabemos
que o atleta profissional pode ser multado pelas leis desportivas. Através da justiça do
trabalho o empregado inconformado com a penalidade sofrida por seu empregador, pode
recorrer através de ação a uma sentença judicial que anule tal penalidade.
10
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Ibidem. p. 227.
11
Artigo 474 da CLT: a suspensão do empregado por mais de 30 dias consecutivos importa na rescisão injusta do
contrato de trabalho.
4. O PODER DE CONTROLE DO EMPREGADOR
Para darmos início a este tema devemos conceituar e diferenciar o que vem a ser
correio eletrônico profissional e correio eletrônico pessoal.
14
Jurisprudência relativa ao tema em anexo.
15
MELO, Bruno Herrlein Correia de. Op. Cit. p. 160.
Quanto à fiscalização do correio eletrônico recebido, é neste tema que encontramos
maior resistência da doutrina. Alguns doutrinadores entendem que o correio recebido também
é passível de fiscalização uma vez que o empregado envia e recebe e-mails pelo correio
eletrônico concedido pela empresa. Vale salientar que há uma grande parte da doutrina que
defende que a fiscalização do correio recebido é uma afronta ao direito de privacidade de
terceiros, visto que o empregado é o destinatário da mensagem e a pessoa que a enviou pode
ser pessoa que não trabalhe na mesma empresa do destinatário e não tem a obrigação de
conhecer o Regulamento Interno de Trabalho da empresa, representando assim, invasão a
privacidade de terceiros que nada tem com aquela empresa onde o destinatário trabalha.
Uma vez compreendido que no poder de fiscalização está inserido que o empregador
também tem o direito de controlar e vigiar as atividades de seus empregados, não estaria
abusando ou infringindo leis ao colocar, no ambiente de trabalho, câmeras de vigilância para
ter o controle das atividades de seus empregados. Ele só teria que se atentar para não estar
com o foco de tais câmeras direcionado em locais onde haveria o rompimento da intimidade
de seus empregados tornando a fiscalização vexatória ou constrangedora, e até mesmo não
podendo direcionar as câmeras a um único empregado, como se estivesse “de marcação com
ele”, pois ouviu falar que o mesmo estava sob atividade suspeita. Se o empregador tem
interesse em apanhar alguém que esteja danificando ou furtando material fornecido para o
desenvolvimento das atividades laborais, o mesmo teria que realizar uma fiscalização em todo
o seu pessoal de trabalho para encontrar o culpado.
Em vista do que foi aqui exposto, vimos que o uso de câmeras de vigilância, ao nosso
entendimento, não é ilegal e que se encontra amparada pela CLT em seu artigo 2º, ao definir
empregador e informar que é ele quem dirige a prestação pessoal de serviços. Cabe ressaltar
que este tipo de atividade não rompe ou agride a nenhum direito fundamental do empregado,
16
Jurisprudência relativa ao tema em anexo.
17
Artigo 5º, inciso X, da CF/88: São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Artigo 21 do Código Civil: A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do
interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
sendo que tal atividade deve ser exercida de maneira que o empregado seja respeita como o
ser humano que é fazendo valer sua dignidade.
Temos aqui, mais uma vez, um conflito de direitos, onde o empregador está em seu
direito de fiscalizar seus empregados e onde o empregado tem seus direitos fundamentais
rompidos. Entre o direito de propriedade do empregador e os direitos fundamentais do
empregado, vemos que o direito de propriedade não é absoluto e só estará presente onde haja
respeito à privacidade ou intimidade do empregado.
Ressaltamos que antes da lei 9.799/9919, não havia nenhuma lei que regulamentava
que a revista era ilegal. Tal lei acrescentou o inciso VI ao artigo 373-A, da CLT, que regula a
revista íntima em empregadas. Visto que a etimologia da palavra revista não nos dá outra
hipótese a não ser a revista íntima, pois para se revistar alguém é preciso romper seus direitos
de intimidade privacidade.
Nós temos uma Constituição que nos garante a igualdade para o ser humano,
independente de raça, cor, sexo ou religião. Ao nosso entendimento, o artigo supracitado não
deve ficar restrito a ser aplicado somente aos empregados do sexo feminino, pois seria
18
Jurisprudência relativa ao tema em anexo.
19
Lei 9.799/99 que acrescentou o inciso VI ao artigo 373-A, da CLT, que versa:
Caput do artigo 373-A: ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso
da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado:
VI – proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias.
totalmente inconstitucional a aplicação restrita de tal artigo, por isso tal artigo deve ter sua
aplicação estendia aos empregados do sexo masculino também.
Assim, temos a revista como forma ilegal, vexatória e constrangedora para com a
pessoa do empregado, se o empregador quer identificar quem está furtando material de sua
empresa, o mesmo deve chamar autoridade competente que tem o poder de polícia para que
tome as medidas necessárias e assim resolver o problema de sua empresa. Mesmo as
autoridades tendo o poder de polícia, vale registrar que até a revista realizada por eles é
questionada no meio jurídico, pois não há legislação vigente, nem nunca houve, que regule tal
meio de averiguação. Sendo assim, as autoridades competentes não atuariam revistando os
empregados, mas atuariam dando voz de prisão para aqueles funcionários que fossem pegos
em flagrante delito. Uma vez previsto no artigo 301 do Código de Processo Penal20 que
qualquer cidadão pode dar voz de prisão a quem se encontrem em flagrante delito, ou seja, até
mesmo o empregador ou seus prepostos podem dar voz de prisão ao funcionário que for pego
em flagrante furtando algum material da empresa para a qual presta serviços.
Há aqueles que acreditam que a revista seja lícita, mas mesmo eles que concordam
com tal atividade, garantem que deve ser feita com algumas restrições para que não seja
produzido prova por meio ilícito, o que é condenado pela legislação, mais especificamente no
artigo 5º inciso LVI, da Constituição Federal da República Federativa do Brasil21.
20
Artigo 301 do Código de Processo Penal: qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
21
Artigo 5º, inciso LVI, da CF/88:
Inciso LVI: são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
5. DIREITO À INTIMIDADE E À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
5.1. Conceitos
Mesmo com toda essa garantia constitucional, ainda é possível verificar o desrespeito
à dignidade, como por exemplo, quando um indivíduo é tratado apenas como um objeto e lhe
é dado ordens para realizar tarefas como se fosse um ser criado somente para exercer tal
função sem mais nenhuma utilidade.
• “O direito de resposta;
22
MELO, Bruno Herrlein Correia de. Op. Cit. p. 74.
23
Constituição Federal de 1988 que declara em seu artigo 5º, inciso X.
• O resguardo da fonte, quando necessário para o exercício da profissão,
em se tratando de acesso à informação;
• E o hábeas data”.
Apesar de tudo o que já foi dito até aqui, para conceituarmos intimidade é necessário
atentarmos para cultura e época a qual esse direito está sendo aplicado, pois não devemos
aplicar na atualidade o que foi utilizado a anos, atrás, porque a sociedade atual já está
totalmente diferente da sociedade antiga.
24
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. Atlas. São Paulo, 2000. p. 73.
alguma. A pessoa pode não exercer esse direito, mas não renuncia-lo, caso contrário uma
pessoa poderia ser dona da intimidade de outra.
O direito a intimidade é garantido a todo homem, embora este tenha que aceitar as
limitações impostas pela sociedade que exige certa conduta para viver dentre os outros de sua
espécie. É certo que a esfera íntima pode sofrer ataques em razão do que é imposto pelo
Estado, com as esferas dos demais cidadãos e dentre as diversas relações sociais, dentre elas a
relação de trabalho.
O interesse público é uma dos caminhos que se consegue adentrar no espaço íntimo do
individuo, reduzindo o alcance desta tutela. Sendo claro que o motivo para o rompimento de
tal direito deve ser de interesse de toda coletividade e não de um grupo apenas, ou por
motivos de mera curiosidade da vida alheia.
25
Artigos 12 do C.C.: pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar
perdas e danos sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único do artigo 20 do C.C.: em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para
requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
26
MELO, Bruno Herrlein Correia de. Op Cit. p. 104.
cada caso concreto para que não seja banalizada a utilização do interesse público como
justificativa para violar o direito à intimidade.
Como já visto o individuo não pode renunciar sua intimidade totalmente, mas tem a
possibilidade de não exercê-la temporariamente, de forma que deverá haver o seu
consentimento para determinado fim.
Há aqueles que acreditam ser compreendido que pela postura do indivíduo temos a
anuência do mesmo ao fato ou não, devendo ser usada nestes casos a interpretatio
voluntatis27.
Esta possibilidade é dotada de forma prudente, pois existe outra corrente que defende
o consentimento de forma expressa, com anuência exposta pelo indivíduo e não admissível
presumidamente como a corrente contrária.
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama;
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de
outrem;
g) o empregador reduzir seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a
importância dos salários.
6. CONCLUSÃO
Esta colisão gerada pela relação de emprego, que é uma das formas de relação de
trabalho, colide também no direito à intimidade e o poder diretivo manifestando de duas
formas: a colisão aparente e a colisão efetiva.
Observamos o conflito de dois direitos com a colisão aparente, podem até colidir de
forma superficial ou aparente, mas sem que um atinja os limites do outro para não ocorrer
uma posterior descaracterização de tal direito.
A colisão efetiva de direitos nos dá como base para a resolução dos casos buscar uma
harmonização dos direitos por caminhos bem conhecidos, como através da hierarquia, do
tempo e o que causar maior especificidade da norma. Não bastando esses critérios básicos
para a resolução do problema de uma colisão efetiva, o aplicador do direito deve recorrer
àqueles caminhos clássicos, os princípios gerais do direito seriam esses caminhos onde, com
toda certeza, encontrar-se-ia uma resposta para os casos.
Como foi relatado durante todo trabalho monográfico, o empregado é a parte mais
frágil nesta espécie de relação de trabalho (relação empregatícia), pois o mesmo necessita do
trabalho oferecido pelo empregador para sua subsistência e consequentemente de sua família.
Com isso, o mesmo fica sujeito, ao assinar o contrato de trabalho, aos poderes e fiscalizações
do empregador. Muitos iriam dizer: “mas foi ele quem procurou emprego e de livre e
espontânea vontade assinou o contrato”, sim isso é a mais límpida verdade. Entretanto, temos
que levar em conta que nem todo cidadão possui os recursos necessários para abrir e gerenciar
o seu próprio negócio como muitos sonham, e por isso, eles procuram uma fonte de renda
para futuramente investir no que cada uma necessita. Mas o que realmente é inerente a essa
relação que o trabalhador e o empregador assumem ao pactuarem o contrato e o que a
caracteriza realmente é a subordinação, como foi exposto no discorrer do trabalho. A
subordinação é o elemento fático-jurídico que dentre todos os outros, da vida a relação de
emprego, sabemos que para caracterizá-la é necessário o elemento subordinação.
ACÓRDÃO
8ª TURMA
PROC. Nº TST-AIRR-1970/2003-103-03-40.9 C:
ACÓRDÃO
3ª Turma
ACÓRDÃO
1ª TURMA
31
Jurisprudência retirada do site <http://www.tst.gov.br/> acesso em 24-Setembro-2008.
serviços dos seus empregados, além do poder regulamentar, fiscalizar e disciplinar que se
encontram interligados...
Em razões de recurso de revista, fls. 89-97, o reclamante afirma que a prova da empresa foi
ilícita, obtida ao arrepio da Carta Magna, uma vez que monitorar e-mails viola a ética, sendo
procedimento proibido no ordenamento pátrio. Alega ter atendido o art. 282 do CPC, quanto
às razões de pedir. Aponta violação dos arts. 5º, X, XII, LVI, da Carta Magna e 282 do CPC.
In casu, em que pese a vasta argumentação do recorrente, não vislumbro violados os artigos
constitucionais suscitados. Comungo do entendimento a quo no sentido de afastar a alegada
ofensa aos incisos X, XII, LVI do art. 5º constitucional, por não ferir norma constitucional a
quebra de sigilo de e-mail fornecido pela empresa, sobretudo quando o empregador avisa a
seus empregados acerca das normas de utilização do sistema e da possibilidade de
rastreamento e monitoramento de seu correio eletrônico.
Também o julgado recorrido consignou ter o empregador o legítimo direito de regular o uso
dos bens da empresa, nos moldes do art. 2º da CLT, que prevê os poderes diretivo,
regulamentar, fiscalizatório e disciplinar do empregado, inexistindo notícia acerca de
excessiva conduta derivada do poder empresarial. Outrossim, é de se notar que não há tese
regional abordando os requisitos da petição inicial. Aplicação da Súmula nº 297 do TST.
Pelo exposto, não tendo o recorrente logrado êxito em demonstrar a admissibilidade da
revista, nego provimento ao agravo de instrumento.
ISTO POSTO
ACORDAM os Ministros da Egrégia 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por
unanimidade, conhecer do agravo de instrumento e, no mérito, negar-lhe provimento.
Brasília, 31 de outubro de 2007.
MINISTRO VIEIRA DE MELLO FILHO
Relator
ANEXO D – JURISPRUDÊNCIA – DANOS MORAIS – REVISTA ÍNTIMA32
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 14ª REGIÃO
PROCESSO TRT Nº 00744.2005.091.14.00-2
1
PROCESSO: 00744.2005.091.14.00-2
CLASSE: RECURSO ORDINÁRIO
ORIGEM: VARA DO TRABALHO DE JI-PARANÁ - RO
RECORRENTE: OLIVEIRA & CARDOSO LTDA
ADVOGADA: MAGDA ROSÂNGELA FRANZIN STECCA
RECORRIDA: ALESSANDRA DA SILVA OLIVEIRA
ADVOGADO(S): DEOMAGNO FELIPE MEIRA E OUTRA
RELATORA: VANIA MARIA DA ROCHA ABENSUR
REVISOR: VULMAR DE ARAÚJO COÊLHO JUNIOR
1. RELATÓRIO
Trata-se de ação em que a reclamante alegou admissão em 1º.07.02, função de auxiliar técnico
em laboratório, salário de R$515,00 (quinhentos e quinze reais) mensais e pedido de demissão
em 09.07.05, em razão de revista íntima com exposição vexatória e humilhante, em
decorrência de furto no valor de R$50,00 pertencente a outra empregada. Postulou a
conversão do pedido de demissão para rescisão indireta, nos termos das alíneas '“d“ e “e“do
art. 483 da CLT, e a condenação em verbas consectárias, com aplicação da multa do art. 477
da CLT e indenização por danos morais no equivalente a 60 (sessenta) salários, decorrente de
acusação de furto. Declarada a nulidade do pedido de demissão e reconhecida a rescisão
indireta, com julgamento parcialmente procedente (fls. 43/56), a reclamada fora condenada ao
pagamento de R$6.695,00 (seis mil, seiscentos e noventa e cinco reais) a título de indenização
por danos morais, R$1.593,63 a título de verbas rescisórias e indenizatórias, e ao
cumprimento de obrigação de fazer. Inconformada, a reclamada recorre pretendendo reforma
da decisão referente à indenização por danos morais, à falta de prova quanto à acusação da
32
Jurisprudência retirada do site:
<www.trt14.gov.br/acordao/2006/Maio_06/Data03_05_06/00744.2005.091.14.00-2_ED.pdf> acesso em 24-
Setembro-2008.
reclamante por conduta ilícita a ponto de causar-lhe turbação moral, já que realizada a revista,
indistintamente, com devida anuência de todos os funcionários, como confirmado pela própria
reclamante em depoimento (fls. 70/89).
Aduz que, visando resguardar a imagem da reclamante, não levou ao conhecimento dos
demais empregados o fato de haver encontrado em sua bolsa uma nota no valor de R$50,00,
toda amassada e apartada das demais notas que estavam em sua carteira.
Assim, pedindo improcedência da indenização por danos morais, acaso mantida a decisão, em
respeito aos princípios de razoabilidade e proporcionalidade, pugnou pela minoração da pena
que entende exorbitante, além de reconhecimento do pedido de demissão, já que a reclamante
agiu por vontade própria, sem que haja elementos configurativos para a rescisão indireta,
estando pagos todos os direitos oriundos da extinção do contrato, conforme termo de rescisão
de fl. 38. Por fim, requereu a condenação da reclamante por litigância de má-fé, com
aplicação de multa em 1% sobre o valor da causa e indenização em 20%. Em contra-razões de
fls. 93/97 a recorrida pugnou pela manutenção da Sentença.
2. FUNDAMENTOS
2.1 CONHECIMENTO
Opostos embargos de declaração (fls. 58/59) e publicada a decisão de fls. 64/65 no Diário
Oficial da Justiça do trabalho em 09.09.05 (6ª-feira), mesma data de circulação, como
certificado à fl.68, vale registrar que se trata de processo oriundo da Vara de Jí-Paraná-RO,
cuja contagem de prazo para interposição deste recurso ordinário se deve efetuar, in casu,
como argüido pela recorrente, de acordo com a Recomendação nº 02/04, que em seu art. 1º,
assim dispõe: “Art. 1º. Determinar aos Juízos das Varas do Trabalho do interior dos Estados
de Rondônia e Acre e Juízo de 2º Grau, que passem a apurar os prazos, nas hipóteses de
notificação ou intimação, efetuadas por intermédio do Diário Oficial da Justiça do Trabalho
da 14ª Região, conforme o disposto no art. 31 do Provimento Geral Consolidado nº
003/2004, a partir do 3º (terceiro) dia útil, após a sua publicação.“
Portanto, a contagem inicial do prazo deste recurso se deu em 14.09.05, encerrando-se em
21.09.05, data da interposição, pelo que é tempestivo e, estando presentes os demais
pressupostos de admissibilidade, dele conheço, assim como das contra-razões.
2.2 MÉRITO
2.2.1 DOS DANOS MORAIS
Desde logo invoco o insigne Savatier para extrair o conceito de dano moral, para quem dano
moral é: “todo sofrimento humano que não é causado por uma perda pecuniária." Os direitos
da personalidade compreendem os direitos à integridade física e os direitos à integridade
moral, estes abrangendo o direito à honra, o direito à liberdade, o direito ao recato, o direito à
imagem, o direito ao nome e o direito moral do autor. Faz-se um breve relato histórico sobre o
ressarcimento do dano em geral, para dimensionar, temporalmente, desde quando houve a
pretensão em defender tal direito, e nota-se que este é tão antigo, que foi previsto desde o
Código de Hamurabi (1728 a 1686 a.C.), que previa a Lei do Talião; e em diversos outros
diplomas legais, inclusive na Bíblia, no Antigo Testamento, em Deuteronômio, no Cap. XXV,
versículos 28-30.
Em nossa legislação, também, desde há muito tempo já se preocupou com a honra da pessoa,
com disposições expressas no Código Penal em relação aos crimes de injúria, calúnia e
difamação, delineadas nos arts. 138 a 140 do diploma legal citado. A injúria é a ofensa na
dignidade ou no decoro de alguém; a calúnia é a imputação a alguém de fato previsto como
crime, e a difamação é a imputação a alguém de fato ofensivo à sua reputação. A
responsabilidade criminal seria definida nos termos ali estabelecidos.
Os civilistas de nosso País abordam a questão do dano "extrapatrimonial", como por
exemplo, Clóvis BEVILACQUA, que elaborou o anteprojeto do Código Civil, discutindo-se à
época do advento do Código Civil o alcance da aplicabilidade do art. 159. Este já seria o dano
moral propriamente dito.
Hodiernamente, esse assunto restou tratado em nossa Lei Maior, que enfoca o tema, nos
incisos V e X do art. 5º, nos seguintes termos: " Inciso V - é assegurado o direito de resposta,
proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;“ e “
Inciso X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação.“
Conforme se verifica no inciso III do artigo 1º, do diploma citado, a "dignidade da pessoa
humana" é um dos fundamentos do País.
Vale considerar, ainda, a ocorrência do ato ilícito e o nexo causal com o efeito da lesão
perpetrada, ressaltando que o rol disciplinado pela norma processual comum, como meio de
prova, não é taxativo e admite outros, desde que moralmente legítimos, mas hábeis para
provar com lealdade, sendo certo que entre o direito e o fato o Juiz desenvolve um raciocínio
silogístico, cuja premissa maior é a norma jurídica, e a averiguação de sua incidência no caso
concreto trazido a juízo depende de idoneidade e adequação, além de dever estar formalmente
correta.
Neste caso, restou incontroverso o fato de ter sido a reclamante submetida a revista íntima,
desnudando-se por completo, frente à sócia -proprietária, Sra. Júlia e à diretora de
telemarketing, Sra. Martha (fl. 16), o que é vedado por lei (inciso VI do art. 373-A, da CLT).
Assim, constituída a prova do alegado pela reclamante, nos termos do art. 818 da CLT c/c
inciso I do art. 333, do CPC, sem que haja previsão legal, como pretende a recorrente, a
considerar lícita a conduta patronal, mister se inviável considerar-se o consentimento
desprovido de vício, como se depreende do depoimento da reclamante, que desconhecia o fato
de ter que se despir por completo, corroborado pelo documento de fl. 39 apresentado pela
própria reclamada.
O ajuizamento da ação demonstra a insatisfação com a atitude da empresa, cuja extensão do
dano jamais se poderá aquilatar com precisão, sequer restando provado ser a reclamante a
pessoa que subtraiu o valor de R$50,00, pertencente a uma companheira de trabalho.
Aqui vale registrar o acerto de todos os posicionamentos adotados pelo juízo de origem, ao
tratar aludido direito como uma proteção legal dispensada de forma diferenciada ao sexo
feminino, incluindo-se o que foi citado quanto ao entendimento do c. TST, para o qual a
revista em que o empregador extrapola o seu poder diretivo, constrangendo os empregados,
colocando-os em situações humilhantes, deve ser considerada abusiva, sujeitando-se a
indenização por dano moral.
Por derradeiro, restou evidente que a revista efetuada não objetivou tomada de precauções
necessárias à segurança do desempenho das atividades da reclamada, como se tratasse de
empresa que manipula droga e substâncias psicotrópicas, por exemplo, pois ainda que assim o
fosse, não poderia, a pretexto disso, investir-se dos poderes de polícia e submeter seus
empregados a situações de extremo constrangimento, com total desprezo do direito da obreira
à preservação de sua intimidade. Medidas outras, como instalação de câmeras internas, etc..,
deveriam ter sido adotadas para solucionar o problema. Verificado está o dano moral,
independentemente de ter ou não a reclamada injuriado ou caluniado a reclamante, pois só a
revista íntima já é fato suficiente para reparação que é estabelecida de maneira estritamente
subjetiva, sem que haja parâmetro fixo para avaliação, conduzindo o julgador a ser eqüitativo
na aplicação da norma de caráter satisfativo-punitiva, lembrando sempre que o ressarcimento
refere-se a prejuízos de ordem imaterial, referentes a valores magnânimos, juridicamente
tutelados, de uma determinada pessoa.
Nessa dosimetria concordo com o juízo singular, fugindo à praxe desta Corte, em considerar
como método para obtenção do valor o equivalente a um salário, por ano de trabalho exercido,
diante da abusividade que foi exposta à obreira, pelo que tenho por razoável o valor a ser
indenizado. Reconhecido o dano moral, por conduta ilícita da reclamada, resta apreciar se o
pedido de demissão foi efetuado exclusivamente em razão de tal ocorrência. Nesse contexto,
pode-se observar que a revista íntima foi efetuada em 08.07.05 e o pedido de demissão em
09.07.05, portanto, no dia seguinte aos fatos, sem que tenha ocorrido outro motivo ensejador
para o rompimento do contrato de trabalho.
Nesses parâmetros, mais uma vez se há de concordar com o juízo a quo, já que o pedido de
demissão não demonstrou vontade real da obreira, que antes agiu em decorrência das
circunstâncias.
Ao efetivar revista na reclamante para descobrir o autor(a) do furto, restou por configurar a
quebra do elemento fidúcia por parte da empregadora, considerando-a como criminosa, ainda
que em potencial, assim deixando de cumprir obrigação do contrato, expondo a empregada a
situação vergonhosa, constrangedora e humilhante, permitindo que a obreira pedisse
conversão do pedido de demissão em rescisão indireta, atraindo manter-se a decisão do juízo
singular nos termos das alíneas “d“ e “e“, da CLT.
Cumpre ressalvar que ao tratar da multa do art 477 da CLT, a decisão de fl. 53 considerou
quitadas, tempestivamente, as verbas rescisórias, reportando-se ao termo de rescisão do
contrato de trabalho juntado à fl. 38, o que implica considerar quitado o aviso prévio
indenizado, 09 (nove) dias de saldo de salário, 13º salário proporcional em 7/12 avos e férias
proporcionais em 1/12 +1/3, restando pagamento a menor, no entanto, referente às férias
vencidas, cuja diferença é de R$152,60 (cento e cinqüenta e dois reais e sessenta centavos),
que agora deve ser considerado para pagamento, mantendo-se os demais ítens da sentença.
Não vislumbro tenha a reclamante agido com má-fé, antes, exercitado seu direito de ação,
constitucionalmente garantido.
2.3. CONCLUSÃO
DESSA FORMA, conheço e dou provimento parcial ao recurso para, excluindo da
condenação os valores atinentes ao aviso prévio indenizado, saldo de salário, 13º salário em
7/12 avos e férias proporcionais + 1/3, determinar o pagamento da diferença de férias
vencidas em R$152,60 (cento e cinqüenta e dois reais e sessenta centavos), mantendo a
decisão singular, quanto ao mais, sob os mesmos fundamentos.
3. DECISÃO
ACORDAM os Juízes do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região, à unanimidade,
conhecer do recurso ordinário. No mérito, dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto da
Juíza Relatora. Sessão de julgamento realizada em 06 de dezembro de 2005.
Porto Velho, ____ de dezembro de 2005.
VANIA MARIA DA ROCHA ABENSUR
JUÍZA RELATORA
MINISTÉRIO PÚBLICO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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