RETROSPECTIVAS
Professor Eduardo Rocha
Acadêmicos: Fabrício Foggiato Godinho – Felipe Felin Neves – Fabiano Saccol
S E M I N Á R I O DA S C A R T A S PAT R I M O N I A I S
1971 - 1972
1 9 7 1 – C O M P R O M I S S O D E S A L VA D O R
Recomenda que os planos diretores e urbanos, bem como seus projetos e obras contem
com a orientação do IPHAN, IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal) e
dos órgãos estaduais e municipais da mesma área.
Abrangência : Todas as obras de arte de qualquer época, na acepção (interpretação) mais ampla, que
compreende desde os monumentos arquitetônicos até as de pintura e escultura, inclusive fragmentados, e
desde o período paleolítico até as expressões figurativas das culturas populares e da arte contemporânea,
pertencentes a qualquer pessoa ou instituição.
Além das obras mencionadas, ficam assimiladas a essas, os conjuntos de edifícios de interesse monumental,
histórico ou ambiental, particularmente os centros históricos, jardins e parques.
Definição : entende-se por restauro qualquer intervenção destinada a manter em funcionamento, a facilitar a
leitura e a transmitir integralmente ao futuro as obras e os objetos definidos nos artigos precedentes.
Qualquer intervenção nas obras referidas, deverá ser ilustrada e justificada por um parecer técnico em que
constarão, além do detalhamento sobre a conservação da obra, seu estado atual, a natureza das intervenções
consideradas necessárias e as despesas necessárias para lhes fazer frente.
1 9 7 2 – C A RTA D O R E S TAU RO
Museu do Ipiranga
SP
1 9 7 2 – C A RTA D O R E S TAU RO
Palácio Piratini - RS
1 9 7 2 – C A RTA D O R E S TAU RO
Qualquer intervenção na obra ou em seu entorno, deve ser realizada de tal modo e
com tais técnicas e materiais que fique assegurado que, no futuro, não ficará
inviabilizada outra eventual intervenção para salvaguarda ou restauração.
Deverá ser feita fotografias de antes, durante e depois da intervenção.
No caso das limpezas, se possível em local próximo à zona interventora, deverá ser
deixado um testemunho do estado anterior à operação, enquanto que no caso das
adições, as partes eliminadas deverão, sempre que possível, ser conservadas ou
documentadas em um arquivo depósito especial das entidades competentes
1 9 7 2 – C A RTA D O R E S TAU RO
Para boa conservação das fontes de pedra ou de bronze, é necessário descalcificar a água,
eliminando as concreções calcárias.
A pátina da pedra deve ser conservada por evidentes razões históricas, estéticas e também
técnicas, já que ela desempenha uma função protetora. Pode-se eliminar as matérias acumuladas
sobre as pedras- detritos, pó, fuligem, fezes de pombo, etc., usando apenas escovas vegetais ou
jatos de ar com pressão moderada, é desaconselhável as lavações de qualquer natureza.
1 9 7 2 – C A RTA D O R E S TAU RO
Museu do Anchieta - SP
1972 – DECLARAÇÃO DE ESTOCOLMO
Artigo 6 – Respeitando a soberania dos Estados, sem desobedecer legislação nacional o Patrimônio passa a receber
proteção internacional inteira tem o dever de cooperar.
Artigo 7 – Juntos o Estado e a Proteção Internacional estabelecem um sistema de cooperação e assistência
internacional que serve de preservar e identificar esse patrimônio.
Artigo 8 – Se cria um COMITÊ Intergovernamental da Proteção do Patrimônio Cultural e Natural, composto por
15 Estados.
Artigo 9 – Como será as eleições do Comitê.
Artigo 10 – O comitê poderá a qualquer momento convidar para reuniões organizações públicas e privadas, para
consultá-las sobre determinadas questões. E criar órgãos consultivos.
Artigo 11 – Criação de Inventário, documentação sobre o local onde estão situados esses bens e sobre o interesse
que apresentam.
Artigo 12 – Se os bens não estiverem nas listas, não significará que ele não tenha valor universal.
1972 – DECRETO 1972-80978-DE-121277
Artigo 20 – Ressalvada somente poderá ser concedida a bem do Patrimônio cultural e natural o bem que constar
numa das listas.
Artigo 21 – O comitê determinará quais os elementos que deverão constar ao pedido.
Artigo 22 – Verificação do bem.
Artigo 23 – O comitê poderá igualmente fornecer assistência internacional a centros nacionais.
Artigo 24 – Assistência internacional somente poderá ser concedida após um estudo científico, econômico e
técnico pormenorizado.
Artigo 25 – Assistência internacional não pagará tudo, o Estado deverá constituir uma parte substancial dos
recursos destinados ao projeto.
Artigo 26 – Juntos o comitê e o estado determinarão em acordo as condições em que será executado o projeto.
1972 – DECRETO 1972-80978-DE-121277
Artigo 27 – Estado deverão fortalecer a apreciação e o respeito de seus povos pelo Patrimônio.
Artigo 28 – Estado deverá aplicar as medidas necessárias para tornar conhecida a importância
dos bens.
Artigo 29 – Estado deverá fornecer relatório ao comitê de suas atividades e o comitê repassa a
conferência geral.
Artigo 30 – A convenção foi redigida em inglês, árabe, espanhol, Frances, russo.
Artigo 31 – A convenção será submetida à aceitação dos Estados – membros.
Artigo 32 – A convenção ficará aberta à assinatura de todos os estados não membros da
organização.
1972 – DECRETO 1972-80978-DE-121277
Propostas Operativas
Resgatar documentação de interesse monumental
Na educação escolar incluir programas de estudo a patrimônios monumentais
Criar uma associação Interamericana de arquitetos e especialistas na proteção do patrimônio
Que os Estados – membros da O.E.A. criem um fundo de emergência que permite a rápida
disponibilidade de recursos para a salvação de bens monumental.
Os projetos de preservação monumental devem fazer parte de um programa integral de
valorização.
Que o centro interamericano de Restauração de bens culturais, que atualmente funciona no
México, atue como o organismo que recopile e difunda as atividade por outros países.
1 9 7 2 – R E C O M E N D A Ç Ã O D E PA R I S
O congresso de Amsterdã coroamento de ano Europeu do Patrimônio arquitetônico 1975, reunindo delegados
vindos de toda parte da Europa.
O congresso chamou a atenção para as seguintes considerações.
O Patrimônio Arquitetônico da Europa leva todos os europeus a tomarem consciência de uma história e destino
comuns.
O Patrimônio compreende não somente as construções isoladas de um valor excepcional e seu entorno, mas
também os conjuntos, bairros de cidades e aldeias, que apresentam um interesse histórico ou cultural.
A conservação do Patrimônio arquitetônico deve ser considerada como objeto maior do planejamento das áreas
urbanas.
A reabilitação dos bairros antigos deve ser concebida e realizada.
Devem ser encorajadas as organizações privadas.
1975 – DECLARAÇÃO DE AMSTERDÃ
Nossas sociedades poderão, brevemente, ser privada do patrimônio arquitetônico e dos sítios que
formam seu quadro tradicional de vida, caso uma nova política de proteção e conservação integradas desse
patrimônio não seja posta em ação imediatamente.
O que hoje necessita de proteção são as cidades histórias, os bairros urbanos antigos e aldeias
tradicionais, parques jardins históricos. A proteção desses conjuntos arquitetônicos só pode ser concebida dentro
de uma perspectiva global, tendo em conta todos os edifícios com valor cultural, dos mais importantes aos mais
modestos, sem esquecer os da época moderna, assim como o ambiente em que se integram.
Essa proteção global completará a proteção pontual dos monumentos.
1975 – MANIFESTO DE AMSTERDÃ
Vila belga
Santa Maria Pelourinho
Bahia
1 9 7 6 – R E C O M E N DA Ç Ã O D E N A I RO B I