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NOÇÕES DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA

• Jurisdição: caráter uno. Poder Judiciário: nacional.

• Competência: eficácia espacial do exercício da jurisdição.

• Poder Judiciário: subdivisão do trabalho por critérios


funcionais.

• Organização judiciária: constituição e funcionamento dos


órgãos.

• MAGISTRATURA: apenas os juízes togados.


Recrutamento: concurso público ou nomeação. Promoção:
duplo critério. Duplo grau de jurisdição: inconformidade e
eliminação do “erro judiciário”. Ausência de hierarquia
jurisdicional (meramente adm.). Juízos e Tribunais. 1º e 2º
Graus jurisd.: monocr. e colegiado. Exceção: colegiados de
1º Grau: T. do Júri; Juntas Eleitorais.

• Divisão judiciária: JF: Região, Seção, Subseção. JE:


TJ’s/Alçada e Comarcas. Tribunais = 2º Grau; Subseção e
Comarcas = FORO.

• Critérios de divisão dos trabalhos (competência): pessoa;


matéria; local dos fatos, etc.
São órgãos que compõem a estrutura judiciária brasileira:

- justiça federal;
- justiça do trabalho (apenas esta não tem competência penal);
- justiça eleitoral;
- justiça militar (não tem competência cível);
- justiças estaduais ordinárias;
- justiças militares estaduais (não tem competência cível).

• As quatro primeiras tb. são “federais”.


• Justiça comum e justiça especial – critério: fundamento jurídico-
substancial especialmente indicado (especificado) na Constituição.
A matéria é especificada na CF. As Justiças comuns têm natureza
residual.
• Justiças comuns: subsidiariedade da Justiça Estadual (critério
residual – arts. 109 e 25, § 1º, da CF).

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

• Órgãos de superposição: sobrepõem-se a todas as “justiças”.


• O fundamental critério de distinção entre a competência do STF e a
do STF reside na atribuição ao primeiro de questões
exclusivamente constitucionais (Constituição Federal); e, ao
segundo, de questões federais infraconstitucionais.

• Competências:
STF: a) originária; b) recursal ordinária; c) recursal
extraordinária;
STJ: a) originária; b) ordinária; c) especial (extraordinária).
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

• Competência sobre todo o território nacional;

• Órgão de Cúpula do Poder Judiciário: vértice da pirâmide


jurisdicional. Máxima instância de superposição. Última palavra.

• Finalidade: guarda da Constituição. Unidade substancial da CF.

• Controle concentrado da constitucionalidade das leis.

• COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA: primeira e única instância (artigo 102, I,


alíneas). Ex: ações diretas de inconstitucionalidade; ação
declaratória de constitucionalidade; infrações penais comuns do
Presidente da República;

• COMPETÊNCIA RECURSAL ORDINÁRIA: instância revisora de determinadas


causas previstas constitucionalmente (artigo 102, II, alíneas). Ex: os
remédios constitucionais, julgados em única instância pelos
Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;

• COMPETÊNCIA RECURSAL EXTRAORDINÁRIA: instância julgadora do RE


(artigo 102, III, alíneas). Decisão provinda de qualquer “justiça”.
Recurso de extrema excepcionalidade (somente questões de direito;
ñ de fato). Duplo exame dos requisitos de admissibilidade.

Composição (11). Nomeação; garantias; foro especial; Funcionamento:


plenário ou Turmas; Regimento Interno.

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA


• Abaixo da cúpula do Supremo. Sede no DF e competência sobre
todo o território nacional.
• Novidade da CF/88: desafogar o Supremo.
• Relaciona-se com os sistemas judiciários das chamadas Justiças
comuns. Exerce, portanto, jurisdição comum, na medida em que
somente lhe cabem causas regidas pelo direito substancial comum
(direito civil, comercial, tributário e administrativo) e não as
regidas por ramos jurídico-substanciais especiais (eleitoral,
trabalhista, penal militar).
• Controla adm. a Justiça Federal (105, p.u.).
• Finalidade: defensor da lei federal e unificador do direito.
• COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA: julgador primeiro e único das causas
previstas pelas alíneas do inciso I do artigo 105. Ex: crimes comuns,
os Governadores dos Estados;
• COMPETÊNCIA RECURSAL ORDINÁRIA: órgão revisor de certas causas, cf.
art. 105, II e alíneas. Ex: HC julgados em única ou última instância
pelos TRF’s ou Tribunais dos Estados.
• COMPETÊNCIA RECURSAL ESPECIAL: Recurso Especial (extraordinário).
Mácula à lei federal ou tratado.

Composição (11). Nomeação; garantias; foro especial; Funcionamento:


plenário ou Turmas; Regimento Interno.

JUSTIÇAS “FEDERAIS”
I. JUSTIÇA DO TRABALHO

• Competência: artigo 114/CF (ñ penal).

• Três Órgãos: TST; TRT e VT (antigas JCJ).

• Regulamentação: CF/88 (arts. 111 e ss. e CLT).

• TST: Cúpula; Sede DF; competência originária (art. 702,


CLT) e recursal (decisões TRT; matéria de direito).
Funcionamento: Turmas ou Plenário.

• TRT: 2º Grau; mínimo 1 em cada Estado; competência


originária e recursal (reclamações trab. julgadas pelas
VT/JD). Funcionamento: Turmas, Grupos de Turmas,
Plenário.

• VT’s: órgãos de 1º Grau (antigas JCJ). EC nº 24/99: juízos


singulares, supressão classistas (vogais). Base territorial
(compreensão de 1 ou + “Comarcas”). Peculiaridade:
atribuição de competência originária aos Juízes de Direito
(art. 112/CF), c/ competência recursal aos TRT’s.

II. JUSTIÇA ELEITORAL


• Competência: basicamente, dirigir os processos eleitorais,
julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem
conexos, decidir HC e MS em matéria eleitoral, etc. (v. Lei
nº 4.737/65 – C.E.).

• Estrutura: estratificação em 3 níveis: TSE; TRE;


JE/Junt.El.

• Regulamentação: arts. 118 e ss. CF/88 e Código Eleitoral.

• TSE: Cúpula; Sede DF; competência originária (art. 22, I,


C.E.) e recursal (decisões TER: art. 22, II, C.E.).

• TRE: 2º Grau; mínimo 1 em cada Estado; competência


originária (art. 29, I, C.E.) e recursal (decisões dos J.E. e
Juntas: art. 29, II).

• JUÍZES ELEITORAIS: juízes de direito vitalícios (arts.


121, CF e 32, C.E.). Jurisdição s/ “zonas eleitorais”
(delimitação base territorial). Competência civil, penal e
adm. referentes às eleições.

• JUNTAS ELEITORAIS: órgãos colegiados, composição


mista: 1 juiz eleitoral e 2/4 cidadãos (art. 36, C.E.).
Duração efêmera, competência limitada (“zona eleitoral”) e
essencialmente adm. (40).

• Transitoriedade dos membros da Justiça Eleitoral: 121, §


2º, CF.

III. JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO


• Competência exclusivamente penal: julgar
crimes militares definidos em lei (art. 124,
CF/88). V. Lei de Organização Judiciária
Militar, nº 8.457/92.

• Estrutura: estratificação em 3 níveis: STM;


TRM; CJM.

• Regulamentação: arts. 122 e ss. CF/88 e LOJM.

• Peculiaridade: 1º Grau (órgãos colegiados) –


Conselho de Justiça Militar: a) Conselhos
Especiais de Justiça e b) Conselhos
Permanentes de Justiça (LOJM - arts. 16 e ss.).

IV. JUSTIÇA FEDERAL


• Dualismo jurisdicional brasileiro – finalidade: não
subordinação dos interesses do Estado Federal ao
julgamento da magistratura das unidades federais.

• Competência: artigo 109/CF – justiça comum (grau de


especialidade). Bens e interesses da adm. direta e indireta
da União.

• Estrutura: 5 TRF’s e JF.

• Regulamentação: CF/88 (arts. 106/110) e Lei nº 5.010/66


(lei orgânica).

• Administração: Conselho da Justiça Federal (STJ) –


supervisão administrativa e orçamentária (art. 105, p.ú.).

• TRF: 2º Grau; Divisão 5 Regiões – RS/SC/PR = 4ª Rg.;


(1ªR-Brasília; 2ªR-RJ; 3ªR-SP; 5ªR-Recife). Competência
originária (art. 108, I, CF) e recursal (art. 108, II, CF).
Funcionamento: Turmas, Grupos de Turmas (Seções) e
Plenário.

• JUÍZOS FEDERAIS/SEÇÕES JUDICIÁRIAS: órgãos de


1º Grau (Varas Federais, Especializadas e Juizados).
Interiorização. Competência: art. 109, CF.

JUSTIÇA ESTADUAL
• Órgão pertencente à denominada Justiça Comum.

• Competência residual.

• Compreende:

a) Tribunais de Justiça;

b) Tribunais de Alçada Cíveis e Criminais (não no RS);

c) Tribunais do Júri;

d) Tribunal de Justiça Militar Estadual e Conselhos de


Justiça Militar (não obrigatórios);

e) Juízos de Direito;

f) Juizados Especiais Cíveis e Criminais.

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