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ABSTRACT
The inadequate disposal of solid waste from the urban and rural activities is an
environmental problem that affects the water quality of Jiquiriçá River (in Bahia-
Brazil). The main economic activities of Jiquiriçá Basin are agriculture and tourism.
Therefore, clean water is an essential element for the sustainable development of the
area.
Due to this, the Jiquiriçá River Inter-municipal Consortium is developing the
Solid Waste Management Plan for this basin. The major objective is to reduce the
negative impacts of the solid waste pollution and to preserver surface and ground water
streams.
One of the main products of the Management Plan is the Waste Sites Recovery
Projects. There are fifteen recognized degraded sites, which shall be recovered. Some
areas shall be adjusted to operate as controlled landfill sites.
The Recovery Projects will study and propose activities to recuperate the degraded
waste sites, with priority for the actions that result in optimization of cost, short
deadlines and reduce social and environmental impacts.
The methodology is based on the effective participation of the civil society and the
partners of the project. This methodology will be developed in two parts –
Consolidation of the Regional Diagnostic and Elaboration of the Management Plan. The
integration of solutions for different kind of urban waste and the technical and financial
cooperation of the 25 districts associated to the Consortium are another key aspects of
this Plan.
The recovery of waste disposal sites plays an important rule in order to achieve the
responsible management of solid waste in urban areas. This plan will promote the more
efficient use of basin’s natural resources, increasing life quality and sustainable
development of this area.
* Faculdade de Tecnologia e Ciências, Av. Luiz Viana Filho, sn, Paralela - Salvador – BA 40.000-000
Tel: (71) 281-8000 / Fax. (71) 281-8019. e-mail: alex.ssa@ftc.br
** Consórcio Intermunicipal do Vale do Jiquiriçá, R. Gilliard Muniz, 749, Itaigara - Salvador – BA 41.810-110
Tel.: (71) 355-0086 / Fax.: (71) 351-3413. e-mail: jiquirica@consorcio.org.br
INTRODUÇÃO
A Bacia Hidrográfica do Rio Jiquiriçá está localizada no Recôncavo Sul do Estado da Bahia –
Brasil, ocupando uma área de 6.900 km2, distribuídos por 25 municípios1. Situa-se numa região
que enfrenta crescente degradação de vários aspectos do meio ambiente e, em particular, do
próprio rio, espinha dorsal para qualquer programa de ordenamento e desenvolvimento
sustentável da região.
Tradicionalmente no Brasil, a disposição de resíduos sólidos é feita sobre o solo, de forma irregular e
sem atender aos critérios de saneamento ambiental. Na Bacia do Rio Jiquiriçá, a disposição inadequada
de resíduos sólidos, gerando lixões sem tratamento, é recorrente a todos os municípios. Além de
receberem os efluentes não tratados das cidades, o rio Jiquiriçá e seus afluentes são depositários de
resíduos sólidos de atividades urbanas e rurais e das águas subterrâneas contaminadas pelo chorume
produzido pelos bolsões de lixo.
A disposição inadequada de resíduos gera conseqüências danosas tanto para o meio urbano
onde é gerado, quanto para a bacia como um todo. Além do mau-cheiro e da proliferação de
insetos / roedores transmissores de doenças, a percolação do chorume e a produção de gases são
danos que ultrapassam a territorialidade do problema e afetam toda região.
Na última década, as administrações públicas municipais têm sido cobradas sobre a
destinação adequada da produção de resíduos sólidos. A atuação da sociedade civil, através de
organizações não governamentais, tem sido parte fundamental na aplicação dos recursos
disponibilizados através de programas criados pelos governos federal e estadual. As diretrizes
destes programas, como os Fóruns Lixo & Cidadania, buscam além da gestão responsável dos
aterros sanitários, a recuperação de áreas degradadas pela disposição inadequada de resíduos
sólidos.
Um exemplo desta situação é o município de Valença, localizado na foz do rio Jiquiriçá. Com
cerca de 60.000 habitantes, o município deposita os resíduos coletados, inclusive do serviço de
saúde, em um terreno situado a aproximadamente 6 Km da cidade. O lixo é disposto de forma
irregular, em um grotão, sem dispositivo de proteção de águas superficiais ou subterrâneas, sem
compactação ou recobrimento com material inerte, formando um talude instável. No projeto,
proposto pelo Estado para o Município, está prevista a criação de um aterro sanitário controlado.
Contudo, a implantação deste novo equipamento de limpeza urbana não isenta o município da
responsabilidade sobre a recuperação da área já degradada.
Assim como em Valença, outros municípios da bacia estão buscando soluções conjuntas para
a disposição dos resíduos sólidos e a recuperação das antigas áreas depositárias de resíduos. As
preocupações com esta situação motivaram o Consórcio Intermunicipal do Vale do Jiquiriçá a criar
o Plano de Gestão Participativo, Integrado e Compartilhado de Resíduos Sólidos Urbanos dos
Municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Jiquiriçá.
O Consórcio é uma entidade civil sem fins lucrativos criada em 1993, que tem como objetivo
central o desenvolvimento sustentável da referida bacia. Esta ONG apóia-se num modelo de
gestão participativo, centrado nos recursos hídrico, fator básico de sustentação da qualidade de
vida da população e, praticamente, de todas as atividades econômicas locais e regionais. Sua
visão integrada de desenvolvimento sustentável está pautada em cinco eixos temáticos: meio
natural, infra-estrutura, social, economia e política institucional. Para tanto, as ações normativas,
operacionais, financeiras e de planejamento que envolvem a gestão dos resíduos sólidos se
processam de modo articulado.
1
Valença, Jaguaripe, São Miguel das Matas, Laje, Mutuípe, Jiquiriçá, Ubaíra, Amargosa, Elísio Medrado,
Santa Terezinha, Itatim, Milagres, Brejões, Ubaíra, Santa Inês, Cravolândia, Itaquara, Jaguaquara, Itiruçu,
Irajuba, Nova Itarana, Iaçu, Planaltino, Lajedo do Tabocal, Lafaiete Coutinho e Maracás.
OBJETIVOS
METODOLOGIA APLICADA
RESULTADOS ESPERADOS
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS