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Varejo Regional
Índice
1. Introdução ao e-commerce
2. e-commerce no Brasil
3. Aquecimento econômico
4. A vez da classe C
5. Como crescer em mercados regionais
6. Dados comportamentais da compra pela web
7. Opções de ser assertivassertivo e pronto ao varejo on-line
8. Facilidades do sistema Ikeda
9. Cases de sucesso no varejo regional no e-commerce
Introdução ao e-commerce
De uma forma simples, ou simplista, o e-commerce (comércio eletrônico) é apenas
transacionar um produto ou serviço por meio de um meio eletrônico. Mas, isso não é tudo.
A transformação não se restringe ao momento ou o local do negócio. Ela atravessa a cultura
de gestão, os processos/procedimentos, a infra-estrutura tecnológica e abrange mais de um
elo da cadeia produtiva – do consumidor aos parceiros de negócio. Contudo, entrar no
comércio eletrônico não é algo inatingível.
O surgimento do e-commerce está atrelado à própria garantia de que ele está longe
de ser um modismo. Ele surgiu para acompanhar a crescente globalização dos negócios e
responder ao dinamismo da sociedade, da busca por novos mercados e do foco no
consumidor. Grandes e pequenas companhias já desfrutam desse novo mundo on-line e
obtém seus lucros com essa nova fase dos negócios. As vantagens mais claras do e-
commerce são:
Comodidade na compra – o consumidor pode adquirir o bem ou o serviço de
casa e evita filas e tumultos.
Abrangência de mercado – distâncias físicas são eliminadas e cria-se uma
operação 24x7.
Mix de produtos – a oferta pode se restringir ao que a empresa normalmente
vende ou pode abrir um novo leque de produtos
Velocidade – a compra e o pagamento ficam mais rápidos, o que também
agiliza o faturamento da empresa.
Modernização – marca e operação como um todo ganham aspecto mais
adequado ao mundo atual dos negócios e isso se reflete, também, na modernização
da gestão e cultura organizacionais.
Foco no consumidor – a plataforma on-line dá mais condições de medir e
antecipar o comportamento de consumo para a elaboração do mix e das ofertas.
Publicidade on-line – assim como o PDV se tornou um canal de propaganda,
uma loja virtual também traz essa possibilidade com vários modelos de anúncios de
grande efetividade.
Por outro lado, há alguns cuidados a serem verificados. Os principais, são:
Risco de fraudes – a dinâmica da web exige um cuidado extremo com segurança e
confiabilidade da transação.
Amadorismo – o e-commerce não é um hobby ou uma novidade. Ele demanda
equipe, parceiros e estratégias especializadas.
Erro na linguagem – a web é feita de muita informação, fontes de conteúdo
dispersas, comunidades e links. Isso precisa estar no e-commerce.
O e-commerce no Brasil
O caráter novidadeiro e globalizado do Brasil jogou o país na elite do e-commerce
mundial. De um modo geral, as empresas possuem operações para negócios on-line. O
crescimento é na casa dos 35% ao ano. Em 2007, foram R$ 6,2 bilhões transacionados.
Para se ter uma idéia, em 2004 foram R$ 1,7 bi.
A média de compras ficou em R$ 302,00, sendo o Natal a época mais rentável, com
média de R$ 308,00 por compra e faturamento de R$ 1,081 bilhão, um sexto do total. As
cinco categorias de produtos que mais registraram compras foram, respectivamente, livros e
assinaturas de revistas e jornais; informática; eletrônicos, saúde e beleza; e telefonia celular.
O número de internautas residenciais ativos no País em janeiro de 2008 ficou em
21,1 milhões. Na comparação com janeiro do ano passado, quando o universo de
internautas atingiu a marca de 14 milhões, o incremento alcança os 50%. Há estudos ainda
mais otimistas.
Os números são bons, mas analistas alertam para a relatividade disso. Primeiro, a
porcentagem da população conectada ainda é baixa. No Brasil, é cerca de 20%. Nos
Estados Unidos é cerca de 80%. O número é semelhante em países desenvolvidos.
Outra questão é que o varejo brasileiro conectado é apenas uma elite. A maioria do
setor sequer tem ERP e boa parte desse público tem contato com a Internet somente para
pagar tributos e mandar e-mails. A tendência é que isso mude, impulsionado pelo bom
momento da economia.
Aquecimento econômico
Em 2007, o Brasil cresceu puxado pelo dinheiro no bolso dos trabalhadores, pelo
crédito fácil e pela apreciação do real frente ao dólar. Os números do PIB (Produto Interno
Bruto) mostram 5,4% de crescimento em relação ao ano anterior. A elevação do consumo
das famílias foi de 6,5% e o aumento da massa salarial de 3,6% (em termos reais). Já o
sistema financeiro viu as operações de crédito engordarem 28,8%.
O bom momento repercutiu em vários setores. O volume de vendas do comércio
varejista no Brasil cresceu 9,9% na comparação entre 2007 e 2006. Uma expansão que não
se via há sete anos. Todos são dados do IBGE.
Para 2008, muitos analistas, como a MB Associados, acreditam que a atividade
econômica continua forte. Porém crescimento menor do que em 2007.
O comércio virtual também aproveitou o aquecimento de mercado de 2007 e
cresceu 43% no ano, conforme estudo WebShoppers, da consultoria E-bit e da Câmara
Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net). As compras realizadas no e-commerce
somaram R$ 6,3 bilhões e o volume de pedidos contabilizados chegou a 20,4 milhões,
aproximadamente 5,6 milhões de pedidos a mais que em 2006. No ano, 9,5 milhões de
brasileiros compraram pela internet pelo menos uma vez.
A vez da classe C
Um dos números mais importantes de 2007 é a chegada do e-commerce a outras
camadas sociais. Os consumidores da classe C são apontados como os grandes responsáveis
pelo aumento significativo das vendas pela Internet no Brasil.
O WebShoppers mostra que 39% (3,8 milhões de pessoas) dos brasileiros que
compram produtos pela Internet têm renda familiar de até R$ 1 mil por mês (classe C2,
pelo Critério Brasil) ou entre R$ 1 mil (C1) e R$ 3 mil (B2) por mês. Mas como boa parte
da classe B já estava inserida no comércio eletrônico, a maior parte dos 2,5 milhões de
novos compradores pelo e-commerce fazem parte da classe C e têm renda entre R$ 726,26
e R$ 1.194,53.
Esse novo público mudou o perfil de compras. Por exemplo, enquanto a classe B
comprou TV de Plasma de tela grande, em 2007, a classe C preferiu eletrônicos de menor
valor, como DVD Player e câmeras digitais. No cômputo geral, a lista pouco modificou.
Produtos preferidos das classes altas é que lideram as vendas, como assinaturas de jornais e
revistas e itens de informática.
O comércio eletrônico responde atualmente cerca de 3% do varejo total no Brasil.
Nos Estados Unidos, com penetração maior da Internet e uma tradição de venda por
catálogo, essa participação está em 6%.
Todos esses números podem sofrer alterações, se mantida a tendência de entrada da
base da pirâmide social no e-commerce brasileiro. O varejo virtual tem 3,185 milhões de
usuários aptos a utilizar o comércio eletrônico entre os consumidores com renda familiar de
até R$ 2.836,00 reais, enquanto que este público potencial nas classes A e B é de 1,855
milhão.
Exemplos de sucesso
A seguir, alguns varejos regionais que estão crescendo apoiados pela estratégia de e-
commerce:
MAGAZINE LUIZA – Tem 50 anos de vida e foi fundada em Franca, interior de São
Paulo. Em 1999, a rede criou uma operação na Internet, um avanço de um embrião de comércio
eletrônico levado desde 1992. Na época, era um pioneirismo, já que havia mais especulação do que
informações sobre essa estratégia. Das 350 lojas, 50 são lojas virtuais. A empresa conta com cerca
de 10 mil colaboradores e o faturamento previsto para este ano é de R$ 2 bilhões. O lado virtual
corresponde a pelo menos 15% do total vendido.
LOJAS COLOMBO – a rede atuava principalmente na região Sul e ingressou no e-
commerce em 2000. O sucesso da iniciativa fez a operação abrir para o Sudeste e outros Estados.
Para isso, aprimorou todo o processo de controle eletrônico dos dados e a logística. A empresa
adotou a estratégia de multicanal, a Internet faz parte das franquias regionais e ajudam na cobertura
do mercado e os fornecedores têm acesso on-line ao seu estoque e que a reposição do mesmo é
baseada na venda.
RICARDO ELETRO – fundada em Divinópolis MG, é uma das redes que mais crescem no
Brasil. A operação de e-commerce. Está na Internet desde 2005. O meio é uma maneira de vender
em cidades onde não há lojas físicas. Algumas promoções são válida somente no site e há frete
grátis para algumas localidades do Brasil. O consumidor consegue fazer uma compra de forma fácil
e rápida usando apenas o número do seu cartão de crédito.