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“Nós estamos aqui reunidos porque, no

fundo, somos um povo que gosta de falar


bem dos nossos antepassados. É esse querer
bem aos nossos heróis que nos une”.

Senador Tião Viana (PT-AC), lançamento do livro LA


ESTRELA SOLITARIA, em 18 de setembro de 2009,
Teatro Hélio Melo.
“[...]e foi assim criada a
República de Galvez, a
aventura infeliz e criminosa”

José Carvalho. A primeira


insurreição acreana.
“Um bom vida, ex-
diplomata, jornalista e,
acima de tudo, um bem
sucedido dom-juan” p. 33.

“Demagogo e
figurante, escolhido a
dedo [...] boêmio por
temperamento, teve
participação em
cabarés” p. 38
“Galvez e o Estado
Independente não são
simplesmente histórias
do passado. Eles são,
ainda, o objetivo do
nosso trabalho
presente, o projeto que
temos que reafirmar”
Governador do Acre Jorge
Viana em 1999, Apresentação
da Revista Galvez e a
República do Acre.
“Galvez prestou bons serviços à
causa revolucionária, incutindo
IDÉIAS de BRASILEIRISMO,
mantendo vivo o espírito de
reação. Homem inteligente e de
certo bom senso [...] exerceu,
assim, papel de certo relevo
naqueles sucessos: o de haver
plantado a semente de
organização autônoma, o de
preparar psicologicamente as
populações do rio Acre para a
resistência libertadora” p. 37
“Ahora hace su entrada en el escenario de la
historia del Acre un personaje que parece sacado
de una novela, Luis Galvez Rodríguez de Arias,
español, ex funcionario de la Embajada de España
el la Argentina, soldado de fortuna, mercenario,
ex estudiante de derecho, dicen que también trató
de seguir la carrera de las armas pero fue
expulsado por inmoral”

RIBERA, Hernán Messuti. La dramática


desmembración . p. 67.
“Entre o Governo de Paravicini e o de
Galvez não há grande diferença,
assemelha-se na forma e no fundo,
definir o caráter nacional e arruinar a
nossa fortuna”.

SOUZA BRAGA, proprietário dos seringais Benfica,


Riozinho e Niterói, Presidente do Estado Livre do Acre .
(In: TOCANTINS, p. 389)
“A independência do Acre
não era mais do que uma
palhaçada”
Neutel Maia.

(TOCANTINS, p. 356)
"É necessário se corrigir muitas injustiças
que foram feitas com Galvez. Ele foi o
nosso primeiro legislador [...]
Galvez foi o nosso presidente, um homem
bravo, e que, com a homenagem da
Assembléia Legislativa, ele passa a ser
reintroduzido pela porta da frente na
História acreana”
Dep. Est. Edvaldo Magalhães.
http://www.aleac.ac.gov.br/aleac/index.php?option=com_content&task=
view&id=1170&Itemid=68
“Nos perguntam por que a homenagem a Galvez. O
Galvez foi o nosso primeiro legislador. Foi aquele,
que por não encontrar, num determinado momento
histórico, acolhida do seu próprio país, por não
encontrar apoio das autoridades brasileiras, criou
um estado independente para que, a partir
desta sua atitude ousada o Brasil pudesse
reconhecer os acreanos”.

Edvaldo Magalhães, presidente da ALEAC.


http://www.pagina20.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2499
COMO TUDO
COMEÇOU ...
$ ℅ Contexto Histórico ℅ $
 A região do Acre era a maior produtora de borracha
do Mundo. A borracha se tornou o 2º produto de
exportação mais importante do Brasil.
 A região era reconhecida internacionalmente como
não sendo brasileira.
 A região foi “invadida” por brasileiros, maioria
expulsos de sua própria pátria pela seca no nordeste e
seduzidos pela ganância do dinheiro fácil.
 Com a concordância do governo brasileiro,
representantes bolivianos tomam posse do Acre.
02 de janeiro – 01 de maio de 1899
$ ℅ Contexto Histórico ℅ $
-Os bolivianos governam o Acre por 4 meses.
-01\Maio\1899 - Liderados por José Carvalho,
funcionário público do governo do Amazonas, alguns
latifundiários destituem o governo boliviano.
-24\Maio: José Carvalho viaja para Manaus doente,
de lá é expulso e é processado por Crime de Lesa-
Pátria .
-14\Jul - Proclamação do Estado Independente do
Ac.
BIOGRAFIA
(Cádis,1864-Madri, 1935) 71 anos
 Filho de Almirante;
 Estudou Direito;
Auxiliar de contador do Banco da Espanha (Falsificou
um cheque? Duelou com um filho de ministro?)
 Diplomata espanhol em Roma e em Buenos Aires
(demitido por questões de “índole privada”);
 1897 (tinha uns 33 anos): Chega em Manaus. Foi
redator de jornal; taquígrafo no Legislativo;
24 DE MAIO 14 DE JULHO
Período de Grande Especulação e
Muitas Articulações sobre o Acre
-Toda as autoridades públicas de Floriano Peixoto são demitidas.
-21\Maio: A comissão boliviana, com o Delegado Santivanez,
destituído por Carvalho, chega a Belém – PA. P
- 03\Jun: Galvez publicou em Jornal Paraense o Acordo Secreto entre
Bolívia e EUA. OBS: Uma esquadra Norte –Americana se fazia presente
em Manaus. O FURO DE REPORTAGEM estragou os planos bolivianos.
--Nenhuma autoridades
boliviana no local, a
região vivia como dantes.
-04\Jun: Galvez em
expedição sai de Manaus
em direção ao Acre. A
bordo, as novas
autoridades da Vila
Floriano Peixoto. Chega
no dia 24.
-Formadores de Opinião:
a) prejuízos de um
governo boliviano; b)
benefícios de um governo
brasileiro.
“todo esto partencia a
un plan largamente
estudiado por Ramallo
Junior para ir
moldeando la opinión
pública brasileña en
contra de la posesión
del territorio de Acre
por Bolivia”

RIBERA, Hernán
Messuti. La dramática
desmembración . p. 69.
- Ao indicar Galvez como presidente:

“Eles queriam livrar-se, continua Ferreira


Sobrinho (As quatro insurreições acreanas), de
responsabilidades futuras perante o Governo
Federal. Assim, um presidente de
nacionalidade estrangeira nada teria de
responder ao Brasil sobre atos praticados fora
de seu território”

- (In: TOCANTINS, p. 329)


“Eu estava livrando o Acre da tutela
Boliviana e brasileira, formando um
Estado Independente, conforme o
Combinado”
Galvez. In: SOUZA, M. GALVEZ: O
IMPERADOR DO ACRE.

“Em Antimari, a população


tomou Galvez por boliviano”
TOCANTINS, p. 325
DE QUEM
PARTIU A
IDÉIA?
Tocantins, p. 324, 325, 326.
“Galvez era a revolução francesa
no Acre e a Bastilha, o poder da
Bolívia e do Bolivian Syndicate”
Francisco Matias
http://moraisvinna.blogspot.com/2008/07/luis-glvez-
rodrguez-de-arias-o.html

SERÁ?
JUNTA REVOLUCIONÁRIA DO ACRE
Ata da 22º sessão celebrada no dia 14 de julho de
1899, para proclamar a independência dos
territórios do Acre, Purus e Iaco, e constituir um
Governo Republicano que organize e consolide o
Estado Independente do Acre [...] para conhecer os
trabalhadores realizados pela Junta desde o dia de
sua organização, em 24 de fevereiro do corrente
até a presente data [...] inteirado O POVO dos
trabalhos realizados [...] concedeu a palavra ao
representante, CIDADÃO Luiz Galvez, que
pronunciou o seguinte discurso:”
DISCURSO DE GALVEZ

“Aceitamos leis, pagamos tributos e impostos e


obedecemos, passivamente todos os julgamentos de alta
e baixa justiça praticados pelo Delegado Nacional da
Bolívia, na esperança que nossa idolatrada Pátria e
gloriosa e humanitária Nação brasileira acudisse em
nosso socorro e atendesse nossos justíssimos pedidos.
O governo do Brasil não respondeu aos nossos
patrióticos alarmes; a Pátria, a nossa estremecida
mãe [...] o silêncio do governo do Brasil demonstra
que os habitantes destas regiões pertencem não
pertencem à livre e grande Pátria brasileira!”
Cont.: DISCURSO DE GALVEZ
“É justo, pois que cidadãos livres, conhecedores dos
seus direitos civis e políticos, não se conformem com
estigma de párias criado pelo governo de sua pátria,
nem podem, de forma alguma, continuar sendo
escravos de uma outra nação – a Bolívia. Impõe-se a
independência destes territórios [...]
é necessário levantar nossa honra pela Bolívia
depreciada [...] se não aceitais a independência
continuaremos a sofrer humilhações que nos impõem
uma nação estrangeira; se, pelo contrário, aceitares a
independência constituiremos o Estado Independente
do Acre, forte e digno pelo patriotismo de seus filhos”.
“O discurso foi uma demagogia
necessária para o gênero do papel que
estava desempenhando” .
(TOCANTINS, p. 2001)

“Toda a formação e a base de sustentação da


Republica do Acre estava fundada no sentimento
patriótico em relação ao Brasil”.
(Marcos Vinícius)
http://www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/index.php?option=com_c
ontent&task=view&id=80&Itemid=93
“Nós, o Povo”
“De Xapuri, Galvez receberia ofício assinado por
Manoel Odorico de Carvalho, auto-intitulado
Prefeito de Segurança Pública pela vontade
soberana do povo, comunicando que, no alto
Acre, a população resolvia não aderir a essa
revolução sem primeiro ouvir a decisão do
governo brasileiro”
(CALIXTO, 2003, p. 162)
.
O “NÓS”\ O POVO do discurso
revolucionário não inclui o seringueiro e
quando assim o fez foi para promover e
reforçar os interesses e ideais da elite
gomífera. Após o Estado Independente do
Acre o seringueiro continuou “trabalhando
para se escravizar”.
A União faz a Força
 Estado Independente nunca foi consenso,
até porque se tratou de um projeto
“partejado” (cf.: BARROS, 193, p. 39) com
o apoio de alguns poucos seringalistas de
expressão da região do baixo Acre.
 Desde os primeiros meses de seu governo, o
espanhol teve que combater “energicamente
todos os focos de agitação” (TOCANTINS,
2001, p.349).
• Vários grupos se insurgiram: o liderado pelo
coronel Neutel Maia, do seringal Empresa; o do
Capitão Leite Barbosa, de Humaitá; e a da
Comissão Garantidora dos Direitos Brasileiros;
do Alto Acre. Além do mais, segundo Tocantins,
“as pessoas de maior destaque [de Xapuri] não
haviam aderido ao Estado Independente”
(TOCANTINS, p. 350).
• Isso sem dizer do Juruá, que no geral nem
sequer tomou conhecimento dos decretos
expedidos por Galvez.
“O presidente Luiz Galvez decidira
EXTERMINAR, a oposição em Xapuri.
Compreendia que a República seccionada
significava o enfraquecimento da causa
revolucionária” TOCANTINS, p. 351.
“Invocando a unidade do movimento
revolucionário e os deveres do cargo, ele
decretou Estado de Sítio em todo território
nacional ... Foram considerados réus de alta
traição às instituições republicanas” p. 353. 354.
GALVEZ
TOTAL = 7 meses

14 DE JULHO DE 1899 30 DE JANEIRO DE 1900


A A
01 DE JANEIRO DE 1900 15 DE MARÇO DE 1900

28 DE DEZ. DE 1900 Junta


SOUZA BRAGA A
TOTAL = 25 dias Governativa =
25 DE JANEIRO DE 1900
5 dias.
PORQUE SOUZA BRAGA
NÃO VIROU HERÓI?

ORA, ELE FOI O SEGUNDO


PRESIDENTE DO ACRE, “LÍDER DA
TERCEIRA REVOLUÇÃO”...rsrsr.

Por que Ramalho Junior não virou herói?


O Estado (país)
Independente do Acre
 “Pão e Circo” – Festas nos dias 14, 15 e 16.
 Foi formado pela região dos rios Acre, Purus e Iaco.
 Criou as instituições básicas para o funcionamento
de um Estado de Direito: ministérios, secretarias,
escolas, polícia, hospitais, bombeiro,
 Promulgou a Constituição Federal;
 Ao todo, expediu 27 Decretos.
 O objetivo era dar organicidade ao jovem país a fim
de que as nações pudessem reconhecê-lo.
DECRETO Nº 01, 15.07.1899.
“Luiz Galvez Rodrigues de Arias, Chefe do
Governo Provisório do Estado Independente do
Acre, por aclamação popular [...]

Art. 1º - Fica proclamada a independência do


Estado Independente do Acre, que compreende
os territórios do Acre, Purus e Iaco [...]
Art. 3º - A capital do Estado Independente do
Acre, se denominará CIDADE DO ACRE
[seringal Caquetá, de Joaquim Victor da Silva)
DECRETO Nº 02, 15.07.1899.
“Art.1º - A bandeira adotada pelo Estado
Independente do Acre [...]
DECRETO Nº 04, 15.07.1899.

Art. 1º - Fica criada na cidade do


Acre uma alfândega para a
arrecadação dos impostos...
DECRETO Nº 05, 15.09.1899.
“Art. 1º - A alfândega da Cidade do Acre [...]
deixaram de arrecadar durante o corrente ano os
impostos de importação sobre as mercadorias
estrangeiras [...]
Art. 2º - Os direitos de exportação da borracha serão
arrecadados provisoriamente pela recebedoria de
rendas públicas do Amazonas, que RESERVARÁ
EM DEPÓSITO e à disposição do Governo do Acre
o SALDO que resultar da cobrança [...]
OFÍCIO nº 01, de 15.07.1899
 AO PRESIDENTE DO BRASIL
“Tenho a honra de comunicar-vos que com esta
data assumi o exercício de Chefe do Governo
Provisório do Estado Independente do Acre, para
o qual fui ACLAMADO PELO POVO no dia 15
de julho do corrente [...] fatos realizados pelo
POVO dos territórios do Acre, Purus e Iaco como
uma legítima e justa EXPLOSÃO
PATRIÓTICA”
“vendiendo las
patentes de los
grados de oficiales
a los dueños de los
seringalales,
cuando más alto
del grado mayor el
precio”

(RIBEIRA, p. 71)
14 DE JULHO DE 1899 30 DE JANEIRO DE 1900
A A
01 DE JANEIRO DE 1900 15 DE MARÇO DE 1900

-Souza Braga assume a presidência;

-O Governo Federal envia para a região uma


Força Tarefa da Marinha para destituir Galvez e
devolver o Acre para a Bolívia. (o que aconteceu
em 15.03.1900). Composta de 100 homens e 12 oficiais,
sob o comando de um major
O INÍCIO DO FIM
 Galvez nomeia Alberto Moreira como representante do
Acre a fim de obter da Alfândega de Manaus os impostos
sobre a borracha.
 O diretor da alfândega se negou a entregar a quantia
dizendo que o dinheiro era da Bolívia. (Agosto)
 Galvez passa a cobrar 10% de toda borracha que sai do
Acre – Impostos Patrióticos. (Nov)
 Galvez pede que o Governo Brasileiro fique neutro. No
entanto, o Governo volta a apoiar a Bolívia.
 Galvez proíbe a exportação da borracha (Dez);
 Fechamento dos rios à navegação brasileira.
“Fechando estes rios à navegação brasileira e
não exportaremos uma só pele de borracha,
enquanto as forças brasileiras, auxiliando os
bolivianos, permanecerem no território nacional.
A borracha será empregada nas trincheiras emd
defesa de nossa dignidade” GALVEZ

- Tão somente depois que Galvez interferiu


na política tarifária os seringalistas se
lembram da nacionalidade de Galvez e
passaram a resisti-lo devido ser espanhol.
NOVO PRESIDENTE
Cel. Souza Braga
ESTADO LIVRE DO ACRE
O GOLPE DE ESTADO foi classificado por Souza
Braga como “um movimento revolucionário”.
 Dec. Nº 01 – Prisão e expulsão de Galvez. (1.1.00)
 Dec. Nº 02 – Declara livre o trânsito de vapores
mercantes o Território Livre do Acre.
 Em Janeiro, chega um grupo de boliviano chefiado
por Ladislau Ibarra a fim de implantar a ORDEM.
A questão do Acre
MANIFESTO
Dos
Chefes da Revolução Acreana ao venerado Presidente
da República Brasileira, ao povo brasileiro e às praças
do comércio de Manaus e do Pará.
“Os brasileiros livres nunca serão bolivianos.
Independência ou morte! Viva o Estado Independente do Acre !”

Antonio de Souza Braga; Rodrigo de Carvalho; Gastão de Oliveira; Raimundo


Barbosa Leite; Joaquim Domingues Carneiro; Manuel Odorico de Carvalho;
Joaquim Alves Maia; Pedro da Cunha Braga; Luiz Barroso; Hypolio
Moreira; João Passos de Oliveira; Francisco Manuel de Ávila Sobrinho;
Antonio Alencar Araripe; Raymundo Joaquim da Silva Vianna; José Gadelha
Marinho; Luiz Galvez Rodrigues de Arias.
QUEM?
- Os Chefes da Revolução Acreana:
Antonio de Souza Braga; Rodrigo de Carvalho; Gastão de
Oliveira; Raimundo Barbosa Leite; Joaquim Domingues
Carneiro; Manuel Odorico de Carvalho; Joaquim Alves Maia;
Pedro da Cunha Braga; Luiz Barroso; Hypolio Moreira; João
Passos de Oliveira; Francisco Manuel de Ávila Sobrinho; Antonio
Alencar Araripe; Raymundo Joaquim da Silva Vianna; José
Gadelha Marinho; Luiz Galvez Rodrigues de Arias.
16 assinam o Manifesto.
OBS: Nenhuma das quase 60 assinaturas
colhidas por José Carvalho, na ocasião da
expulsão da delegação boliviana em maio,
constam no referido MANIFESTO.

 Isso pode indicar que o documento não era


consenso entre a elite gomífera local.

Muito menos havia aprovação dos


seringueiros, por mais que o documento fale
em “Vontade Popular” p. 20.
“Asseguram os revolucionários
que toda a goma elástica
baixará, logo que o Brasil [...]”

QUE REVOLUCIONÁRIOS ERAM ESSES?

Os seringueiros?

RSRSRSRS...
O MANIFESTO FALA DE UM
“levantamento patriótico do
POVO ACREANO”
QUE POVO ERA ESSE?

- É provável que os revolucionários quisessem


mostrar à opinião pública que uma fala
unidade em torno do governo de Galvez.
PARA QUEM?
-AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA BRASILEIRA;
- AO POVO BRASILEIRO;
-ÀS PRAÇAS DO COMÉRCIO DE MANAUS E DO PARÁ.
QUANDO?
FEVEREIRO DE 1900
O Acre era uma Torre de Babel.

Lido no Pará em março de 1900


O Estado Independente do Acre vivia a
DESORDEM do retorno de Galvez ao Governo.
Comitiva boliviana chega à região e seu líder
Ladislau Ibarra decreta Estado de Sítio.
Havia dúvidas sobre quem realmente
MANDAVA na região e a quem se devia pagar os
IMPOSOTOS.
Tropas federais são encaminhadas à região.
O GRANDE MEDO: a quebra do Sistema de
Aviamento.
PORQUE e PARA QUE
O MANIFESTO?
-Explicar todos os acontecimento (p.19);
-Firmar os motivos patrióticos (p.16);
- Convencer de que a paz estava assegurada
(p.16);
-Enumerar o progresso do Acre com o advento
do Estado Independente (p.15);
-Assegurar que a exportação da borracha não
seria mais prejudicada (p. 26);
- Influenciar a opinião pública;
-Garantir a neutralidade do Brasil;
-Garantir a liberação dos créditos.
ACREDITEM, SE QUISER
“Da revolução pretendemos
unicamente a glória de trabalhar
pela reivindicação dos seculares
direitos brasileiros [...] Nada
pretendemos, provento algum
alvejamos, posições de natureza
alguma almejamos” p. 30.
“Os brasileiros livres nunca serão
bolivianos. Independência ou morte!”

 Para quem seria a liberdade?


 Para quem seria a independência?
 Para quem seria a morte?
O patriotismo
“Tudo se fez por amor da pátria” p.14

 Eles diziam “defender a integridade da pátria” (p. 14)


 Eles diziam “advogar a causa do Brasil” (p.20).
 Diziam “os acreanos querem ser brasileiros e não tolerarão
que o Brasil os obrigue a reconhecer outra pátria!” (p. 24).
 Diziam que aqueles acontecimento era “uma rebelião
sagrada, que só visava a defesa da pátria brasileira” p. 17.
ESSA ERA A IMAGEM DESEJADA QUE FICOU
EXPOSTA À CONSAGRAÇÃO DA HISTÓRIA
PERGUNTA INOCENTE:
 Após a anexação do Acre ao Brasil com o
Tratado de Petrópolis em 1903 e com a
nacionalidade brasileira garantida a todos
que habitavam na região, porque os
conflitos não cessaram?
 Cadê os LOUROS DA GUERRA ?

 A revolta agora é contra o Gov. Federal.


FIM DA REPUBLIQUETA
15 de março de 1900
“Foram estabelecidas as bases definitivas da
rendição. As argumentações de Galvez
convenceram. Embora ele tivesse alvitrado
a quantia de 800 contos para indenizar os
revolucionários e fazer face aos
compromissos financeiros do Estado do
Acre, acordou-se em teto de 440 contos”

(TOCANTINS, p. 415)

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