Modelagem de
Equilíbrio Térmico
dos Componentes do
Sistema Frigorífico
Aluno:
Daniel Oliveira Mochizuki 0243
Orientador:
Prof. Osvaldo Venturini
1. Introdução................................................................................................................................................................3
2. Compressor ..............................................................................................................................................................4
2.1 – Modelagem Matemática do Compressor ...........................................................................................................4
2.2 – Simulação do Compressor ..................................................................................................................................6
3. Condensador .......................................................................................................................................................... 10
3.1 – Modelagem Matemática do Condensador........................................................................................................ 10
3.1 – Simulação do Condensador .............................................................................................................................. 11
4. Evaporador ............................................................................................................................................................ 14
4.1 – Modelagem Matemática do Evaporador.......................................................................................................... 14
4.2 – Simulação do Evaporador ................................................................................................................................ 15
5. Válvula de Expansão Termostática ....................................................................................................................... 17
5.1 – Modelagem Matemática da Válvula de Expansão Termostática .................................................................... 17
5.1.2 - Abertura Máxima....................................................................................................................................... 17
5.1.2 - Abertura Parcial......................................................................................................................................... 18
5.2 – Simulação da Válvula de Expansão Termostática ........................................................................................... 19
6. Equilíbrio Térmico do Sistema.............................................................................................................................. 21
6.1 – Modelagem Matemática do Sistema em Equilíbrio......................................................................................... 21
6.2 – Simulação do Sistema Frigorífico em Equilíbrio ............................................................................................. 22
7. Conclusões.............................................................................................................................................................. 26
Apêndice A – Tabelas de Dados Calculados................................................................................................................. 27
A.1 – Dados para o Compressor................................................................................................................................ 27
Apêndice B – Código Fonte das Rotinas Computacionais............................................................................................ 29
B.1 – Cálculo de Fevap ................................................................................................................................................ 29
B.2Cálculo de KA...................................................................................................................................................... 30
B.3 – Função para Cálculo iterativo da Pressão de Saturação................................................................................. 32
1. Introdução
tc=30 ºC
Q0 WR WT WT
T0 (°C) (Mcal/h) (Bhp) T0 (°C) Vdes (m³/s) mf (kg/s) ηvr (kcal/s) (kW) ηg rp
-40,0
-35,0 13,1 8,7 -35,0 0,028 0,090 0,563 1,29 5,39 0,830 9,1
-32,5 15,8 9,8 -32,5 0,028 0,108 0,608 1,46 6,13 0,838 8,1
-30,0 18,5 10,9 -30,0 0,028 0,125 0,639 1,61 6,75 0,830 7,3
-27,5 21,8 11,9 -27,5 0,028 0,146 0,679 1,78 7,45 0,840 6,6
-25,0 25,2 12,8 -25,0 0,028 0,168 0,707 1,92 8,05 0,843 5,9
-22,5 29,1 13,7 -22,5 0,028 0,193 0,741 2,07 8,65 0,847 5,4
-20,0 33,4 14,5 -20,0 0,028 0,220 0,770 2,20 9,22 0,853 4,9
-17,5 37,8 15,2 -17,5 0,028 0,247 0,791 2,31 9,67 0,853 4,4
-15,0 43,0 15,9 -15,0 0,028 0,280 0,819 2,42 10,15 0,856 4,0
-10,0 54,1 17,0 -10,0 0,028 0,348 0,857 2,58 10,82 0,854 3,4
-7,5 60,2 17,5 -7,5 0,028 0,385 0,871 2,63 11,02 0,844 3,1
-5,0 67,1 17,9 -5,0 0,028 0,426 0,890 2,68 11,23 0,841 2,8
-2,5 74,5 18,2 -2,5 0,028 0,471 0,908 2,72 11,40 0,840 2,6
0,0 82,0 18,5 0,0 0,028 0,515 0,917 2,71 11,37 0,824 2,4
5,0 97,4 18,8 5,0 0,028 0,605 0,926 2,62 10,98 0,783 2,0
7,5 106,2 18,9 7,5 0,028 0,657 0,931 2,54 10,65 0,755 1,9
10,0 115,3 18,9 10,0 0,028 0,709 0,936 2,41 10,11 0,717 1,8
Tabela 2.1: Dados de catálogo e parâmetros calculados para Tc = 30ºC
Para as demais temperaturas de condensação, as tabelas são dadas no Apêndice A. Assim, plotando-se
o rendimento volumétrico real calculado contra a relação de pressão em um gráfico de dispersão e
adicionando-se uma linha de tendência entre os pontos, chega-se a uma expressão para o rendimento
volumétrico real em função da relação de pressão, como mostrado em Gráfico 1. Portanto, o
rendimento volumétrico real é dado por:
0,900
0,800
Rendimento Volumétrico Real
0,700
0,600
0,500
0,400
0,0 5,0 10,0 15,0
Relação de Pressão
2
y = 0,0015x - 0,0666x + 1,0492
O modelo matemático apresentado para a modelagem do evaporador pode ser aplicada tando
para água como para o ar usados como meios de resfriamento, porém não se aplica para condensadores
evaporativos. No caso do condensador selecionado, a condensação é à ar.
Do balanço de energia no condensador, tem-se que:
. .
Q C = m f (h2 − h3 ) (3.1)
por outro lado, o calor trocado entre o fluido refrigerante e o ar de resfriamento é dado por:
.
Q cond = ( AU )c ⋅ ∆Tml (3.2)
porém, o cálculo da condutância global de transferência de calor é complexo e exige conhecimento das
caracterísitcas construtivas do condensador e de dados não disponibilizados pelos fabricantes. Assim, é
satisfatório o uso de uma metodologia mais simplificada, onde:
.
Q cond = Fcond ⋅ (Tc − TAEC ) (3.3)
sendo TAEC é a temperatura do ar na entrada. Como Fcond varia somente com a vazão do ar pelo
condensador e a rotação dos ventiladores é constante, o valor de Fcond será considerado constante
durante toda a simulação.
Como a determinação do subresfriamento é feita de forma empírica, para a simulação do
condensador será usado o gráfico 3.1, que relaciona o superaquecimento com a diferença entre a
temperatura de condensação e a temperatura do ar na entrada.
Qc Fcond
∆T (ºC) (kcal/h) (kcal/hºC) Fcond (kW/ºC)
0 0 - -
3 30960 10320 12,01139067
6 61920 10320 12,01139067
9 92880 10320 12,01139067
10 103200 10320 12,01139067
12 123840 10320 12,01139067
15 154800 10320 12,01139067
18 185760 10320 12,01139067
Tabela 3.1: Dados de catálogo e Fcond calculado.
De posse de Fcond, em programação MatLab, pode-se calcular Qcond para qualquer outro ∆T, em
sequida a vazão mássica e, finalmente a capacidade frigorífica que o condensador pode atender. A
seguir são mostrados os resultados da simulação do evaporador para variações na temperatura do ar
ambiente (temperatura na entrada do condensador) e variações na temperatura de condensação.
Gráfico 3.2: Simulação da capacidade frigorífica que pode ser atendida pelo condensador.
T0 (ºC) -4 -3 -2 -1 0 1 2
Fevap (kcal/hºC) 3627,5 3669,7 3711,9 3754,2 3796,4 3838,6 3880,8
Média 3754,157143
Tabela 4.1: Dados de catálogo e Fevap calculado.
A rotina computacional em linguagem MatLab para cálculo Fevap é mostrada no Apêndice B.1.
4.2 – Simulação do Evaporador
apartir dos dados de catálogo pode-se determinar Ka e simular a válvula em qualquer condição de
operação.
A partir dos dados de catálogo da válvula O55 e aplicando os fatores de correção indicados, a
seguinte tabela de capacidades é gerada.
Qo [TR]
T0 [°F] 40 20 0 -10 -20 -40
Tc [°C] 4,44 -6,67 -17,78 -23,33 -28,89 -40,00
-17,78 0 125,67606 121,06263 89,214788 73,301229 55,627075 41,945354
-12,22 10 121,64799 117,18242 86,355339 70,95183 53,844156 40,600951
-6,67 20 116,81429 112,52616 82,924001 68,132552 51,704653 38,987668
-1,11 30 112,78621 108,64595 80,064553 65,783154 49,921734 37,643266
4,44 40 107,95252 103,98969 76,633215 62,963876 47,782231 36,029983
10,00 50 103,92444 100,10948 73,773767 60,614478 45,999312 34,685581
15,56 60 99,090743 95,453227 70,342429 57,7952 43,859809 33,072298
21,11 70 94,257049 90,796972 66,911091 54,975922 41,720306 31,459015
26,67 80 90,22897 86,91676 64,051642 52,626523 39,937387 30,114613
32,22 90 85,395275 82,260505 60,620304 49,807245 37,797884 28,50133
37,78 100 80,56158 77,60425 57,188966 46,987967 35,658381 26,888047
43,33 110 75,727885 72,947995 53,757628 44,168689 33,518878 25,274764
48,89 120 70,89419 68,29174 50,32629 41,349411 31,379375 23,661482
54,44 130 66,060496 63,635485 46,894952 38,530133 29,239873 22,048199
60,00 140 61,226801 58,97923 43,463614 35,710855 27,10037 20,434916
Tabela 5.1: Dados de com correção.
O superaquecimento necessário para a abertura da válvula pode ser regulado por meio de
parafuso a partir de uma condição de operação de referência, que definirá a pressão que a mola
exercerá no diafragma no sentido de fechamento da agulha, assim:
Pbulbo = Pmola + P0 (4.5)
Assim, pode-se simular a faixa de superaquecimento mantido pela válvula, bem como a vazão
mássica que passa por esta e o efeito frigorífico resultante.
Gráfico 5.1: Simulação da faixa de superaquecimento mantido pela válvula.
Para o equilíbrio dos componentes do sistema frigorífico, será considerado um tanque contendo
água no qual o processo de refriamento ocorerá em três fases: resfriamento da massa de água até 0ºC,
transformação de toda a massa de água em gelo à temperatura constante e resfriamento final da massa
de gelo até a tempertura desejada. Assim, dos componentes modelados anteriormente, apenas o
condensador sofrerá alteração da condesação à ar para água, oque não causará mudança significativa
pois o Fcond permanecerá o mesmo e como este é função somente da vazão da água de resfriamento que
será constante durante o processo, Fcond também permanecerá constante.
sendo:
mTotal = m gelo ⋅ mágua (6.4)
Implementando toda a modelagem e MatLab, com um critério de parada por tempo, temos os
seguintes resultados para a simulação.
COP x t
9
8
Coeficiente de Performance [1]
2
0 500 1000 1500 2000 2500
tempo [min]
Gráfico 6.1: Simulação do COP do sistema.
4
x 10 Qxt
14
Q0
Qcarg
12
Qc
Wr
10
Potencia [kcal/h]
0
0 500 1000 1500 2000 2500
tempo [min]
Tx t
50
T0
40 Tc
Ttanq
30
20
Temperatura [oC]
10
-10
-20
-30
-40
-50
0 500 1000 1500 2000 2500
tempo [min]
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500
tempo [min]
DTSR x t
2
1.5
Subresfriamento [oC]
0.5
-0.5
0 500 1000 1500 2000 2500
tempo [min]
2000
Vazao [kg/s]
1500
1000
500
0
0 500 1000 1500 2000 2500
tempo [min]
Pxt
1800
pbulboss
1600 pbulboos
p0
1400 pc
1200
Pressao [kPa]
1000
800
600
400
200
0
0 500 1000 1500 2000 2500
tempo [min]
tc=40 C
Q0 WT WT WT
T0 (°C) (Mcal/h) (Bhp) T0 (°C) Vdes (m³/s) mf (kg/s) ηvr (kcal/s) (kW) ηg rp
-40,0
-35,0
-32,5 12,1 9,2 -32,5 0,028 0,089 0,503 1,38 5,79 0,844 10,4
-30,0 14,6 10,5 -30,0 0,028 0,106 0,544 1,58 6,61 0,844 9,4
-27,5 17,5 11,8 -27,5 0,028 0,127 0,588 1,78 7,46 0,848 8,4
-25,0 20,6 13,0 -25,0 0,028 0,148 0,623 1,97 8,26 0,852 7,6
-22,5 24,0 14,2 -22,5 0,028 0,171 0,658 2,16 9,04 0,853 6,9
-20,0 27,9 15,2 -20,0 0,028 0,198 0,693 2,35 9,84 0,868 6,3
-17,5 31,9 16,2 -17,5 0,028 0,225 0,718 2,51 10,52 0,871 5,7
-15,0 36,5 17,2 -15,0 0,028 0,255 0,748 2,68 11,23 0,876 5,2
-10,0 46,7 18,8 -10,0 0,028 0,322 0,795 2,98 12,48 0,890 4,3
-7,5 52,2 19,6 -7,5 0,028 0,358 0,811 3,09 12,96 0,887 4,0
-5,0 58,3 20,4 -5,0 0,028 0,398 0,830 3,20 13,41 0,881 3,6
-2,5 64,6 21,0 -2,5 0,028 0,438 0,845 3,31 13,85 0,885 3,3
0,0 71,4 21,6 0,0 0,028 0,481 0,856 3,38 14,17 0,880 3,1
5,0 86,3 22,5 5,0 0,028 0,575 0,880 3,49 14,62 0,871 2,6
7,5 94,4 22,9 7,5 0,028 0,625 0,886 3,50 14,67 0,859 2,4
10,0 102,8 23,3 10,0 0,028 0,677 0,894 3,48 14,56 0,838 2,3
tc=50 C
T0 WT WT
T0 (°C) Q0 (Mcal/h) WT (Bhp) (°C) Vdes (m³/s) mf (kg/s) ηvr (kcal/s) (kW) ηg rp
-40,0
-35,0
-32,5
-30,0
-27,5 14,4 11,2 -27,5 0,028 0,114 0,527 1,80 7,52 0,901 10,7
-25,0 17,1 12,7 -25,0 0,028 0,134 0,563 2,02 8,45 0,892 9,7
-22,5 19,9 14,1 -22,5 0,028 0,154 0,594 2,21 9,27 0,882 8,8
-20,0 23,1 15,5 -20,0 0,028 0,178 0,623 2,42 10,13 0,876 8,0
-17,5 26,6 16,7 -17,5 0,028 0,203 0,651 2,62 10,97 0,881 7,2
-15,0 30,5 18 -15,0 0,028 0,232 0,678 2,82 11,81 0,880 6,6
-10,0 39,6 20,4 -10,0 0,028 0,297 0,731 3,23 13,52 0,889 5,5
-7,5 44,4 21,4 -7,5 0,028 0,330 0,748 3,39 14,21 0,890 5,0
-5,0 49,8 22,5 -5,0 0,028 0,368 0,768 3,57 14,94 0,890 4,6
-2,5 55,5 23,5 -2,5 0,028 0,407 0,786 3,73 15,62 0,891 4,2
0,0 61,5 24,4 0,0 0,028 0,448 0,798 3,87 16,20 0,890 3,9
5,0 74,7 26,1 5,0 0,028 0,538 0,823 4,11 17,23 0,885 3,3
7,5 82 26,9 7,5 0,028 0,587 0,832 4,20 17,62 0,878 3,1
10,0 89,6 27,6 10,0 0,028 0,638 0,842 4,26 17,86 0,868 2,9
Apêndice B – Código Fonte das Rotinas Computacionais
B.2Cálculo de KA