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Após a leitura de algumas análises já enviadas para o Fórum, decidi

seleccionar o trabalho do colega João Evaristo para elaborar um breve


comentário. Considero que se trata de uma análise muito completa, bem
conseguida do ponto de vista da sistematização das ideias e que esclarece,
com clareza, os vários aspectos do documento. Escolhi três excertos e
acrescentei algumas ideias.

1-“…os factores que se podem considerar decisivos para o sucesso da missão


que tanto o Manifesto da Unesco/ IFLA como a declaração da IASL apontam
para a biblioteca escolar: entre esses factores destacam-se os níveis de
colaboração entre o/a professor/a coordenador/a da biblioteca escolar e os
restantes professores na identificação de recursos e no desenvolvimento de
actividades conjuntas orientadas para o sucesso do aluno; a acessibilidade e a
qualidade dos serviços prestados; a adequação da colecção e dos recursos
tecnológicos.”

Parece-me que a existência, dentro das escolas; de professores especialistas


em bibliotecas escolares também se pode considerar decisivo. O investimento
feito na formação destes profissionais garantiu às escolas um suporte técnico
que permitiu potenciar os recursos adquiridos, a qualidade da colecção e
melhorar o sucesso dos alunos. O esforço que dedicam ao seu funcionamento
e dinamização são fundamentais para aproximar os alunos da biblioteca e nem
sempre terão êxito.

2-“Esta análise, sendo igualmente um princípio de boa gestão e um


instrumento indispensável num plano de desenvolvimento, permite contribuir
para a afirmação e reconhecimento do papel da BE, permite determinar até que
ponto a missão e os objectivos estabelecidos para a BE estão ou não a ser
alcançados...”

Parece-me importante a afirmação do papel da Biblioteca escolar como um


recurso imprescindível de apoio às aprendizagens. O reconhecimento de um
serviço que deixou de ser um departamento anexo da escola e se converteu
num instrumento necessário para desenvolver os currículos e o projecto
educativo, através dos serviços e programas que oferece. Assim concebida, a
biblioteca pode responder às necessidades e actividades que derivam do
processo de ensino-aprendizagem, as suas actividades apoiam, favorecem e
enriquecem a programação dos professores. Para que a sua utilização passe a
ser uma prática corrente, é exigida uma organização estável e um
compromisso com a melhoria das tarefas dos docentes o que se traduz na
organização dos fundos, na planificação e divulgação das actividades e no
conhecimento que a comunidade escolar tem dos seus serviços.

3-“Note-se que, na maioria dos casos, esse desempenho não depende da


acção isolada da própria BE, estando envolvidos outros actores, como o
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Conselho Executivo e os professores de sala de aula, pelo que a avaliação da
BE acaba, de facto, por envolver e implicar toda a Escola. Neste sentido, as
acções para a melhoria devem constituir um compromisso da escola, na sua
globalidade, já que um melhor desempenho da BE irá beneficiar o trabalho de
todos, professores e alunos.”

A biblioteca converteu-se no centro de informação de referência da escola e, só


por si, melhorou a rede de comunicação entre os membros da comunidade
educativa, diferentes departamentos e orgãos. Os seus serviços e actividades
propiciam a integração multicultura e oferecem alternativas de desenvolvimento
pessoal e colectivo, o que pode significar a sua abertura em horário não lectivo,
a colaboração com autarquias, bibliotecas municipais ou livrarias. A biblioteca
escolar encontra-se numa encruzilhada decisiva porque tem que servir um
conhecimento que é, agora, multidisciplinar. Precisa de tornar evidente aos
professores, ao Conselho Executivo, que, para todas as áreas, é necessário
incorporar competências, para que os alunos consigam ler, escrever, pesquisar
e produzir conhecimento nas várias disciplinas.

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