1) O documento discute os conhecimentos necessários para um bom coordenador de polo de apoio presencial na educação a distância, além dos requisitos legais;
2) A legislação atual exige apenas formação acadêmica dos coordenadores, sem levar em conta habilidades gerenciais importantes para a função;
3) O autor sugere que coordenadores também devem ter conhecimentos em gestão estratégica, de infraestrutura, de pessoas, de processos e marketing para melhor gerenciar os polos.
1) O documento discute os conhecimentos necessários para um bom coordenador de polo de apoio presencial na educação a distância, além dos requisitos legais;
2) A legislação atual exige apenas formação acadêmica dos coordenadores, sem levar em conta habilidades gerenciais importantes para a função;
3) O autor sugere que coordenadores também devem ter conhecimentos em gestão estratégica, de infraestrutura, de pessoas, de processos e marketing para melhor gerenciar os polos.
1) O documento discute os conhecimentos necessários para um bom coordenador de polo de apoio presencial na educação a distância, além dos requisitos legais;
2) A legislação atual exige apenas formação acadêmica dos coordenadores, sem levar em conta habilidades gerenciais importantes para a função;
3) O autor sugere que coordenadores também devem ter conhecimentos em gestão estratégica, de infraestrutura, de pessoas, de processos e marketing para melhor gerenciar os polos.
O presente trabalho tem como objetivo apresentar e discutir uma srie de competncias complementares s exigidas legalmente que auxiliaro a figura do Coordenador de Polo no processo de gerenciamento de um Polo de Apoio Presencial. Entende-se que, apenas com os pr-requisitos mnimos exigidos por lei, que privilegiam os aspectos acadmicos em detrimento de conhecimentos de prticas de gesto, os Coordenadores de Polo podem no se mostrar preparados para o exerccio de suas funes. Desta forma, num cenrio de expressivo crescimento de cursos de Educao a Distncia (EaD), no tendo as competncias tcnicas necessrias, os coordenadores de Polos podero no suprir as necessidades do Polo, conseqentemente, no atendero as expectativas, demandas e necessidades dos alunos, professores e da prpria comunidade. Sugere-se, ento, alguns processos de gesto que podero auxili-los em suas tarefas, a saber: gesto estratgica, gesto da infra-estrutura, gesto de pessoas, gesto de processos, gesto de marketing. Os pr-requisitos bsicos para a contratao de um coordenador de Polo no exigem, a certificao dos conhecimentos nas reas de gesto, mas a necessidade imposta pelo meio, cada vez mais requer tais conhecimentos.
Palavras-chave: Educao a Distncia, Gesto de Polos, Polo de Apoio Presencial, Universidade Aberta do Brasil.
Introduo
A Educao a Distncia (EaD) uma modalidade de ensino que surgiu nos ltimos anos como forma de democratizar o ensino, levando educao acregies remotas ou quelas pessoas que no dispem de tempo para realizar um curso presencial. Nos pases desenvolvidos esse modo de ensino h tempos bastante utilizado, mas no Brasil, o ensino superior atravs da universidade virtual como se entende hoje, s surgiu a partir da metade da dcada de 1990 (TORRES e VIANNEY, 2003). Como ressaltam os autores: Somente a partir de 1994, com a expanso da Internet junto s Instituies de Ensino Superior (IES), e com a publicao da Lei de Diretrizes e Bases para a Educao Nacional (LDB), em dezembro de 1996, que oficializa a EAD como modalidade vlida e equivalente para todos os nveis de ensino, que a universidade brasileira dedica- se pesquisa e oferta de cursos a distncia com o uso de novas tecnologias. (TORRES e VIANNEY, 2003, p.2). No entanto, mesmo com o compromisso firmando pela LDB em 1996 de se incentivar a EaD no pas, o governo federal apresentou um programa abrangente de democratizao do ensino superior no Brasil somente em 2006, quando foi institudo, atravs do Decreto n 5.800 de 8 de junho de 2006, o sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). (SILVA, et al., 2010, p.2). Esta, atravs de um convnio entre governo federal, estadual e municipal, proporciona, na prtica uma nova fase da EaD. Assim, atravs do sistema UAB, a educao superior interioriza-se pelo Brasil. Com a criao dos Polos de Apoio Presenciais, torna-se possvel disseminar o ensino de qualidade, levando-o localidades consideradas estratgicas. Segundo Silva et al. (2010), este Polo UAB se constitui como o brao operacional da instituio de ensino superior na cidade do estudante (ou na mais prxima dele), onde acontecem os encontros presenciais, o acompanhamento e orientao para os estudos, as prticas laboratoriais e as avaliaes presenciais. (SILVA et al., 2010, p.3). No entanto, a gesto destes Polos de Apoio Presenciais tem constitudo um problema. Com o grande crescimento da oferta de cursos de EaD nos ltimos anos, os Polos cresceram de maneira acelerada. O nmero de Instituies de Ensino Superior (IES) conveniadas e de cursos oferecidos aumentou significativamente em vrios destes Polos, bem como o nmero de colaboradores que ali atuam e o nmero de alunos atendidos. Com este aumento da oferta de cursos, de colaboradores trabalhando e de alunos atendidos, em um espao to curto de tempo, tem requerido, cada vez mais conhecimentos especficos, no apenas na parte pedaggica, mas tambm, na conduo administrativa destes Polos. Assim, com a legislao que trata da seleo e contratao dos Coordenadores do Plos privilegiando apenas aspectos acadmicos, em detrimento de conhecimentos de prticas de gesto, possvel que, apenas com os pr-requisitos mnimos exigidos por lei, os Coordenadores de Polo no se mostrem preparados para exercer suas funes, encontrando dificuldades em exercer o seu trabalho. Desta forma, no tendo as competncias tcnicas necessrias, os mesmos podero no suprir as necessidades do Polo, conseqentemente, no atendero as expectativas, demandas e necessidades dos alunos, professores e da prpria comunidade. Neste contexto o presente trabalho procura apresentar e discutir uma srie de outras competncias complementares s exigidas legalmente que auxiliaro a figura do Coordenador de Polo no processo de gerenciamento de um Polo de Apoio Presencial.
2. A EaD no Brasil e o Sistema UAB
A UAB um sistema integrado por universidades pblicas que oferece cursos de nvel superior a populao que tem dificuldade de acesso formao universitria, sendo por morarem em locais remotos ou devido falta de tempo para faz-lo na modalidade presencial. Por meio do uso da metodologia da educao distncia o pblico em geral atendido. (BRASIL, 2011). Assim, o Sistema UAB propicia a articulao que estimula a parceria dos trs nveis governamentais (federal, estadual e municipal) com as universidades pblicas e demais organizaes interessadas, descentralizando o ensino e levando para o interior, viabilizando mecanismos alternativos para o fomento, a implantao e a execuo de cursos de graduao e ps-graduao de forma consorciada. Neste cenrio nota-se um crescimento vertiginoso na oferta de cursos de EaD. No sistema UAB, por exemplo, de 2007 a julho de 2009, foram aprovados e instalados 557 Polos de apoio presencial com 187.154 vagas criadas. A UAB, ademais, em agosto de 2009, selecionou mais 163 novos Polos, no mbito do Plano de Aes Articuladas, para equacionar a demanda e a oferta de formao de professores na rede pblica da educao bsica, ampliando a rede para um total de 720 Polos. Tamanho crescimento vem exigindo, cada vez mais, conhecimentos especficos por parte do coordenador do Polo, profissional capacitado que cuidar desse ambiente de aprendizado garantindo o atendimento ao aluno, professor, tutores e a comunidade.
2.1 - Coordenador de Polo
O coordenador de Polo ser o intermdio entre o Municpio e as IES para atender aos anseios do pblico que quer atingir. Essa pessoa ser responsvel por manter o pleno funcionamento do Polo de Apoio Presencial, cuidando da gesto interna como a equipe de professores, tutores e alunos, bem como das instalaes fsicas, dos aparatos das tecnologias assistivas e laboratrios para a prtica de ensino, essenciais para o desenvolvimento dos estudos. Pela legislao brasileira, para exercer esta funo a exigncia ser professor graduado da rede pblica de ensino e comprovar, no mnimo, trs anos de experincia em magistrio na educao bsica ou superior. A expectativa do adequado exerccio da funo de Coordenador de Polo prev, segundo as atribuies do coordenador do Polo disciplinadas pelo Anexo I da Resoluo CD/FNDE N 26, de 5 de junho de 2009 que, o mesmo ser responsvel por (BRASIL, 2011): acompanhar e coordenar as atividades docentes, discentes e administrativas do Polo; garantir s atividades da UAB a prioridade de uso da infra-estrutura do Polo; participar das atividades de capacitao e atualizao. elaborar e encaminhar UAB/DED/CAPES, relatrio semestral das atividades no Polo, ou quando solicitado; elaborar e encaminhar coordenao do curso, relatrio de frequncia e desempenho dos tutores e tcnicos atuantes no Polo; acompanhar as atividades de ensino, presenciais e a distncia; acompanhar e gerenciar o recebimento de materiais no Polo, e a entrega dos materiais didticos aos alunos; zelar pela a infra-estrutura do Polo; relatar problemas enfrentados pelos alunos ao coordenador do curso; articular, junto s IPES presentes no Polo de apoio presencial, a distribuio e o uso das instalaes do Polo para a realizao das atividades dos diversos cursos; organizar, junto com as IPES presentes no Polo, calendrio acadmico e administrativo que regulamente as atividades dos alunos no Polo; articular-se com o mantenedor do Polo com o objetivo de prover as necessidades materiais, de pessoal e de ampliao do Polo; receber e prestar informaes aos avaliadores externos do MEC. Esses requisitos visam garantir a boa prtica do ensino, aprimorando a qualidade e formatando as rotinas administrativas dentro de um Polo de Apoio presencial. Nota-se uma grande importncia da figura do Coordenador de Polo, que concentra, em sua pessoa, uma parte estratgica das atividades da EaD. Alm disso, observando-se as atribuies e responsabilidades acima descritas, verifica-se que o coordenador de polo deve ter um conhecimento amplo, no apenas na parte pedaggica, mas tambm, na conduo administrativa do polo. Como ressaltam Cardoso, Moreira e Battisti (2011, p.5). A diretriz de seleo para o coordenador de polo privilegia a condio pedaggica do candidato na medida em que explicita, na legislao pertinente, a necessidade de ser um professor com experincia comprovada na educao bsica ou superior de, no mnimo, trs anos. Muitas vezes, os selecionados tm um excelente currculo acadmico, mas administrativamente no detm os conhecimentos necessrios para conduo de um polo de apoio presencial. Desta forma, v-se a necessidade de serem realizadas capacitaes para que se atendam as expectativas esperadas na gesto de um polo. Assim, o gerenciamento de um Polo mais complexo do que aparenta e exige muito mais do que os pr-requisitos necessrios exigidos por lei.
Neste sentido, a FIG.1 exemplifica a realidade complexa que envolve a funo do coordenador de Polo.
Figura 1: Rede de relacionamentos do Coordenador de Polo Fonte: Elaborao prpria
Freeman (2003) explica com propriedade como gerir uma instituio de EAD: Gerir uma instituio de EAD requer uma diversidade de conhecimentos muito maior do que gerir uma escola, um liceu ou uma universidade, e, no seu todo, no ser possvel recrutar pessoal com estes conhecimentos. A instituio ter de desenvolver o seu prprio pessoal, at que ele atinja a diversidade e profundidade de conhecimentos necessrios. Realisticamente, isto demora o seu tempo, e no ser exagero dizer que uma nova instituio de EAD precisa de 2 a 5 anos at que o ncleo do seu pessoal atinja o pleno da sua capacidade operacional. (FREEMAN, 2003, p.11). Neste sentido, como argumentam Silva et al. (2010), dado a complexidade envolvendo toda a organizao e gerenciamento do Polo, diversas seriam as competncias necessrias ao gestor para garantir uma efetiva e profcua gesto, entre elas os autores destacam: competncias ligadas a gesto de pessoas, infraestrutura, processos, estratgico e de marketing.
3 - Sugestes das Competncias para o Gestor de Polo
3.1 Gesto de Pessoas
As pessoas so a razo da existncia de qualquer organizao. Portanto para que uma organizao atinja os seus objetivos a equipe deve estar alinhada a um objetivo comum. Nisso Coordenador de Polo - Laboratrio - Salas de Aula - Salas de Vdeo - Conferncia
Recursos Humanos - Tutor Distncia - Professor - AVA - Cursos - Disciplinas
Instituies Alunos Agente Financiador - Relatrios - Procedimentos - Recebimento e Envio de Documentos
Processos surge a Gesto de Pessoas, que formata os processos de Recursos Humanos. a funo administrativa que liga os objetivos, criando uma sinergia em que as pessoas so a fora motriz de qualquer negcio. Chiavenato (2008) prope os seis processos de gesto de pessoas, estes processos so: a) Agregar pessoas: processos utilizados para incluir novas pessoas na empresa; b) Aplicar pessoas: processo utilizado para desenhar as atividades a serem desempenhadas pelas pessoas na empresa, orientar e acompanhar seu desempenho; c) Recompensar pessoas: processo utilizado para incentivar as pessoas e satisfazer as suas necessidades individuais mais elevadas; d) Desenvolver pessoas: processo utilizado para capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal; e) Manter pessoas: processo utilizado para criar condies ambientais e psicolgicas satisfatrias para as atividades das pessoas; e f) Monitorar pessoas: processo utilizado para acompanhar e controlar as atividades das pessoas e verificar resultados. O gestor de Polo, visando equalizao do seu quadro de colaboradores, deve usar alguns passos aqui elencados. A Gesto de Pessoas possibilita, ao Coordenador, conduzir o seu quadro pessoal da melhor forma, avaliando, conduzindo e aplicando as correes necessrias em um grupo de pessoas.
3.2 Infra-estrutura
O Polo UAB, aonde centraliza o atendimento aos alunos, um desmembramento da Instituio Pblica de Ensino Superior na cidade em que o estudante mora ou pelas cidades vizinhas. L acontecem os encontros presenciais, onde so praticados os seminrios, aplicaes de provas, grupo de estudos. o principal meio de socializao para o aluno de EAD. A fim de manter o atendimento aos alunos, a infra-estrutura do Polo deve estar em boas condies fsicas, os espaos e moblias compatveis e adequados, a rede eltrica adequada para suporte dos equipamentos, acessibilidade, segurana, enfim, ambientes compatveis ao bom andamento das atividades educativas. Segundo o INEP (2011), as instalaes necessrias para o funcionamento de um Polo so: Sala para Coordenao do Polo; Sala para Secretaria Acadmica; Sala para Tutores Presenciais; Sala de aula tpica; Sala para Professores; Sala de videoconferncia; Auditrio ou espao adequado para reunio; Laboratrio de informtica; Biblioteca; Banheiros e outras dependncias. O Gestor deve manter e assegurar que todas estas partes que integrem um Polo sejam bem cuidadas a fim de manter um ambiente propcio para a prtica de ensino.
3.3 Processo
Todos os processos tm um comeo meio e fim. Em um Polo temos os livros que podemos tomar emprestado, o uso dos laboratrios, os atendimentos feitos aos alunos, o acompanhamento a uma vdeo-aula. Para tudo deve existir uma norma. Para atingir a equalizao no atendimento e assegurar que os procedimentos sejam cumpridos o Gestor deve estar munido de ferramentas que o auxiliem na coordenao destas tarefas. Conforme Ribeiro, Timm e Zaro (2007, p.2), vemos os desafios de inerentes ao EAD:
A elaborao de programas de educao a distncia para um grande nmero de estudantes encerra desafios relacionados s necessidades de logstica, suporte de tutoria, produo de material e etc. Ao pensar-se em termos de escala, projetos com milhares de alunos, abandonam-se as experincias fragmentadas ou isoladas, ou o amadorismo (solues improvisadas) com que muitas equipes permitem-se trabalhar, seja por trabalharem com um nmero reduzido de alunos ou por estarem nos primeiros estgios da EAD dentro da organizao escolar, em fase de adoo de polticas de fomento e de diversidade de experincias de EAD.
Neste sentindo entendemos que os processos o meio em que uma srie de rotinas levam a determinado resultado. Visando a excelncia no atendimento o Gestor deve ter conhecimentos dos processos e ter capacidade intelectual para formatar essas rotinas de trabalho visando polticas que tornem as rotinas em um Polo estruturado.
3.4 Estratgico
Para Slack et. al (1996, p.96) estratgia um padro global de decises e aes que posicionam a organizao em seu ambiente e tm o objetivo de faz-la atingir os seus objetivos a longo prazo. Chandler (1962, p13) define estratgia como a determinao das metas bsicas de logo prazo de dos objetivos da empresa, assim como a adoo dos cursos de ao e da alocao dos recursos necessrios para levar a cabo estas metas. A estratgia surge como uma forma de unificar a viso e a misso do Polo. O Gestor deve ter esses conceitos claros para que ele e seus comandados saibam para onde ir e que rumo seguir. Contudo, to importante quanto definir os papis e funes dentro de um CEAD, a identificao clara de todas as atividades a serem desempenhadas. O detalhamento dessas aes deve carregar informaes relativas ao grau de importncia, prioridade das aes, etapas de implementao das aes, custos, estratgias de emergncia e rotinas de atividade (RUMBLE, 2003 apud ONTINI, TIMM, ZARO, 2007, P.11) A estratgia em um Polo definir as metas para alcanar os objetivos traado, alm de deixar claro para o corpo docente qual tipo de produto oferecido, quais so os clientes e quais as metas a serem atingidas em longo prazo. Assim um Polo poder atingir um grau de eficincia com suas metas definidas.
3.5 Marketing
Outra rea que poderia colaborar com a gesto do Polo de apoio presencial seria a gesto de Marketing. Nas definies de Nickels e Wood (1997, p.4) Marketing o processo de estabelecer e manter relaes de troca mutuamente benficas com clientes e outros grupos de interesse. A idia aqui apresentada para o Coordenador de Polo refere-se ao Marketing de Relacionamento. Nickels e Wood (1997, p.5) elencam oito pontos do que seria o Marketing de Relacionamento: 1. nfase em manter os clientes atuais, bem como conquistar novos; 2. Orientao para logo prazo; 3. Interesse em vendas mltiplas e relacionamentos duradouros; 4. Alto nvel de compromisso com os clientes; 5. Pesquisa contnua a respeito das necessidades dos clientes utilizada para melhorar o relacionamento; 6. Sucesso significa lealdade do cliente, compras repetidas, recomendaes dos clientes e baixa rotatividade de clientes; 7. Qualidade uma preocupao de todos os empregados; 8. Alto grau de compromisso com o servio. Segundo Gonalves (2002) toda estratgia elaborada dever ser implementada atravs de planos estratgicos, operacionais e tticos. O autor ainda refora a necessidade de conexo entre os setores da empresa, afim de que se haja sintonia, interligando os setores da organizao, usando a sinergia para a obteno de resultados positivos. A rea de marketing procura fidelizar o cliente. Todos dentro do Polo esto envolvidos na formao do aluno, todos no final sero responsveis pelo sucesso atingido pelo Polo.
CONSIDERAES FINAIS
A Educao a Distncia (EaD), no ensino de graduao, uma modalidade de ensino que tem como objetivo interiorizar e democratizar o ensino, levando educao a regies remotas e pessoas que outrora no teriam fcil acesso. A Universidade Aberta do Brasil (UAB), atravs de um convnio entre governo federal, estadual e municipal, proporciona, na prtica uma nova fase da EaD. Assim a educao superior interioriza-se pelo Brasil. Com a criao dos Polos de Apoio Presenciais, torna-se possvel disseminar o ensino de qualidade, levando-o localidades consideradas estratgicas. Nos ltimos anos o sistema UAB tem tido um crescimento exponencial, aumentando tambm a complexidade das rotinas em um Polo. No entanto, a gesto destes Polos de Apoio Presenciais tem constitudo um problema. A pessoa responsvel pelo seu funcionamento e gerenciamento, observando a legislao vigente, deve ser um professor da rede pblica de ensino, graduado, com no mnimo trs anos de experincia em magistrio na educao bsica ou superior, no tendo que necessariamente possuir nenhum conhecimento acerca das prticas administrativas ou de gesto. O coordenador de Polo no tendo os conhecimentos nas reas de Gesto pode no conseguir desempenhar o seu papel, ofuscando a qualidade das atividades prestadas pelo Polo. Assim, sob esta discusso emergiu o presente trabalho que objetivou apresentar e discutir uma srie de outras competncias complementares s exigidas legalmente que auxiliaro a figura do Coordenador no processo de gerenciamento do Polo. Sugere-se, ento, alguns processos de gesto que podero dar suporte ao coordenador de Polo nesta sua funo, a saber: gesto estratgica, gesto da infra-estrutura, gesto de pessoas, gesto de processos, gesto de marketing. A Gesto de Pessoas tem umas das reas administrativas de funo essencial, aplicando da melhor forma os profissionais envolvidos. Em infra-estrutura temos as condies fsicas de um Polo, e o seu perfeito estado garantir condies que permitem os encontros presenciais. J na Gesto de Processos, visando a excelncia no atendimento do pblico, os procedimentos dentro um Polo devem ser formatados, garantindo que os procedimentos burocrticos sejam cumpridos. A rea de Gesto Estratgica serve para unificar as metas e para todos dentro de um Polo saibam qual servio a prestar e quais os objetivos a serem alcanados. No Marketing de Relacionamento temos a troca de benefcios e de unir todas as pessoas envolvidas, alm da comunidade, estejam focadas na formao de alunos. Os pontos aqui apresentados das reas de Administrao servem para proporcionar melhores condies a uma gesto eficiente de um Polo de Apoio Presencial. Os pr-requisitos bsicos para a contratao de um coordenador de Polo no exigem tais competncias, mas a necessidade imposta pelo meio, cada vez mais requer tais conhecimentos.
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