O documento discute o que é usinagem e sua história. A usinagem envolve submeter materiais a processos mecânicos para dar forma a peças. As primeiras tentativas de dar forma a materiais ocorreram no fim da pré-história com metais como cobre e ouro. Avanços como o aço rápido no século XX permitiram novas técnicas e impulsionaram a industrialização.
O documento discute o que é usinagem e sua história. A usinagem envolve submeter materiais a processos mecânicos para dar forma a peças. As primeiras tentativas de dar forma a materiais ocorreram no fim da pré-história com metais como cobre e ouro. Avanços como o aço rápido no século XX permitiram novas técnicas e impulsionaram a industrialização.
O documento discute o que é usinagem e sua história. A usinagem envolve submeter materiais a processos mecânicos para dar forma a peças. As primeiras tentativas de dar forma a materiais ocorreram no fim da pré-história com metais como cobre e ouro. Avanços como o aço rápido no século XX permitiram novas técnicas e impulsionaram a industrialização.
O termo usinagem significa submetar um material a um processo mecnico para se
transformar em uma pea. So muitas empresas espalhadas pelo mundo que realizam este tipo de servio. At mesmo em pequenas cidades existem chaveiros que copiam chaves e tambm esto usinando. O ato de dar formas aos materiais se tornou amplo e de grande necessidade na industrializao atual. As primeiras tentativas do ser humano para dar formas aos materiais se iniciaram no fim da pr-histria com o cobre e o ouro. Eram metais bem maleveis e permitia sua modelao com facilidade. 700 anos a. C. o metal mais usado era o ferro. Quase todas as ferramentas eram feitas desse material, sem tratamento especial nenhum. A partir do scula XVII surgiram novas tcnicas que garantiam um ferro mais preparado, o ao. Mas foi por volta de 1900 que o americano F. W. Taylor desenvolveu o ao rpido que foi determinante para o avano tecnolgico da industrializao. O ao rpido pode ser composto de at 7 elementos diferentes, em sua maioria metais, em uma mesma liga. So eles: Carbono, Tungstnio, Cobalto, Cromo, Vandio, Mangans, Molibdnio. Esse metal suporta a uma temperatura, presso e impactos altssimos. Por isso so usados frequentemente para a criao de ferramentas que iro usinar outros metais. Ento, se pode notar que se delineia metais com metais. Tudo depende da compactao do que vai usinar e do que ser usinado. Na mesma poca da inveno do ao rpido surgem as primeiras mquinas que realizam o trabalho pesado da usinagem braal. So as mquinas vapor. Isso mesmo. Alm de locomotivas, bombas, bate-estacas, tambm foram criadas mquinas vapor para usinagem. Mas a mquina a vapor no foi a primeira a tornar eficaz o trabalho de dar formas aos materiais. Apesar da imagem acima apresentar uma usinagem com fascas, o comum uma usinagem sem elas devido a adio de leo refrigerantes durante o atrito da ferramenta com o metal para evitar o desgaste da ferramenta e o superaquecimento da pea e ferramenta [1]
O que micro usinagem
Microusinagem alternativa de Mercado para o Setor de Ferramentaria
Equipamentos cada vez menores e mais leves trazem vantagens competitivas para setores como eletroeletrnica ou medicina. O Servio Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a Federao das Indstrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) esto alertas sobre as oportunidades surgidas para aumentar as atividades exercidas pelas ferramentarias daquele Estado, mais especificamente para a produo de micromoldes. A proposta de ambas as instituies ampliar a oferta de servios que podem ser prestados e introduzir conceitos de inovao para a indstria catarinense. A microusinagem possibilita a construo de moldes de tamanhos na ordem de 2 ou 3 milmetros que so usados na fabricao de peas de 1 milmetro, exigindo mquinas, ferramentas e ligas especiais, alm de profissionais altamente qualificados e para atingir este objetivo, as ferramentarias devero ganhar capacidade. Equipamentos cada vez menores e mais leves trazem vantagens competitivas para setores como eletroeletrnica ou medicina. A produo dessas peas exige uma sofisticao na produo de seus componentes, tambm minsculos e que so fabricados a partir de micromoldes. dessa forma que a microusinagem se transforma em um potencial campo de atuao para o setor de ferramentarias. E para aumentar o leque de servios, com a introduo de micromoldes na oferta de pedidos, o Senai-SC e a Fiesc tambm esto preocupados em transmitir informaes sobre as mquinas-ferramenta que realizam esse processo, sobre ferramentas de corte dedicadas e matrias-primas especficas para esse tipo de pea. Sem falar, claro, de toda a tecnologia envolvida na microusinagem, que ainda novidade para muitas prestadoras de servios. Antes de induzir a criao dessa atividade alternativa, o Senai realizou estudo de mercado para analisar as condies atuais da indstria da regio e as tendncias em tecnologia. Segundo a diretora da unidade de Joinville, Hildegarde Schlupp, a produo metalmecnica do Estado ainda est muito focada no setor automobilstico, mas com os micromoldes ser possvel estender o atendimento para as reas de telecomunicaes, mdica e eletroeletrnica, entre outros potenciais. De acordo com o diretor regional do Senai-SC, Srgio Roberto Arruda, ainda no h pedidos para a usinagem de micromoldes na regio, mas ele julga que essa ser uma grande aposta. Por isso, est atualmente em processo de licitao a compra de uma mquina-ferramenta com cinco eixos de movimentao e preciso na ordem de 30 nm, para operaes de microfresamento. Ela ser capaz de fazer um furo em um fio de cabelo, ilustra Arruda. O Senai Cimatec da Bahia tambm vai investir na aquisio de uma mquina idntica, muito provavelmente alem, avaliada em cerca de R$ 2,5 milhes. Para a diretora do Senai de Joinville, a aquisio permitir que a escola trabalhe juntamente com a empresa para o desenvolvimento dessa capacitao. De acordo com Hildegarde, o Senai no prestar nenhum tipo de servio que possa competir com a indstria. A idia atuar com inovao e pesquisa aplicada, dar todo apoio na questo da metrologia e direcionar e estimular as empresas a se tornarem mais competitivas. Com essa meta em vista, o Senai-SC criou recentemente parcerias com o Instituto Fraunhofer da Alemanha e com o Instituto Tecnolgico de Aeronutica (ITA, So Jos dos Campos, SP). O objetivo capacitar o Senai para disseminar o conhecimento a todas ferramentarias da regio. Uma ao conjunta entre profissionais envolvidos dever induzir o surgimento de um novo segmento produtivo. Segundo o empresrio Christian Dihlmann, o primeiro presidente da recentemente criada Associao Brasileira de Indstrias de Ferramentais, Joinville tem atualmente cerca de 400 ferramentarias, que geram mais de quatro mil empregos.
As empresas localizadas no Estado de Santa Catarina interessadas em receber treinamento, ou at mesmo mais informaes sobre essa rea de produo, podem entrar em contato com o Senai Joinville pelo telefone (47) 3441-7703. O Senai- SC est aberto para discutir de forma colaborativa os projetos de confeco de micromoldes. Para o pesquisador do Departamento de Tecnologia de Processos do Instituto Fraunhofer de Tecnologia da Produo (IPT), Benedikt Gellissen, parceiro do Senai no desenvolvimento desse projeto de ampliao dos servios de ferramentaria na regio, toda a cadeia de produo precisa ser repensada. No apenas diminuir o tamanho do molde, mas sim mudar tudo o que est envolvido no processo. Inclusive pensar em como fazer o controle dimensional das micropeas. Segundo o pesquisador, geralmente os sistemas de medio para toda a superfcie do micromolde apresentam solues pticas. Ou seja, no h contato com a pea. A realizao da microusinagem envolve processos de fresamento, torneamento e eletroeroso. Ainda se aplica a esse quadro de fabricao a usinagem a Laser, porm, de acordo com o chefe do Departamento de Materiais do Fraunhofer, Kristian Arntz, esta tecnologia ainda demora para ser introduzida nas ferramentarias, por uma questo de adaptao e melhoria de processo. Gellissen lista como usurios potenciais de micromoldes os fabricantes de sensores, elementos pticos, acessrios usados na biotecnologia e microchips. Ambos os pesquisadores do Instituto Fraunhofer apresentaram ao Senai diferentes tipos de micromoldes que podero, em um futuro prximo, tambm serem confeccionados pelas ferramentarias catarinenses. Um dos exemplos citados para a produo de uma bomba de fluxo de sangue utilizada para o tratamento de doenas do corao. A pea acabada, feita de Peek, Polifter-ter-cetanal, pode ter dimetro de 4 a 6,4 mm e comprimento de 3,5 a 7,7 mm, para o bombeamento de cerca de 4,5 L de sangue por minuto. Todos esses projetos envolvendo o setor de ferramentaria do Estado de Santa Catarina fazem parte do programa de atendimento empresarial intitulado Senai Mais Competitividade. Criado pelo Senai-SC, a iniciativa visa capacitar profissionais e promover o desenvolvimento tecnolgico da indstria do Estado. Umas das metas do programa aumentar o nmero de matrculas em educao profissional, de 85 mil em 2010, para 171 mil at 2014. O programa tambm pretende estimular a criao de produtos inovadores e ampliar os valores de exportao. A proposta produzir mais tecnologia, aumentar o nmero de registros de patentes e, assim, agregar valor aos produtos exportados. A induo do desenvolvimento tecnolgico uma ao que integra o Programa SENAI Mais Competitividade,que prev ainda a implantao de centros de referncia focados nas vocaes industriais de cada regio do Estado.
[2]
O que a micro usinagem pode fazer por seu produto.
A microusinagem deixou de ser apenas um nicho para se tornar um importante e forte segmento de mercado. Sua participao frente a outros segmentos, como as indstrias automobilsticas, aeroespacial, moldes e matrizes e outras est atualmente em 6%.
Este sucesso est relacionado s solicitaes do mercado, que optam por produtos cada vez mais complexos e compactos, exigindo que as empresas produzam microcomponentes para os seus produtos finais. Um exemplo claro que percebemos a sua rpida evoluo em nossa vida por meio do telefone celular e dos microcomputadores.
Bom exemplo de indstrias que recorrem intensamente tecnologia da microusinagem so as indstrias de aparelhos ortopdicos e ortodnticos. Com o avano da Medicina e da Odontologia e com um mercado consumidor preocupado com o bem-estar e aparncia fsica, cresceu muito a utilizao de microcomponentes, como pinos e parafusos para prteses sseas e dentrias.
As empresas que produzem mquinas, equipamentos e ferramentas se modernizaram para atender a grande demanda de produo com lanamentos de produtos que satisfaam os requisitos de qualidade e alta produo. Entre estes produtos esto os tornos automticos de cabeote mvel ou tornos automticos tipo suo, em que o princpio de funcionamento o inverso daquele dos tornos de cabeote fixo, pois a pea a ser usinada que se desloca, girando contra as ferramentas de corte, que permanecem fixas e prximas a uma bucha de guia. Sua versatilidade est aliada a um grande nmero de eixos e tambm ao fato de trabalhar com ferramentas rotativas, sendo seu principal foco as peas delgadas e peas que requerem alta preciso dimensional. Este tipo de mquina trabalha exclusivamente com barras para gerar os produtos usinados.
Outro importante e significativo produto para este segmento so as ferramentas de corte, que apresentam tecnologias avanadas nas classes de metal duro, nas geometrias e na intercambialidade de pastilhas que minimizam os tempos de setup.
A aplicabilidade dos considerados microprodutos requer matria-prima que no apresente problemas dimensionais e de corroso, indo de encontro aos aos inoxidveis e ligas exticas, como por exemplo o titnio. Estes materiais, quando trabalham com baixas e mdias velocidades, apresentam problemas de aresta postia sobre a aresta de corte. Isto significa uma aderncia de material sobre a aresta de corte que impede o processo de cisalhamento e d incio a um efeito de arrancamento de material, aumentando as temperaturas de corte e gerando o desgaste prematuro nas arestas de corte. Sem contar os problemas e variaes dimensionais exigidos pelos desenhos de produtos que inviabilizam a continuidade da operao. Este grande desafio exigiu, por exemplo, que os engenheiros de aplicao da Iscar desenvolvessem solues em classes de metal duro fabricadas com microgros, coberturas de nitreto de titnio alumnio e um processo de ps-cobertura para atuar como um lubrificante slido, impedindo a formao da aresta postia mesmo em condies de corte consideradas baixas para a aplicao. Outro ponto fundamental o fato de a pastilha ser totalmente retificada, o que garante tolerncias apertadas e uma aresta de corte afiada, adequada ao tipo de usinagem em questo.
A microusinagem em geral apresenta em algumas operaes de torneamento, corte e canal problemas de controle de cavacos, gerando fitas que danificam o acabamento do produto usinado, lascamentos e quebras nas ferramentas e obrigam o operador a parar constantemente a mquina para a remoo destas fitas, que atrapalham sua produtividade. Este problema ocorre quando a operao consiste de pequeno sobremetal e baixo avano. O simples ato de aumentar qualquer uma das variveis descritas, avano ou profundidade de corte melhora o controle de cavacos, porm nem sempre isto possvel, e nestas horas torna-se fundamental a utilizao de uma ferramenta que tenha um quebra-cavacos apropriado para este controle.
Estas mquinas, por produzirem peas de alta qualidade com tolerncias apertadas, tm um custo hora/mquina elevado, e isto significa que qualquer segundo economizado muito bem-vindo. Mesmo com toda a rapidez na troca das ferramentas entre as operaes, foram desenvolvidas para atender esta necessidade ferramentas multifunes para executar com uma nica ferramenta operaes de furao, mandrilamento, faceamento, chanfros, torneamento externo, roscas internas e externas, ou seja, uma revoluo no conceito de reduo de tempo.
A evoluo nas operaes de acabamento de superfcie tambm um fator que se deve levar em considerao. J se torna possvel trabalhar em microusinagem com pastilhas no conceito Wiper, que, em vez de simplesmente um raio de ponta, possui uma fase alisadora capaz de quebrar as cristas deixadas pelos raios convencionais. Este processo possibilita dobrar as atuais taxas de avano, o que preponderante para o aumento de produtividade.
O assunto extenso, e certamente a tecnologia da microusinagem ainda tem um vasto campo para desenvolver-se, mas acredito que temos aqui uma idia das atuais possibilidades da microusinagem. Diferenciais competitivos, como estes abordados, aumentam a produtividade, diminuem os tempos de setup, garantem excelente qualidade e conseguem tornar nosso Pas no s auto-suficiente, mas tambm um grande exportador. [3]