O documento discute a nutrição e alimentação de filhotes de cães. É essencial fornecer dietas balanceadas para as fêmeas grávidas e em lactação, já que o leite materno é a principal fonte de nutrientes para os filhotes. É também importante fornecer alimentos ricos em proteínas, energia, cálcio e fósforo para apoiar o crescimento e desenvolvimento adequado dos filhotes.
O documento discute a nutrição e alimentação de filhotes de cães. É essencial fornecer dietas balanceadas para as fêmeas grávidas e em lactação, já que o leite materno é a principal fonte de nutrientes para os filhotes. É também importante fornecer alimentos ricos em proteínas, energia, cálcio e fósforo para apoiar o crescimento e desenvolvimento adequado dos filhotes.
O documento discute a nutrição e alimentação de filhotes de cães. É essencial fornecer dietas balanceadas para as fêmeas grávidas e em lactação, já que o leite materno é a principal fonte de nutrientes para os filhotes. É também importante fornecer alimentos ricos em proteínas, energia, cálcio e fósforo para apoiar o crescimento e desenvolvimento adequado dos filhotes.
NUTRIO E ALIMENTAO DE FILHOTES DE CES THE NUTRITION AND FEEDING OF PUPPIES Joelsio Jos Lazzarotto 1
RESUMO Este trabalho procura mostrar alguns dos cuidados fundamentais que se deve ter com a nutrio e alimentao de filhotes de ces. Neste sentido, evidencia-se a necessidade de dispensar grande ateno s fases de gestao, lactao e incio da alimentao slida, as quais so cruciais ao adequado desenvolvimento dos filhotes. Palavras-chave: alimentao, filhotes de ces, nutrio, desempenho, sade. ABSTRACT This work searches to show some of the fundamental cares that one person should have with the nutrition and feeding of puppies. In this sense, its very important to dispense great attention to the phases as gestation, nursing and initiation of the solid feeding, which are crucial on the appropriate development. Key Words: feeding - health - nutrition - performance - puppies.
INTRODUO Uma nutrio adequada, que aporte todos os nutrientes (protenas, gorduras, carboidratos, vitaminas, minerais e gua), essencial para uma vida saudvel, porm o requerimento de cada nutriente varia de acordo com a idade, estado fsico e modo de vida. Desta forma, dietas com excesso ou deficincias nutricionais podero provocar diversas alteraes fisiolgicas, predispondo o organismo animal a srios problemas, como incorretos: desenvolvimento corporal e constituio ssea, assim como obesidade e alteraes reprodutivas. DIETA DAS FMEAS PRENHES E EM LACTAO Quando se trata da nutrio de filhotes de ces, imprescindvel dispensar uma correta ateno dieta das fmeas prenhes e em lactao. Quanto s fmeas gestantes, estas devem receber uma devida ateno com relao aos seus requerimentos nutricionais, atravs da utilizao de dietas Lazzarotto, J.J. Revista da FZVA Uruguaiana, v. 7/8, n.1, p. 157-162. 2000/2001. 158 corretamente balanceadas e que satisfaam as suas exigncias fisiolgicas, especialmente no tero final da gestao, pois nesta fase que ocorre o maior desenvolvimento fetal e mobilizao de imunoglobulinas, constitudas basicamente de aminocidos para a glndula mamria, formando o colostro, o qual deve ter qualidade e ser ingerido obrigatoriamente pelos recm-natos nas primeiras horas ps- parto, com o objetivo de determinar uma excelente imunidade passiva, essencial para proteo contra inmeros patgenos, uma vez que o filhote ao nascer muito susceptvel a infeces, pois nasce praticamente desprovido de anticorpos especficos contra antgenos comuns, alm de ter seu sistema imunolgico no completamente desenvolvido para determinar uma boa defesa orgnica por meio de uma imunidade ativa (SCROFERNEKER, 1996). Quanto dieta da fmea lactante, fundamental que tenha adequado contedo de todos os nutrientes, j que ela a principal fonte alimentar para os filhotes logo aps o nascimento. Portanto, o recomendado fornecer um alimento de qualidade, incluindo altssima palatabilidade, digestibilidade e um alto teor de energia, podendo ser administrado atravs de vrias pequenas refeies ao dia, com o intuito de proporcionar condies para a produo suficiente de leite, atendendo a demanda necessria dos filhotes, principalmente nas trs primeiras semanas de idade, pois at este perodo dependem basicamente do leite materno para obter os nutrientes necessrios (EDNEY, 1989). O REQUERIMENTO ENERGTICO Ces com idade inferior a oito meses tm seus requerimentos protico e energtico muito superiores aos adultos em mantena. O teor de energia em torno de 50% maior, e a protena cerca de duas vezes mais, sendo que para filhotes deve-se prover pelo menos 25% da energia, a partir de uma protena de qualidade (McGINNIS, 1991; POFFENBARGER et al, 1990). As necessidades dirias de energia, que os filhotes requerem varia em funo da idade e raa. Ces de raas pequenas tm um requerimento de cerca de 200 kcal por quilo de peso corporal at atingir metade de seu desenvolvimento, a partir do qual comea haver uma diminuio em tal exigncia, ficando ao redor de 150 kcal, cujo teor poder ser reduzido gradualmente at chegar s necessidades dos animais adultos (em torno de 90 kcal por quilo de peso corporal). Os filhotes de raas de porte mdio e grande precisam aproximadamente 250 kcal por quilo de peso corporal at a metade de seu desenvolvimento, quando Nutrio e alimentao... Revista da FZVA Uruguaiana, v. 7/8, n.1, p. 157-162. 2000/2001. 159 ocorre reduo para cerca de 190 kcal at o estado adulto (EDNEY, 1989). No entanto, existem variaes individuais quanto ao requerimento energtico, pois h animais que podem necessitar 20% a mais ou 20% a menos da exigncia comum, por isso relevante um acompanhamento rotineiro do estado fsico do co em crescimento, recebendo uma dieta balanceada com suas exigncias nutricionais, uma vez que so indesejveis; tanto uma deficiente como excessiva ingesto de nutrientes, j que tais desequilbrios predispem a inmeros problemas que podem comprometer o desenvolvimento e desempenho futuro (EDNEY, 1989; GRANDJEAN & PARAGON, 1992). O REQUERIMENTO PROTICO As protenas so de alta relevncia para o co em crescimento, a fim de sustentar o desenvolvimento dos novos tecidos, especialmente o muscular. Dessa forma, imprescindvel que a dieta contenha nveis apropriados de todos os aminocidos essenciais (arginina, histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilanina, treonina, triptofano e valina) e tambm aporte suficiente de nitrognio para a sntese endgena dos aminocidos no essenciais e outros compostos dependentes desse elemento qumico (JOHNSON, 1993). O teor de protena, na dieta para filhotes, em torno de 25% da ingesto total de energia, porm, tal nvel poder ser maior ou menor de acordo com o valor biolgico da protena usada na composio da dieta (DEFETRIN, 1994). Contudo, dietas com quantidade muito excessiva desse nutriente podem propiciar alguns transtornos na homeostasia orgnica, como uma sobrecarga renal para a eliminao de concentraes excessivas de catablicos nitrogenados. O REQUERIMENTO MINERAL Os ces em crescimento requerem adequados teores dos minerais, sendo crucial para seu correto desenvolvimento cuidados com os nveis de clcio e fsforo presentes na dieta, pois as exigncias so muito maiores que as dos ces adultos, em funo de serem os principais elementos para a formao do esqueleto, o qual tem na sua constituio aproximadamente dois teros de matria inorgnica. Os nveis mnimos adequados de clcio e fsforo so respectivamente 320 mg e 240 mg por quilo de peso corporal por dia. importante manter uma relao clcio/fsforo em torno de 1,2-1,4 : 1, respectivamente, para prevenir efeitos Lazzarotto, J.J. Revista da FZVA Uruguaiana, v. 7/8, n.1, p. 157-162. 2000/2001. 160 adversos sade geral, sobretudo s estruturas sseas (McGINNIS, 1991). ADMINSTRAO DOS ALIMENTOS Novos alimentos, juntamente com o leite materno, podem ser includos na dieta de filhotes de ces aps um balanceamento nutricional, com o intuito de suplementar suas exigncias, auxiliando, dessa maneira, a fmea na alimentao de sua prole, alm de induzir uma adaptao progressiva a um novo processo alimentar. Tal mudana na alimentao poder se iniciar a partir das trs semanas de idade, o que justificvel, pois, nesse perodo, inicia-se naturalmente o desmame, uma vez que os ces se dedicam a explorar os arredores, passando a consumir facilmente alimentos midos e leves, ao mesmo tempo o trato gastrintestinal est fisiologicamente mais funcional e, portanto, com melhores condies de se adaptar ao incremento de uma nova dieta (McGINNIS, 1991; CASE & CZARNECK-MALDEN, 1990). Os alimentos iniciais, para filhotes bastante novos, devem ter alta concentrao de energia e nutrientes, alm de serem muito apetecveis, sendo que aqueles com alto teor de umidade so geralmente bem aceitveis pelos ces jovens, enquanto os alimentos secos devem ser umedecidos com gua ou leite numa proporo em torno de cinco partes de alimento e uma de lquido durante os primeiros perodos de sua ingesto, uma vez que possuem menor apetecibilidade. Tal teor de umidade pode ser reduzido gradativamente, coincidindo com um aumento rpido e progressivo no consumo de alimentos, em funo da adaptabilidade alimentar, tanto que a maioria dos ces podem ser desmamados completamente s seis semanas de idade, administrando-se uma rao variada ou um nico alimento completo (McGINNIS, 1991). A alimentao dos ces em crescimento deve ser o suficiente para satisfazer as suas necessidades, sendo que o aporte de alimento (peso dessecado) necessrio, diariamente, aproximadamente 5% com relao ao peso da sua massa corporal. No entanto alguns cuidados devem ser observados para evitar a ocorrncia de desconforto, principalmente abdominais, como se verifica casos de expanso e tenso estomocal demasiada, ou vmito, aps a refeio, sinais estes indicativos de um possvel consumo excessivo de alimentos em uma nica vez. Assim, iniciar com alimentaes menores e mais freqentes obtm-se melhor eficincia para evitar certos transtornos, ao mesmo tempo o trato gastrintestinal ter maior facilidade de adaptao para digerir e absorver adequadamente os nutrientes Nutrio e alimentao... Revista da FZVA Uruguaiana, v. 7/8, n.1, p. 157-162. 2000/2001. 161 presentes nessa nova dieta (McGINNIS, 1991). Portanto, pode-se iniciar a oferecer alimentos s trs semanas de idade, fornecendo at aos trs meses quatro refeies dirias, desta idade aos seis meses diminui-se para trs vezes, quando ento administra-se somente duas refeies dirias at atingir o seu completo crescimento, o qual ocorre prximo aos doze meses de idade para os ces de raas pequenas, ao passo que as raas grandes no o alcanam antes dos dezoito meses (McGINNIS, 1991). Quando os filhotes so desmamados, seria importante aliment-los separadamente, pois isto permitiria fazer um controle do quanto cada um est consumindo, evitando, ainda, que o filhote dominante consuma um excesso de alimento em detrimento ao consumo dos outros ces. Para filhotes que no foram alimentados inicialmente com uma dieta adequadamente balanceada com todos os nutrientes necessrios, deve-se fazer uma mudana gradual quando se deseja passar a aliment-los com tal dieta, pois mudanas bruscas freqentemente causam alteraes gastrintestinais, caracterizadas, sobretudo por diarria, que poder comprometer o status orgnico. CONCLUSO Os requerimentos nutricionais dos filhotes de ces so diferentes para as distintas fases de seu crescimento, por isso de fundamental importncia a administrao de dietas nutricionalmente equilibradas, de acordo com o estgio de desenvolvimento, pois uma nutrio e alimentao adequadas so fatores determinantes para um correto desenvolvimento dos mesmos, propiciando condies para uma excelente sade geral e performance futura. REFERNCIAS CASE, L.P. & CZARNECK-MALDEN, G. Protein requirements of growing pups fed practical dry-type diets containing mixed- protein sources. 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DEFRETIN, V.L. Alimentando a los perros a lo largo de su vida. Waltham Focus, London, v. 4, n. 1, p. 9 - 16, 1994.
EDNEY, A.T.B. El libro waltham de nutricin de perros y gatos. 2 ed. Zaragoza: Editorial Acribia, 1989, 164p.
GRANDJEAN, D. & PARAGON, B.M. Nutrition of racing and working dogs. Part I. Energy metabolism of dogs. The Lazzarotto, J.J. Revista da FZVA Uruguaiana, v. 7/8, n.1, p. 157-162. 2000/2001. 162 Compendium on Continuing Education for the Practicing Veterinarian, Trenton, v. 14, n. 12, p. 1608 - 1615, 1992.
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SCROFERNEKER, M.L. Notas de imunologia. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 1996, 507p.