Você está na página 1de 3

REFLEXÕES NA PRIMEIRA CARTA DE JOÃO (12)

CAPÍTULO 3.19-24

1. A NTLH subdivide o texto com o seguinte título: Coragem diante de Deus.


2. John Stott em seu comentário de 1ª carta de João subdivide: vv.19,20 – O
coração que acusa e como devolver-lhe a segurança, e de 21-24 – O coração que
não acusa e suas bênçãos.

(v.19) - E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante dele asseguraremos


nossos corações;
1. Não é um absurdo entendermos que João estava falando a respeito do
amor, e este, em ações, conforme o v. 18.
2. Há uma espécie de avaliação e confirmação pessoal do que somos; não
pelo que tentamos ser, mas pelo o que Deus mesmo nos ensina que somos:
seus filhos (João 1.12).
3. A consciência que nos diz que somos da verdade tranqüiliza os nossos
corações quando estamos diante de Deus (Ver NTLH). O próprio Paulo
ensina a Timóteo que esteja diante de Deus com um coração tranqüilo (2
Tm 2.15).
4. Ao cumprir-se o que Paulo diz a respeito de Jesus em Filipenses 2.10,11,
não haverá da parte do crente nenhuma dificuldade, nenhum medo e nada
que o deixe envergonhado.

(v.20) - Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o
nosso coração, e conhece todas as coisas.

1. Stott escreve a respeito deste verso: 1) “Não é fácil determinar a construção


gramatical deste versículo” (ele está falando a respeito do texto grego); e, 2)
“Esta passagem (v.19,20) é um locus vexatissimus – tópico
atormentadíssimo. Seu sentido geral é claro, mas gramaticalmente é
confuso”.

1
2. O coração que condena perceber claramente na pregação de Pedro aos
judeus, e a solução do impasse pela própria pregação (Atos 2.36-38).
3. Duas coisas são explicadas sobre a expressão, dentro do contexto, ”maior é
Deus que o nosso coração”: 1) Se o nosso coração nos condena, imaginem
Deus, que conhece todas as coisas, que nos vê como de fato somos; 2) Deus
será mais misericordioso conosco do que nós mesmos; significando, que o
nosso coração pode de alguma forma nos condenar, mas Deus que nos
conhece melhor, nos absolver. (Continua aberta a discussão!).

(v 3.21) - Amados, se o nosso coração não nos condena, temos confiança para com
Deus;

1. Este versículo parece ratificar a primeira explicação a respeito do verso 20.


Lá o coração que condena, nos deixa muito piores quando por Deus formos
avaliados.
2. Quando o nosso coração (consciência) está livre de qualquer reprovação, ou
de algo que aponta contra nós mesmos (para Davi foi o seu pecado não
confessado), temos confiança de nos apresentarmos diante de Deus (2 Tm
2.15).

(v.22) - E qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos
os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à sua vista.

1. Para alguns este versículo parece dar a ideia de que podemos fazer de Deus
uma espécie de use e abuse (Antigo slogan da Matte Leão).
2. Os partidários do ‘abuse e use’ cristão criaram expressões como, reinvidique,
não aceito, tome posse, determine e etc. O lamentável é que crentes, antes
sérios quanto à doutrina, entraram na onda.
3. Qualquer coisa que pedirmos a receberemos, disse João. Mas disse também
que tudo tem como base a guarda dos mandamentos do Senhor e uma vida
agradável diante Dele. Receberemos sim, mas tudo deve estar de acordo com
a vontade de Deus. Quem vive dessa forma não cairá no absurdo condenado
por Tiago (4.1-3).

2
(v.23) - E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus
Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento.

1. O acorde escrito por João, em forma de tríade é o seguinte: 1. Guardar o Seu


mandamento; 2. Crer no Filho e 3. Amor de uns pelos outros.
2. Essas coisas são inseparáveis, na falta de uma delas perde-se a essência e o
equilíbrio.

(v.24) - E aquele que guarda os seus mandamentos nele está, e ele nele. E nisto
conhecemos que ele está em nós, pelo Espírito que nos tem dado.

1. Obediência é a chave para permanecermos em Cristo.


2. Quem não tem o interesse em guardar os mandamentos do Senhor não tem
por que dizer que está Nele; se disser, os seus próprios frutos o desmentirão.
3. O Espírito Santo no crente confirma a cada dia que ele é filho de Deus e que
Cristo nele está (Rm 8.14-17).

PR. Eli da Rocha Silva 18/11/2009


Igreja Batista em Jardim Helena – Itaquera – S.Paulo-SP

Você também pode gostar