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O principal motivo dessa mudança foi a crise financeira, que levou executivos a buscar
processos que simultaneamente otimizassem a destinação de recursos (sem transferir dívidas
para o futuro) e identificassem oportunidades de inovação (tanto na área tecnológica quanto
no mercado em que a corporação atua).
Companhias que estão iniciando ou reformulando seus esforços de arquitetura empresarial devem
prestar atenção a como outras empresas lidam com arquitetura empresarial hoje em dia, além de
avaliar usos de arquitetura empresarial que tenham propósitos mais definidos. Isso pode
significar acrescentar profissionais à equipe de arquitetura empresarial, e não apenas
arquitetos tradicionais ou “certificados”, mas também estrategistas e projetistas. Os
esforços bem-sucedidos de arquitetura empresarial evoluíram para além do foco em tecnologia e
estão efetivamente direcionados a agregar valor ao negócio e não só à estrutura de TI.
Quais sinais mostram que os esforços de arquitetura empresarial estão sendo bem-sucedidos?
Em conversas com clientes neste ano, ouvimos o sucesso ser descrito como o momento em que a
utilização da arquitetura empresarial e de seus produtos definitivamente se integra à rotina
corporativa.
Nossas conversas com clientes para identificar sinais de sucesso também revelaram que:
Nossas conversas se focaram na sua perspectiva corporativa, assim como na sua capacidade de
criar uma visão do futuro. Além do mais, eles expressaram sua paixão pelos projetos e seu
comprometimento para transformá-los em realidade. A principal característica de um arquiteto
empresarial bem-sucedido é o talento para liderar pessoas. Os arquitetos que possuem essa
habilidade costumam dizer que a parte mais desafiadora do seu trabalho é negociar com
companheiros e inspirá-los a atingir as metas propostas pela arquitetura empresarial –
especialmente quando é necessário manter objetivos corporativos e tratar de exigências de
acionistas relevantes simultaneamente.
Liderar, neste caso, não significa que os arquitetos devem estar sempre protegendo os
esforços de arquitetura empresarial na linha de frente da batalha. Muitos conseguem liderar
apoiando outros profissionais, removendo obstáculos e fornecendo maneiras com as quais os
outros podem aproveitar melhor suas habilidade e talentos para perseguir e alcançar as metas
da companhia.
Bom senso político também é uma característica vital. É importante entender quais indivíduos
dentro de uma companhia possuem a combinação de influência e poder necessária para tomar
decisões e formar parcerias. Por exemplo, decisões tomadas pela diretoria podem não ser
implementadas adequadamente sem o apoio dos gerentes. Entender o panorama político e
descobrir como movê-lo a seu favor é um fator essencial para a liderança.
Arquitetos empresariais bem-sucedidos reconhecem que talvez não possuam todas as habilidades
de que precisam. Por isso, aproveitam talentos de outros profissionais para criar produtos de
arquitetura empresarial eficazes, se beneficiando do conhecimento disponível nos ambientes
interno e externo da companhia. Alguns inclusive direcionam as habilidades de outros para
facilitar que a equipe gerencie os processos de arquitetura empresarial. Esses profissionais
normalmente são respeitados por seus companheiros e são capazes de reunir as melhores
características da equipe, favorecendo o sucesso da arquitetura empresarial.
Um estudo de março de 2009 mostrou que 70% dos arquitetos empresariais se reportavam ao CIO e
25% também mantinham uma relação com um líder fora da companhia – enquanto apenas 5% se
reportavam diretamente a um executivo de liderança que não era o CIO.
Já que 95% dos arquitetos empresariais se reportam aos CIOs, o apoio e a orientação dos CIOs
é essencial para o sucesso da arquitetura empresarial.
Ficou evidente que esforços de arquitetura empresarial bem-sucedidos tiveram um CIO que os “
adotou”, os integrando ao conjunto de tarefas fundamentais do “departamento de CIO”, às vezes
por meio de relatórios, às vezes como parte da estratégia de TI e da função de planejamento.
Esses executivos veem a arquitetura empresarial como uma disciplina estratégica e um elemento
muito importante para seus objetivos mais amplos como CIOs. Seu papel é fornecer orientações
específicas para a visão a longo prazo da função da arquitetura empresarial. Em alguns casos,
notamos que o CIO é o principal apoiador do programa de arquitetura empresarial e o chefe
direto do arquiteto.