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MINICURSO

VASOS DE PRESSÃO
CONF. ASME VIII-1

Instrutores:
Nelson PATRÍCIO Junior e Paulo Sérgio FREIRE
PETROBRAS-CENPES PETROBRAS-CENPES

Curso de Vasos de Pressão Nelson Patricio Junior e Paulo Sérgio Freire


1
1 – INTRODUÇÃO definições, características e itens básicos
2 – ETAPAS DO PROJETO ATÉ CONSTRUÇÃO DOS VPs
4 – MATERIAIS PARA VPs
5 – NORMAS/CÓDIGOS DE PROJETO ASME VIII-1
6 – DIMENSIONAMENTO DE COMPONENTES
7 – ETAPAS DO PROJETO MECÂNICO
8 – EXERCÍCIO
9 – NECESSIDADE DE TESTE IMPACTO
10 – FABRICAÇÃO TTAS tolerâncias
11 – PRESSÃO DE TESTE
12 – NR-13
13 – CONTINUAÇÃO DO EXERCÍCIO

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INTRODUÇÃO - Características

VASOS de PRESSÃO
Definição
• Reservatórios estanques, de qualquer tipo, dimensões ou finalidade
destinados ao armazenamento e processamento de líquidos e gases
sob pressão ou sujeitos a vácuo total ou parcial.
• Panela de pressão, compressor de oficina, reator nuclear etc.

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INTRODUÇÃO - Características

Abordaremos apenas os vasos que


podem ser considerados
equipamentos de processo

- Vasos para destinados as transformações


físicas ou químicas de materiais sólidos e/ou
fluidos;

- Vasos para a armazenagem, manuseio e


distribuição de fluidos pressurizados.
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INTRODUÇÃO - Características

• Alto investimento:
- São equipamentos caro$ taylor-made
- ~60% do custo de mat. e equip. da planta

• Grande risco de acidente:


Normalmente operam:
- ↑ Pressões e/ou Temperaturas
- Fluidos inflamáveis e explosivos
- Fluidos tóxicos

Papel importante na continuidade operacional.


Exigem alto grau de confiabilidade
Códigos de Projeto ASME (??)
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O que é ASME?

ASME (?) ⇒ American Society of Mechanical Engineer

Sociedade sem fins lucrativos, fundada em 1880, que escreveu o


código de projeto de vasos de pressão mais utilizado na indústria.

Qual a diferença entre código e norma?


Norma (Standard )⇒ Conjunto de regras e padronizações
Aplicação voluntária, exceto quando contratual.
Código (Code) ⇒ É um standard que seu uso é obrigatório por lei.
Nossa nomenclatura: Norma = Código
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INTRODUÇÃO - Classificação

CLASSIFICAÇÃO DIDÁTICA Para diferenciar V.P. e Tanque


P4
• 0 - 0,25 psig: API-650 (Tanque)
• 0,25 - 15,0 psig: API-620 (Tanque)
• > 15,0 psig e vácuo: ASME (V.P.- vasos de pressão)

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O código ASME

Sec. I Sujeitos a chama


Sec. III Radiação nuclear
Sec. VIII Não sujeitos a chama

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• Vamos iniciar pelos itens básicos de um vaso de pressão:
– Dimensões características
– Principais componentes
– Tipos de tampos e suas características
– Acessórios internos e externos
– Suportes
– Aberturas para bocais e bocas de visitas

• Etapas do projeto até a construção

• Depois passaremos pelos códigos de projeto ASME VIII-1

• Exercícios de um caso prático

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Dimensões características
Tampo
Costado

• Diâmetro interno (Di) Suporte


cilíndrico

Costado
Di cônico
De CET CET
De Costado
• Diâmetro externo (De) Costado
Di cilíndrico

cilíndrico Suporte

• Comprimento entre Cilíndrico Vertical


Cilíndrico Vertical

tangentes (CET) CET CET

De Di De Di

CET comprimento total do


Suporte
corpo cilíndrico, ou a soma dos
Cilíndrico Inclinado Cilíndrico Horizontal
comprimentos dos corpos
cilíndricos e cônicos sucessivos. Di De
Di
De
CET

Suporte Suporte

Curso de Vasos de Pressão Nelson Patricio Junior e Paulo Sérgio Freire Cilíndrico Cônico ESférico 10
Principais componentes

a) Corpo (casco ou costado):


- Cilíndrico
- Transição Cônica
- Esférico
- Combinação dessas
formas

b) Tampos
c) Bocais
d) Suporte
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Formato teórico Ideal – vaso esférico
• Teoricamente, o formato ideal para um vaso
de pressão é uma esfera.
-> menor espessura de parede (quase 50%)
-> menor peso para um mesmo volume
interno.

• Vasos esféricos são:


- caros
- difíceis de fabricar,
- ocupam muito espaço,
Raramente são transportados inteiros
justificando-se, somente, em condições de
grande volume interno e/ ou elevada
pressão, quando sua menor espessura é
•Diâmetro: 19m
justificável economicamente e o layout
•P: 20 bar
permita. •t: 76 mm
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Partes Principais

Tampos:
Fç: processo, diâmetro, pressão
- Semi-elípticos (Elipsoidal)
- Toro-esféricos (Torisférico)
- Semi-esféricos (Hemisférico)
- Cônicos
- Toro-cônicos
- Planos

Com exceção do tampos cônico e plano,


todos têm um trecho cilíndrico com a
finalidade de realizar a solda afastada da
Linha de tangência (LT).
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Tampos

• O tampo elipsoidal tem as seções transversais como uma


elipse geométrica.

• O mais usual é o 2:1 (rel. de semi-eixos=2), ou seja, o D=4.h

• Esse tampo pode ser construído com chapas da mesma


espessura utilizadas na fabricação do casco, descontada a perda
pela conformação.

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Tampos

• A fabricação de tampos elipsoidais


possui um custo elevado pela
necessidade de uma matriz específica
para o diâmetro e relação de eixos da
geometria.

• Tampos elipsoidais com diâmetro de até


1800mm são possíveis de construir em uma
única peça.

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Tampos

Os tampos torisféricos são obtidos pela conjugação de duas diferentes


geometrias: calota esférica central (crown – de raio L), obtida por prensagem e
por uma seção tórica de concordância (de raio r), obtida por rebordeamento da
chapa.
- Fabricação mais fácil.
- Quanto mais próximo da forma da elipse, mais resistente.
Os tampos não devem
ser fabricados com
costura transversal a
sua seção tórica

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Tampos

Spinning.flv

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Tampos

• Tampos elipsoidais “padrão”


relação entre semi-eixos de 2:1

• Tampos toro-esféricos “falsa elipse” (ASME 2:1)


com relação de semi-eixos 2:1

Tampos Toro-esféricos

Geometria L r h

ASME 6% D 0,06.D 0,169.D

ASME 10% D 0,10.D 0,194.D

ASME 2:1 0.904.D 0.173.D 0.250.D (Falsa elipse)

O código ASME permite que tampos torisféricos “falsa elipse” possam ser
dimensionados através das equações de cálculo para tampos elipsoidais.
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Tampos

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Tampos

• Os tampos cônicos possuem resistência mecânica inferior ao costado


cilíndrico, o que exige maiores espessuras. [UG-32(g) + Ap. 1-5(d) e (e)].

• Para cones com semi-ângulos superiores a 30o é exigida uma análise de tensões
adicional para o dimensionamento, não sendo mais válidas apenas as equações
de cálculo do código ASME. [UG-32(g) + Ap. 1-5(g)].

• A utilização de uma transição tórica entre o tampo cônico e o costado


cilíndrico permite uma melhor acomodação das tensões existentes nas
mudanças geométricas e confere uma resistência maior a transição entre os
componentes.
Mandatório para α > 30º
Caso contrário, Ap. 1-5(g) ou MEF

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Tampos

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Tampos

Os tampos planos são utilizados, normalmente, quando temos


pressão baixa e, normalmente, são do tipo removível para
facilitar o acesso para manutenção.
Ligação com o casco (fig. UG-34)

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Tampos

Costado cilíndrico com espessura mínima requerida de 25,0 mm, conectado ao tampo:

Espessura mínima requerida


Tipo de tampo de fechamento do costado RAZÃO
(aproximada)

Elipsoidal 2:1 25,0 mm 1,0


Torisférico 6% 44,3 mm 1,77
Torisférico 10% 38,5 mm 1,54
Torisférico Falso elipse 29,8 mm 1,19
Semi-esférico 12,5 mm 0,5
Cônico 10o 25,4 mm 1,02
Cônico 20o 26,6 mm 1,06
Cônico 30ode Pressão
Curso de Vasos Nelson Patricio Junior e Paulo Sérgio Freire 28,9 mm 1,16 23
Peças Internas

Há muita variedade de tipos e


detalhes de peças e acessórios
internos em vasos de pressão.

Boa prática de projeto:


Todas as peças internas que devam ser
desmontáveis (grades, bandejas,
distribuidores, defletores, extratores de
névoa, etc...) devem ser obrigatoriamente
subdivididas em seções para possibilitar
sua passagem pela boca de visita do
equipamento.

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Acessórios Externos
• Aneis de reforços para Pexterna.
• Anéis de suporte de isolamento térmico
externo.
• Chapas de ligação, orelhas ou cantoneiras
para suportes de tubulação, plataformas,
escadas ou outras estruturas.
• Suportes para turcos de elevação de carga.
• Turcos para as tampas de bocas de visita e
outros flanges cegos.

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Tipos de Suportes

• Vasos horizontais:
– dois berços (selas)

• Trocadores de calor:
– Selas Fixo
Móvel: furos
– Estruturas superpostas oblongos

• Vasos verticais:
– Saia
– Sapatas
– colunas

• Torre:
- Saia

• Esferas:
- Colunas
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Tipos de Suporte (Critério da PETROBRAS - N-253)

Uso obrigatório de saia:


H(mm)
Saia de Suporte -Vasos verticais quando houver
possibilidade de Vibração
6000
-Torres
- Vasos conectados à
compressores
Colunas de
Suporte
2000

300 2000 3000 D(mm)


D : diâmetro
H : Altura total do vaso (N-253 rev.K)

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Tipos de Suporte (Critério da PETROBRAS - N-253)

Material da Saia de Suporte

A saia de suporte deve ter um trecho com 1000 mm de


comprimento a partir da ligação com o vaso, com o mesmo
material do casco nos seguintes casos:

– Temperatura de projeto abaixo de – 10oC.


– Temperatura de projeto acima de 250oC.
– Serviços com Hidrogênio.
– Vasos de aços-liga, aços inoxidáveis e materiais não ferrosos.

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Aberturas e reforços

Motivos
• Bocais (nozzles)
- Ligação com tubulações de entrada e saída de produto;
- Instalação de válvulas de segurança;
- Instalação de instrumentos, drenos e respiros.
• BVs (Bocas de visitas - Manholes) e bocais de inspeção

• Ligação partes do mesmo vaso


- Potes de drenagem
ou “botas” (sumps)

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Aberturas e reforços

• É um ponto de concentração de tensões.

• Necessita da colocação de reforços junto


as aberturas feitas.

• Reforços normalmente utilizados:


– Disco de chapa soldado ao redor
da abertura;
– Utilização de maior espessura de
parede para o vaso ou bocal;
– Peças forjadas integrais;
– Pescoço tubular com maior
espessura. Sem Kt

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Aberturas e reforços
Descontinuidade (A) Anel de chapa soldado ao pescoço tubular e à parede
Transm. somente pela solda do vaso: +simples, +barato, +fácil execução
Qualquer diâmetro, mas não deve ser usado quando:
- tcasco ≥ 50 mm;
- Serviços: em baixa temperatura, cíclicos e com H2;
- ASME Sec VIII Div 2 (tref ≥ 1.5*tcasco item 4.2.5.5 (d)(4))

(B) Disco de chapa de maior espessura, soldado de topo


no vaso: Permitido para qualquer diâmetro e pode ser
usado nos casos em que o anel de chapa não é permitido ou
não é recomendado.
Desvantagem: Grande restrições nas soldas -> ↑σresidual

(C) Peça forjada integral: Permitido para qualquer diâmetro,


sem limitações, sendo entretanto sempre de custo elevado.
Opção pelo tipo radiografável

(D) Pescoço tubular de maior espessura: Permitido, sem


limitações, para diâmetros nominais até 10”, inclusive,
devendo o pescoço tubular ser de tubo sem costura ou de
tubo forjado (o tubo forjado é preferido para esses casos).
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Perguntas

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Perguntas
1- Comparando-se com os mesmos parâmetros, qual o tampo possui
menor espessura ?
Resp.: Semi-esférico ou hemisférico.
2- Como distinguimos didaticamente Tanque de armazenamento de Vaso
de Pressão?
Resp.: VP tem p>15 psig

3- Qual o tampo mais adequado para escoamento de particulados?


Resp.: Cônico

4- Qual a principal recomendação de projeto para peças internas?


Resp.: Serem desmontáveis e poderem passar pela BV

5- Quais os tipos de suportação para vasos verticais?


Resp.: Saia, colunas e sapatas
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Projeto e Construção dos VPs

Principais atividades no Projeto e no Dimensionamento de


vasos de pressão
a) Definição dos dados gerais de projeto (Disponibilidades de água, vapor, vento, estradas,
local de montagem etc.)
b) Definição dos dados de processo (P,T, vazão, tempo de residência, fluxogramas de processo
etc.)
c) Projeto de Processo (DI e CET) Folha de Dados do Vaso
d) Seleção e Especificação dos Materiais
e) Projeto Térmico (trocadores de calor)
f) Projeto Mecânico Segue uma Norma de Projeto e Especificações Técnicas
g) Projeto ou especificação dos internos
h) Acompanhamento do Projeto (coordenação segue em paralelo)
Detalhamento e Aquisição
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Projeto e Construção dos VPs

Principais Atividades na construção de vasos de pressão


(FABRICANTE)

i) Sistema de Gestão da Qualidade


j) Projeto da sequência de fabricação e das juntas soldadas
k) Qualificação de fornecedores (chapas, consumíveis, forjados etc.)
l) Qualificação de procedimentos de soldagem e soldadores
m) Tecnologia de fabricação (corte, calandragem, soldagem, usinagem, TTAS etc.)
n) Atividades Inspeção (visual, dimensional, LP, PM, RX, US)
o) Teste final
p) Embalagem, embarque e Transporte
q) Teste hidrostático de campo para atender a NR-13

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4-Materias para vasos de pressão

A- Principais materiais empregados

- Partes pressurizadas, suportes, internos e externos


- Aço carbono
- Aço-liga (1 ¼Cr- ½Mo, 2 ¼Cr ½Mo) (tem qtd de outros elem. além da comp do AC)
- Aço-Inox (ferríticos e austeníticos)(Cr>12% - não enferrujam em atmosf normal)

- Revestimentos internos
- Aços inoxidáveis
- Ligas de Ni
- Ti e ligas (↑custo e dificuldade de soldagem)
- Refratários
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4-Materias para vasos de pressão

B- Principais fatores que influenciam a selação de materiais:

- Fluido contido (impurezas, contaminantes,…)


- P & T (↑ ↓)
- Custo do Material
- Disponibilidade
- Segurança física
- Continuidade operacional
- Facilidade de fabric., soldagem, montagem e manutenção
- Tempo de vida previsto
- Experiência prévia
- Variações toleradas de forma

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NORMAS DE PROJETO

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Códigos de Projeto
Textos normativos desenvolvidos por:
Associações técnicas ou Soc. de Normalização (pública ou privada)

Origem: Problema de Segurança

Abrangem:
- Critérios, fórmulas de cálculos e exigência de detalhe de projeto
- Materiais - definição dos testes de qualificação necessários
- Requisitos de fabricação e soldagem
- Inspeção e tolerâncias
- Ensaios (ensaios não-destrutivos e destrutivos certificando a fabricação do equipamento)
- Testes finais de aceitação do vaso de pressão
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Códigos de Projeto
Finalidades

- Padronizar e simplificar o cálculo e o projeto dos vasos de pressão;

- Garantir condições mínimas de segurança para a sua operação.

A experiência comprova que a observância dessas normas torna


muito baixa a probabilidade de ocorrência de acidentes graves.

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Códigos de Projeto
Filosofia geral dos códigos
“Vazar antes de romper”
• Limitação das tensões atuantes nos componentes a uma fração de
uma característica mecânica do material (σR , σe , εcreep)

Fórmulas simples associadas a grandes FS


+ (Para compensar as abstrações e simplificações)

Cuidados para evitar fratura frágil


(Nem sempre é o projeto mais econômico)

• Não são levados em conta as diversas formas possíveis de falha

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Códigos de Projeto
Os modos de falha que devem ser verificados no projeto de um vaso de pressão
devem atender aos da ISO/TC 11 (seção 6 da ISO 16528-1)
NORMAa : ASME, Section VIII, Division 1, Edição 2010

SUMÁRIO DOS MODOS DE FALHA b


Modos de falha de acordo com a ABNT NBR Abordado (S / N /
ISO 16528-1, 6.3 P)c

Fratura Frágil S

Ruptura Dúctil S A flambagem por fluência e outros


Deformação excessiva resultando em vazamento ou outra modos de falha cíclica, tais como
S
perda de função fadiga, são reconhecidos pelo Código
Instabilidade elasto-plástica (flambagem) S ASME, mas não são apresentados
métodos para sua avaliação.
Modos de Falha Adicional de acordo com a ABNT Abordado (S / N / Para os modos de falha não abordados
NBR ISO 16528-1, 6.2 P)c
diretamente pelo Código devem-se
Ruptura por fluência S seguir as recomendações do parágrafo
Flambagem por fluência P U-2(g) do Código ASME
Fadiga P

a. Nome completo da norma com o nível de revisão ou adenda.


b. Modos de falha abordadospor este formulário (Ver ABNT NBR ISO 16528-1)
c. S – o modo de falha é abordado pela norma
N – o modo de falha não é abordado pela norma
P – o modo de falha é reconhecido, masdetalhesnão são abordados.

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Histórico e evolução das Normas
• Início do século XIX 300 a 400 explosões em caldeiras (locomotivas a vapor)

• 1905 Acidente em Brockton (Massachusetts-USA) 58 117

• 1908 1a Norma americana de uso legal e obrigatório


Projeto, mat., fabr. e insp. de caldeiras estacionárias
Massachusetts Rules É considerada o embrião do ASME

• 1911 Nomeada uma comissão do ASME para fazer a norma

• 1915 1a ed. – apenas caldeiras estacionárias (Sec. I)

• 1924 1a ed. da Sec. VIII (VP não sujeito a chama)


Nesta época já existiam normas européias para caldeiras e vasos de pressão

• Década de 1960 ASME Sec. III (1963) e ASME VIII-2 (1968)

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Histórico e evolução das Normas
Até a década de 1960:
Resumindo
- Critérios ditados pela experiência
- Pouca base teórica ->Fórmulas fechadas de cálculo
- Mecanismos de falha mais simples:
♦ espessura capaz de suportar a σcircunferencial ∴ (σc < σe)
♦ material suficientemente dúctil para acomodar, sem
riscos imediatos: Concentração de tensões (σpico ) e σ
geradas em regiões de descontinuidades geométricas.
P2

Para vasos com serviços muito severos esses


critérios não mais satisfazem e nem garantem a
segurança.
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Histórico e evolução das Normas
• Década de 1960 ASME Sec. III (1963) e ASME VIII-2 (1968)

Reavaliação da filosofia de projeto devido a 2 motivos:


1- O desenvolvimento das centrais de energia nuclear
- O projeto de VP não cobertos pelos métodos existentes nos códigos de projeto
disponíveis, exigindo maior conhecimento de mecanismos de falhas associados
a VP e tubulações.
- Muito investimento em AT (Análise de Tensões) Segurança (vazamento ->radiação)

2- O desejo de tirar proveito nos avanços do entendimento


do comportamento estrutural dos vasos de pressão
plasticidade – mecânica de fratura – fadiga
- Eliminar as potenciais fraquezas dos códigos existentes
- Reduzir o excesso de conservadorismo do projeto convencional
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Histórico e evolução das Normas
• Após a década de 1960

Os procedimentos de projeto baseados nesta nova filosofia foram


primeiramente publicado pelo ASME Seção III (1963) e depois VIII-2.

Duas rotas de projeto foram especificadas no novo código:

- Design by Rules (Projeto convencional: fórmulas consagradas e


detalhes construtivos padronizados)
- Design by Analysis (projeto por análise de tensões)

O formato do ASME Seção III foi adotado como a base do ASME VIII-2 e a
Base das “recomendações” de design by analysis da BS-5500 apêndice A.

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PRINCIPAIS
NORMAS DE PROJETO

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Principais Normas
As principais códigos de projeto, fabricação, inspeção, montagem e
testes de vasos de pressão são os seguintes:

– ASME (Seç. III, Seç. VIII): 2011


– British Standards (BSI PD-5500 -> BS-5500): 2009
– EN-13445:2002 –issue 2009
– Ad-Merkblatter: 2000
– CODAP: 2005

As normas são documentos dinâmicos, submetidos rotineiramente a revisões


e atualizações; acréscimos e até possíveis correções.

Atenção para a última edição da norma e das variações que ela sofreu
(addenda)
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BSI PD-5500 Unfired Fusion Welded Pressure Vessel

• Elaborado pela British Standards Institution (BSI):


Aborda materiais, projeto, fabricação, inspeção e testes dos VPs.

SEÇÃO 1 - Parte Geral;


SEÇÃO 2 - Materiais; (Mais severas que o ASME: Limitação Tcarb p/ partes soldas, Exigência θ<0°C)
SEÇÃO 3 - Projeto; [Limitações: TQ, construção especial para pressão muito alta, vasos não estacionários]
SEÇÃO 4 - Fabricação e Montagem;
SEÇÃO 5 - Inspeção e Testes

• Apêndices principais :
Apêndice A - Análise de Tensões, similar ao ASME VIII-2;
Apêndice B - Efeito combinado de outros carregamentos;
Apêndice C - Fadiga;
Apêndice G - Cargas localizadas.

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AD Merkblätter
• Uso legal obrigatório na Alemanha.
• Publicada pela Associação dos Construtores de Vasos de Pressão.
• Sob a responsabilidade principal da TÜV (União das Assoc. de Téc. de Insp.).

SÉRIE G - Parte Geral;


SÉRIE A - Acessórios;
SÉRIE B - Projeto;
SÉRIE H - Soldagem;
SÉRIE W - Materiais.

• Informações gerais :
Dimensionamento através de tensões de membrana– fórm. simplificadas;
Tensão calculada corrigida através de fatores de forma;
Maiores exigências sobre o material, fabricação e inspeção;
Tensões admissíveis mais elevadas que o código ASME, por exemplo.
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50
EN-13445
• This European Standard concerning “Unfired pressure vessels” comprises the
following Parts:

– Part 1: General.
– Part 2: Materials.
– Part 3: Design. -> EN-13445-3
– Part 4: Fabrication.
– Part 5: Inspection and testing.
– Part 6: Requirements for the design and fabrication of pressure vessels and
pressure parts constructed from spheroidal graphite cast iron.
– Part 7: CR 13445-7 Guidance on the use of conformity assessment procedures.

• According to the CEN/CENELEC Internal Regulations, the national standards


organizations of the following countries are bound to implement this
European Standard: Austria, Belgium, Czech Republic, Denmark, Finland,
France, Germany, Greece, Iceland, Ireland, Italy, Luxembourg, Malta,
Netherlands, Norway, Portugal, Spain, Sweden, Switzerland and the United
Kingdom.

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Códigos de Projeto
Perguntas

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Códigos de Projeto - Perguntas
1- São de uso legal obrigatório?
R: NÃO. Raramente.
2- São exigidas como requisito mínimo de segurança por projetistas e usuários de vasos de
pressão?
R: SIM. Por quase todos.
3- Existem partes do vaso calculadas fora das normas?
R: SIM. Quase sempre.
4- Posso projetar por uma norma e inspecionar por outra?
R:: NÃO SE DEVE MISTURAR AS NORMAS DE PROJETO!
Cada código é um conjunto coerente de exigências interrelacionadas e mutuamente
interdependente.

5- Ao aplicar uma determinada norma estou legalmente seguro?


R: Nenhuma Norma de projeto destina-se a substituir ou diminuir a responsabilidade do
projetista.

NÃO SE DEVE APLICAR QUALQUER NORMA DE PROJETO


CEGAMENTE!

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53
ASME Sec. VIII

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54
O código ASME

•Editions: @3 anos atualmente @2anos Ed.2011, 2013, 2015 ...


•Addenda: Até 2010 era anual. Não vai mais ser emitida
•Errata: Emitidas a medida que são elaboradas, valendo retroativamente
•Interpretations: 2x ao ano (jul e dez)
•Code case: Emitidas a medida que são elaboradas para os assinantes do CC book.

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55
ASME VIII-
VIII-1
É o projeto convencional dos vasos de pressão.
Parágrafo de introdução (U)
Está dividido em 3 subseções Partes organizadas em parágrafos
Subsection A - General Requirements
Requisitos gerais, aplicáveis a todos os vasos de pressão.
Part UG - General Requirements for All Methods of Construction and All Materials:
Scope / Materials / Design / Openings and Reinforcements / Braced and Stayed Surfaces /
Ligaments / Fabrication / Inspection and Tests / Marking and Reports / Pressure Relief
Devices
Subsection B : Requirements Pertaining to Methods of Fabrication of Pressure
Vessels
Requisitos específicos, aplicáveis em função do método de fabricação.
Part UW : Requirements for Pressure Vessels Fabricated by Welding
Part UF : Requirements for Pressure Vessels Fabricated by Forging
Part UB - Requirements for Pressure Vessels Fabricated by Brazing

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56
ASME VIII-
VIII-1
Subsection C : Requirements Pertaining to Classes of Materials
Requisitos específicos, aplicáveis em função do tipo de material utilizado na fabricação.
Part UCS : Requirements for Pressure Vessels Constructed of Carbon and Low Alloy Steels
Part UNF : Requirements for Pressure Vessels Constructed of Nonferrous Materials
Part UHA : Requirements for Pressure Vessels Constructed of High Alloy Steel
Part UCI : Requirements for Pressure Vessels Constructed of Cast Iron
Part UCL : Requirements for Welded Pressure Vessels Constructed of Material With
Corrosion Resistant Integral Cladding, Weld Metal Overlay Cladding or With Applied Linings
Part UCD : Requirements for Pressure Vessels Constructed of Cast Ductile Iron
Part UHT : Requirements for Pressure Vessels Constructed of Ferritic Steels With Tensile
Properties Enhanced by Heat Treatment
Part ULW : Requirements for Pressure Vessels Fabricated by Layered Construction
Part ULT : Alternative Rules for Pressure Vessels Constructed Having Higher Allowable
Stresses at Low Temperature
Part UHX : Rules
Curso de Vasos de Pressão for Shell-and-Tube
Nelson Patricio Heat Exchangers
Junior e Paulo Sérgio Freire
57
ASME VIII-1

Subseção A UG
(Requisitos gerais)

Subseção B
(Requisitos relativos UW UF UB
ao método de Soldagem Forjamento Brasagem
fabricação)
Subseção C UNF UCI UHT
UCS ULW
(Requisitos relativos UHA ULT UDC UCL UHX
ao tipo de material)

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58
ASME VIII-
VIII-1

Requisitos Relativos Apêndices Obrigatórios


ao Método de Fabricação
Subseção B
+
UF UB
Brazagem

UW
Forjamento
ULT Apêndices não-obrigatórios
Aços para
Soldagem
baixas
temperaturas •
UCS ULW Os APs contêm muitas Regras de cálculo e projeto
Aços Vasos de Aplicáveis para configurações ou casos específicos
carbono e paredes
baixa liga Subseção A múltiplas
Requisitos Gerais Obr: Procedimentos que já estão consolidados
UNF UHT
Materiais não Aços de alta
baseados pela longa experiência de anos de uso da
ferrosos resistência indústria.
UHA UCD
Aços de alta
Ferro N-Obr: Novas regras ou regras que tem aplicação
fundido
liga UCL limitada
UCI Aços
maleável
Ferro cladeados ou
fundido revestidos
Podem eventualmente ser transferidos
Subseção C
Requisitos Relativos para os apêndices obrigatórios após um
aos Materiais
período de uso, depois de se verificar sua
segurança e praticidade.
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59

Procedimentos que já
estão consolidados
baseados pela longa
experiência de anos de
uso da indústria.

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60

Novas regras ou
regras que tem
aplicação limitada
Podem eventualmente
ser transferidos para
os apêndices
obrigatórios após um
período de uso, depois
de se verificar sua
segurança e
praticidade.

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61
Escopo do ASME VIII-
VIII-1

Estão incluídos no seu escopo quaisquer vasos de pressão, exceto:


- Vasos incluídos no escopo de outras seções do ASME
- Vasos sujeitos a chama (aquecedores flamo-tubulares)
- Vasos para carcaça de equip. mecânicos, rotativos e hidráulicos
- Ocupação humana
- Sistema de tubulações
- Acessórios de tubulações
- Pop_int ≤ 15 psig (1,05 kgf/cm²)
- Pop ≥ 3000 psig (211 kgf/cm²)
- Dimensões internas (Diâmetro ≤ 6”)
- Vasos para água pressurizada com Pop ≤ 300#g e T até 99°C
- Vasos para armazenamento de água aquecida por vapor ou outro meio
indireto, quando nenhuma das seguintes limitações não forem excedidas:
vol. 120 gal (450 l), Top 99°C e carga térmica 200.000 BTU
Vasos, evaporadores e permutadores de calor onde há geração de vapor estão incluídos.

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62
Filosofia de projeto do ASME VIII-
VIII-1
Limitar a tensão circunferencial em um valor tabelado (seguro)
• Embora seja dito (UG-22) que os vasos de pressão devam
resistir a todos os esforços solicitantes .....
pressão interna ou externa, pesos, sobrecargas, reações de
apoio, ação de vento, impactos, esforços de dilatação etc.

.... o código só fornece fórmulas para o cálculo em


função da pressão interna ou externa, ficando o cálculo
para os demais esforços inteiramente a critério do
projetista. parágrafo U-2(g)

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63
Filosofia de projeto do ASME VIII-
VIII-1
• É sabido que podem ocorrer elevadas tensões nas
descontinuidades nos vasos de pressão, mas por meio
de:
- Regras de projeto ( Sadm)
- Detalhes padronizados de fabricação

desta divisão foram estabelecidas de modo a limitar tais


tensões a um nível seguro consistente com a
experiência adquirida.

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64
Filosofia de projeto do ASME VIII-
VIII-1
Qualquer transição geométrica
(forma e/ ou espessura) resulta em
uma distribuição irregular e
concentração de tensões nesta
região. Por este motivo, os Códigos
de projeto fazem uma série de
exigências de maneira a minorar
este efeito.

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65
Filosofia de projeto do ASME VIII-
VIII-1
Qualquer transição geométrica (forma e/ ou espessura) resulta em uma
distribuição irregular e concentração de tensões nesta região.
Por este motivo, os Códigos de projeto fazem uma série de exigências de
maneira a minorar este efeito.

δc p Me
δe
Q
a p
Mc

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66
Filosofia de projeto do ASME VIII-
VIII-1
• Adota o critério de falha de Rankine.

• Pop ≤ 3000 psig (211 kgf/cm²)

• Não há procedimento para análise das tensões ou análise de


fadiga. Nenhum limite de projeto é imposto a elas.

• Não são incluídos limites de projeto para as tensões nos locais de


descontinuidades nem devido a dilatação térmica.

• Tensões admissíveis para temperaturas abaixo da temperatura de


fluência estão relacionados com o limite de escoamento ou com o
limite de resistência do material de construção do equipamento.
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67
Filosofia de projeto do ASME VIII-
VIII-1

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68
Filosofia de projeto do ASME VIII-
VIII-1

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69
Filosofia de projeto do ASME VIII-
VIII-1

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70
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71
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72
Tensões admissíveis dos códigos
Código de Projeto Abaixo do regime de fluência No regime de fluência
100% da σmédia que provoca uma velocidade
σr /3,5 (temperatura ambiente) de deformação de 1% em 100.000 h
σr /3,5 (temperatura de operação) 67% da σmédia que provoca ruptura em
ASME Sec. VIII Div.1 100.000 h
(2/3).σe (temperatura ambiente)
“S – Allowable stress” 80% da σmín. que provoca ruptura em
(2/3).σe (temperatura de operação) ou 0,9.σe (temp.de
operação – para material austenítico) 100.000 h • 1998 ad99

100% da σmédia que provoca uma velocidade


ASME Sec. VIII Div.2 σr /2,4 (temperatura ambiente)
de deformação de 1% em 100.000 h Antes da edição 98
σr /2,4 (temperatura de operação)
Allowable Stress
σe/1,5 (temperatura ambiente)
67% da σmédia que provoca ruptura em ad99, o código ASME
100.000 h
2007 σe/1,5 (temperatura de operação) ou 0,9.σe (temp.de
operação – para material austenítico)
80% da σmín. que provoca ruptura em utilizava um fator 4,0
100.000 h ao lugar de 3,5,
aplicado ao limite de
σr /3 (temperatura ambiente)
ASME Sec. VIII Div.2
σr /3 (temperatura de operação)
resistência do material
“Sm – Design stress intensity” (2/3).σe (temperatura ambiente) Não aplicável para a definição das
2004 (2/3).σe (temperatura de operação) ou 0,9.σe (temp.de
operação – para material austenítico) tensões admissíveis
para cálculo.
100% da σmédia que provoca uma velocidade
σr /3 (temperatura ambiente)
de deformação de 1% em 100.000 h
ASME B31.3/2004 σr /3 (temperatura de operação)
67% da σmédia que provoca ruptura em
“S – Basic allowable stress in (2/3). σe (temperatura ambiente)
100.000 h
tension” (2/3).σe (temperatura de operação) ou 0,9.σe (temp.de
80% da σmín. que provoca ruptura em
operação – para material austenítico)
100.000 h

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73
Tensão Efeito Dominante
Admissível
Limite Fluência
Resistência
Limite
Resistência //FS
4

Tensão 1%
deformação em
100.000 h

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Temperatura
74
Esforços Compressivos

Tensão admissível para esforço axial

É função da geometria (rigidez) e do módulo de elasticidade

- Calcula-se a deformação (Fator A)


- Determina-se a tensão admissível (Fator B)

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75
ASME VIII-
VIII-1
Exemplo:

• Vaso projetado segundo critérios do código ASME VIII-1 Ed.2011, Construção soldada com
material base em aço carbono

• Seções a consultar:
Requisitos Relativos
U - UG - UW - UCS Subseção B
ao Método de Fabricação

UF UB
Forjamento Brazagem

UW ULT
Aços para
Soldagem
baixas
temperaturas
UCS ULW
Aços Vasos de
carbono e paredes
baixa liga Subseção A múltiplas
Requisitos Gerais
UNF UHT
Materiais não Aços de alta
ferrosos resistência

UHA UCD
Ferro
Aços de alta
fundido
liga UCL maleável
UCI Aços
Ferro cladeados ou
fundido revestidos

Requisitos Relativos
Subseção C aos Materiais

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76
Definições
• Pressão de Projeto

– Pressão a ser utilizada no dimensionamento do vaso,


atuando no topo do equipamento.

– ASME VIII: condição de pressão e temperatura mais


severas que possam ocorrer em serviço normal.

• Obs: Quando aplicável, a altura estática do líquido


armazenado deve ser adicionada a pressão de projeto para
dimensionar-se qualquer parte do vaso submetida a esta
coluna de líquido.

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77
Definições
•Temperatura de Projeto
-Temperatura da parede do vaso correspondente à pressão de projeto.

- ASME VIII-1: Não deverá ser menor que a temperatura média de metal através
da espessura nas condições de operação do componente (calculada ou medida).
- ASME VIII-2: Adicionalmente, a temperatura de superfície deve ser menor que a
Tmáx (tab. 5A do ASME II-D). (A diferença na definição entre VIII-1 e VIII-2 é substancial
em parede espessa sujeita a alta temperatura)

Obs: Vasos com possibilidade de operação em condições distintas de operação


(P e T) devem ter inicialmente suas condições de projeto estabelecidas para cada
condição de operação (P1 T1, ..., Pn Tn) , de acordo com os parâmetros
estipulados pelo cliente.
Posteriormente, será adotada a condição mais crítica de projeto, a partir
das relações entre a pressão de projeto e tensão admissível na temperatura de
projeto.
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78
Definições
• Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA)
(“Maximum Allowable Working Pressure” – MAWP)

– Pressão máxima, no topo do vaso, em posição de operação


normal, que acarreta no componente mais solicitado do
equipamento, uma tensão atuante igual a tensão admissível do
material (Sq.E), na temperatura considerada, corrigida pelo
valor da eficiência de exame radiográfico adotada no projeto
do equipamento.

• Calculada para:
– temperatura de projeto
– condição corroído.

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79
Etapas de projeto básico mecânico
- Definição das condições de projeto (P, T, col., cíclico, despress., steam-out etc.)
- Qualificação de serviço. Ex: Letal, H2S, ↓ Temp, H2 ⇒ [RX, TTAS, TI (Teste de impacto)]
- Especificação de materiais e a sobrespessura para corrosão (ou o clad) ⇒ (RX, TTAS, TI)
- Definição de tampos e suportação (tipo e altura)
- Cálculo das espessuras dos componentes e suas PMTAs (Pint e/ou Pext)
- Definição do tipo de exame radiográfico e a necessidade de TTAS
- Especificação dos flanges (Classe de pressão, tipo, junta, face e acabamento)
- Determinação da PMTA do equipamento
- Pressão de teste ⇒ redimensionar
- Categoria NR-13
- Espessura dos bocais
- Reforço das aberturas
- MDMT e a necessidade de Teste de Impacto (TI)
- Espessura do isolamento térmico
- Carga de vento (NBR-6123)
- Determinação dos pesos
- Obtenção dos esforços de tubulações nos bocais (por outros)
- Suportação (saia, anel e chumbadores ou Zick)
- Verificação do costado para os esfoços combinados de P + W + V ⇒ redimensionar
- Verificação dos bocais para os esforços externos (WRC-107/297 ou A.T.)
- Verificação de interferência e/ou passagem de internos
Curso de-Vasos
Elaboração
de Pressão do desenho
Nelson com
Patricio Junior suas
e Paulo notas
Sérgio Freire referências e listar as Normas (PETROBRAS)
80
Cálculo de espessura
• Tensões Circunferenciais devido à Pressão Interna
As tensões circunferenciais são aquelas que tendem a romper o cilindro segundo a sua geratriz
quando submetido a uma pressão interna. Em geral são as mais críticas e são calculadas
simplificadamente conforme a expressão matemática a seguir:
Para um cilindro com:
D – diâmetro
t – espessura
L - comprimento
AP: Área Projetada = D.L
AR: Área Resistente = 2.t.L
FP: Força de Separação = p.D.L

Sc: Tensão Circunferencial = FP / AR


Sc = pDL / 2tL = pD / 2t = pR / t

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81
Cálculo de espessura
• Tensões Longitudinais devido à Pressão Interna

As tensões longitudinais são aquelas que tendem a romper o cilindro segundo a sua seção
transversal quando submetido a uma pressão interna e/ou carregamentos externos. Em geral
são menos críticas e são calculadas conforme a expressão matemática a seguir, para o
carregamento exclusivo de pressão interna:
Para um cilindro com:
D – diâmetro
t – espessura
L - comprimento
Área Projetada = π.D2 / 4
Área Resistente = π.D.t
Força de Separação = p.(π.D2 / 4)
Tensão Longitudinal = Força de
Separação / Área Resistente
SL = p(πD2/4)/πDt = pD/4t = pR/2t

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82
Cálculo de espessura – VIII-
VIII-1
t – espessura req., calculada para as condições de projeto.
P – pressão de projeto;
S – tensão admissível na temperatura de projeto;
R – raio interno do componente;
Ro – raio externo do componente;
D – diâmetro interno do componente;
Do – diâmetro externo do componente;
L – raio interno para o tampo hemisférico ou raio interno da coroa para o tampo
toro-esférico;
Lo – raio externo para o tampo hemisférico ou raio externo da coroa para o tampo
toro-esférico;
α - semi-ângulo interno da parte cônica, de um tampo cônico ou toro-cônico, em
relação ao centro;
r – raio interno da parte tórica;
h – altura tampo elipsoidal medida a partir da linha de tangência;
E – eficiência de junta
Verificação adicional: Esp. Mín. Estrutural
•Estabilidade estrutural do vaso, para permitir o seu transporte e ereção

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83
Costado cilíndrico [função da espessura – UG(27)]
Tensões circunferenciais/ P ≤ 0,385SE Tensões longitudinais/ P ≤ 1,25SE

Espessura mínima requerida


Observa-se a presença de um fator E
t = P.R/(S.E – 0,6.P) = P.Ro/(S.E + 0,4.P) t = P.R/(2.S.E+0,4.P) = P.Ro/(2.S.E+1,4.P)

Pressão máxima admissível


t≤R/2
P = t.S.E/(R + 0,6.t) = t.S.E / (Ro - 0,4.t) P = 2.t.S.E/(R - 0,4.t) = 2.t.S.E/(Ro - 1,4.t)

Tensões atuantes

S = P.(R+0,6.t)/(t.E) = P.(Ro – 0,4.t)/(t.E) S = P.(R–0,4.t)/(2.t.E) = P.(Ro-1,4.t)/(2.t.E)

Tensões circunferenciais/P > 0,385SE Tensões longitudinais/ P > 1,25SE

Espessura mínima requerida

t = R.(Z1/2 – 1) = Ro.(Z1/2 – 1) / Z1/2 t = R.(Z1/2 – 1) = Ro.(Z1/2 – 1) / Z1/2


Z = (S.E + P) / (S.E – P) Z = [P / (S.E) + 1]

Pressão máxima admissível

t>R/2 P = S.E.(a2–1)/(a2+1) = S.E.(1–b2)/(1+b2) P = S.E.(a2 – 1) = S.E.(1 – b2) / b2


a = (t / R +1) b = (t / Ro – 1) a = (t / R +1) b = (t / Ro – 1)

Tensões atuantes

S = P(a2+1)/[E.(a2–1)]=P(1+b2)/[E.(1–b2)] S = P/[E.(a2 – 1)] = P. (1 + b2)/[E.(1 – b2)]


a = (t / R +1) b = (t / Ro – 1) a = (t / R +1) b = (t / Ro – 1)
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84
Casco e tampo esférico
Observa-se a presença de um fator E

Espessura mínima requerida

t = P.L / (2.S.E – 0,2.P) = P.Lo / (2S.E + 0,8.P)

Pressão máxima admissível


t ≤ 0,356L
P ≤ 0,665SE P = 2.t.S.E / (L + 0,2.t) = 2.t.S.E / (Lo – 0,8.t)

Tensões atuantes

S = P.(L + 0,2.t) / (2.t.E) = P.(Lo – 0,8.t) / (2.t.E)

Espessura mínima requerida

t = L.(Y1/3 – 1) = Lo.(Y1/3 – 1) / Y1/3 Y = 2.(S.E + P) / (2.S.E – P)

Pressão máxima admissível


t > 0,356L
P = 2.S.E.(a3 – 1)/(2 + a3) = 2.S.E.(1 – b3)/(2.b3 + 1)
P > 0,665SE
a = (t / L + 1) b = (t / Lo – 1)

Tensões atuantes

S = P.(2+a3)/[2.E.(a3 – 1)] = P.(2.b3+1)/[2.E.(1 – b3)]


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85
Tampo elipsoidal
Espessura mínima requerida t = P.D.K/(2.S.E–0,2.P) =
= P.Do.K/[2.S.E+2.P.(K–0,1)]

Pressão máxima admissível P = 2.t.S.E/(D.K+0,2.t) =


= 2.t.S.E/[Do.K – 2.(K – 0,1)]
Tensões atuantes S = P.(D.K+0,2.t)/(2.t.E) =
= P.[Do.K–2.(K–0,1)]/(2.t.E)

Observa-se a presença de um fator E

Para o tampo padrão :


D / (2.h) = 2 K=1

D / 2h 3,0 2,9 2,8 2,7 2,6 2,5 2,4 2,3 2,2 2,1 2,0
K 1,83 1,73 1,64 1,55 1,46 1,37 1,29 1,21 1,14 1,07 1,00

D / 2h 1,9 1,8 1,7 1,6 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1,0
K 0,93 0,87 0,81 0,76 0,71 0,66 0,61 0,57 0,53 0,50

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86
Tampo toroesférico
Espessura mínima requerida t = P.L.M/(2.S.E – 0,2.P) =
= P.Lo.M / [2.S.E + P.(M – 0,2)]
Pressão máxima admissível P = 2.t.S.E / (L.M + 0,2.t) =
= 2.t.S.E / [Lo.M – (M – 0,2)]
Tensões atuantes
S = P.(L.M + 0,2.t)/(2.t.E) =
= P.[Lo.M – (M – 0,2)]/(2.t.E)

Observa-se a presença de um fator E

L/r 1,0 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50
M 1,00 1,03 1,06 1,08 1,10 1,13 1,15 1,17 1,18 1,20 1,22

L/r 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0
M 1,25 1,28 1,31 1,34 1,36 1,39 1,41 1,44 1,46 1,48 1,50

L/r 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 16 2/3
M 1,52 1,54 1,56 1,58 1,60 1,62 1,65 1,69 1,72 1,75 1,77

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87
Tampo cônico

Observa-se a presença de um fator E

α ≤ 30o

Espessura mínima requerida


t = P.D/[2.cosα.( S.E–0,6.P)]

Pressão máxima admissível P = 2.t.cosα.S.E/(D+0,6.t.cosα)

Tensões atuantes S = P.(D+0,6.t.cosα)/(2.t.cosα.E)

α > 30o

Análise especial [Ap. 1-5(g) ou MEF]


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88
Tampo planos

Tipo de Tampo Fórmula de Cálculo


1/ 2
 CP 
Circular, sem ligação aparafusada t = d. 
 SE 
1/ 2
 CP 1,9 WhG 
Circular, com ligação aparafusada t = d. +
 SE SEd3 
1/ 2
 ZCP 
t = d. 
Não circular, sem ligação aparafusada  SE 
onde : Z = 3,4 – 2,4.d/D Z≤ 2,5
1/ 2
 ZCP 6 WhG 
t = d. +
Não circular, com ligação aparafusada  SE SELd3 
onde : Z = 3,4 – 2,4.d/D Z≤ 2,5

A figura UG-34 apresenta alguns tipos de tampos planos normalmente


utilizados. Outras abreviaturas referenciadas na figura UG-34 estão definidas no
parágrafo UG-34 e na figura UW-13.2 do código)
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89
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90
Cálculo de espessura – VIII-
VIII-1
• A espessura mínima estrutural destina-se a garantir a estabilidade estrutural do
vaso, para permitir o seu transporte e ereção, evitando o seu colapso pelo peso
próprio ou pela ação do vento.

• ASME: [UG-16(b) e 4.1.2]


Prática Petrobras: Adota-se o maior dentre os seguintes valores:
• es= 2,5 + 0,001 ØDIC + C; [mm]
• 4,8 mm (para aço C)

• A margem para corrosão (C) (corrosion allowance) é um acréscimo de espessura


destinado a ser consumido pela corrosão durante a vida útil do equipamento. Os
valores usuais para adoção nos cálculos serão objeto de análise posterior.

• A espessura final a ser adotada pelo equipamento será a espessura comercial


da chapa imediatamente superior àquela determinada no item acima.

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91
Determinação da Espessura Nominal
• A composição da espessura nominal final de um
componente pressurizado será a soma das parcelas:
- tr: espessura requerida para resistir a condições de projeto
(Pressão e Temperatura) ou a mínima estrutural, o que for maior;
- c: a sobrespessura de corrosão;

- tol: a tolerância para fabricação (ex.: chapa(costado)=0; chapa


(tampo)=perda na conformação; tubos sem costura=12,5%;

- arred: arredondamento para o valor superior mais próximo de


uma espessura nominal.
tn = tr + c + tol + arred
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92
E: eficiência de junta
Eficiência de junta (E)

Representa um acréscimo no FS e na espessura da chapa

É função:
a) Tipo de junta (1, 2, 3, 4, 5 e 6) 7 e 8 não tem valor para E
b) Categoria de junta (A, B, C e D)
c) Tipo de ensaio radiográfico (Total, Parcial ou s/ RX)
d) Material (p-Number e Gr-Number)
e) Espessura

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93
a) Tipos de junta
• Código ASME (Tabela UW-12) :
Tab. UW-12
Desenho Esquemático Descrição Tipo de Junta

Juntas de topo com cordão duplo 1

Juntas de topo com cordão simples


e cobre junta 2

Juntas de topo com cordão simples 3

Junta sobreposta com solda dupla


em angulo (integral) 4

Junta sobreposta com solda


simples em angulo (integral) e 5
solda de tampão

Junta sobreposta com solda


simples em angulo (integral) 6
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94
b) Categorias de junta
Categoria da junta: define a localização no equipamento, não define o tipo de junta soldada.

Tab. UW-12

Categoria A: Juntas longitudinais do costado e botas, transições de diâmetros, pescoço de bocais. Todas as juntas
do corpo da esfera. Soldas circunferenciais ligando tampos hemisféricos ao costado;

Categoria B: Juntas circunferenciais do costado e botas, transições de diâmetros, pescoço de bocais. Soldas de
ligação entre tampos, exceto o hemisférico, ao costado;

Categoria C: Juntas conectando flanges, espelhos, tampos planos;

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Categoria Nelson
D: Juntas Patricio Junior
de ligação e Paulo Sérgio
de pescoço deFreire
bocais e botas ao costado. 95
b) Categorias de junta
ASME VIII-2

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96
c) Tipo de ensaio radiográfico

Total (100%RX), Parcial (~1%RX) ou sem ensaio (0%RX)


– O ensaio radiográfico é capaz de identificar defeitos internos nas
soldas, tais como trincas, porosidades etc.

– O critério de aceitação no ensaio radiográfico é indicado no


Apêndice 4 (ASME VIII-1) e Parte 7 (ASME VIII-2).

– Uma das grandes vantagens da radiografia é a existência de


registros, ou seja, filmes radiográficos que são documentos
permanentes de consulta.

– Quando especificada radiografia total, deve-se ter o cuidado de


projetar juntas soldadas facilmente radiografáveis.
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97
~1% das soldas

Defeitos podem aparecer no futuro

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98
Determinação da eficiência de junta

• Tabela UW-12 fornece a eficiência de junta “E” a ser utilizada nas fórmulas
de cálculo de espessura.

• Valor de “E” depende apenas do tipo de junta e da intensidade do ensaio


radiográfico empregado:
• Total (100%)
• Parcial (~1%)
• Sem ensaio (0%)

• O usuário/cliente deverá selecionar o tipo de junta e a intensidade de


ensaio conveniente, a menos que outras regras ditem esta seleção (Serviço
ou espessura).

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99
Curso de Vasos de Pressão Nelson Patricio Junior e Paulo Sérgio Freire
100
Obrigatoriedade de 100% de ensaio radiográfico

Espessura mais fina da junta

Observação :
P-Number é um número que caracteriza grupos de materiais com a mesma soldabilidade. Através do
P-Number se fixa características de tratamento térmico e do exame radiográfico de um equipamento.
Nas tabelas de tensão admissível constantes das normas encontram-se a indicação do P-Number de
cada material.

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101
P No. Base Metal
Carbon Manganese Steels, 4 Sub Groups
d) P-number e gr-number
Group 1 up to approx 40 -65 ksi
Group 2 Approx 62.5 -7 5 ksi
Group 3 Approx 70 -80ksi
Group 4 Approx 90 -95 ksi
1
2 Not Used
3 3 Sub Groups: - Typically 0.5Cr -0.5Mo
4 2 Sub Groups: - Typically 1.25Cr -0.5Mo
5A Typically 2.25Cr -0.25Mo
5B 2 Sub Groups: - Typically5Cr -0.5Mo and 9Cr -1Mo
5C 5 Sub Groups: - Cr -Mo - V
6 Sub Groups: - Martensitic Stainless Steels
6 Typically Grade 410
7 Ferritic Stainless Steels Typically Grade 409 5
Austenitic Stainless Steels, 4 Sub groups

Group1 Typically Grades 304, 316, 347


Group 2 Typically Grades 309, 310
Group 3 High manganese grades
Group 4 Typically 20Cr -18Ni -6Mo
8
9A 1.5 Ni; 2.5 Ni -1 Cu
9B 3.5 Ni
10A Mn -V
10B 1Cr - V
10C Carbon steel
10H 22Cr -5Ni -3Mo -N
10I 27Cr, 27Cr -1M o; 27Cr -1Mo -T i; 25Cr -4Ni -4Mo -T i
10J 29Cr -4M o
10K 26Cr -3Ni -3M o ; 29Cr -4Mo -2N i
11 A e 11B

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102
Exercício 1, e logo após …
- Bocais e reforço de aberturas nos costados e tampos

- Avaliação da necessidade de teste de impacto p/ evitar fratura fragil

- Avaliação da necessidade de TTAS

- Requisitos de fabricação e tolerâncias

- Teste de pressão
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103
Reforço de aberturas
UG-36 a 42

Reposição de área
Dentro de limites
Areq para Pext é
50% de Areq para Pint

No ASME VIII-2 não é


por reposição de área

Dic≤ 60”⇒ φ<0,5Dic ou 20”


Dic>60”⇒ φ<0,33Dic ou 40”
⇒AP 1-7

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104
Reforço de aberturas

• Vasos que não são sujeitos a rápidas flutuações de pressão:

Bocais com diâmetros de abertura inferiores a 3 ½” localizados em


cascos ou tampos com espessuras iguais ou inferiores a 3/8” ou bocais com
diâmetros de abertura inferiores a 2 3/8” localizados em cascos ou
tampos com espessuras superiores a 3/8” não necessitam serem reforçados.

80%D (inclusive o reforço)


T.elipsoidal: treq é o de uma esfera de raio K1D

T.torisférico: treq calculado com M=1

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105
Espessura do bocais e BVs
A espessura de fabricação da parede do pescoço de um
bocal ou qualquer outra conexão não deve ser menor que a
espessura determinada através das fórmulas estabelecidas
pela UG-45 (ASME VIII-1)

tb: Espess. da tb1: Para pressão interna:


tabela UG-45 + C Esp. req do casco/tampo
Menor valor entre +C, usando E=1, porém
tb1 e tbx > UG16(b)
(tb) (mín estrut.)
tbx: Maior valor
Maior valor entre entre
ta e tb tb1 e tb2 tb2: Para pressão externa:
Esp. req. mím. do Esp. req do casco/tampo +C, usando
bocal pela UG-27 +C E=1 e Pext=Pint,
ou porém > UG16(b)
UG-28 + C (mín estrut.)
(ta)

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106
Especificação dos flanges do bocais e BVs

.ASME B 16.5 (1/2”- 24”) Classe de pressão-> f(temp e material)


.ASME B 16.47 (26”- 60”)
.Ap 2 ASME VIII-1
.Parag. 4.16 ASME VIII-2

Tipo: WN, SO Limitações na N-253


Faceamento Espec de tub.
Junta Espec de tub. Acabamento
Espec de tub.

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107
Verificação de esforços externos em bocais
• As tensões atuantes no casco de vasos de pressão
resultantes dos esforços da tubulação podem ser
calculados por métodos aproximados ou pelo método dos
elementos finitos.

• O método aproximado mais consagrado é definido por dois


boletins do Welding Research Council: WRC-107 e o WRC-297.

• O WRC-107 é o boletim mais abrangente (bocais ou clips),


podendo ser utilizado para vasos cilíndricos ou esféricos.

• O WRC-297 complementa o primeiro no que se


refere ao cálculo de tensões em vasos cilíndricos.
Têm limitações de uso. Amplia o escopo de aplicação do WRC-107
e também avalia as tensões localizadas no pescoço dos bocais

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108
Verificação de esforços externos em bocais
Verificação de tensões localizadas devidas a esforços externos (ASME VIII-2: parág. 4.5.15)

WRC-107 assume bocal sólido, não leva em conta a espessura do bocal

- R/t>600 e D/d < 0,25 a 0,3


Os resultados são fornecidos em forma de curvas que fornecem meios
de calcular a as tensões de membrana e flexão em diferentes
localizações em volta da circunferência do bocal
, if the methods of Bulletin 107 or 297 are used, the pressure
stresses are not available. To fill this gap, the formulas of WRC
Bulletin 368 may be used. This Bulletin based on the results of a
parametric study, using the same theory as that of Bulletin 297,
WRC-297 Teoria de cascas finas will provide the maximum membrane and bending stresses at the
intersection.
- Apenas interseção cilindro-cilindro
- Considera o bocal um tubo com espessura tensões no bocal
- R/t até 2000 e D/d <0,25 a 0,35 (sugere 0,5, mas ↓ precisão)

MEF sem limitação


- WRC-497 é uma alternativa para aberturas. Baseado em MEF.
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109
Verificação de esforços externos em bocais
WRC 107 Stress Summations:
Vessel Stress Summation at Nozzle Junction
Análise de Tensões nos Bocais dos Equipamentos
------------------------------------------------------------------------
Type of | Stress Values at
Stress Int. | ( KPa )
---------------|--------------------------------------------------------
Location | Au Al Bu Bl Cu Cl Du Dl
---------------|--------------------------------------------------------
Rad. Pm (SUS) | 39888 39888 39888 39888 39888 39888 39888 39888
Rad. Pl (SUS) | 11986 11986 11986 11986 5589 5589 18382 18382
Rad. Q (SUS) | 13974 -13974 13974 -13974 6527 -6527 21421 -21421
------------------------------------------------------------------------
Long. Pm (SUS) | 39888 39888 39888 39888 39888 39888 39888 39888
Long. Pl (SUS) | 49522 49522 49522 49522 24823 24823 74222 74222
Long. Q (SUS) | 24294 -24294 24294 -24294 9927 -9927 38662 -38662
------------------------------------------------------------------------
Shear Pm (SUS) | 0 0 0 0 0 0 0 0
Shear Pl (SUS) | 0 0 0 0 0 0 0 0
Shear Q (SUS) | 0 0 0 0 0 0 0 0
------------------------------------------------------------------------ Listagem de saída de
Pm (SUS) | 39888 39888 39888 39888 39888 39888 39888 39888
------------------------------------------------------------------------
programa de análise
Pm+Pl (SUS) | 89411 89411 89411 89411 64711 64711 114111 114111
------------------------------------------------------------------------
de tensões em
Pm+Pl+Q (Total)| 113706 65117 113706 65117 74639 54784 152773 75449 bocais utilizando o
------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------ método do WRC-107.
Type of | Max. S.I. S.I. Allowable | Result
Stress Int. | ( KPa ) |
---------------|--------------------------------------------------------
Pm (SUS) | 39888 129671 | Passed
Pm+Pl (SUS) | 114111 194507 | Passed
Pm+Pl+Q (TOTAL)| 152773 401350 | Passed
Curso de------------------------------------------------------------------------
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110
Esforços externos em bocais - MEF

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111
Esforços externos em bocais - MEF

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112
Avaliação da necessidade de teste de impacto
dos materias para evitar fratura frágil
• Numerosos metais que apresentam um comportamento dúctil em temperatura
ambiente podem tornar-se quebradiços, quando submetidos a temperaturas
baixas, ficando sujeitos a rupturas repentinas por fratura frágil.

• Dependendo do material e sua espessura, a temperatura da água durante o


teste hidrostático, em um local frio, pode ser considerado baixa temperatura.

Fraturas dúcteis : são precedidas por deformação;

Fraturas frágeis : apresentam pouca ou nenhuma deformação prévia

• Fraturas frágeis tem caráter catastrófico, com perda total do


equipamento quando ocorrem.

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113
Curso de Vasos de Pressão Nelson Patricio Junior e Paulo Sérgio Freire
114
Avaliação da necessidade de teste de impacto dos
materias para evitar fratura frágil

Condições necessárias para ocorrência de uma fratura frágil:

Tensões de tração elevadas


Presença de entalhes
Temperatura abaixo da temperatura de transição

Estas três condições deverão existir simultaneamente


para que a fratura se inicie.
O risco será praticamente inexistente se uma destas condições não
for satisfeita.

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115
Avaliação da necessidade de teste de impacto dos
materias para evitar fratura frágil
Como os códigos de projeto atuam para evitar ou
minimizar o risco de fratura frágil nos vasos de pressão?

– Nível de tensões especialmente no que diz respeito as tensões


residuais que possam existir no equipamento, recomendando,
quando necessário, um tratamento térmico para alívio de
tensões.

– Presença de entalhes, com recomendações quanto a detalhes


de fabricação e inspeção criteriosa das soldas.

– Temperatura de transição, estipulam regras para a seleção


de materiais com tenacidade adequada na temperatura
mínima de projeto, avaliando a necessidade de exigir testes
de impacto (ASTM-A-370).
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116
Materiais – Baixa temperatura

• O projeto de um componente baseado na temperatura de


transição significa:

A seleção de material adequado para suportar uma condição


severa de carregamento, na presença de entalhe, com
tenacidade suficiente para a aplicação (temperatura) a que ele
se destina.

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117
Materiais – Baixa temperatura

• Na Divisão 1, o teste é exigido em função da Figura UCS-66, e


quando for indispensável, o material deverá ser testado numa
temperatura igual a temperatura mínima de projeto.

• A Divisão 1 permite alterações (bônus) nas temperaturas de


teste em alguns casos, como:
Tabela UG.84.4 e Figura UCS-66.1.

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118
Exemplo: Mat SA-515 Gr60
Normalizado; tn=25,0mm
Qual a MDMT(minimum
design metal temperature)?
Solução:
1º Saber qual a curva que o
material pertence? Ver nota 27(-3)
da FIG. UCS-66. curva B

2º Entrar na curva com a


espessura nominal do
componente, até encontrar
a curva do material.

3º Fazer a leitura do valor


encontrado!

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119
ASME VIII-2 a partir de 2007

Existem 2 curvas:
- Componentes não sujeitos a tratamento térmico
- Componentes sujeitos a tratamento térmico

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120
Curso de Vasos de Pressão Nelson Patricio Junior e Paulo Sérgio Freire
121
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122
Materiais – Baixa temperatura

• A figura UCS-66.1 do ASME Seç.VIII -1 pode ser corrigida para


componentes em que a espessura seja superior a Trequerida.

Fig. UCS-66.1
São representadas curvas correspondentes à Divisão 1, antes e
após a Ed. 1998, e a curva correspondente à Divisão 2.

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123
Exemplo anterior 0,90
Se Sat/Sadm=0,90
Entrar na
ordenada com
este valor e obter
na abcissa a
redução na MDMT
de 10ºF
MDMTcorrigida =27-10
=17ºF(-8ºC)

10ºF

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124
Materiais – Baixa temperatura

Bonus de temperatura devido ao tratamento térmico

Quando utilizada a curva de exceção da UCS-66, para


materiais P1 Group number 1 e 2, a temperatura obtida
poderá ser reduzida de 17oC (30oF) para equipamento que
possuam tratamento térmico de alívio de tensões, desde que
não exigido pelo código devido à espessura do componente.

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125
Curva de requisito mínimo de
energia (Cv) no teste de
impacto para os materiais em
aço carbono e aço de baixa
liga, com limite de resistência
menores que 95ksi.

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126
Determinação da
espessura que irá
governar a exigência ou
não do teste de impacto
(tg)

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127
Determinação da
espessura que irá
governar a exigência ou
não do teste de impacto
(tg)

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128
Curso de Vasos de Pressão Nelson Patricio Junior e Paulo Sérgio Freire
129
Avaliação da necessidade de TTAS (PWHT)

• Tratamentos térmicos após soldagem (TTAS)

Meio utilizado nos códigos de projeto para reduzir as tensões


residuais e deformações em soldagem originadas das complexas
interações mecânicas e/ou térmicas durante a fabricação.

É exigido em função da espessura e do P-number

As temperaturas e tempos de tratamento estão contidas nas


Tabelas UCS-56 e UCS-56.1.

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130
Aço carbono

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131
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132
Avaliação da necessidade de TTAS (PWHT)

Exceto onde proibido pela Tabela UCS-56


temperaturas e tempos de tratamento
superiores aos valores lá estabelecidos
poderão ser utilizados.
Não deve alterar as propriedades
mecânicas do material estipuladas pelo
código nem exceder a temperatura de
revenimento (“tempering”), caso o
componente tenha sido submetido a esse
tratamento na usina.

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133
Avaliação da necessidade de TTAS (PWHT)

• Tratamentos térmicos

TTASs podem divididos em:


- TTAS no interior de fornos (toda a peça ou em partes)
- TTAS interno à estrutura (convectivo)
- TTAS localizados

O TTAS consiste em aquecer uniformemente a peça de modo


que o Sy do material fique reduzido a valores inferiores às
tensões residuais.
Nesta condição as tensões residuais provocam deformações
plásticas locais e diminuem de intensidade.
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134
Avaliação da necessidade de TTAT (PWHT)

- Recomendações do código ASME – VIII

Procedimento para o TTAS segundo parág. UW-40 do ASME VIII-1 e Part 6 do


ASME VIII-2
- O método de tratamento preferido será o aquecimento total do vaso no
interior de um forno. Contudo, são admitidos os seguintes modos de
execução:
– Aquecimento do vaso por partes, desde que haja uma superposição
mínima de 1,5 m;
– Tratamento localizado de soldas circunferenciais, desde que seja
aquecida uma faixa de 2 vezes a espessura de cada lado da solda;
– Tratamento por aquecimento interno, desde que a pressão interna seja
inferior a 50% da pressão máxima de trabalho admissível, na temperatura
de tratamento;
– No tratamento térmico local das soldas de conexões, quando a faixa
aquecida deverá conter a conexão e mais 6 vezes a espessura de cada lado
e envolver todo o vaso.
Curso de Vasos de Pressão Nelson Patricio Junior e Paulo Sérgio Freire
135
Avaliação da necessidade de TTAS (PWHT)

Queda da tensão residual com


o tempo de tratamento

Curso de Vasos de Pressão Nelson Patricio Junior e Paulo Sérgio Freire


136
Avaliação da necessidade de TTAS (PWHT)

Parâmetros estabelecidos pelos códigos:

• Taxa de aquecimento.
• Temperatura de tratamento.
• Tempo de permanência na temperatura de tratamento.
• Taxa de resfriamento
• Solda dissimilar que há exigência do Código ⇒ TTAS especificado para o material com maior temperatura.

Temperatura e Tempo de permanência


definidos na tabela UCS-56

Taxa de Taxa de
Aquecimento Resfriamento
T < 400 o F/h in T < 500 oF/h in
T < 400 o F/h T < 500 oF/h

Abaixo de 800o F não há limites para as


taxas de aquecimento e resfriamento
Curso de Vasos de Pressão Nelson Patricio Junior e Paulo Sérgio Freire Temp
o 137
Avaliação da necessidade de TTAS (PWHT)

Tratamento térmico no interior de fornos

Este é o procedimento preferível e deverá ser


utilizado sempre que possível; durante a
realização do tratamento térmico deverão ser
controladas principalmente as seguintes
variáveis:

• Taxa de aquecimento.
• Temperatura de tratamento.
• Tempo de permanência na temperatura de
tratamento.
• Taxa de resfriamento.

Curso de Vasos de Pressão Nelson Patricio Junior e Paulo Sérgio Freire


138
Avaliação da necessidade de TTAS (PWHT)

Tratamentos térmicos por aquecimento interno (Convectivo)

Neste caso a estrutura soldada será ela própria o forno.


As esferas GLP são tradicionalmente tratadas dessa maneira.

Neste caso, a expansão radial durante o


tratamento térmico será facilitada pela
utilização de roletes ou chapas deslizantes
sob as colunas de sustentação.

Curso de Vasos de Pressão Nelson Patricio Junior e Paulo Sérgio Freire


139
•Tratamento térmico CONVECTIVO
Descrição :
1 – Queimador principal;
2 – Abafador (“damper”) com regulagem na boca de visita
superior;
3 – Queimador piloto;
4 – Painel de comando;
5 – Alimentação do gás propano para o queimador piloto;
6 – Compressor de ar;
7 – Reservatório de ar;
8 – Alimentação de ar;
9 – Alimentação de óleo diesel

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140
Avaliação da necessidade de TTAS (PWHT)

Tratamentos Térmicos Localizados

Em diversas situações não é possível, por motivos construtivos ou técnicos, o


tratamento térmico de alívio de tensões da estrutura completa no interior
de um forno, como nos seguintes casos:

-Estrutura de grandes dimensões, incompatíveis com as dimensões dos


fornos disponíveis.
-Vaso fabricados em seções, cada seção tratada termicamente com soldas
de fechamento na obra.
- Reparos por solda, para os quais o código exige tratamento térmico de
alívio de tensões, realizados durante a montagem de estruturas já tratados
térmicamente.

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141
Avaliação da necessidade de TTAS (PWHT)

Tratamentos Térmicos Localizados

Soldas de manutenção, quando em situação análoga a anterior.


O tratamento localizado é normalmente realizado por meio de aquecimento por
resistência elétrica.
Adotamos para o tratamento térmico localizado a temperatura de tratamento e o
tempo de permanência normalmente recomendados para um tratamento
térmico de alívio de tensões no interior de fornos.

O tratamento térmico localizado produzirá deformações plásticas na estrutura


tratada: o gradiente térmico durante o aquecimento localizado devera ser
cuidadosamente controlado para evitar a introdução na estrutura soldada, de
um estado de tensões residuais mais perigoso do que o existente
anteriormente ao tratamento.

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142
Fabricação
Tratamento térmico LOCALIZADO.

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143
TTAT exigido pela Fabricação

- Conformação de cascos e tampos (UCS-79)

Partes conformadas de vasos de pressão que tenham um alongamento máximo da fibra


externa superior a 5% deverão sofrer alívio de tensões antes de operações subsequentes.

Para materiais de P-Number 1 e 2, o alongamento máximo da fibra extrema pode chegar a


40%, se nenhuma das condições listadas de (1) a (5) ocorrer.
1 -
O vaso contém substâncias letais;
2 -
A espessura, antes da operação de conformação, e superior a 5/8”;
3 -
O material requer teste de impacto;
4 -
A redução de espessura, na conformação a frio, a partir da condição de
como laminado, excede 10%.
5 - A temperatura do material durante a conformação está entre 250oF
(121oC) e 900oF (482oC)

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144
Fabricação

- Conformação de cascos e tampos (UCS-79)

O alongamento máximo da fibra extrema pode ser determinado pelas seguintes fórmulas:
Para seções com dupla curvatura : % = (75.t/Rf).(1 – Rf / Ro)
Para seções com curvatura simples : % = (50.t/Rf).(1 – Rf / Ro)
Onde:
t - espessura da chapa
Rf - raio final de curvatura
Ro - raio inicial de curvatura (Ro = ∞ , chapa plana)
Obs. : A N-268 exige este tratamento térmico quando a relação entre espessura e o raio
local é superior a 5%.

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145
Teste de Pressão

O teste de pressão é a última prova por que passam os


vasos de pressão antes que sejam entregues a operação.
É realizado com as finalidades de:
- Aliviar as tensões residuais de fabricação promovendo alívio de tensões
provenientes de descontinuidades geométricas.

- Verificar estanquiedade de todas as juntas soldadas e conexões do


equipamento.

- Avaliar a integridade e a resistência estrutural dos componentes submetê-


los pela primeira vez a um nível de tensões superior ao que estarão sujeitos em
condições normais.

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146
Teste de Pressão

Determinação da Pressão de Teste (ASME, VIII. Divisão 1)

- Teste Hidrostático Padrão (Ptp)


Neste teste a pressão em qualquer ponto do equipamento deve
ser no mínimo igual ao seguinte valor:

Ptp = Fth.PMAcq.(Sf / Sq)


onde:
Fth = 1,5 para vasos projetados anteriormente à ed 1998;
Fth = 1,3 para vasos projetados após à ed 1998 ASME VIII-1;
Fth = 1,25 para vasos projetados anteriormente à ed.1998;
Fth = 1,1 para vasos projetados após à edição de 1998 do ASME VIII-1.

PMAcq = pressão máxima admissível de trabalho do equipamento na situação corroída na


temperatura de projeto;
Sf = tensão admissível do material a temperatura do teste;
Sq = tensão admissível do material na temperatura de projeto.
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147
Teste de Pressão

Determinação da Pressão de Teste (ASME, VIII. Divisão 1)

- Teste Hidrostático Padrão (Ptp)


Este valor é o mínimo estabelecido pelo código, mas a critério do
projetista e usuário do equipamento, ele poderá ser testado de acordo
com uma pressão de teste determinada através de um procedimento
alternativo. Qualquer valor de pressão entre o procedimento padrão e o
alternativo pode ser adotado, de acordo com o ASME.

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148
Teste de Pressão

Determinação da Pressão de Teste (ASME, VIII. Divisão 1)

- Teste Hidrostático Alternativo (Pta)


A pressão de teste alternativo, atuando no topo do vaso, será calculada
da seguinte forma:

- Determina-se a PMA para cada parte constituinte do equipamento, na


condição não corroída e na temperatura do teste (PMAnf para cada
componente); multiplicamos cada um desses valores por 1,3 ou 1,5, a
depender da edição do código; desconta-se a altura hidrostática atuando
em cada parte, em relação ao topo do equipamento, adota-se o menor
valor calculado.

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149
Teste de Pressão

Determinação da Pressão de Teste (ASME, VIII. Divisão 1)

- Observações
As condições do teste devem ser claramente definidas entre fabricante e
usuário.
Deve ficar claro se a pressão de teste é referente ao vaso novo ou
corroído, assim como se a pressão de teste referente ao vaso na posição
horizontal ou vertical (Para os vasos verticais exige-se a determinação dos
valores da pressão de teste nas duas posições).

O código não limita superiormente a pressão de teste, porém


pressões acima dos valores de Ptp ou Pta, poderão provocar
deformações excessivas causando a rejeição do equipamento.

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150
Teste de Pressão

Determinação da Pressão de Teste (ASME, VIII. Divisão 1)

- Observações
-É importante lembrar que, na condição de teste hidrostático, a tensão
máxima poderá atingir 90% do limite de escoamento do material na
temperatura ambiente, nas partes pressurizadas.
-Nas partes não pressurizadas pode-se considerar a tensão admissível
básica acrescida de 33 1/3%.
-Vasos submetidos à pressão externa deverão também ser submetidos a
um teste de pressão. Em qualquer caso a pressão de teste não deverá
ser inferior a Fth vezes a diferença entre a pressão atmosférica normal e a
mínima pressão absoluta interna; a pressão interna máxima admissível é
calculada da mesma maneira que para os vasos sujeitos a pressão
interna.

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151
Teste de Pressão

• Procedimento de Teste
Prever medidas de segurança para um total controle da situação e evitar acidentes:

- Ocasião do Teste
- O teste só pode ser realizado após 48 horas da execução da última
soldagem em partes pressurizadas e partes de sustentação do equipamento.
- Devem ser previstas condições de segurança antes e durante a execução do
teste. A área deve ser isolada e serão proibidos soldas sobre o equipamento ou
sobre qualquer parte em contato elétrico com o mesmo, enquanto o
equipamento contiver água.

- Água: Controle da pureza da água.


Para equipamentos de aços inoxidáveis austeníticos ou com revestimento interno
desses materiais, o teor máx. de cloretos permitidos na água deve ser < 50 ppm.

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152
Teste de Pressão

Temperatura do Teste :
A temperatura da água deve estar compatível com a temperatura de projeto,
para equipamentos que operam em baixas temperaturas.
Para evitar risco de fratura frágil durante o teste, devem ser respeitadas as
seguintes condições de temperatura do metal conf. API-510 (5.8.6.2), ASME
FFS-1 (3.6.2.3), PCC-2 e ASME VIII-2 (8.2.4), ASME VIII-1 (UG-99(h)) e
Norma PETROBRAS N-268:
- A temperatura do metal deve ser mantida a, pelo menos, 17°C acima da
temperatura de projeto mínima do metal (MDMT). Para equipamentos
espessura de parede <2" o API-510 estabelece que a temperatura do metal
deve ser mantida a, pelo menos, 6 °C acima da temperatura de projeto
mínima do metal (MDMT).

- Conf. PETROBRAS N-268 a temperatura mínima do líquido de teste é 15 °C,


o que for maior.

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153
Teste de Pressão

- Pressão de teste : Devem ser utilizados os valores de pressão de teste


determinados pelo projeto mecânico do equipamento.

Pode-se realizar testes hidrostáticos, pneumáticos ou mistos, sendo os mais


comuns os primeiros.
O teste pneumático ou o misto, só deverão ser realizados em casos
excepcionais, devido ao grande perigo que representam.

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154
Teste de Pressão

Teste Pneumático ou Hidropneumático

É um teste de grande periculosidade e substituirá o teste hidrostático quando:

- O vaso ou seus suportes não forem dimensionados para suportar o peso do teste
hidrostático.
- Qualquer traço d’água ou do fluído utilizado no teste prejudicar o processo.

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155
Teste de Pressão

Teste Pneumático ou Hidropneumático

A pressão do teste pneumático será no mínimo:

Pteste > Fth.PMAcq.(Sf / Sq)

Fth = 1,25 para vasos projetados anteriormente à edição de 1998; = 1,1 para
vasos projetados posteriormente à edição de 1998 do ASME Div.1.

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156
Teste de Pressão

Teste Pneumático ou Hidropneumático

O sistema para pressurização deve conter, no mínimo:

a) dispositivo de controle de pressão instalada à montante do sistema sob teste,


ajustada para a pressão de ensaio, de modo a impedir que haja
sobrepressão;

b) válvulas de fechamento rápido, instaladas à montante e à jusante do sistema


sob teste.

Nota: Recomenda-se a utilização de dispositivo de alívio automático contra


sobrepressão adequado ao sistema sob teste. [Prática Recomendada]

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157
NR-13

• NR-13 - Norma regulamentadora que estabelece regras


compulsórias a serem seguidas no projeto, operação, inspeção
e manutenção de caldeiras e vasos de pressão instalados em
unidades industriais e outros estabelecimentos públicos no Brasil,
como definido no corpo da norma.

• Profissional Habilitado (PH) - Aquele que tem competência


legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades
referentes a projeto de construção, acompanhamento de
operação e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de
caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com a
regulamentação profissional vigente no País.

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158
NR13: Classificação

P.V = MPa x m³

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159
NR-13

NR13: Inspeção de segurança periódica, para estabelecimentos que não


possuem Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos (SPIE):

Categoria do Vaso Exame Externo Exame Interno Teste Hidrostático

I 1 ano 3 anos 6 anos

II 2 anos 4 anos 8 anos

III 3 anos 6 anos 12 anos

IV 4 anos 8 anos 16 anos

V 5 anos 10 anos 20 anos

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160
NR-13

NR13: Inspeção de segurança periódica, para estabelecimentos que


possuem Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos (SPIE):

Categoria do Vaso Exame Externo Exame Interno Teste Hidrostático

I 3 anos 6 anos 12 anos

II 4 anos 8 anos 16 anos

III 5 anos 10 anos a critério

IV 6 anos 12 anos a critério

V 7 anos a critério a critério

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161
FIM

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162
ASME II-
II-D: Table 1A

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163
ASME II-
II-D: Table 1A

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164
ASME II-
II-D: Table 5A

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165
ASME II-
II-D: Table 5A

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166
Ligação casco-tampo

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167
Ligação casco-tampo

• Na ligação de um corpo cilíndrico com


um tampo esférico, por exemplo, é
exigido que a diferença entre as bordas
seja de 3y (ver figura), de tal maneira a
suavizar a transição de forma.

• Contudo, devemos nos lembrar que esta


transição deve ser feita do lado do
tampo esférico, de forma a garantir a
continuidade de espessura do casco
cilíndrico.

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168
Pressão externa e compressão longitudinal

Para a pressão externa e esforço de compressão longitudinal, devemos


verificar vários fatores geométricos, incluindo o comprimento equivalente do vaso
(L), conforme definido no parágrafo UG-28.

Relações: Do / t e L/ Do

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169
Pressão externa e compressão longitudinal

Curso de Vasos de Pressão Nelson Patricio Junior e Paulo Sérgio Freire


170
Pressão externa e compressão longitudinal

• Para cilindros com Do / t ≥ 10:


• passo 1: calculam-se as relações Do / t e L/ Do
• passo 2: com estas relações, na figura G-28.0 do ASME II-D,
obtemos o valor do fator A;
• com o valor do fator A, na figura CS-2 (ou correspondente ao aço
empregado), obtemos o valor de B;
• com este último fator, teremos que:
• Pa = 4 * B / (3 * Do/ t)
• Ou, caso o ponto caia à esquerda da curva de temperatura
• Pa = 2 * A * E / (3 Do /t)
• Onde E = módulo de elasticidade na temperatura de projeto

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171
Pressão externa e compressão longitudinal

• Figura G
• Fator A
• Extraído do ASME II-D
Do/t=15
L/Do=12 L/Do Do/t

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e Paulo Sérgio Freire
172
Pressão externa e
compressão longitudinal

• Fig. CS-1 e 2
• Fator B
• ASME II-D

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173

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