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Método das 28 palavras

Como reacção ao analítico sintético apareceu o método das 28 palavras. Por este
método também são contextualizadas progressivamente 28 palavras, que vão sendo
globalizadas, lidas e escritas pelos alunos, começando muito cedo a analisar cada palavra,
mas só até à sílaba. O professor acaba por escrever a palavra numa tira de papel com
cerca de 3 a 4 cm de largura e de comprimento suficiente, e através duma leitura lenta e
sincopada determinar onde acaba cada sílaba. E à frente dos alunos corta-se a tira de
papel de modo que todas as sílabas fiquem separadas. E os alunos, com esses pedaços
de papel/sílabas, reordenam/sintetizam novamente a palavra original.
Acabado o trabalho nessa palavra, o professor guarda todas essas sílabas num
expositor da sala, começando a constituir um silabário. E por cada uma das 28 palavras
procederá sempre como se disse. Mas logo de princípio começa também a constituir novas
palavras, além das 28, constituídas com as sílabas já armazenadas no momento da análise
das palavras antecedentes. E também já propõe aos alunos que “cacem” as suas (descobrir
novas palavras com as sílabas já existentes no silabário). E ao mesmo tempo vão
escrevendo as palavrinhas, também com preocupações legográficas.

Limitações do método das 28 palavras


Revela algumas melhorias em relação ao analítico–sintético, notando-se-lhe, no
entanto, as seguintes limitações:

1º- Os passos globais são mais consistentes do que no analítico – sintético. Ainda assim,
procura cedo de mais a sílaba, que privilegia;

2º-Usa as sílabas das palavras trabalhadas cedo de mais, constituindo um silabário


precoce, transformando os seus passos em pormenores do método sintético. Não parte do
abecedário, mas sim do silabário; parte um pouquito de mais à frente, mas daí em diante é
sintético;

3ª- Exige-se muito cedo que a criança, com sílabas de vogais abertas tiradas de palavras
dadas, construam palavras com a mesma sílaba, só que fechadas. Por ex.: Se da palavra
bola separar a sílaba bo (o aberto), pode propor aos alunos que leiam a palavra boneca,
esperando-se que todos compreendam que a sílaba bo seja a mesma, quando na realidade
funciona com som diferente, e é pelo som que os alunos as identificam como diferentes;

4º- Os cartões que constituem as sílabas têm todos a forma mais ou menos rectangular, o
que exige do professor grande esforço de atenção e absorção de tempo na tentativa de
evitar que os alunos as troquem, porque cada eventual troca é seguramente algum
retrocesso, por isso resulta num trabalho pouco interactivo no sentido aluno/material,
criando pouco o hábito de autonomia no trabalho do aluno.

Links Interessantes:
http://palavras28.no.sapo.pt/
http://www.prof2000.pt/users/nuchamelo/metodo.htm
http://www.eb1-calvario.rcts.pt/Metodo%20das%2028%20palavras.htm
http://lerescrever.no.sapo.pt/index.htm

Fonte: http://matematica-leitura.planetaclix.pt/indice_do_metodo_global.htm

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