Você está na página 1de 2

OPOSIÇÃO, CRISE ENTRE OS LIDERADOS E A FÉ EM QUEM LIDERA

NEEMIAS 4

I – TEM GENTE QUE A DESGRAÇA DO OUTRO É A SUA ALEGRIA

1. O capítulo quatro começa descrevendo o humor de Sambalate que, ouvindo que


o muro estava sendo edificado ardeu em ira; não é difícil encontrar pessoas que
ficam doentes quando temos sucesso. Dizem que até entre irmãos crentes há esse
sentimento de inveja; será que há mesmo?
2. De Sambalate e de qualquer outro ímpio não estranhamos que isso aconteça.
Davi em seus salmos nos dá muitas informações a respeito de seus inimigos.
3. Nesses dias de política temos visto a briga entre os candidatos; o sucesso de
alguém que está empossado no cargo é a morte para quem aspira ser eleito.
4. Sambalate e Tobias menosprezam os judeus e a obra que estava sendo edificada
(v.2,3).

II – QUANDO A ‘COISA ESTÁ FEIA’, É MELHOR ORAR

1. Estando à frente de povo que fazia a obra, Neemias não podia se deixar vencer
pela intriga da oposição; assim, ele prefere orar.
2. Neemias expõe diante de Deus as faltas dos inimigos: “Estamos sendo
desprezados” (v.4). Pelo tom de Neemias em todo o capítulo, o que temos que
considerar é que a oposição era contra o próprio Deus, que conduzira o líder até
Judá para a reconstrução; desde as primeiras informações contidas em 1.2, Deus
estava à frente da obra.
3. Neemias em sua oração, um tanto pesada, podemos assim dizer, lança sobre
Deus o alvo de toda provocação: “Pois te provocaram à ira na presença dos
que edificavam” (v.4,5).
4. Cyril J. Barber, em seu livro Neemias e a dinâmica da liderança eficaz, diz: “Se
tomássemos tempo para dizer ao Senhor as coisas que nos perturbam, não
seríamos tentados a mexericar com os outros a respeito dessas coisas”. E ainda,
“A reconstrução do muro é projeto de Deus. O reconhecimento disso tira todo o
fardo da responsabilidade dos ombros de Neemias”.
5. Quando entendemos a quem pertence a obra na qual estamos envolvidos,
trabalhamos tranqüilos, pois toda oposição terá que se haver com Aquele que
nos comissionou. Assim entendia Neemias.

III – LIDERAR COM CONFIANÇA DIANTE DAS DIFICULDADES

1. Havia muita gente que queria atrapalhar a obra de reconstrução do muro. Os


opositores subestimaram os edificadores (v.2), por isso ficaram furiosos quando
ouviram que a reparação dos muros de Jerusalém ia avante e que já se
começavam a fechar-lhe as brechas (v.7).
2. Já que pouco se conseguiu com a zombaria, decidiram atrapalhar, atacando
Jerusalém e fazendo confusão (v.8). Mais uma vez queremos dizer: Tem gente
que faz de tudo para que o outro não tenha sucesso. A inveja é realmente uma
doença!
3. Neemias não se deixou levar pelo medo e pelo desânimo; como um líder de
visão e que sabia o que queria, levou o povo a orar. Mas não só isso, ele aliou a
oração com a ação: “Oramos...pusemos guarda” (v.9). Nós quando saímos de
casa oramos para que Deus guarde o nosso lar, mas a previdência manda que
fechemos a porta, e deixemos o pitbull solto no quintal.
4. O comentário Moody diz o seguinte: “Naquelas circunstâncias, oração e
vigilância foram uma excelente combinação, ligando fé e responsabilidade”
(Volume 2, Neemias, pg. 292).
5. Por um momento os judeus esmoreceram (v.10,12), pois os inimigos estavam
dispostos a acabar com a obra e com os edificadores (v.11).
6. Neemias não entra no desânimo e medo do povo e toma atitudes, criando
estratégias (v.13, 14, 16-18).
7. O líder Neemias motiva os seus liderados com palavras de ânimo: “Não os
temais; lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai...” (v.14). Quantas
vezes o medo e o desânimo podem subtrair a nossa vitória; se não tivermos
alguém do nosso lado para nos animar, fatalmente seremos vencidos.
8. Por um instante podemos ser tomados pelo medo, mas o favor de Deus através
da nossa oração de confiança (v.4, 9), faz com que o quadro, de desalento e
pessimismo de alguns, seja transformado em coragem e disposição para o
trabalho (v.15).

CONCLUSÃO

Queremos destacar as últimas expressões de Neemias no capítulo quatro: “Grande e


extensa é a obra...o nosso Deus pelejará por nós”(v.19,20).
O envolvimento ‘de corpo e alma’ com a obra, fez com que os edificadores deixassem a
comodidade de estar em suas casas (v.23).
Que possamos ter essa mesma disposição quando abraçamos as tarefas do Reino.
Amém.

Pr. Eli da Rocha Silva


IBJH 22/10/2008

Você também pode gostar