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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE DO PARANÁ

CAMPUS AVANÇADO DE LARANJEIRAS DO SUL

2º ANO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

DANIELA SCHMITT

ROSICLÉIA BORTOLINI

COPEL

LARANJEIRAS DO SUL

2009
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE DO PARANÁ

CAMPUS AVANÇADO DE LARANJEIRAS DO SUL

2º ANO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

COPEL

Trabalho sobre a Copel,


solicitado pela profº Josélia
Teixeira, na matéria de
Microeconomia I, para
obtenção de nota parcial
semestral, realizado pelas
acadêmicas

DANIELA SCHMITT e
ROSICLÉIA BORTOLINI.

LARANJEIRAS DO SUL

2009
História da Copel

A Copel - Companhia Paranaense de Energia, maior empresa do


Estado, foi criada em 26 de outubro de 1954, com controle acionário do Estado
do Paraná, abriu seu capital ao mercado de ações em abril de 1994 (Bovespa)
e tornou-se em julho de 1997 a primeira do setor elétrico brasileiro listada na
Bolsa de Valores de Nova Iorque. Sua marca também está presente, desde
junho de 2002, na Comunidade Econômica Européia, com seu ingresso na
Latibex – o braço latinoamericano da Bolsa de Valores de Madri. A partir do dia
7 de maio de 2008, as ações da Copel passaram a integrar oficialmente o Nível
1 de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa.
A Companhia atende diretamente a 3.592.901 unidades consumidoras
em 393 municípios e 1.108 localidades (distritos, vilas e povoados)
paranaenses. Nesse universo incluem-se 2,8 milhões de lares, 66 mil
indústrias, 297 mil estabelecimentos comerciais e 347 mil propriedades rurais.
O quadro de pessoal é integrado por 8,6 mil empregados.
Sua estrutura compreende a operação de:
• Parque gerador próprio composto por 18 usinas (17 delas,
hidrelétricas), cuja potência instalada totaliza 4.550 MW e que responde pela
produção de algo como 7% de toda eletricidade consumida no Brasil; 15
dessas usinas são automatizadas e comandadas à distância;
• Sistema de transmissão totaliza 1.882 km de linhas e 31
subestações (todas elas automatizadas), somando 10,3 mil MVA (megavolts-
ampères) de potência de transformação;
• Sistema de distribuição com 178.985 km de linhas e redes até
230 kV - o suficiente para dar quatro voltas em torno da Terra pela linha do
equador - e 343 subestações (das quais 341 automatizadas e operadas à
distância);
• Sistema óptico de telecomunicações (Infovia do Paraná) com
5.633 km de cabos OPGW instalados no anel principal e radiais urbanos
(cabos autosustentados) que totalizam 8.095 km, alcançando 202 cidades do
Estado.
Hoje as usinas, linhas de transmissão e de distribuição da Copel
irradiam luz e oferecem conforto e paz social para todo Estado do Paraná e
estados vizinhos. Este cenário de progresso vem sendo conquistado ao longo
de 5 décadas, com base no potencial hidráulico, no domínio tecnológico e,
principalmente, no espírito empreendedor e na capacidade criativa dos seus
quadros técnicos e profissionais.
Em detalhes
1954
Através do Decreto n° 14.947 de 26 de outubro de 1954, assinado por
Bento Munhoz da Rocha Netto, o Governo Estadual criou a Copel –
Companhia Paranaense de Energia Elétrica, e desde 14/08/1979 apenas
Companhia Paranaense de Energia, tendo como base principal para a
integralização de seu capital o Fundo Estadual de Eletrificação.
1956
Com o Decreto n° 1.412, de 1956, a Copel passou a centralizar todas as
ações governamentais de planejamento, construção e exploração dos sistemas
de produção, transmissão, transformação, distribuição e comércio de energia
elétrica e serviços correlatos, tendo incorporado todos os bens, serviços e
obras em poder de diversos órgãos. Coube-lhe, então, a responsabilidade pela
construção dos grandes sistemas de integração energética e dos
empreendimentos hidrelétricos previstos no Plano de Eletrificação do
Paraná.
1960
Encontrar uma solução definitiva para o abastecimento de energia
elétrica em larga escala constituiu-se no maior desafio para a Copel durante a
década de 1960.
1963
A entrada em operação em 1963 da Usina Termelétrica de Figueira (20
MW), no Norte Pioneiro, foi de fundamental importância para a implantação do
Plano Estadual de Eletrificação, viabilizando os sistemas de interligação que
beneficiaram as regiões Norte e Centro.
1967
Em 1967, a Copel inaugurava a Usina de Salto Grande do Iguaçu
(15,6 MW), que veio atender ao Sul do Estado.
1970
Em 1970, entrava em operação a Usina Julio de Mesquita Filho (Foz do
Chopim), com 44 MW, redenção energética do Sudoeste e Oeste.
1971
Em 1971 era inaugurada a Usina Governador Parigot de Souza,
inicialmente conhecida como Capivari-Cachoeira, recebeu seu nome em
homenagem ao Governador Pedro Viriato Parigot de Souza, que liderou o
Paraná entre 1971 e 1973, e foi, também, presidente da Copel. É a maior
central subterrânea do Sul do Brasil e possui a potência de 260 MW. No
momento da sua inauguração, era a principal unidade geradora da Copel e a
maior usina em funcionamento no sul do Brasil, passo definitivo na constituição
de uma infra-estrutura energética capaz de suportar e acelerar o
desenvolvimento paranaense.
1980
Em 1980 foi inaugurada a Hidrelétrica Governador Bento Munhoz da
Rocha Neto, anteriormente denominada Foz do Areia, é uma homenagem ao
Governador Bento Munhoz da Rocha Netto, que liderou o Paraná de 1951 a
1955.
Possui a potência de 1.676 MW, equipada com unidades geradoras que
eram então as maiores existentes no Brasil. Com sua operação, a geração
própria da Copel atingiu 2,9 bilhões de kWh, contra 1,9 bilhões do ano anterior.
1990
Neste período houve no Estado um intenso crescimento do mercado de
energia, exigindo esforços cada vez maiores para atender à demanda. Foram
elaborados novos projetos, destacando-se o início do empreendimento da
Usina de Segredo e a concessão para construir a Usina Hidrelétrica de Salto
Caxias, ambas consolidadas na década de 90.
1992
Inaugurada em setembro de 1992, a Usina Hidrelétrica Governador
Ney Aminthas de Barros Braga, anteriormente denominada de Usina de
Segredo, recebeu seu nome em homenagem ao Governador Ney Braga, que
liderou o Paraná por duas vezes, de 1961 a 1965 e de 1979 a 1982. Possui a
potência de 1.260 MW e reduziu a dependência paranaense de energia
comprada de outros estados. Teve como marco fundamental o primeiro
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) no Brasil para uma usina hidrelétrica.

1999
Em fevereiro de 1999 entrou em operação a Usina Hidrelétrica
Governador José Richa, anteriormente denominada de Salto Caxias,
recebeu seu nome em homenagem ao Governador José Richa, que liderou o
Paraná de 1983 a 1986. É uma das mais importantes da Copel e possui
capacidade de 1.240 MW de potência, denotando assim um novo avanço na
geração de energia elétrica, com conseqüências positivas no desenvolvimento
do Estado do Paraná.
2001
Entrou em funcionamento a primeira célula a combustível a operar no
Hemisfério Sul, para suprir o Centro de Processamento de dados - CPD da
Copel, no Pólo do Km 3, em Curitiba.
2002
O Governo do Paraná anuncia o cancelamento do processo de
privatização da Copel, iniciado em 1998.
2004
A Copel completou 50 anos de existência no dia 26 de outubro. Para
celebrar essa data, além das cerimônias realizadas no Paraná, a Copel
participou do evento "Opening Bell", sendo homenageada na Bolsa de Nova
Iorque em 22 de novembro.
2005
Inaugurada a Usina Hidrelétrica de Santa Clara, no Rio Jordão. O
início da geração comercial do primeiro grupo gerador ocorreu no dia 31 de
julho e injetando no sistema elétrico da Copel mais 60 MW.
2006
Inaugurada a Usina Hidrelétrica de Fundão, no Rio Jordão. O primeiro
grupo gerador da usina começou a operar em junho, e o segundo grupo entrou
em operação em agosto, completando 120 MW de potência instalada.
2008
As usinas de propriedade da Elejor (Santa Clara e Fundão) recebem
autorização da ONU e tornam-se as primeiras hidrelétricas no Brasil a poderem
comercializar certificados de Créditos de Carbono.
Começam as obras de construção da Usina Hidrelétrica de Mauá, no
rio Tibagi.
Áreas de atuação da Copel
A Companhia paranaense de Energia Elétrica atua nas áreas de
geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Também possui
participações em outras empresas e atua nas áreas de comercialização de
energia e de telecomunicações.

• Geração
As usinas da Copel estão entre as principais fontes de energia do
Paraná. Suas usinas hidrelétricas são:
○ Mauá
○ Governador Ney Aminthas de Barros Braga (Segredo)

○ Governador José Richa (Salto Caxias)

○ Governador Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia)

○ Governador Pedro Viriato Parigot de Souza

○ Pitangui

○ Guaricana

○ Derivação do Rio Jordão

○ Melissa

○ Marumbi

○ São Jorge

○ Apucaraninha

○ Mourão

○ Chaminé

○ Rio dos Patos

○ Cavernoso

○ Chopim I

○ Salto do Vau

• Transmissão
A área de Transmissão da Copel está apta a oferecer serviços como:
○ Transporte de energia elétrica
○ Locação de instalações

○ Manutenção especializada

○ Operação de instalações elétricas

○ aEstudos e projetos

○ Aferição/ensaios em equipamentos e instrumentos

○ Comissionamento de instalações

○ Gerenciamento de obras

○ Treinamento

○ Medição de energia

○ Supervisão e controle de sistemas elétricos

○ Tecnologia de projetos

○ Consultoria em:

○ Gerenciamento de manutenção

○ Automação de subestações

○ Planejamento de expansão de instalações

○ Especificação de equipamentos

○ Proteção de sistemas elétricos - possui um quadro de


profissionais qualificados, equipamentos de campo e de análises
e equipamentos e programas computacionais amplos e modernos
para atuação nesse segmento.

• Comercialização
A comercialização de energia é realizada no Ambiente de Contratação
Livre (ACL), entre consumidores livres, geradores e comercializadores, e no
Ambiente de Contratação Regulado (ACR), com as empresas de distribuição
de energia elétrica.

• Telecomunicações
A significativa infra-estrutura do sistema corporativo de
Telecomunicações da Copel, operado e mantido há mais de trinta anos para
atender às suas necessidades, contribuiu para que a Copel obtivesse licença
da Anatel para a prestação de serviços em outras empresas.

Resultados financeiros

Os resultados financeiros tem como destaque:


○ acréscimo de 17,2% em receitas financeiras, representado
principalmente: pelo acréscimo de R$ 18,6 na conta de variações
monetárias sobre o repasse da CRC, corrigido pelo IGP-DI,
índice que corrige o contrato da CRC com o Governo do Estado
do Paraná, que variou 9,1% em 2008 (7,9% em 2007); pelo
aumento de R$ 14,6 milhões em rendas de aplicações
financeiras.

○ acréscimo de 29,7% em despesas financeiras, representado


principalmente: pela maior despesa com variação cambial sobre
energia elétrica comprada de Itaipu em R$ 36,0 milhões; pelo
registro de R$ 30,1 milhões, referente ao Termo de Ajuste de
Conduta assinado com a Aneel, visando à regularização dos
indicadores DEC/FEC, valor este que será totalmente aplicado
em obras de distribuição em determinados conjuntos de unidades
consumidoras; pelo aumento de R$ 17,1 milhões registrados em
variações monetárias sobre empréstimos e financiamentos;
compensados pelo decréscimo nas despesas de CPMF e nos
encargos de dívidas, nos valores de R$ 27,3 e R$12,3,
respectivamente.

A Copel e a Estrutura de Mercado


Sabemos que a Copel atua em vários segmentos do mercado como
geração, transmissão, comercialização, distribuição de energia, e também
telecomunicações. Então a análise da estrutura de mercado em que a Copel
está inserida será feita apenas em relação ao setor de distribuição de energia
elétrica.
No gráfico a seguir está esplanada a área de atuação do setor de
distribuição de energia elétrica da Copel:
Área de Atuação Indicadores

INDICADORES Set/2009
Área de Concessão (km2) 194.854
Municípios Atendidos 393
Localidades Atendidas 1.108
População Atendida PR (Mil Habitantes) * 10.129
Taxa de Atendimento Urbana(%) 99
Consumo Médio Residencial (kWh/mês) 165,5
* 2008: Valor Estimado

Como podemos observar,o setor de distribuição de energia elétrica da


Copel está presente em todos os 393 municípios do estado do Paraná.

• Monopólio na distribuição de energia elétrica no estado do


Paraná
A palavra monopólio deriva do grego monos (um) + polein
(vender), ou seja, é uma situação onde uma
única empresa detêm o mercado de determinado produto ou
serviço, impondo o preço aos que a comercializam. Ou seja, a Companhia
paranaense de Energia Elétrica do Paraná detém o monopólio da distribuição
de energia elétrica em todo o território paranaense.
Essa afirmativa justifica-se pois não há nenhuma outra empresa atuante
na área de distribuição de energia elétrica no Paraná.
O monopólio é caracterizado pela presença de barreiras de entrada
como:
• Economias de escala, onde pequenas empresas não conseguem
reproduzir os custos de produção como uma grande empresa;
• Direitos autorais e patentes;
• Exclusividade de matéria-prima - Empresas estabelecidas podem
estar protegidas da entrada de novas empresas, pelo seu controle
das matérias-primas, ou outros recursos-chaves para produção.
• Influência política.
O monopólio também possui vários tipos: monopólio natural, oligopólio e
concorrência monopolística.
A distribuição de energia elétrica da Copel enquadra-se no monopólio
natural, pois o monopólio natural é uma situação de mercado em que os
investimentos necessários são muitos elevados e os custos marginais são
muito baixos. Caracterizados também por serem bens exclusivos e com muito
pouca ou nenhuma rivalidade. E é exatamente isso que acontece no setor de
distribuição de energia elétrica da Copel. Para que a distribuição de energia
elétrica seja realizada são necessários recursos elevadíssimos e alto
investimento em tecnologia de ponta, e também a distribuição de energia
elétrica é um recurso único e exclusivo oferecido para todo o estado do Paraná
pela Copel.

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