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1- HISTÓRICO
Foram longos anos de pesquisa e estudos de casos reais de grandes incêndios em todo
o mundo que permitiram o desenvolvimento de tecnologia bastante sofisticada de
sistemas que extinguem o fogo rapidamente, sem o auxílio humano, uma vez que são
acionados unicamente pela ação do próprio fogo.
Em 1806 John Carey desenvolveu um sistema de chuveiro perfurado contendo uma rede
de canalização que operava automaticamente quando o calor do fogo queimava a corda
que segurava as válvulas fechadas. Em 1864 o Major Stewart Marcison, do First
Engeneer London Volunteers, projetou um sprinkler automático, considerado como
protótipo, pois já possuía elemento termo sensível que se fundia com a ação do calor
permitindo a descarga da água sob pressão em todas as direções, acionando somente
aqueles atingidos pela ação do calor.
No período de 1875 a 1878, a Fator Mutua Insurance Company (FM) compilou diversos
relatórios que indicavam claramente a eficiência do sistema de chuveiros automáticos na
proteção contra incêndios. A pesquisa realizada pela FM convenceu as companhias de
seguro, levando-as a estimularem seus segurados na implantação de sistemas de
sprinklers em seus prédios, com custos de seguros bastante reduzidos.
A lista atual elaborada pela FM informa que hoje existem diversas fábricas de spriklers
espalhadas pelo mundo, sendo que a maioria delas está localizada nos Estados Unidos
da América, seguindo-se a Europa e o Japão. No Brasil existem atualmente cinco
empresas fabricantes, sendo que todas utilizam a ampola estilhaçável de vidro como
elemento termossensível. Apenas uma empresa brasileira desenvolveu tecnologia de
fabricação deste componente, sendo que as outras importam da Inglaterra ou Alemanha.
2 - LEGISLAÇÃO
Os Sistemas Hidráulicos Preventivos automatizados, também denominados Sistemas
Fixos ou Sistemas de Chuveiros Automáticos, não dependem da ação do ser humano
(operador) para a sua aplicação sobre o material combustível que entra em combustão.
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O sistema apresenta como principal vantagem o seu acionamento sem a dependência
da intervenção humana, agindo com rapidez de modo a extinguir o incêndio em seu
estágio inicial ou pelo menos controlá-lo, não permitindo que atinja níveis críticos. As
exigências técnicas para montagem dos sistemas e as especificações de fabricação dos
chuveiros são regulados por normas e regulamentos.
3 - EFICIÊNCIA DO SISTEMA
As constantes pesquisas no sentido de aprimorar e consequentemente melhorar a
eficiência desse sistema fizeram com que atualmente o sistema de chuveiros
automáticos seja reconhecido como o mais importante sistema de proteção contra
incêndios existente atualmente.
De acordo com dados estatísticos da NFPA (National Fire Protection Association – USA),
em estudo realizado com espaço amostral de 60.000 incêndios ocorridos em locais onde
havia a instalação desse sistema, foi demonstrada sua eficiência em 94% dos casos,
sendo que nos 6% em que não houve desempenho favorável, ocorreram falhas no
suprimento de água ou projeto inadequado.
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Desenho esquemático mostrando as principais partes integrantes do SHP automatizado
• RESERVATÓRIO DE ÁGUA
Todo sistema hidráulico automatizado deve dispor de um suprimento de água exclusivo
que permita uma operação automática, com capacidade suficiente para atender a
demanda do sistema. As normas específicas estabelecem que o reservatório para um
sistema de chuveiros automáticos pode ser elevado, com fundo ao nível do solo, semi-
enterrado ou subterrâneo ou ainda açudes, represas, rios, e lagoas.
A capacidade efetiva dos reservatórios deve ser calculada em função do tempo mínimo
de duração de funcionamento do sistema para cada Classe de Risco de ocupação, sendo
que o tempo mínimo de operação para determinar a capacidade efetiva é de 30
minutos para Risco Leve e 60 minutos para Risco Médio e Elevado.
• CANALIZAÇÕES
A rede de tubulações que liga a válvula de governo e alarme e alarme (VGA) aos
chuveiros automáticos (sprinklers) possui nomes específicos para cada parte, conforme
demonstrado no desenho que segue. As canalizações que ficarem aparentes deverão
ser pintadas de vermelho.
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- COLUNA PRINCIPAL (SUBIDA OU DESCIDA) – é a tubulação que liga a rede de
suprimento de abastecimento de água com a tubulação geral e onde é instalada a
válvula de governo e alarme (VGA) que controla e indica a operação do sistema.
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• CHUVEIROS AUTOMÁTICOS – são os elementos sensores e acionadores do sistema.
Os bicos de spriklers são dispositivos conectados diretamente nos ramais da rede de
tubulações do sistema, com espaçamento mínimo estabelecido em projeto, de modo a
fornecer cobertura para toda a área da edificação a ser protegida.
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Projeto e fotos de modelos de sprinklers pendentes e de pé
Neste sistema, como a operação dos chuveiros automáticos é individual, a água somente é
descarregada por aqueles que forem acionados pelo calor do fogo.
Após a completa extinção do foco de incêndio, o que deve ser confirmado com absoluta
segurança no local, o responsável pela manutenção do sistema deve desligar manualmente
a bomba, fechar o Registro de gaveta (RG) e providenciar a substituição das ampolas dos
chuveiros abertos, colocando o sistema novamente em condições de entrar em operação.
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