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PNC, o selo de conformidade do cooperativismo

O objetivo do programa é reforçar a identidade do cooperativismo, com foco em gestão, governança,


relações internas, relações com mercado, legislação e princípios cooperativistas

Nesta quinta-feira (12/11), a Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) apresentou o
Programa Nacional de Conformidade (PNC) às cooperativas paulistas de Trabalho. Desenvolvido pela
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) em conjunto com a Ocesp, o PNC estabelece padrões de
conformidade admissíveis para os ramos cooperativistas.

O programa será aplicado primeiramente ao ramo Trabalho, mas a ideia é estender a todos os ramos, de modo
a fortalecer a identidade dos empreendimentos cooperativistas, gerando um padrão adequado de procedimento
e consequente melhoria de imagem no mercado. “O cooperativismo não tem uma legislação trabalhista que o
compreenda e, por outro lado, a Ocesp não tem o poder de fiscalização das cooperativas que não seguem os
princípios cooperativistas. É exatamente na junção do PL 131, que tramita no Senado, e do selo do PNC que
conseguiremos encontrar um escudo às cooperativas de trabalho que atuam de forma adequada”, diz o
presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande.

De acordo com ele, o ramo Trabalho, devido às cooperativas fraudulentas e, consequentemente, às ações do
Ministério Público do Trabalho (MPT), está sendo enfraquecido. “O selo de conformidade será uma forma
também de fortalecer o ramo e comprovar a qualidade das cooperativas idôneas”, explica Del Grande.

A adesão das cooperativas é espontânea. O processo se inicia com auditoria e diagnóstico, a partir do que são
sugeridos procedimentos para adequação de métodos e posicionamentos. “O objetivo do programa é reforçar a
identidade do cooperativismo, com foco em gestão, governança, relações internas, relações com mercado,
legislação e princípios cooperativistas”, explica Mario Cesar Ralise, gerente do Núcleo de Qualidade
Cooperativista da Ocesp.

Para o gerente de mercados da OCB, Evandro Ninaut, coordenador do Programa, o selo do PNC traz
legitimidade à cooperativa, enquanto a Lei 5764/71 foca em sua legalidade. Ele ressalta também que o PNC,
apesar de oferecer um selo de conformidade, acaba por melhorar a qualidade dos serviços e produtos uma vez
que interfere em todo o processo de gestão da cooperativa.

Atendidas as recomendações, a cooperativa recebe o selo de conformidade e passa a ser avaliada


periodicamente. Em São Paulo, a Coopermínio foi uma das selecionadas para o projeto piloto e hoje tem o selo
de conformidade do PNC. “O processo é rigoroso, mas já vemos os resultados. Recebemos o selo há um mês e
estamos tendo retorno financeiro, pela credibilidade que o Selo tem passado ao mercado”, diz o presidente da
cooperativa, Eron Alves Feitosa.

O Selo de Conformidade busca possibilitar aos agentes de mercado e demais órgãos de interesse relações
institucionais, de forma mais segura e confiável, com as cooperativas participantes. Para Del Grande, o PNC
será um divisor de águas para o cooperativismo. “As entidades cooperativas convivem com uma minoria que
não trabalha dentro dos princípios cooperativistas. A Agenda Positiva do Cooperativismo, um cadastro criado a
partir do PNC, valoriza as cooperativas participantes, legitimando-as e conferindo segurança a quem contratá-
las”, avalia.

Mais informações sobre o programa podem ser obtidas na Gerência de de Mercados da OCB, que está à frente
do Projeto, no telefone (61) 3217 2128. Em São Paulo as cooperativas interessadas em receber o selo do
Programa Nacional de Conformidade devem procurar o Núcleo de Qualidade Cooperativista da Ocesp: 11 3146-
6200. (Fonte: Ocesp)

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