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Princípio Inteligente e sua evolução

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Os Espíritos respondem a Kardec na questão 540 do "O Livro dos Espíritos".... "que
tudo se encadeia na natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, pois ele mesmo
começou pelo átomo".

Na questão 609, respondem que "há sempre anéis que ligam as extremidades das
cadeias dos seres e dos acontecimentos".

Vamos encontrar na "A Gênese" cap.X, item 3, a colocação de Allan Kardec: "a
formação dos primeiros seres vivos pode ser deduzida, por analogia, da mesma lei
segundo a qual foram formados, e formam-se todos os dias, os corpos inorgânicos".

A medida que nos aprofundamos nas leis da natureza, vemos seu mecanismo, que a
primeira vista parece tão complicado, simplificar-se e confundir-se na grande lei de
unidade que preside a todas as obras da criação. Compreenderemos isto melhor quando
tomarmos conhecimento da formação dos corpos inorgânicos, que é seu primeiro passo.

Dr.Jorge Andréa, em seu livro "Impulsos Criativos da Evolução", no cap.I, no item que
aborda o período pré-cambrico da era arqueozóica coloca que "o mineral possui tanto a
vida quanto o vegetal e o animal. O Princípio Unificador, a essência que preside as
formas e o metabolismo da flora e da fauna, existe também no reino mineral, presidindo
as forças de atração e repulsão em que átomos e moléculas se unificam e equilibram. No
mesmo livro, no cap.II, na 9a parte, Dr. Jorge Andréa, coloca: "como fase inicial, o
Princípio Inteligente estaria, como sempre,em sua específica e superior dimensão, a
influenciar as organizações atômico-moleculares do reino mineral. Seria como um eixo
energético "intrometido" no âmago dos átomos e moléculas, convidando-os à união. O
eixo energético, como Princípio Inteligente, com suas vibrações, criaria o campo de
agregação refletido nas forças de atração e coesão, a determinar a concentração das
energias e respectiva condensação nos átomos e arrumações moleculares. Do simples
fenômeno químico até as manifestações humanas, existe o Princípio-Unificador ou
Espiritual regendo e orientando; claro que sob apresentações variáveis, abastecendo-se e
ampliando-se a medida que a escala evolutiva avança. Dr.Jorge Andrea coloca no livro
o depoimento da pesquisadora da NASA Lelia Coyne afirmando que a vida na Terra
teria começado nos estratos de fina argila primitiva, inclusive do bioquímico Cairns
Smith, que esposa a mesma opinião, foi o pioneiro quando em 1960 lançou a referida
teoria. Sedimentou-se no fato de que a argila está em constantes mudanças ligadas as
variações do meio ambiente, de modo a permitir condições de transmutação do
inorgânico em orgânico. Para Lelia Coyne a argila, ante a análise microscópica, mostra
que os cristais de sua organização muito se assemelham a de certas estruturas vivas: eles
se autoduplicam, aceleram as reações químicas e servem de catalisadores.
Os primeiros seres vivos, surgidos dos minerais apresentavam-se ainda cristalizáveis,
como os vírus. Em seguida surgem os primeiros seres unicelulares realmente livres, que
se multiplicam na temperatura tépida dos oceanos: as amebas e as bactérias primitivas.
Os seres iniciais se moviam ao longo das águas onde encontrariam o oxigênio
necessário a vida. Quando ocorre a morte, a estrutura biológica se desintegra, e cada
mônada espiritual retorna em outro corpo e vai adquirindo todas as propriedades
biológicas fundamentais, como movimento e reprodução. Passam-se os séculos a
mônada espiritual estagia em outras formas; contínuas metamorfoses se sucedem e
séculos incontáveis se passam na nossa história. A vida na água nos leva aos peixes que
se transformam em anfíbios. Posteriormente os répteis, as aves dentadas e os
mamíferos. Mamíferos quadrúpedes e depois bípedes.

Kardec na "A Gênese" cap.X, item 24, coloca que "entre o reino vegetal e o reino
animal não há delimitação nitidamente traçada. Nos extremos dos dois reinos estão os
zoófitos ou animais-plantas cujo nome indica que possuem algo de um e de outro reino;
é o traço de união. Como os animais, as plantas nascem, crescem, nutrem-se, respiram,
reproduzem-se e morrem. Como eles, para viverem têm necessidade de luz, de calor, e
de água". No mesmo cap.X - gênese orgânica, itens 26 e 27- prossegue Kardec: "no
ponto de vista corpóreo o Homem pertence a classe dos mamíferos dos quais só se
distingue na forma exterior. Quanto ao mais possui a mesma composição química que
todos os animais, os mesmos órgãos, as mesmas funções, nutrição idêntica de
respiração, de secreção, de reprodução.

Nasce, vive, morre nas mesmas condições, e, quando morre, seu corpo se decompõe
como o de tudo quanto vive. Não há em seu sangue, em sua carne, seus ossos, um
átomo diferente dos que se encontram no corpo dos animais. Na classe dos mamíferos,
o Homem pertence a ordem dos humanos. Antes dele vêm os quadrúmanos (animais de
quatro mãos) ou macacos, dos quais alguns como o orangotango, o chimpanzé, tem
certas atitudes humanas". Os primeiros Homens da Terra.

Voltamos à "A Gênese" e, portanto, a Allan Kardec, cap. XI, sobre as hipóteses da
origem do corpo humano, da semelhança de forma exterior, entre o corpo do homem e
do macaco, diz-no o mestre que alguns fisiologistas, concluíram que o primeiro é
apenas uma transformação do segundo... "sendo essa vestidura mais apropriada as suas
necessidades e mais adequada ao exercício de suas faculdades, do que o corpo de
qualquer outro animal". Os Espíritos respondem a Kardec nas questões 607 este
tópico... "O Princípio Inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito. Entra
então no período da humanização, começando a ter consciência do seu futuro...". E a
pergunta 609 uma parte da resposta... "durante algumas gerações, pode ele (Espírito)
conservar vestígios mais ou menos pronunciados do estado primitivo, porquanto nada se
opera na natureza por brusca transição. Há sempre anéis que ligam as extremidades da
cadeia dos seres e dos acontecimentos...".

Emmanuel em "A Caminho da Luz" fala sobre "A Grande Transição". "Os séculos
correram o seu velário de experiências penosas sobre a fronte dessas criaturas de braços
alongados e de pêlos densos, até que um dia as hostes dos invisíveis operaram uma
definitiva transição no CORPO PERISPIRITUAL pré-existente, dos homens primitivos,
nas regiões siderais e em certos intervalos de suas reencarnações". Eis a resposta que a
ciência buscava desde Charles Darwin, quando escreveu a famosa teoria sobre a origem
das espécies; o elo perdido seria o espécime intermediário entre o macaco e o homem
pithecânthropus erectus, cujos fósseis foram encontrados em Java em 1894. Ainda sobre
os primeiros homens é a ciência se pronunciando: o antropólogo americano Donald
Johanson achou em 1974 no deserto africano de Afar, na Etiópia, um punhado de ossos
de antepassados do homem, que viveram há cerca de 3,3 milhões de anos, revolucionou
todas as teses sobre a origem e a evolução da Humanidade. Johanson mostrou que o
homem primeiro aprendeu a andar sobre dois pés para em seguida experimentar o
progresso cerebral.

Carl Sagan, em "Os Dragões do Éden", pag.80, afirma baseado em diversos estudos que
há cerca de 3 milhões de anos existiu uma série de indivíduos bípedes, com grande
variedade de volume craniano, 700 centímetros cúbicos, 200 a mais do que o chimpanzé
moderno.

Em "A Gênese" cap.VI, referente a criação universal, Kardec fala sobre a formação dos
Espíritos e sua adaptação a matéria: "O Espírito não chega a receber a iluminação divina
que lhe dá o livre-arbítrio e a consciência, sem haver passado pela série divinamente
fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua
individualização".

Para completar, Emmanuel em "A Caminho da Luz" nos ensina: ... "vamos encontrar os
primeiros antepassados do homem terrestre sofrendo os processos de aperfeiçoamento
da natureza e os ascendentes dos símios que ainda existem no mundo, tiveram a sua
evolução em pontos convergentes e daí o parentesco sorológico entre o organismo do
homem moderno e o do chimpanzé da atualidade ...".

Extraordinárias experiências foram realizadas sobre os homens do sílex, do tipo de


Neanderthal, até fixarem no "primata" as características aproximadas do homem futuro.
Surgem os primeiros selvagens de compleição melhorada, uma transformação visceral
verificara-se, como? Perguntaríamos.

Muito naturalmente. Também as crianças têm os defeitos da infância corrigidos pelos


pais, sem que na maioridade elas se lembrem disso. Como prova dessa transformação,
com o macaco que se transformou em humano, através dos experimentos do plano
maior, temos os cientistas do campo da genética que modificam gens para auxiliar a
Humanidade.

Em "A Gênese" (pág. 213 - ed. FEB): "O espírito macaco, que não foi aniquilado,
continuou a procriar, para seu uso, corpos de macaco, do mesmo modo que o fruto da
árvore silvestre reproduz árvores dessa espécie...".
Dr.Ricardo Di Bernardi, no livro "Reencarnação e Evolução das Espécies" cap. IX, 5o
parágrafo, cita: "ao falarmos em evolução e surgimento do "Homo sapiens", faz-se
necessário colocar o pensamento de Darwin a respeito. No seu livro The Descent of
Man, Darwin descreveu cuidadosamente homens e macacos como tendo evoluído
separadamente a partir de um tronco comum primitivo.

Centro Espírita Nosso Lar - Casas André Luiz


fev/2000 Conselho Doutrinário

Bibliografia
Livro dos Espíritos - Allan Kardec
A Gênese - Allan Kardec
Impulsos Criativos da Evolução - Jorge Andrea
A Caminho da Luz - Emmanuel
Reencarnação e Evolução das Espécies - Ricardo Di Bernardi

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