DIREITO EMPRESARIAL
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS:
- Teoria Geral: até 2002 vigorava no Brasil a Teoria dos atos de comércio que nasceu
na França em 1808 trazida para em 1850, o nosso Código do Comércio. Nasceu após
a Revolução Francesa com a tomada do poder pela burguesia. A burguesia pensou que
como havia apenas um código para todos, seria necessário fazer uma divisão.
Surgindo assim a bipartição do direito privado, ou seja, o direito civil tem que estar
separado do direito comercial. Surgem dois Códigos: em 1804 o Código Civil e em
1808 o Código o comercial. O código civil vai regulamentar a vida dos nobres e o
código comercial vai regulamentar a vida dos burgueses. O código comercial dizia
que só havia quatro atos: atos de comércio; bancos; indústrias; comerciantes e
seguros. Não estava nesse rol a agricultura. Só os nobres exploravam as prestações de
serviços e eram reguladas pelo Código Civil. Havia como há até hoje certas vantagens
de estar sob o Código comercial: ex: o insolvente deixa de ser após a extinção de
100% das obrigações. Era muito mais vantajoso ser amparado pelo Código Comercial.
Hoje em dia ainda existem algumas vantagens de se enquadra no Código do
Comércio.
Não havia um conceito de atos de comércio. Aqui está o problema, quando trazia a lei
não tinha dados para se basear em lei. Na Itália em 1942 surgiu a TEORIA DE
EMPRESA. Esta teoria se consolidou no Brasil em 2002, antes tínhamos lei que
falavam da empresa (CDC), mas só se consolidou no Brasil com efetividade em 2002
III. Atividade Rural: para quem exerce atividade rural o conceito de empresário é
formal e não material. Não se submete ao art. 966 CC/02, que tem conceito material.
O conceito que se aplica a quem exerce a atividade rural é formal. Tem a faculdade de
registrar-se na junta comercial (será empresário) ou no cartório de registro civil (não
será empresário). É o registro que vai determinar a qualidade daquele indivíduo, se
empresário ou não. O registro é obrigatório, a faculdade está onde se efetuará o
registro. Não importa o tamanho da atividade.
a. Obrigações do Empresário:
Funções do DNRC:
A regra é a seguinte:
Caso o alienante continue a exercer alguma atividade econômica ou retorne ao
seu exercício em até seis meses será ele o responsável, enquanto o adquirente
responderá subsidiariamente por elas.
Caso o alienante não mais exerça qualquer atividade econômica ou retorne ao
seu exercício apenas após os seis meses, será o adquirente integralmente
responsável pelas dívidas.
c. Nome Empresarial:
2. Direito Societário:
a. Acepção Coletiva:
b. Sociedades Empresárias:
3. Direito Cambiário:
a. Títulos de Crédito
i. Conceitos:
ii. Princípios
iii. Classificação:
iv. Espécies:
4. Direito Falimentar:
Obs.: Temas preferenciais para o exame da OAB: Teoria Geral, Direito Societário e
Direito Falimentar. O examinador adora comparar. Fatalmente cai uma comparação
de um instituto correlato com outro ramo de direito. Tudo que é novidade chama a
atenção do examinador. O direito falimentar é a maior novidade (2005), pois sua
estrutura foi alterada com a nova lei 11.101/2005. Quando forem estudar o direito
falimentar comecem pela lei. Dentro do âmbito do direito privado, leia o código civil
e a lei falimentar.
LEIS:
ESTABELECIMENTO COMERCIAL
NOME EMPRESARIAL
1) FIRMA: Espécie de nome empresarial que tem como base, o nome civil
daqueles que compõem a atividade empresarial e que PODE agregar o objeto ou
ramo de atividade.
FIRMA:
I. Individual: utilizado pelo empresário individual. Pessoa física que exerce a
atividade empresária.
II. Social: são algumas sociedades empresárias.
DIREITO SOCIETÁRIO
Não é exercício coletivo da atividade empresarial (mas se tiver na OAB está certo).
TEORIA GERAL
CONCEITO: art. 966 (traz o conceito de empresário, tanto o individual quanto
sociedade empresária, diferenciando-o da sociedade simples).
a.3) Mista: É aquela em que tem dois tipos de sócios: sócios com
responsabilidade limitada e sócios com responsabilidade ilimitada. Ex: sociedade
em comandita simples (C/S) e a sociedade em comandita por ações (C/A).
b.1) contratuais: São aquelas que têm como instrumento regulatório básico o
contrato social. São constituídas, reguladas e destituídas pelo contrato social. Ex:
sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples e sociedade limitada.
b.2) institucionais: São aquelas que têm como instrumento regulatório básico o
estatuto social. Ex: sociedade anônima e a sociedade em comandita por ações.
Teorias da desconsideração:
Concepções:
ASPECTOS GENÉRICOS
Pressupostos de existência:
• Agente
• Objeto
• Forma
Requisitos de validade:
• Agente capaz
• Objeto lícito
• Forma prevista
ASPECTOS ESPECÍFICOS
O contrato social deve adotar a forma escrita para que seja arquivado na Junta
Comercial. Caso contrário será sociedade de fato. Pode ser por instrumento
particular ou público (neste caso a sua alteração não precisa ser por este meio). A
forma de constituição não vincula a forma de alteração.
SÓCIO
ESPÉCIES DE SOCIEDADES
Existe um contrato entre os dois sócios, mas não pode ser arquivado porque é uma
sociedade não personificada. O consumidor não sabe quem é o sócio oculto ou
participante.
Não tem nome empresarial porque não tem personalidade jurídica. Então, o
responsável é o sócio ostensivo (responsabilidade ilimitada).
Administração social
A administração da sociedade limitada pode ser enumerada por uma ou mais
pessoas, sócios ou não, mas para que um não sócio administre uma sociedade
anônima é necessário que exista previsão contratual autorizativa.
O administrador de uma sociedade anônima pode ser nomeado pelo contrato social
ou em um ato separado (é mais fácil de mudar).
Obrigações do administrador:
- arquivar os documentos sociais na Junta Comercial;
- exercer a função de representante legal da companhia;
- pagar os débitos enquadráveis como dívida ativa (tributários ou não), sob pena de
responsabilização com o seu patrimônio pessoal. Teoria ultra vires: se não pagar os
tributos o patrimônio social responde. Mas há uma relativização: se tiver dinheiro em
caixa e pagar as dívidas trabalhistas e não sobrou dinheiro para pagar os tributos, ele
não responde com o seu patrimônio particular. Mas se pagou os trabalhistas e pagou o
fornecedor e não os tributos ele responde com o seu patrimônio particular.
Conselho fiscal: é um órgão dispensável na sociedade limitada. Só se justifica a
existência do conselho fiscal quando a sociedade tem muitos sócios afastados dela.
Então, o conselho fiscal é o mandatário dos sócios para fiscalizar a administração.
- introdução
- classificação
- constituição
- órgãos sociais
- valores mobiliários
- ações
Classificação:
Etapas:
Depois de comprar as ações, assina um boletim. Depois que a última ação for
comprada, ou seja, tiverem um suescritor, convoca-se a assembléia de fundação.
OAB: a assembléia de fundação da companhia é o único momento em que todos os
acionistas têm direito a voto, mesmo os preferencialistas.
Competências da assembléia de fundação (da subscrição pública):
- avaliação dos bens dados;
- deliberar sobre a constituição da companhia (ex: elegendo os primeiros
administradores, aprovando o estatuto e o que ocorrer na reunião).
ETAPAS DA CONSTITUIÇÃO:
1ª etapa (comum aos dois meios de constituição): requisitos preliminares
2ª etapa: meios de constituição
- subscrição pública
+ pedido (3 documentos)
+ oferta
+ boletim
Órgãos sociais
Quem estabelece os órgãos que compõem uma sociedade anônima é o Estatuto
Social. Mas a lei de S/A trata de quatro órgãos básicos:
• Assembléia geral
• Conselho de administração
• Diretoria
• Conselho fiscal
Assembléia Geral
É o órgão máximo da companhia, de caráter exclusivamente deliberativo. Formada
por todos os acionistas.
Ela decide sobre as questões que envolvem a sociedade; decide sobre o futuro da
companhia; toma as deliberações.
Ela pode ser:
- AGO (Assembléia Geral Ordinária)
- AGE (Assembléia geral Extraordinária)
A AGO ocorre em até quatro meses após o término do exercício social
(convencionado que inicia-se em 1º de janeiro a 31 de dezembro) e discute as
questões ordinárias da companhia. A competência da AGO está prevista no art. 132 da
lei das S/A’s.
A AGE ocorre sempre que necessário. A sua competência é residual. Ou seja, tudo
o que não for da competência da AGO (art. 132 da Lei de S/A), é da competência da
AGE. Ela pode ser convocada a qualquer tempo.
Conselho de administração
Também é um órgão de caráter deliberativo. Na verdade, é um órgão facultativo
porque vai deter parte da competência da assembléia. Formado por acionistas e
depende de previsão estatutária.
É um órgão facultativo, exceto em 3 casos, onde será OBRIGATÓRIO:
- nas companhias abertas
- nas sociedades de economia mista
- nas companhias de capital autorizado: companhia de capital autorizado é aquela
que permite a alteração do seu capital social sem a necessidade de mudança do seu
estatuto social. O próprio estatuto social já autoriza a mudança de capital social, por
isso ele não precisa ser modificado.
Diretoria
Conselho fiscal
É um órgão de existência obrigatória, mas de funcionamento facultativo, porque
não precisa funcionar o ano inteiro. Uma companhia de pequeno porte, por exemplo,
não tem demanda para isso.
Valores mobiliários
O mais importante valor imobiliário é a ação, mas também têm outros:
• Debênture: dá ao seu titular o direito de crédito contra a companhia. É um
contrato de mútuo, empréstimo, que a companhia faz com o terceiro. Ela
pode ter garantias reais, fidejussórias etc, e ainda uma cláusula de
conversibilidade em ação.
• Partes beneficiárias: dão ao seu titular o direito de crédito eventual
pautado nos lucros da companhia. Todas as partes beneficiárias somadas
podem comprometer no máximo 10% dos lucros da companhia (art. 46, §
2°, da lei S/A).
• Bônus de subscrição: dá ao seu titular o direito de preferência na aquisição
de novas ações. Se algum dia a companhia vier a emitir novas ações, deverá
primeiro oferecer a este titular de preferência. O bônus estabelece o nível
de preferência, que pode ser inclusive, superior aos acionistas.
• “Commercial paper”: é aquele que também dá ao seu titular o direito de
crédito contra a companhia, também é um contrato de mútuo, é uma nota
promissória. Também é um contrato de empréstimo, mas de médio e curto
prazo. Prazo mínimo de 30 e máximo de 180 dias.
- Poder de controle
Aquele que possui o poder de controle, o chamado acionista controlador, é aquele
indivíduo ou grupo de indivíduos que detêm a maioria das ações de uma companhia e
tem como prerrogativa eleger a maioria dos administradores da companhia utilizando
efetivamente o seu poder de controle. Fazendo assim com que de modo permanente
possa orientar o futuro e as deliberações da companhia.
- Operações Societárias:
DIREITO CAMBIÁRIO
- Teoria Geral:
1. Conceito:
2. Princípios e Características:
2.1. Cartularidade: e a exigência da posse do título para o exercício do direito
nele mencionado. Tem que ser o original do título. Existem três as exceções a
este princípio:
2.1.1. Execução da duplicata: a própria lei da duplicata prescinde da
original do título em alguns casos.
2.1.2. Títulos virtuais: tudo feito de forma virtual, pelo computador (ex.
pagamento on line).
2.1.3. Perda ou extravio do título: caso o título seja extraviado pode ser
reconstituído o título através da copia autenticada.
3. CLASSIFICAÇÃO:
3.3. Efeitos:
O primeiro efeito é o de transferir todos os direitos do endossante para o
endossatário.
O segundo efeito é o de vincular o endossante ao pagamento da obrigação.
Ele garante o pagamento.
3.6. Diferença de Endosso e Cessão Civil de Crédito: são dois institutos de que
servem para a alienação do crédito cambiário.
• A primeira diferença entre endosso e cessão civil de crédito se refere à
extensão de responsabilidade do alienante. O cedente responde apenas
pela existência do crédito transferido, e não pela solvência. Significa
que se o indivíduo cede o crédito, ele não se responsabiliza pela
solvência. No endosso é diferente, porque o endossante responde pela
existência e pela solvência do crédito transferido.
• A segunda diferença entre endosso e cessão civil se refere aos limites
de defesa do executado. A inoponibilidade ao terceiro de boa fé. No
endosso o devedor executado só pode se defender de duas formas: de
vícios formais ou vícios processuais. Já na cessão civil ele pode se
defender de qualquer forma, defesa mais ampla. Seja alegando os
vícios, tanto do título quanto do processo.
AVAL FIANÇA
Representa uma obrigação autônoma Representa uma obrigação acessória
Não existe o benefício de ordem Existe o benefício de ordem.
Momento que o titular do crédito poderá exercer os direitos que dele emanam.
Os requisitos de exigibilidade:
c. Espécies de vencimento:
1. Ordinário:
1. A prazo: aquele que decorre pelo decurso do tempo;
2. À vista: pela apresentação para pagamento de um título
sacado à vista.
2. Extraordinário:
1. Recusa do aceite:
2. Falência do aceitante: somente a falência do aceitante é
que pode antecipar o vencimento do título inteiro.
2. PAGAMENTO:
a. Conceito: é a forma natural de extinção da obrigação, é o adimplemento
da obrigação.
1. Título pagável no Exterior: até o segundo dia útil após o
vencimento.
2. Título pagável no Brasil: até o primeiro dia útil após o
vencimento.
b. Cautelas do devedor:
1. Exigência da quitação no próprio título: em razão do princípio
da literalidade.
2. Exigência de entrega do título ao devedor: em razão do
princípio da cartularidade.
3. No caso de pagamento parcial: haverá a quitação mas não a
entrega.
4. Obrigação Quesível: aquela que se satisfaz por iniciativa do
credor. O credor que tem que atrás do devedor.
Obs.1: Obrigação Portável: ao contrário de quesível. É aquela que se
satisfaz por iniciativa do dever. Em regra no Brasil a obrigação é
quesível, a não ser que esteja disposto ao contrário.
d. Espécies de Pagamento:
3. PROTESTO:
a. Conceito: é o ato formal de comprovação de três situações jurídicas:
Obs. 1: O prazo do protesto é o primeiro dia útil após o vencimento. A clausula sem
despesas ou sem protesto é aquela que dispensa o protesto para fins de conservação de
direito de crédito contra os coobrigados.
4. AÇÃO CAMBIAL
1º) três anos, a contar do vencimento para o devedor principal e seu avalista. Ou
seja, se você quer ajuizar uma ação contra seu devedor e seu avalista deverá ajuizar
em 3 anos (devedor principal).
3º) Seis meses, para o exercício do direito de regresso do co-obrigado que pagou o
título a contar do pagamento. Contra os co-obrigados anteriores.
Obs.1: E se prescreveu o prazo para a execução? Pode entrar com uma ação
ordinária com base no fato que deu origem ao título.
Toda a teoria do título de crédito foi baseada na Letra de Câmbio. Tudo que
estudamos até aqui se aplica a Letra de Câmbio. Foi este título que deu origem a toda
teoria sobre o crédito cambiário.
CHEQUE
A partir do momento que ela preenche o cheque e transfere ao Tomador, ela sacou o
cheque.
Obs.1 Não chame o Banco de Aceitante, não existe aceite. Pois, se não tiver dinheiro
na conta o Banco não paga. O Banco não tem nenhuma obrigação cambial pelo
pagamento de um cheque. A obrigação do banco é meramente administrativa.
MODALIDADES DE CHEQUE
Visado: é aquele que o Banco sacado lança uma declaração de suficiência de fundos.
O Banco está dizendo, tem dinheiro na conta. Ele bloqueia (reservado) na conta do
cliente o valor do cheque. Está quase extinto.
Para levar em conta: tem o mesmo objetivo do cheque cruzado, possibilita também a
identificação do TOMADOR, do beneficiário. Também deve ser pago mediante
depósito em conta corrente. Esta clausula deverá ser colocada no anverso: para se
levar em conta. Também de forma transversal. Pago exclusivamente por crédito em
conta.
PAGAMENTO DO CHEQUE
SUSTAÇÃO DO CHEQUE:
Obs.1 O cheque não é um papel de curso forçado. Papel de curso forçado é aquele
que deve ser recebido como meio de pagamento por qualquer pessoa. O único papel
de curso forçado é o REAL.
Obs.2 O cheque é em regra pró-solvendo, a obrigação só se extingue após a
liquidação do Título.
Obs.3 Cheque pró-soluto, decorre de acordo entre as partes, é aquele que extingue a
obrigação no momento da entrega o cheque.
DUPLICATA
mercadorias
VENDEDOR COMPRADOR
DIREITO FALIMENTAR
DIREITO FALIMENTAR
A antiga lei de falências era o Decreto Lei nº 7661/45. Essa lei trazia dois institutos
como conteúdo: a falência e a concordata.
Já a nova lei de falências é a Lei nº 11.101/2005. Essa lei manteve a falência com
algumas alterações e substituiu a concordata por dois outros institutos: a
recuperação judicial e a recuperação extrajudicial de empresas. Traz como
principal diferença a possibilidade de venda dos bens do falido de maneira antecipada.
Ainda traz como mudança a nomenclatura do administrador da massa falida que antes
era denominado de sindico passou a ser chamado de administrador judicial.
PRESSUPOSTOS OU REQUISITOS:
Legitimidade ativa:
• O próprio empresário (não sofrerá as sanções
decorrentes do processo de falência),
• Cônjuge sobrevivente, qualquer dos herdeiros,
inventariante e companheiro,
• O sócio (o empresário é a sociedade), não confundir
com autofalência.
• Credor (juntar o título de crédito mesmo não vencido,
em caso de ser ele empresário, demonstrar a sua
regularidade e por fim prestar caução, caso
domiciliado no exterior).
ADMINISTRAÇÃO DA FALÊNCIA:
Liquidação é o momento em que o ativo realizado vai ser vendido para pagamento do
passivo. Antes da liquidação tem que definir o ativo e o passivo. O interessado pode
entrar com o pedido de restituição ou embargo de terceiro Art. 85 e 93.
Parágrafo Único, Art. 85: em até 15 dias anteriores ao requerimento da falência, pode
o terceiro restituição de coisa vendida ao falido, se ainda não por ele alienada.
Liquidação é o momento em que o ativo realizado vai ser vendido para pagamento do
passivo. Antes da liquidação tem que definir o ativo e o passivo. O terceiro que teve
seus bens arrecadados, indevidamente, pode entrar com o pedido de restituição ou
embargo de terceiro, art. 85 e 93.
OBS: Parágrafo Único, art. 85: em até 15 dias anteriores ao requerimento da falência,
pode o terceiro pedir restituição de coisa vendida ao falido, se ainda não por ele
alienada. Ex: vendo um carro a João e ele me pediu um prazo de 30 dias, mas se antes
desse prazo ele entra em falência, e eu ainda não recebi o valor, eu posso entrar com o
pedido de restituição dentro do prazo legal e se ele não alienou o bem ainda. Se ele já
tiver alienado, a solução é habilitar o crédito na falência.
OBS: A impugnação será autuada em separado e terá uma fase de dilação probatória e
julgamento.
OBS: Da decisão que acata ou não a impugnação cabe agravo.
OBS: Depois de vendido os bens, será feito o pagamento na ordem dos créditos.
1 – Os créditos compensáveis: são aqueles em que o falido tem tanto crédito quanto
débito perante o mesmo credor. Ex: Bancos.
2 – Os créditos extra-concursais: são aqueles de concurso de credores. São os que
mantêm a falência. Ex: O pagamento do administrador judicial, dos auxiliares e etc.
Art. 84.
3 – Os créditos concursais: previstos no art. 83. São eles:
a) Créditos trabalhistas (limitados até 150 salários mínimos por credor). O que
ultrapassar, vai virá crédito quirografário (no final – se sobrar!!!). Ao lado dos
créditos trabalhistas, tem os créditos decorrentes por acidente de trabalho (não
tem limite!);
b) Créditos de garantia real (até o limite do valor do bem gravado). Ex: Se o bem
custa R$120.000 e o crédito é de R$140.000, ele só vai receber R$120.000 e o
restante ele vai virá quirografário;
h) Créditos subordinados – são aqueles em que a lei ou o contrato diz que é. Ao lado
dos créditos subordinados estão os sócios.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
RECUPERAÇÃO EXTRA-JUDICIAL
Para que o plano seja aprovado ele precisa passar pelas 3 classes e serem aprovadas
por todas. Se uma das classes, reprovar, o empresário vai para a falência. Cada
classe tem um critério diferente. Na classe dos credores trabalhistas o critério é
OBS: Se aprovado o plano que não for por unanimidade ele será homologado pelo
juiz na recuperação extra-judicial.
OBS: O comitê de credores, percebendo que o plano que o devedor apresentou para
ser aprovado, poderá elabora um plano alternativo, caso o devedor aceite, poderá ser o
plano de recuperação judicial ou extra-judicial.