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I – ESQUEMA

1 – Classificação das Receitas (DL 26/2002, 14 Fevereiro – Anexo I)

a) Critério do Activo Patrimonial do Estado

. R/D Capital – alteram a situação activa ou passiva do património do Estado;

. R/D Correntes – não oneram nem aumentam o valor do património duradouro do


Estado;

Identificação Montante Capítulo Grupo Artigo Tipo


Empréstimos 500 M 12 (Passivos 05/06 NE Capital
Financeiros) (Curto ou
M/L prazo)
Impostos 300 M 01/02 NE NE Corrente
(Directos ou
Indirectos)
Taxas 50 M 04 (Taxas, 01 - Taxas NE Corrente
Variadas multas e
outras
actividades)
Rendas 50 M 05 10 - Rendas NE Corrente
resultantes (Rendimento
da s da
exploração Propriedade)
de
património
Privatização 100 M 11 (Activos 10 – NE Capital
das Financeiros) Alienação
Empresas de Partes
Públicas Sociais de
Empresas

b) Critério do Activo de Tesouraria


. R/D Efectivas – representam um efectivo aumento ou uma efectiva diminuição
do património monetário do Estado;

. R/D Não Efectivas – há uma alteração do património da tesouraria, mas


provocam um acréscimo ou uma diminuição idêntica (exº empréstimo é R não
efectiva porque cria automaticamente D não efectiva de valor idêntico;

Identificação Montante Tipo


Empréstimos 500 M Não Efectivo

Privatização das 100 M Efectivo


Empresas Públicas

Impostos 300 M Efectivo


Taxas 50 M Efectivo
Rendas Resultantes da 50 M Efectivo
exploração de património
2 – Classificação das Despesas (DL 26/2002, 14 Fevereiro – Anexo II)
a) Critério do Activo Patrimonial do Estado

. R/D Capital – alteram a situação activa ou passiva do património do Estado (pág.


86);

. R/D Correntes – não oneram nem aumentam o valor do património duradouro do


Estado (idem);

Identificação Montante Agrupamento Sub-agrup. Rubrica Tipo


Obras 500 M 07 (Aquisição Escolas e . 10 equip. Capital
Públicas de Bens de Hospitais 01 Básico
Capital) –
Investimento
s . 03 outras
construçõe
Rodovias 03 s e infra-
– Domínio estr.
Publico1
Aquisição de 200 M 07 (Idem) NE NE Capital
Imóveis
Amortização 200 M 10 (Passivos NE NE Capital
de Dívida Financeiros)
Pública
Remuneração 100 M 01 (Despesas NE NE Corrente
do Pessoal da com Pessoal)
Função
Pública

1
Art. 4 al. h) do DL 467/80.
b) Critério do Activo de Tesouraria

. R/D Efectivas2 – representam um efectivo aumento ou uma efectiva diminuição


do património monetário do Estado;

. R/D Não Efectivas – há uma alteração do património da tesouraria, mas


provocam um acréscimo ou uma diminuição idêntica (exº empréstimo é R não
efectiva porque cria automaticamente D não efectiva de valor idêntico);

Identificação Montante Tipo


Amortização de Dívida 200 M Não Efectivo
Pública
Obras Públicas 500 M Efectivo

Aquisição de Imóveis 200 M Efectivo


Remuneração do Pessoal 100 M Efectivo
da Função Pública

2
Consideram-se DE e RE todas as D e R, excepto as respeitantes aos passivos
financeiros.
II – AVERIGUAR SE EXISTE OU NÃO EQUILÍBRIO

Critério do Activo de Tesouraria – critério do activo de Tesouraria na


vertente do saldo primário. É o utilizado para determinar se existe ou não
equilíbrio nos Serviços Integrados (art. 23/1). Resultados:
• Equilíbrio – RE maiores ou iguais DE, desconsiderando os juros.34

• Deficit – RE menores que a DE.

RE = 100M + 300M + 50M + 50M = 500 M


DE – 500M + 200M + 100M = 800 M

Resultado = - 300 M (deficit; viola o critério do equilíbrio).

Neste caso concreto, era lícito invocar a cláusula de salvaguarda do


art. 23/1 in fine, por motivos de conjuntura5 (refere o caso: “após um
período de estagnação”). Logo, apesar de matematicamente não existir
equilíbrio de acordo com o critério estabelecido para os serviços integrados
(activo de tesouraria na vertente do saldo primário), o orçamento acabava
por não ser contrário à LEO.

O Governo invoca também o princípio da equidade intergeracional


(art. 10º). Este princípio é uma directriz a utilizar no momento da decisão
financeira, nomeadamente na realização de despesas constantes no art.
10º/2.
Não entendemos que esta justificação se sobreponha à da cláusula de
salvaguarda, a única justificação especialmente mencionada no art. 23/1.
Enquanto princípio o princípio da equidade intergeracional trabalha com

3
Art. 23/1
4
Nos termos do Anexo II do DL 26/2002 os juros são considerados Despesa
Corrente , logo efectiva. Só se pode contrair empréstimos para fazer face a despesa
efectiva. Ao considerar-se os juros despesa efectiva, pode contrair-se empréstimos
para fazer face aos juros.
5
Ver, para mais informações, pág. 141 da Lei de Enquadramento Orçamental
Anotada.
um critério estrutural, a cláusula de salvaguarda parte de um critério
conjuntural – sendo que a conjuntura negativa se verificava neste caso.

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