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Quanto aos tipos ou natureza da leitura, vale lembrar aqui que existem, além da
leitura verbal, outros tipos de leitura que são utilizados habitualmente, em diversas
situações.
Quando alguém pára num sinal de transito, por exemplo, esta executando uma
ordem recebida através da leitura de um símbolo, que pode indicar tanto a necessidade
de parar, como a mão de direção, a proibição de estacionar etc.Esta leitura, através de
imagens ou símbolos, recebe o nome de icônica, palavra derivada de ícone – que vem
do grego, com significado de “imagem”. Mas nem só os sinais de trânsito são passiveis
de uma “leitura icônica”. Hoje, as imagens, que constituem uma linguagem universal,
são referências obrigatórias nos aeroportos, grandes restaurantes, shopping centers, e
áreas de turismo e lazer.
Outro tipo de linguagem universal é a gestual, ou seja, através dos gestos,
codificados ou não. São exemplos de linguagem gestual codificada a linguagem dos
surdos-mudos, a linguagem dos jogadores de vôlei e outras.
A leitura de estudo é classificada por alguns autores, entre os quais CERVO &
BERVIAN (1983, p.85), como leitura informativa, cuja finalidade é a coleta de dados
ou informações que serão utilizados na elaboração de um trabalho científico ou para
responder a questões específicas. Segundo os autores citados, a leitura pode ter
finalidade formativa, ligada à cultura geral, às notícias e informações genéricas; de
distração ou lazer e informativa, sendo esta última a modalidade que prioriza e
ampliação de conhecimentos.
Observa-se, portanto, uma discrepância entre os termos aqui adotados, segundo
os quais a leitura informativa tem por objetivo a informação, em sentido genérico, e a
leitura de estudo ou formativa, visa, especificamente, à formação de uma bagagem
cultural, através da aquisição e ampliação de conhecimentos.
Segundo CERVO & BERVIAN (1983, P.85-9), as frases da leitura informativa
ou de estudos são as seguintes:
a) Leitura de reconhecimento ou pré-leitura – a finalidade desta leitura é dar uma
visão global do assunto, ao mesmo tempo que permite ao leitor verificar a
existência ou não de informações úteis para o seu objetivo específico.
Note-se que outros autores classificam essa fase como leitura prévia ou leitura
prévia ou leitura de contato, visto que corresponde a uma leitura “por alto”,
apenas para tomar contato com o texto.
b) Leitura seletiva – seu objetivo é a seleção das informações que interessam à
elaboração do trabalho em perspectiva.
c) Leitura crítica ou reflexiva – exige estudo, compreensão dos significados. A
reflexão realiza-se através da analise, comparação, diferenciação e julgamento
das idéias contidas no texto.
d) Leitura interpretativa – mais complexa, compreende três etapas:
1. Procura - se saber o que realmente o autor afirma, quais os dados e
informações que oferece;
2. Correlacionam-se as afirmações do autor com os problemas para os quis
se esta procurando uma solução;
3. Julga-se o material coletado, em função do critério de verdade.
a) Análise textual – leitura que tem por objetivo uma visão global, assinalando:
estilo, vocabulário, fatos, doutrinas, época, autor, ou seja, um levantamento dos
elementos importantes do texto.
b) Análise temática – apreensão do conteúdo ou tema, isto é, identificação da idéia
central e das secundárias, processos de raciocínio, tipos de argumentação,
problemas, enfim, um esquema do pensamento do autor.
c) Análise interpretativa – demonstração dos tipos de relações entre as idéias do
autor em razão do contexto científico e filosófico de diferentes épocas; análise
crítica ou avaliação; discussão e julgamento do conteúdo do texto (Gagliano,
apud LAKATOS, 1992, p. 28).