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Fiação úmida: a coagulação faz-se num banho rico em água, o qual contém um
coagulante que é, a maior parte das vezes, uma mistura água diluente.
É um produto "quente" (bom isolante térmico) e leve, muito resistente à ação dos
raios solares (radiação ultra-violeta) e aos agentes químicos, não amassa,de fácil
lavagem, não encolhe e seca rapidamente. Tem larga aplicação na fabricação de
artigos de inverno: agasalhos em geral, meias, gorros, cobertores, mantas e
tecidos felpudos; além disso, por ser não-alergênico, é muito utilizado na produção
desses mesmos artigos para uso infantil. Ver: Feltro Feltycril, Pelúcia, Pelúcia
Selvagem.
Atoalhado (Felpo): tecido obtido por fios em forma de laços que emergem da
estrutura básica, dando um efeito felpudo em uma ou ambas as faces. Usado em
toalhas de banho, roupões, etc. Conhecido também como felpa ou felpudo. Ver:
Tecido Felpo
Bordado: lavor feito em relevo, sobre estofo ou pano, à linha, fio de lã, prata ou
ouro, etc.
Botonê: tecido fantasia com efeito de coco ralado, produzido com fio fantasia do
mesmo nome e que têm pequenas bolas de fibras enroladas.
Bouclê: tecido com efeito fantasia de laçadas, resultando numa textura crespa,
produzido com fio fantasia do mesmo nome, que é um fio retorcido onde
aparecem laçadas e nós, resultando uma textura crespa, o nome origina-se da
palavra francesa "boucler" que significa encaracolar.
Brim: tecido forte com desenho em sarja, de algodão. Ele se assemelha ao coutil,
jeans, denim. Atualmente é muito utilizado além de confecção (calças, bermudas,
uniformes, etc.), para decoração, toalhas de mesa, guardanapos, fundo de palco,
etc. Ver: Brim sarjado, fortbrim, mykonos, etc.
Brocado: tecido jacquard com desenhos em relevo realçados por fios de ouro ou
de prata, origina-se da palavra francesa "broucart" que significa ornamentar.
Cala: é a abertura formada por duas camadas de urdume (entre os fios pares e
impares) por onde se passa os fios da trama.
Cambraia ("Batiste"): tecido de algodão ou linho leve, com desenho tafetá, para
camisas e blusas finas, semelhante ao Batiste. Nome originado da cidade de
Cambraia, França. A cambraia de lã é um tecido mais pesado em ligamento sarja
com fios de cores contrastantes no urdume e na trama, usado para ternos.
Canelado("Cannelé"):
A)Tecido com listras verticais ou horizontais em relevo formadas pelo ligamento
reps.
B) Ligamentos chamados também de reps pelo urdume, apresenta ranhuras,
estrias ou sulcos semelhantes a diminutos canaletes. São semelhantes aos
desenhos de cotelê, ottoman e faile, existem dois tipos básicos deste desenho, a
saber:
I- Canelado Duplo: Os fios ímpares flutuam em cima de uma quantidade de
batidas determinada. Os pares formam o tafetá. A proporção pode variar para 2/1,
2/2, 1/2. Depois os ímpares formam o tafetá e os pares flutuam. O tamanho do
efeito cotelê depende da quantidade de batidas para cada grupo de fios pares e
ímpares. Tecido feito apenas com um rolo.
II- Canelado Simples: Os fios ímpares sempre flutuam para formar o cotelê e os
fios para sempre ligam em tafetá. Neste caso os fios flutuando devem ser ligados
com uma ou três tramas, entre cada cotelê. O inconveniente deste desenho é o
fato de necessitar 2 rolos de urdume. Estes tipos de desenho são muito utilizados
para os tecidos jacquard.
Cânhamo: fibra, fio ou tecido de cânhamo, que é uma planta herbácea da família
das canabidáceas [ Cannabis sativa (v. cânabis ] , amplamente cultivada em
muitas partes do mundo. As folhas são finamente recortadas em segmentos
lineares; as flores, unissexuais e inconspícuas, têm pêlos granulosos que, nas
femininas, segregam uma resina; o caule possui fibras industrialmente
importantes, conhecidas como cânhamo; e a resina tem propriedades
estupefacientes. É uma fibra mais lenhosa do que o linho e, conseqüentemente, é
mais rígida. O cânhamo tem sido usado em quase todas as formas de aplicação
têxteis: tecidos finos, cortinas, cordas, redes de pesca, lonas, etc., além de
misturado a outras fibras, naturais e/ou artificiais.
Canvas: tecido pesado de algodão em ligamento tela, usado para calças tipo
jeans.
Cetim Boucol: semelhante ao cetim duchese porém mais pesado, também muito
utilizado pela alta costura e para vestidos de noivas.
Cetim Changeant: Cetim com duas cores na trama, desenho "Gros de Tours". As
duas tramas (uma de cada cor), se desenrolam na mesma abertura de cala, com
duas lançadeiras diferentes (Pick/Pick), ou ainda com uma lançadeira especial de
duas espulas. O importante é que cada trama se coloque na posição certa e
sempre a mesma, na cala. Assim, conforme a posição da pessoa olhando o
tecido, ele aparece com uma cor diferente.
Cetim Charmeuse: cetim leve com bom caimento, brilho intenso e uma trama
suplementar no avesso, urdume em grége, acetato, viscose ou poliéster, e com 2
tramas, uma delas em crepe e que aparece somente no avesso.
Cetim Duchese: cetim mais pesado que o Charmeuse, também com brilho mais
intenso e um excelente caimento, geralmente em seda, acetato ou poliéster , com
fio tinto, torção "Organsin". Cetim de qualidade, destinado à Alta Costura, muito
utilizado em vestidos de noivas.
Cetim Peau D'Ange ou Cetim Vison: cetim mais encorpado que o cetim comum,
com bom caimento e brilho discreto, muito utilizado para becas, decoração
(toalhas de mesa , cortinas, etc.). Na tradução do francês Peau D'Ange quer dizer
pele de anjo.
Cetim Zebeline: cetim pesado com um brilho acetinado, avesso em crepe, bem
encorpado, sendo perfeito para os modelos evasê.
Chintz (Chint, Chinte): tecido de algodão, muito leve, tafetá, estampado com
acabamento firme e brilhante,com calandragem muito utilizado em decoração de
ambientes.
Chita ,Chitão ou Reps Estampado: tecido simples de algodão ou misto
estampado em cores. Ver: Reps Estampado (Chitão)
Cirrê: acabamento com calandra, destinado a dar um aspecto muito liso e
brilhante ao tecido. Também conhecido como laqueamento.
Cloquê:tecido tipo piquet, de seda, raiom, ou algodão, com efeito de alto relevo
produzido por fios de crepe ou fios de encolhimento elevado. Tecido maquinetado
ou jacquard.
Cós: tira de pano usada para arrematar certas peças de vestuário, especialmente
as calças e as saias, no lugar em que cingem a cintura.
Cotton: palavra em inglês que define algodão, bem como fio, fibra ou tecido de
algodão.
Coutil: tecido 100% algodão ou linho - fios retorcidos com ligamento sarja 2/1
(diagonal ou espinha de peixe), muito resistente e utilizando para: colchões,
calças, sapatos, etc. Também chamado "Jean", "Serje", "Brim", "Denim", etc.
Crepe:
A. Fio - Torção dada a diversos fios como: seda, lã, algodão, viscose,
poliéster. Essa torção é bastante elevada: 2000 a 3500 v/m, conforme o
título. Ela provoca um encolhimento do fio durante o tingimento, dando ao
fio e ao tecido um aspecto opaco, granulado e um toque seco. A torção
crepe aumenta o título do fio de 10 a 35%, proporcionalmente ao título e a
torção.
B. Desenho - Representa um mistura de tafetá, sarja , para obter um aspecto
granité no tecido. É utilizado em geral com fios crepe para aumentar o
aspecto granulado do tecido.
C. Tecido - Tecido com aspecto granulado e toque áspero obtido com fios
químicos ou naturais com alta torção. Nome derivado da palavra francesa
"crêpe" que significa crespo. Produzido geralmente com fios dispostos
alternadamente 2S e 2Z na trama e no urdume. Existe uma grande
variedade de tecidos chamados crepes. As características principais são:
um aspecto granulado (granité) e opaco, um toque seco - até áspero e
muita fluidez. Para realizar este tecido se utilizam vários desenhos
(principalmente crepe e granité) e fios de torções elevadas: Voil, Poil,
grenadine e, principalmente, fios crepe. O aspecto definido do tecido é, em
grande parte, obtido durante o tingimento e o acabamento, onde o
encolhimento dos fios releva o aspecto "Crepe". Estes tecidos fazem parte
da linha alta costura ou "pret-à-porter" de luxo. (Ex. Chanel sempre foi uma
grande fã dos tecidos crepe). Ver: Crepe Koshibo, Crepe Chiffon
Liso/Estampado, etc.
Crepe Casca de Melão: semelhante porém mais pesado que o crepe madame,
com um lado acetinado, com desenhos em relevo imitando pele e o avesso fosco.
Aplicações mais comuns: Vestidos, roupas de festa clássicas,trajes a rigor,
lingerie, robes, baby dolls, camisetinhas, pijamas, lençóis, edredons.
Crochê: tecido rendado executado à mão com uma agulha provida dum gancho
na extremidade, e utilizado na confecção de peças ornamentais, de vestuário e
outras.
Cru: nome genérico dado a tecidos, geralmente de algodão, com aspecto rústico,
que não foram submetidos a processos de beneficiamento, além da purga.
Dégradé: tecido com listras ou barras, onde o efeito de cor muda de tonalidade,
gradativamente de escura para clara (até branca) e depois recomeça
identicamente. Em geral é feito a partir de uma só cor. Este efeito é geralmente
obtido com fios tintos ou na estampagem. Antigamente era muito utilizado no
jacquard. Por extensão, pode ser obtido este aspecto com brilhos de intensidade
diferentes, com desenho apropriado (ver traçado).
Dry Fit: conceito utilizado para definir o tecido feito com poliamida e elastano, ou
seja, o Suplex que, devido a sua estrutura e a titulagem do fio, proporciona um
conforto propício para peças de esporte que exigem uma alta capacidade de
transpiração. A peça com o conceito Dry Fit, possui o tecido com capacidade de
tirar a umidade do corpo e transportá-lo para fora do tecido. "Dry fit" significa em
inglês "Caimento seco", justificando assim seu benefício.
Dupla-Face: tecido com os dois lados reversíveis,ou seja, que tanto pode ser
usado pelo direito como pelo avesso, e onde cada um deles apresenta um aspecto
diferente, devido a utilização de 2 desenhos e, eventualmente, 2 urdumes e ou 2/3
tramas. Ex. Direito: ligamento cetim , Avesso: ligamento sarja 3/2.
Os pontos de ligação devem ser bem escondidos para serem pouco visíveis e
somente no avesso. Utilizado para tecidos pesados, de alta costura ou para o
inverno. Uso feminino e masculino.
Enzime Wash: lavagem que confere aspecto "envelhecido" ao tecido com bom
toque. Consiste em uma lavagem enzimática de 60 minutos a 40º C, depois passa
por um processo de amaciamento.
Energy: tipo de malha semelhante a suplex, tendo como diferença o poliéster em
sua composição ao invés da poliamida (composição aproximada: 90%
poliéster/10% elastano), muito utilizada para blusas, boly (colant), calças, etc
Engomagem: técnica utilizada para conferir ao fio maior resistência, que consiste
na aplicação de uma solução colante natural ou sintética. Geralmente usada na
fabricação de tecidos com fios singelos.
Entretela: tecido que se mete entre o forro e a fazenda de uma peça de vestuário,
para lhe dar consistência, ou uma boa queda, ou para torná-la armada, sua
aparência é de um morim bastante engomado.
Escocês: tecido com ligamento tafetá ou sarja, de qualquer matéria prima, cujos
fios são tintos em várias cores para produzir
tecido tem por origem, a Escócia, onde cada família nobre, chamada de clã, tinha
um tecido, em geral de lã, representativo do
também obtido com estampagem. Por analogia este tecido é também chamado de
xadrez.
Espinha de Peixe: tecido com ligamento sarja quebrada, resultando num efeito
zig-zag semelhante às espinhas de peixe.
Evasê: do francês “évasé” diz-se da peça de vestuário que se alarga para baixo,
em forma de cone.
Faille: tecido fino e macio, ligamento tafetá, urdume seda, acetato ou poliéster,
trama schappe, algodão, lã, sempre mais grossa, para produzir um efeito
canelado.
Faillete: variação mais fina do faille com desenho tafetá, de seda, acetato ou
poliéster, utilizado geralmente para forro. Ver:Tafetá e Tafetá Alpaseda.
Festo: dobra que se faz em pano largo, enfestado, ao meio de sua largura e em
toda a sua extensão, para o enrolar em peça. Diz-se também da largura duma
peça de pano, dum tecido qualquer.
Fiação: processo final de transformação das fibras em fio. Com exceção da seda,
todas as fibras naturais têm um comprimento limitado bastante definido. O objetivo
da fiação é transformar as fibras individuais em um fio contínuo coeso e maleável.
Nas fibras naturais o processo compreende basicamente abertura, mistura,
cardação, estiramento e torção para a fabricação do material dos teares. A seguir,
se procede à fiação propriamente dita. Com as fibras sintéticas, foram realizadas
numerosas melhorias nos equipamentos de fiação para atender à diversificação
resultante do desenvolvimento de muitos tipos de fibras. Existem máquinas de fiar
que só podem ser usadas com fibras sintéticas.
Fibra: estrutura de origem animal, vegetal, mineral ou sintética parecida com pêlo.
Seu diâmetro não excede a 0,05 centímetros. As fibras são utilizadas, entre outras
muitas aplicações, em produtos têxteis, e são classificadas em função de sua
origem, de sua estrutura química ou de ambos os fatores. Ver Gráficos:
Simbologia Fibras, Classificação das Fibras Têxteis, Características dos
Materiais Têxteis.
As fibras tomam sua forma final através de estiramento, realizado através de dois
processos básicos; no primeiro, as fibras são estiradas durante o processo de
solidificação; no segundo, o estiramento é feito após estarem solidificadas. Em
ambos os casos o diâmetro da fibra é reduzido, e sua resistência à tração é
aumentada.
O benzeno é a matéria-prima básica da poliamida 6 (náilon 6), que, por sua vez, é
obtida pela polimerização da caprolactama (único monômero), enquanto que a
poliamida 6.6 consiste na polimerização de dois monômeros: hexametilenodiamina
e ácido adípico, que por reação de policondensação formam o "Sal N", e em uma
segunda fase a poliamida 6.6 (náilon 6.6).
O poliéster cuja matéria-prima básica é o p-xileno pode ser obtido por intermédio
de duas rotas de produção: a do DMT (Dimetil Tereftalato + MEG) ou a do PTA
(Ácido Terefetálico Puro + MEG: Monoetilenoglicol).
As fibras acrílicas e olefínicas (polipropileno), por sua vez, têm como principal
insumo básico petroquímico o propeno. Pelas suas propriedades e presença de
aminoácidos, as fibras acrílicas são comparadas à lã natural e ocuparam os
segmentos de roupas de inverno e de tapeçaria, devido as suas semelhanças aos
produtos de lã.
Fibrane: fio fiado a partir da fibra viscose. Serve também para nomear tecidos
feitos a partir deste fio.
Fieira: chapa de metal com orifícios, pelos quais se passam qualquer tipo de
material maleável que se vão estirando em fios.
Fios de filamentos são lisos, duros e possuem poucos espaços cheios de ar. A
texturização consiste em dar a estes filamentos diversos tratamentos de modo a
resultarem em fios macios, cheios, fofos, com interstícios de ar que conservam o
calor, propriedades que caracterizam o fio para fiação. Para conseguir esta
característica, dá-se forte "crimping" (plissagem) aos filamentos, seguido de
termofixação (fixação através do calor).
Entre os sistemas utilizados para produção de fios temos:
• Anel: neste sistema podemos ter fios com torção no sentido direito (Z), ou
no sentido esquerdo (S). Neste sistema a torção é realizada de fora da fibra
para dentro, o que resulta em um fio mais macio tanto no núcleo, como na
sua superfície.
• Open End: é considerado atualmente o método mais prático para a
produção de fios. Este sistema tem um fluxo de máquinas reduzido, e é
utilizado na sua grande maioria para aproveitar resíduos de outros sistemas
de produção em específico o Anel. Este sistema apresenta melhores
resultados com fibras mais curtas do que o processo em Anel. Devido este
detalhe geralmente as fiações tem uma linha de fio Anel outra linha de fios
"Open End", a qual aproveita os resíduos da linha Anel.
Toque do fio: o toque do fio "Open End" é muito inferior ao dos fios
Anel. Isto ocorre em função das características construtivas descritas
acima. O amaciante não consegue a mesma penetração no interior
do núcleo do fio, quando comparado com o Anel.
Resistência do Fio: a resistência do fio "Open End" é cerca de 20%
menor, do que a do fio Anel. Junto com a regularidade, são os
principais fatores para se obter uma boa tecibilidade na malharia.
Alongamento do Fio: a capacidade de alongamento do fio "Open
End" é maior, importante para a malharia, mas problemático ao
acabamento, pois malhas com fios "Open End" tendem a ficar mais
largas e necessitam de regulagens especiais.
A texturização pode ser feita por vários processos, como: Falsa torção (FT), Falsa
torção fixada (FTF), a ar, a fricção, e outros, em que, a diferença entre eles é o
grau de texturização, ou seja, quanto de volume, elasticidade e maciez se deseja
dar a fibra. A escolha do processo de texturização dependo do uso final do fio.
Fil-a-Fil (Fio a Fio): tecido com listras verticais muito finas causadas pelo uso de
um fio de cor e um fio branco intercaladamente tanto no urdume como na trama.
Fio Cardado: o fio cardado devido a não passar pela penteadeira, possui mais
fibras curtas, o que propicia uma maior formação de pilling (bolinhas no tecido) e
neps (defeito na regularidade do fio). A aparência também é prejudicada, pois o
mesmo possui uma maior irregularidade.
Obs: Os fios Crepe, Voil, Poil, Organsin, Grenadine, não são considerados fios
fantasia, mas como torcidos clássicos.
Flamê: tecido produzido com o fio fantasia de mesmo nome, que apresenta
pontos mais grossos e pontos mais finos.
Flanela: tecido 100% lã cardada, peso leve a médio, contextura aberta, toque
macio, desenho tafetá, com lado "flanelado" aspecto liso ou xadrez, antigamente
muito utilizado como roupa íntima masculina e feminina.
Flocagem: processo que permite colar sobre um tecido qualquer, uma camada de
pêlos, a partir do processo eletrostático. O tecido recebe uma camada de cola
(uniforme ou em apenas alguns lugares) e após introduzido em um câmara
eletrostática, a qual eletriza os pêlos, colocando-os em pé sobre o tecido. Após, o
tecido é seco e polimerizado para fixar os pêlos. Ver: Veludo Liso.
Gaze: tecido de algodão cardado, muito leve e transparente, com desenho "giro
inglês", utilizado em larga escala na medicina para curativos, intervenções
cirúrgicas, etc., é também conhecido como bandagem.
Gobelin: tecido com desenho jacquard onde os fios de urdume deixam aparecer a
trama mais clara ou mais escura provocando um efeito glacê. É um estilo de
tecido muito usado em decoração, rico em detalhes e cores. Originário da França,
era produzido pelos artesãos reais chamados Gobelins.
Gros de Tours: tafetá com 2 batidas na mesma abertura de cala. Este desenho é
o início da série dos ottoman, faille, gros, etc. Principalmente utilizado para as
ourelas e para desenho jacquard, onde ele forma somente uma parte dos efeitos
do tecido. Raramente usado em tecido liso, pois neste caso é mais vantajoso
juntar a trama a 2 cabos e reduzir a quantidade de batidas.
Helanca®: tecido elástico para calças e bermudas, produzido com fio de poliamida
texturizado por falsa torção geralmente colocado na trama (a helanca geralmente
tem elasticidade no sentido lateral). Nome derivado de marca registrada do fio
texturizado.
Índigo Blue: nome do tecido utilizado universalmente para calças jeans. O nome
índigo é uma alusão à planta indiana chama "Indigus" a qual continha em sua raiz
um corante de coloração natural azul e na época servia de base para tingimento
nas tribos. Hoje o índigo se define como corante para calças jeans em tons de
azul.
1) Sistema Jacquard: Densidade: 104, 400, 600, 700, 900, 1000, 1200
agulhas (úteis para o tecido). O defeito da Jacquard era usar agulhas
grossas e cartões pesados e volumosos (1 cartão para cada trama).
2) Sistema Vincenzy: (1 cartão para cada trama), 384, 576, 768,
1152 (úteis para o tecido). Agulhas mais finas, cartões mais leves e
menores.
3) Sistema Verdol: (papel sem fim). 896 e 1344 agulhas (800 e 1200
para o tecido). Agulhas muito finas, papel sem fim, muito mais leve e
mais fácil de manusear que os cartões. Atualmente muito utilizado.
No Brasil se encontram os 2 sistemas: Vincenzy e Verdol.
Jeans: nome em inglês do fustão de algodão com ligamento sarja, ou seja, igual a
brim, denim, coutil, atualmente na cor Azul Índigo. Jeans na gíria inglesa significa
calça, macacão, etc.
Jersey ou Jérsei: tecido de malha leve e de ligamento simples, muito usado para
lingerie. O tecido de jersey possui uma única face, é característica deste tecido
repousar ao entrelaçamento de pontos na mesma direção, no lado direito, ao
passo que no avesso notamos as laçadas produzidas de forma semicircular. A
produção de tecido de jersey é feita em máquinas que possuem um único conjunto
de agulhas (frontura). No entanto, também podemos tecê-lo em máquinas que
disponham de dois conjuntos de agulhas (dupla frontura), onde naturalmente só se
verificará o tecimento num dos conjuntos da agulha (frontura).Ver: Jersey (Trilobal)
Juta: fibra têxtil obtida da planta tiliácea. As fibras de juta são extraídas do caule
de "plantas duras" , assim como o linho, o cânhamo, etc. Trata-se de plantas
herbáceas anuais, ou seja, alcançam a maturidade no decorrer de um ano,
produzindo sementes para os demais períodos de cultivo, porém exigindo, para
um bom desenvolvimento, calor e umidade. Possuem um caule reto com
circunferência de cerca de 3,80 cm e altura entre 1,5 e 3 metros. A fibra de juta
apresenta, geralmente, um brilho sedoso e, quando comparada ao linho, é mais
quebradiça, o que a impede de ser transformada em fios finos, já que os feixes
não se separam tão bem no sentido longitudinal. Elas apresentam um fino "brilho"
sedoso, um toque grosseiro e áspero, embora as de melhores qualidades sejam
suaves e macias. A juta não é tão resistente nem tão durável quanto o linho, o
cânhamo ou o rami.
É uma fibra barata, e se encontra disponível em grande quantidade
Além das aplicações mais comuns, como por exemplo, tecidos para sacos e telas
de aniagem, os tecidos de juta, tem tido grande aceitação junto aos decoradores
devido ao seu aspecto rústico
Lã: fibra natural de origem animal, macia e ondulada obtida principalmente do pelo
das ovelhas domésticas, e de outros animais como o camelo, a alpaca, as cabras
de Angorá e de Kashmir, a lhama e a vicunha, e utilizadas na fabricação de
tecidos.
A lã se diferencia do pêlo pela natureza da superfície externa das fibras. A
superfície varia de acordo com a espessura e a ondulação da fibra. Devido a essa
ondulação, a lã tem uma elasticidade e uma resistência longitudinal maiores que
outras fibras naturais.
Características: quente e confortável, excelente isolante térmico; resistente ao
amassamento; absorve bem a transpiração e a umidade; amarela e desbota
quando exposta ao sol; baixa resistência ao atrito; atacada por traças, insetos e
fungos; não resiste a produtos químicos; exige precauções durante a
conservação.
Lançadeira: peça do tear, que contém uma bobina (canela), em que se enrola o
fio da trama, e com a qual o tecelão faz correr o fio da trama entre os da urdidura,
peça análoga da máquinas de costurar, que leva a linha para formar a laçada no
ponto fixo.
Liço: cada um dos fios, entre dois liçaróis ( travessas que seguram os liços) do
tear, que sobem e descem para serem atravessados pelos fios da tecelagem.
Limite de Umidade: “Uma das mais importantes propriedades das fibras têxteis é
a absorção de umidade, ou seja, a capacidade que cada fibra possui de absorver
água do ambiente. As fibras naturais ou artificiais de origem celulósica têm alta
capacidade de absorver umidade: por exemplo, cerca de 8,5% do peso do
algodão e 14% do peso da viscose é composto por água, entre outras. Já as fibras
sintéticas absorvem menos umidade: no poliéster, por exemplo, só 0,4% de seu
peso é composto por água”. Fonte:Sérgio Ferreira Bastos (SENAI/CETIQT).
Linho: fibra natural de origem vegetal procedente do talo do linho, tem como
principal característica, o aspecto rústico, o que natural de sua fibra quando
combinado com a viscose torna-se bastante favorável ao processo de tingimento.
O linho é uma fibra bastante forte. Os tecidos de linho são duráveis e fáceis de
serem submetidos a certos trabalhos de manutenção, tais como a lavagem.
Quando molhados, a resistência dos mesmos pode ser 20% superior ao mesmo
tecido em estado normal. As fibras de linho têm aparência lustrosa. Este elevado
"brilho" natural é proporcionado pela remoção de ceras e outros materiais.
As fibras de linho não "encolhem" nem "alongam’. Os tecidos, assim como os dele
feitos,também estão sujeitos a estas situações.
Características: muito resistente e confortável; lava-se com facilidade; não
encolhe; bom condutor de calor;amarrota com facilidade; atacado por fungos;
queima com facilidade; Limite de umidade: 12%.
Aplicações: confecção, cortinas, rouparia doméstica, lenços, etc.
- Gauge exprime o número de agulhas por duas polegadas, sendo mais usual para
máquinas Raschel.
A finura da máquina limita a titulagem do fio a ser utilizado, assim como influencia
o aspecto geral do tecido.
Máquina de Costura: máquina projetada para unir pedaços de tecido ou pele com
laçadas ou pontos de cadeia (ver Têxteis).
A laçada utiliza dois fios de linha e o ponto de cadeia apenas um.
A maioria das máquinas de costura modernas utiliza dois fios separados para
formar uma laçada. O fio superior passa através de um buraco situado na ponta
da agulha. O fio inferior sai de uma bobina ou carretel e une-se ao fio superior,
enlaçando-se ou retorcendo-se, com o movimento horizontal ou rotativo da bobina.
Além de vários modelos de máquinas domésticas, há cerca de 2 mil tipos
diferentes de máquinas de costura industriais.
Tanto as domésticas quanto as industriais estão equipadas com
microprocessadores para executar seqüências automáticas de operação.
Abaixo alguns tipos de máquinas de costura industriais:
Micro Modal: fibra composta de 100% da mais pura celulose (o liocel). Micro
Modal corresponde a todas exigências humanas e ecológicas e é produzida
exclusivamente a partir de celulose tratada sem cloro. Micro Modal não contem
concentrações de substâncias nocivas, é livre de pesticidas e não causa irritações
cutâneas. Tecido de alta maciez, brilho, caimento e transpira quase 50% da
umidade. Na coleção, a fibra é utilizada juntamente com o Algodão para elaborar
malhas para os artigos underwear, uma vez que provoca a sensação de conforto e
maciez altíssimos para um vestuário íntimo e que fica em contato constante com a
pele humana.
Moletom: estrutura de malha de lã, macia, quente, flanelada dos 2 lados, usada
para vestidos e estofamento. Seu entrelaçamento é feito de tal forma que os fios
da malha, no interior, fiquem flutuantes, ou seja, aliado a um processo de
peluciagem ele oferece maior aquecimento do corpo não deixando que o calor se
transporte para fora do corpo.
Musseline ( Musselina ou Mousseline): tecido muito leve e transparente, com
toque macio e fluido, desenho tafetá, fios de seda (de acetato, viscose, lã ou
algodão, poliéster, poliamida), com torções elevadas. Em geral o tecido é cru (ou
com seda tinta em cru), com vários acabamentos, conforme a qualidade da
musseline. Algumas musselines são chamadas de Crepe Chiffon ou Crepe Hi
Multi Chiffon.
Organsin: Fio de seda tinto, com torção fantasia, especial e muito resistente, para
ser utilizado no urdume. Esta torção se baseia no seguinte processo: Primeira
torção (seda) - 500 a 600 v/m; Segunda torção é sempre contrária à primeira e
100 voltas a menos. Depois, esta torção foi muito utilizada para o Acetato 35 e 45
den. e para Viscose, sempre a partir de fio tinto. Em geral ela é sempre a 2 cabos.
Fio utilizado para artigos de alta costura, principalmente para jacquard, gravatas,
Cetim Duchese e qualquer tecido de luxo com fio tinto.
Ottoman: tecido com desenho tafetá, cuja trama é muito grossa, para formar um
aspecto cotelê. Em geral urdume de seda e raion, trama - lã ou algodão, com
diversos cabos. O desenho é semelhante ao gros de tours, ou seja: tafetá com 3/4
tramas, muito utilizado para o fundo dos jacquards.
Ourela: orla de uma peça de tecido enfestado. As ourelas seguram a trama nos
retornos da lançadeira de um para outro lado. Geralmente elas são feitas com
densidades em dobro do que o próprio fundo do tecido ou fios retorcidos. Estas
ourelas servem, também, no acabamento do tecido quando o mesmo é passado
na rama, onde este é segurado pelas ourelas, por isto a largura das ourelas deve
ser de aproximadamente 1 cm, especialmente quando se trata de tecido médio ou
pesado.
A ourela apresenta a qualidade do trabalho na tecelagem e é vista como
referência da empresa. Muitas vezes colocam-se, também, alguns fios coloridos.
Panamá ("Natté"): ligamento tafetá com 2 fios / 2 batidas ou 3x3, 4x4. Nome
também de tipo de tecido de algodão, de seda artificial ou de fibra sintética, macio,
encorpado e lustroso, especialmente usado para ternos de verão, costumes de
senhora e calças compridas.
Pelúcia: variedade de veludo, com pêlos mais compridos. Dois tipos: Pêlo vertical
(de pé) ou deitado, freqüentemente destinados a imitar a pele de vários animais.
Utilizado para estofamento, vestidos, mantôs, brinquedos, etc. Ver: Pelúcia
Importada Selvagem
Percal: tecido leve de algodão, ligamento tafetá, muito denso mas fino, utilizado
principalmente para confecção de lençois e fronhas.
Pied de Poule (Pé de Galinha) tecido com pequenos efeitos geométricos brancos
e coloridos. Urdume: dois fios brancos, dois fios coloridos; Trama: duas batidas
brancas,duas batidas coloridas. ligamento tafetá. O Pied de Poule faz parte dos
desenhos ópticos, obtidos a partir da combinação dos efeitos desenho/cor. As
matérias-primas podem ser de qualquer natureza, conforme o estilo procurado
(algodão, lã, seda, etc.).
Piquet: tecido jacquard onde o efeito Piquet produz um aspecto "costura" ao redor
dos motivos.
Muito utilizado para os cloquê e os matelassê para aumentar o efeito de alto-
relevo. Atualmente muito empregado para os tecidos matelassê de algodão
maquinetado.
Plissado ou Plissê: série de pregas feitas num tecido, em geral com máquina
própria para marcá-las e que, graças à ação do calor, não se desmancham.
Poá: qualquer tipo de tecido com estampado com bolinhas. Em francês "Pois".
Rami: o rami é uma planta perene, isto é, de cultura permanente, que pode
produzir , sem renovação, por cerca de 20 anos. A planta apresenta uma cepa de
onde partem as hastes que podem atingir, em terrenos apropriados, entre 2 e 3
metros de altura. Permite , em média, 3 a 4 cortes por ano.
Se destaca por sua grande aplicação em tecidos para vestuário e para artigos de
decoração.É clara e brilhante.
Seus fios podem ser tão fortes quanto os do linho. A fibra é bastante durável, mas
tende a perder elasticidade.
Absorve água com muita rapidez e aumenta seu resistência em cerca de 25%
quando molhado, o que torna os tecidos de fácil lavagem e de rápida secagem.
Além de ser bastante resistente, o rami apresenta a vantagem de ser uma fibra
longa ( 150 a 200 cm). As excepcionais qualidades têxteis do rami são
completadas por seu aspecto leve e fresco, capaz de absorver a transpiração
corporal.
Os tecidos de rami retêm a cor dos corantes comerciais mais do que qualquer
outra fibra vegetal.
Substitui o cânhamo e outras matérias-primas na fabricação de cordas e
barbantes, sendo preferido em função de sua resistência tensil para os seguintes
fins: barbantes para a indústria de calçados, linhas de costura, etc.
Renda: estofo de malhas abertas e contextura em geral delicada, cujos fios (de
algodão, poliéster, juta etc.), trabalhados à mão ou à máquina, se entrelaçam
formando desenhos, e que é usado para guarnecer ou confeccionar peças de
vestuário, cortinas, roupa de cama e mesa, etc.
Resiliência: energia que pode ser acumulada pela fibra sem que a mesma se
deforme, ou seja a fibra volta a forma inicial após cessar a força que causou a
deformação.
Ribana: Tipo de malha com estrutura feita em teares de dupla frontura, ou seja,
uma face da malha é diferente da outra. Estas faces podem ser trabalhadas ou
lisas, proporcionam um alto alongamento e elasticidade capacitando desta
maneira que o tecido se molde e acompanhe os movimentos do corpo, muito
utilizada para acabamentos de golas e punhos, é também conhecida como "Malha
Sanfonada".
Risca de Giz: Tecido com listras finas, geralmente de cores claras sobre fundo
escuro.
2) Tecido: tecido que usa este tipo de ligamento de seda, lã, ou algodão, e que
apresenta estrias no sentido diagonal.
Saturado: em química diz-se de composto orgânico cuja estrutura molecular
apresenta apenas ligações simples.
A) Histórico: Conforme vários livros antigos, a China foi o berço da seda natural.
Foi descoberta pela imperatriz Si-Lung-Schi, há aproximadamente 1800/2000 a.C.
(época do nascimento de Moisés). Depois a seda começou a viajar através da
Europa, passando pela Turquia, Grécia, Itália, Espanha, etc., para terminar na
França (Louis XI, em 1466). Atualmente os principais produtores de seda são:
China, Japão, Brasil, Coréia.
Seda Artificial: fios artificiais feitos a partir de produtos naturais, mas com
processo mecânico. De modo geral, trata-se dos fios acetato e viscose, que
entraram no mercado internacional antes dos fios sintéticos, derivados da
petroquímica. Foram inventados vários fios artificiais, dos quais sobram dois,
ainda muito utilizados: acetato e viscose, os dois a base de Celulose. No início foi
também utilizada a palavra "Rayonne" (Raiom), para nomear estes dois fios.
Shantung: nome derivado de Chan-Tung, cidade da China, produtora de seda
selvagem, sendo que o termo é utilizado atualmente para qualquer tecido grosso
de aspecto irregular. Aplicações mais comuns: Coletes, blazers. vestidos que
exijam certa estrutura, gravatas, .camisas sóbrias, ternos, paletós, bolsas, forração
de sapatos, almofadas, estofamentos, forros de cadeira, poltronas e sofás,
cortinas pesadas, biombos.
Stretch: palavra inglesa que significa esticar. É aplicável a tecido com elasticidade
obtida através de filamentos de poliéster texturizado ou de fibras.
Suplex ®: fibra DuPont Sudamerica S/A é indicado para tecidos esportivos, visto
que alia as propriedades das malhas de algodão, confere maciez e flexibilidade a
peças confeccionadas, em adição a durabilidade e resistência do nylon
(poliamida). Devido ao sistema de texturização a ar, desenvolve um toque
parecido com o do algodão, aliado a vantagens das fibras sintéticas. Tecido que
proporciona conforto, resistência, caimento e possui uma secagem relativamente
mais rápida que outros tecidos.
Tear: máquina usada para fabricar tecidos com linho e outras fibras. Fabrica-se
um tecido em um tear, entrelaçando dois conjuntos de fios dispostos em ângulo
reto. Os fios longitudinais chamam-se urdidura e os transversais, trama.
Com exceção da seda, todas as fibras naturais têm um comprimento limitado e,
por isso, precisam ser enoveladas para formar fios que possam ser tecidos.
A fabricação de tecidos exige vários passos. Inicialmente, as fibras da urdidura
são colocadas no tear e tensionadas, formando uma superfície de fios paralelos
muito próximos. Em um tecido simples, levanta-se um fio sim, outro não, e um
dispositivo chamado lançadeira passa um fio da trama pelo buraco.
Posteriormente, um pente aperta o fio da trama contra o da trama anterior para
formar um tecido compacto. O tear manual é montado sobre um bastidor, que dá o
suporte necessário para sustentar as peças móveis. O primeiro passo para a
mecanização do tear foi a lançadeira volante, patenteada em 1733 pelo inventor
britânico John Kay. Consistia num mecanismo de alavancas que empurrava a
lançadeira por uma pista.
Existem os seguintes tipos de teares:
- Abertura da cala;
- Inserção da trama;
- Batida do pente
Para formar um tecido no tear, somos obrigados a formar uma cala. Para
conseguir lançar uma trama somos obrigados, através de liços, excêntricos e
outros meios, dividir os fios de urdume e, conforme o desenho, criar a ligação. Os
fios de urdume levantados são denominados cala de cima e os fios abaixados,
cala de baixo. Dentro desta cala lança-se o fio de trama através de uma lançadeira
que possui uma espula na qual foi enrolado fio de trama. Esta lançadeira vai de
um lado para o outro atravessando a cala e deposita aí a trama. Posteriormente
esta trama é empurrada pelo pente para frente encostando-a no tecido já formado.
Após cada trama lançada forma-se uma nova cala. Conforme o desenho os fios
levantados e abaixados mudam. Nos retornos da lançadeira de um para outro
lado, as ourelas seguram a trama.
5. Tecidos Especiais: são aqueles obtidos por processos dos quais resulta
uma estrutura mista de tecido comum, malha e não-tecido ou ainda, como
resultante de soluções de polímero de fibras aplicadas ao tecido. Exemplo:
laminados, malinos, filmes e outros.
1. Tecidos Crus: são tecidos que não sofrem acabamento a úmido após o
tecimento. Apresentam-se como saíram das máquinas de tecer.
2. Tecidos Alvejados: são aqueles submetidos ao processo de
alvejamento/branqueamento. Alguns fios coloridos presentes (tecidos
listrados ou de xadrez) permanecem em sua cor original.
3. Tecidos Tintos: são tecidos que por meio de processos a úmido, recebem
uma coloração única em toda sua extensão.
4. Tecidos Mesclados: são obtidos pela mistura de fibras ou de fios de
diferentes colorações dispostos de forma irregular, sem formar padrões
definidos.
5. Tecidos Listrados: podem ser listrados somente por urdimento, somente
por tramas ou obtidos pela combinação dos dois (xadrezes).
6. Tecidos Estampados: são aqueles que apresentam desenhos obtidos por
meio da aplicação de corantes em áreas específicas.
Tela: denominação para qualquer tecido com desenho tafetá, confeccionado com
fios de origem vegetal (algodão, linho, juta, rami, cânhamo), denominação
atualmente utilizada para muitos tecidos com desenho em tafetá, cujo aspecto é
rústico. Também conhecida como construção de ligação do tecido plano,
caracterizada pela simetria da distribuição dos fios na proporção 1 fio por 1 fio
(entre urdume e trama). Esta construção em tela plana proporciona uma superfície
plana e regular. (Ver ligamento tafetá).
Têxteis: termo genérico aplicado originalmente a tecidos, mas que é utilizado hoje
também para filamentos e fios sintéticos, bem como para os materiais tecidos,
fiados, acolchoados, com feltro, trançados, unidos, rendados, bordados, que se
fabricam a partir dos mesmos. Também se usa para materiais não tecidos
produzidos através da união mecânica ou química de fibras.
A expressão fibras têxteis se refere àquelas que podem ser fiadas, ou utilizadas
para fabricar tecidos através da tecelagem, trançado ou com feltro. No antigo
Egito, os primeiros têxteis eram feitos com linho; na Índia, Peru e Camboja, com
algodão; na Europa meridional, com lã e, na China, com seda. Ver Fibra. No
século XX teve início a produção artificial de fibras, como o raiom, conhecido no
princípio como seda artificial. O náilon foi introduzido na década de 1930. Essa
fibra, mais resistente que a seda, é amplamente usada na confecção de roupas de
vestir, calçados, tecidos de pára-quedas e cordas. Depois de 1940, muitas outras
fibras sintéticas alcançaram importância na indústria têxtil, como o poliéster (às
vezes chamado dacron), o polivinil, o polietileno e o acrílico.
A primeira etapa na fabricação de têxteis é a produção da matéria-prima: plantas,
animais ou produção química de fibras; depois, vem a fiação (a transformação das
fibras em fios) e a utilização dos fios para fazer o tecido. Após o tingimento e o
acabamento, o material é vendido diretamente a um fabricante de produtos têxteis,
ou a um varejista, que o vende a particulares para que confeccionem peças de
vestuário ou roupas de cama, mesa e banho, bem como cortinas e tapeçarias.
Para tecer, utiliza-se o tear e os conjuntos de fios, denominados respectivamente
urdidor (ou pé) e trama. Os fios do urdidor passam em volta do tear, enquanto os
da trama vão em direção transversal. A lançadeira, uma das peças do tear,
entrelaça os fios da trama perpendicularmente com a urdidura. Os têxteis são
utilizados também em produtos industriais como filtros para condicionadores de ar,
barcos salva-vidas, capas, pneus de automóveis, piscinas, cascos de segurança
ou ventiladores de minas.
1. Sistema Direto: Este sistema tem a massa (em gramas) por comprimento
(em metros) de fio, diretamente proporcional à sua “espessura”, ou seja,
pode-se afirmar que quanto maior é a massa por comprimento de fio, mais
“espesso” ele é, e por isto são conhecidos por sistemas diretos de titulação,
o que não significa que o titulo seja diretamente proporcional ao seu
diâmetro.
2. Sistema Indireto:O sistema indireto de titulação toma como base à massa
fixa e o comprimento variável. Neste caso o número do fio é indiretamente
proporcional a sua “espessura”.
Torção: é o numero de voltas dado ao fio em torno do seu próprio eixo. Este
processo é feito para dar ao fio para dar coesão às fibras e conseqüentemente a
resistência.
Trama: conjunto dos fios passados no sentido transversal do tear, entre os fios da
urdidura com auxilio de uma agulha ( também denominada navete). A trama é
passada entre os fios da urdidura, por uma abertura denominada cala.
Tussor: tecido leve feito com uma variedade de fio de seda natural da Índia e
depois da China, chamada de "Tussah". A lagarta que produz esta seda come
somente a folha do carvalho. Esta seda é grossa, rígida e muito brilhante.
4. Veludo de Lyon (Velours au Sabre): Veludo feito a mão e por isso muito
caro e atualmente não utilizado.
No início se fabrica um tecido (em geral de seda), cetim de 12, com pontos
de ligação duplos e com um segundo rolo de urdume, trabalhando somente
em tafetá (proporção 2/1, 4/1). Depois o tecido é estampado ou desenhado
a lápis. Nestes lugares um artesão corta a mão, com uma pequena faca,
todas as flutuações do cetim, formando os pêlos do veludo. Tecido
destinado a alta costura.
5. Pelúcia : Veludo comum, tipo dupla peça, mas com pêlos muito compridos
e destinados a imitar os pêlos de vários animais (Existem 2 tipos: pêlos em
pé e pêlos deitados).
Viscose: fibra artificial obtido a partir da "Viscose", que é uma solução viscosa
obtida pelo tratamento de celulose, de grande importância industrial,
especialmente no fabrico do raiom , do acetato e do celofane, os fios e fibras de
viscose são semelhantes ao algodão em absorção de umidade e resistência à
tração; apresentam toque suave e macio e um caimento comparável ao do
algodão. A viscose pode ser utilizada pura ou em combinação com outras fibras,
nas mais diferentes proporções e tipos de misturas, e os tecidos com ela
produzidos atingem todos os segmentos do mercado têxtil: tecidos planos,
malhas, cama, mesa, banho, bordados e linhas. Embora os tecidos de viscose
sejam bastante requisitados por confeccionistas de moda, a produção destas
fibras não tem grandes perspectivas de crescimento a nível mundial, em razão dos
altos custos ambientais inerentes à sua produção.
Este nome é também atribuído a tecidos feitos com esta fibra.
Características:macia e agradável para o verão; absorve bem a umidade e a
transpiração; resiste bem à luz e às traças; torna-se pouco resistente quando
molhada; encolhe e amarrota com facilidade; sensível ao ácido acético; amarela e
desbota com a transpiração; queima com facilidade. Ver: Viscose Lisa.
Voile, Voil ou Voal: tecido tipo musseline, mais pesado produzido com fios muito
finos ( porém mais grossos que o da Musseline) altamente torcidos e com baixa
densidade, resultando numa aparência fluida, leve e transparente. Muito usado
para cortinas. Conhecido também com o nome aportuguesado "Voal", uma
corruptela Francesa da palavra italiana Vela. Denominação também usada
atualmente para tecido de cortina tecida, de poliéster ou poliamida, leve e
transparente. Ver: Voil (Escaline).