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Em homenagem ao
Dia Internacional da Mulher, veja
entrevista com a fonoaudióloga,
jornalista, e atriz Lia Mara, que faz
uma participação muito especial em
Jardim das Folhas Sagradas. Mais...
Jardim das Folhas Sagradas está Veja entrevista (vídeo) com o antropólogo
em fase de finalização. O filme Raul Lody, roteirista do vídeo Axé do
fica pronto em março e a Acarajé e consultor do filme Jardim das
previsão de lançamento é Folhas Sagradas.
para o segundo semestre de
2009.
Veja entrevista com
o diretor Pola Ribeiro
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/index.htm[27/04/2009 19:53:11]
Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/index.htm[27/04/2009 19:53:11]
Jardim das Folhas Sagradas
"Osonyin alawo wa, sawure pipé Orisa ewé.
Osonyin alawo wa, sawure pipé Orisa ewé"
("Ossain é nosso sacerdote, faça-nos o encanto
Que nos traga boa sorte em sua totalidade,
Ó orixá das folhas")
Sinopse
"Nas sociedades africanas pré-colonias, de uma maneira geral, não existe distinção
entre sociedade e natureza. Tudo está untado, melado, sujo, emporcalhado do
sagrado, tudo é natureza. Não há distinção. Até na organização social, na qual o
poder político se confunde com o poder emanado do universo sagrado." (Julio
Braga)
O segredo é um preceito sagrado nos cultos afro-brasileiros, estando associado aos
ritos iniciáticos que vão, aos poucos, revelando para os adeptos desse sistema de
crenças, a cosmogonia do candomblé.
Não abordar o segredo e, ao mesmo tempo, não sonegar a informação. Esse é o
desafio! Sempre tendo o cuidado para não revelar os fundamentos secretos do
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/pce.htm[27/04/2009 19:55:02]
Jardim das Folhas Sagradas
candomblé, reservados apenas aos iniciados, um dos mais originais aspectos dessa
religião.
Permeando toda a narrativa, como eixo estrutural, a história de Lívia Ferreira, mãe-
de-santo em formação, que aos vinte e dois anos, faixa preta de karatê (2º Dan),
encontra-se no processo de assumir sua casa, sua roça, seu axé. Motivo de "fuxico"
para o público interno (também uma forma de aprendizado) e verdadeira
preciosidade para o público fora do culto, que vai se confrontar com a motivação,
com a ação pré-instalação de uma casa-de-santo. Um terreiro de Iansã, com a
representação de todos os orixás. Ilê Axé!
Tratar a trama com seriedade e carinho, pelo amor com que Lívia encara suas
responsabilidades. Ouve e sabe o quanto é grave e severa a não observância dos
preceitos. A necessidade de liderar e impor sua autoridade com intensidade total e
entrega absoluta, ciente do dever de respeitar com rigor e precisão as tradições.
A comunicação de Lívia, o que muda, como age na relação com os seus "filhos". O
candomblé reverencia a ancestralidade, o princípio da senioridade, o ensinamento
dos mais velhos. Lívia é o contraponto. O saber vem no momento de aprender, na
obediência, na hierarquia, no movimento cotidiano em seus mínimos detalhes: o
comportamento nos rituais, as formas de servir, de se trajar, de dançar, de comer...
"Religião é cultura. A religião estática perecerá. Como sinal dos tempos, não é mais
possível a prática da crença Orixá sem reflexões, estudos e entrosamentos.Não
podemos ficar confinados no Axé. A tradição somente oral é difícil. Os Olorixá têm
que se alfabetizar, adquirir instrução, para não passar pelo dissabor de dizer sim à
própria sentença". (Mãe Stella)
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/pce.htm[27/04/2009 19:55:02]
Jardim das Folhas Sagradas
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Jardim das Folhas Sagradas
Parceiros
- Brisa Restaurante
- Infosol
- Jorge Portugal
- Programa Aprovado!
- Kofre
- Lava Max Lavanderia Industrial
- LM Transportes
- Lazzo Matumbi
- Physio Pilates
- Restaurante Nirá
Cultura Afro-Brasileira
Órgãos Oficiais
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Jardim das Folhas Sagradas
- Fundação Cultural Palmares
Terreiros
- Ilê Axé Opô Afonjá
Websites diversos
Ecologia
Órgãos Oficiais
- Ibama
Websites diversos
- Recicláveis
- Recicloteca.org.br
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Jardim das Folhas Sagradas
- Portal do Meio-Ambiente
- Ambiente Ecológico
- Brasil Sustentável
- EcoDebate
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Jardim das Folhas Sagradas
Entrevista com Lia Mara
Atriz, jornalista, fonoaudióloga, Lia Mara é muito conhecida e querida entre
os artistas baianos, que entregam suas vozes nas competentes mãos dela.
No filme Jardim das Folhas Sagradas fez uma participação pra lá de
especial. Segundo o diretor Pola Ribeiro foi uma participação das mais
importantes. Ela tem o simbólico do personagem. Como ele, Lia quer mudar
o mundo".
Leia a entrevista com Lia Mara sobre o trabalho dela no longa.
Como foi feito o convite para sua participação no filme?
Pola quando ligou disse que eu ia ler um texto de 2 ou 3 minutos, uma coisa
pequena, uma coisa "rapidinha".
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_024.htm[27/04/2009 19:55:08]
Jardim das Folhas Sagradas
a pulsação do texto. Contei com a ajuda de Mãe Estela, que conversou uma tarde
inteira comigo sobre a propriedade - adequação dos sons e palavras do texto. Eu
gravei no mesmo local onde a cena do filme foi feita depois. Embaixo de uma
árvore, debaixo de chuvarada. Pensei qual era o significado daquela árvore em
nossa ancestralidade. Falei com o Márcio Meirelles, que fez a preparação do elenco
do filme. Na horinha de gravar perguntei a Márcio - qual a idade de voz e emoção
pra eu dizer "você sumiu". "Ele disse, com aquele jeito de menino, pois é, você
mesmo some e quando aparece mãe Estela não fica perguntando, porque você
sumiu". Ele me deu um toque e consegui fazer a cena - adequando a emoção e
imagem vocal - a partir daquele toque. Síntese - acolhimento.
Além das aulas e da conversa com mãe Estela, teve também o figurino de
mãe de santo pra fazer a cena.
A segunda pele de um personagem é a roupa. Fui vestida porque para fazer a voz
tem que construir o personagem, estar inserida dentro do momento de vida dele.
Uma vez fui gravar numa emissora e me deram um paletó para fazer personagem
surfista. Me sentia estranha, dividida. Em cima de um jeito e embaixo de outro.
Me senti mal como se estivesse mascarada. Eu não queria imitar o surfista, o
propósito era assumir o surfista.
Um outro episódio que aconteceu comigo. Uma mãe de santo perdeu a voz e me
procurou. Quando ela entrou estava com a roupa de mãe de santo, enorme. Eu
não conseguia sentir a respiração dela com aquela roupa toda. Precisava tratar a
pessoa, não a mãe de santo. Pedi pra ela vestir roupa de passeio e não de ritual,
e consegui encontrar a razão da perda de voz. Depois que encontrei a voz
orgânica, ela recuperou a voz como pessoa e voltou a se vestir com a roupa do
ritual. Foi muito bonito porque ela recebeu o santo e transitou pela casa com a voz
recuperada. A liberdade de expressão preservadas a partir da essência.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_024.htm[27/04/2009 19:55:08]
Jardim das Folhas Sagradas
Ajude a divulgar o filme Jardim das Folhas Sagradas. Utilize os banners em sites,
blogs. Em breve teremos outras peças de divulgação.
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http://www.jardimdasfolhassagradas.com/midia_div.htm[27/04/2009 19:55:10]
Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/midia_div.htm[27/04/2009 19:55:10]
Jardim das Folhas Sagradas
Chegou a hora!
Prestes a definir a data de lançamento de
Jardim das Folhas Sagradas, o cineasta Pola Ribeiro faz
um balanço do processo de realização do filme,
e fala sobre a estratégia de divulgação montada
para o seu primeiro longa-metragem.
Quando Jardim das Folhas Sagradas vai chegar às telas?
Em 2009. Vamos definir quem será nosso parceiro na distribuição nos próximos dias
e logo teremos uma data. A atividade audiovisual se intensificou, mas o cinema
brasileiro passa invisível pelas salas. A comunicação é fraca, conservadora. É
restritiva, não atinge as pessoas que deveria atingir. Tenho a responsabilidade de
informar e criar nessas pessoas o desejo de ver o filme. Queremos desenvolver uma
estratégia de comunicação para o público que não têm o hábito de ir ao cinema.
Então, como primeiro passo, quero tocar estas pessoas. Criar através do site, uma
camada de interesse que vá se expandindo.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_021.htm[27/04/2009 19:55:13]
Jardim das Folhas Sagradas
A história com Godi é um processo longo. Meu desejo de tê-lo como protagonista
vem desde o primeiro momento em que pensei em fazer o filme.
E ele se dôou de maneira extraordinária. Nos permitiu cortar os dreadlocks de seu
cabelo, fez um ritual religioso para isso porque entendeu que esse gesto, de fato,
iria somar muito para a composição do personagem. O que acabou gerando,
inclusive, uma música que o Jorge Papapá fez.
Com isso, passei 2007 sem tocar no filme, apenas decantando e acertando arestas.
Retomamos, em 2008, com o processo de montagem e finalização com esse delay
de 2007. Mas agora o processo caminha normal, fizemos um teste de audiência no
mês de maio, em Brasília, com resultado bem satisfatório. Em seguida, o Estúdio
Base finalizou a mixagem de som, fizemos as correções de cor na Teleimage,
agora, estamos produzindo as computações gráficas e a Cinecolor trabalha no teste
de cópia.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_021.htm[27/04/2009 19:55:13]
Jardim das Folhas Sagradas
A pesquisa não parou quando fomos para o set, o filme foi se enriquecendo de
informações. Não foi à toa que partimos para a produção de um documentário
sobre o assunto, interprogramas de TV e acumulamos 100 horas de making of.
Esperamos passar a dignidade que se estabelece nessa relação. Pedimos agô o
tempo inteiro e está chegando a hora de devolver ao público imagens que são a
comunicação deste conhecimento.
Harildo Deda
Agora, com o filme quase pronto, você pode avaliar se o enredo mudou
muito em relação ao argumento inicial?
João Miguel estourou com vários filmes e prêmios, o elenco do Olodum via
Ó Pai Ó estreou com sucesso nos cinemas e emplacou um seriado na
Globo. Você considera bom ou ruim o fato de o elenco ter adquirido
visibilidade ao longo desses dois anos?
Como o ator principal, embora veterano no meio teatral, é um rosto novo na tela,
considero essa visibilidade importante. Engrandece, é bacana, não chega a ser um
excesso. E o ator principal está resguardado. Rostos conhecidos aproximam, não
criam distância. E, no filme, eu diria que cada personagem se sobrepôs ao ator.
Aproveito para lembrar também da visibilidade das estrelas da música que estão
atuando no elenco de Jardim – Mariene de Castro, Virgínia Rodrigues, Lazzo.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_021.htm[27/04/2009 19:55:13]
Jardim das Folhas Sagradas
organizados ligados ao tema reagiram com uma aceitação bem bacana. Simulamos
um 20 de Novembro na Ladeira do Curuzu, reduto do Ilê, e reunimos grupos que
tradicionalmente se opõem dentro do movimento negro. Eram duas mil pessoas
caminhando, integrantes de vários blocos carnavalescos, como Olodum e Os
Negões, de grupos como o MNU (Movimento Negro Unificado) e Unegro. Isso deu
solidez ao projeto. Foi aí que percebi que estávamos fazendo um filme maior que a
gente.
Como vai conciliar o cargo de diretor do Irdeb com a tarefa de divulgar
Jardim das Folhas Sagradas?
É um momento de grande exposição, mas cinema, por outro lado, envolve muita
gente mesmo e também recursos públicos. Queremos implementar maneiras de dar
esse retorno à sociedade, criar a oportunidade de o público ver o filme.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_021.htm[27/04/2009 19:55:13]
Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_021.htm[27/04/2009 19:55:13]
Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/2005/port.html[27/04/2009 19:55:17]
Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/2005/esp.html[27/04/2009 19:55:19]
Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/2005/eng.html[27/04/2009 19:55:22]
Jardim das Folhas Sagradas
Axé do Acarajé
Axé do Acarajé documenta o registro do ofício das baianas de acarajé como bem
cultural imaterial do Brasil. O documentário mostra o mito, as crenças, a
importância econômica para a Bahia da "bola de fogo" - significado da palavra
"acarajé" em Iorubá. O acarajé chegou ao Brasil através dos escravos africanos.
É um alimento sagrado, oferecido a Iansã, que se popularizou nas ruas de
Salvador.
O vídeo, dirigido por Pola Ribeiro, foi uma encomenda da Fundação Palmares.
O antropólogo Raul Lody, roteirista do vídeo, participou depois do processo de
filmagem de Jardim das Folhas Sagradas. Segundo Pola,a realização de Axé do
Acarajé propiciou investir e desenvolver a pesquisa do longa e contribuiu para
construir o universo do filme.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_023.htm[27/04/2009 19:55:24]
Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_023.htm[27/04/2009 19:55:24]
Jardim das Folhas Sagradas
04 dez 07 - Romenildo
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/noticias.htm[27/04/2009 19:55:26]
Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/noticias.htm[27/04/2009 19:55:26]
Jardim das Folhas Sagradas
Montando Jardim
Responsável pela montagem, Marcos Póvoas virou noites e noites diante do
Final Cut, mas está satisfeito com o resultado do primeiro corte do filme
Depois de algum tempo de recesso, a boa-nova: o primeiro corte de Jardim das
Folhas Sagradas está pronto e será exibido nesta terça-feira (6/5), durante um
teste de audiência, em Brasília, organizado pela Asacine Produções e pelo Espaço
Caixa Cultural. O processo de montagem pegou embalo no final de fevereiro e
consumiu mais de dois meses de trabalho de Marcos Póvoas. Montador de curtas
conhecidos do circuito baiano (Cega Seca, Vermelho Rubro do Céu da Boca), Póvoas
marca sua estréia em longas refazendo, diante da moviola, a saga do personagem
Bonfim. Na verdade, como praticamente qualquer filme hoje em dia, Jardim das
Folhas Sagradas foi montado em um Final Cut básico, a partir do material
telecinado em baixa resolução pela TeleImage.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_020.htm[27/04/2009 19:55:29]
Jardim das Folhas Sagradas
Foram semanas e semanas seguidas de dedicação exclusiva, muitas vezes entrando
pela madrugada, conforme o relato de um aliviado Marcos Póvoas, ou simplesmente
Kiko, para os mais chegados. Ele conta que recebeu uma única instrução do diretor
Pola Ribeiro, seguir o roteiro. “Isso significa que trabalhei tendo como base uma
adaptação do roteiro a partir do que foi filmado (já que todo roteiro, como se sabe,
é apenas um ponto de partida para o que, de fato, será filmado)”, diz o montador.
“Outra coisa que resolvemos, logo no início, foi nunca voltar. Só dei um play geral
quando cheguei na última seqüência”. Por que, Kiko? “Porque precisávamos ter
uma noção do todo, e devo dizer que o resultado teve um efeito, um impacto, que
achei bem curioso. No curta, rapidinho você chega nessa fase, então para mim foi
um exercício.” E quais as seqüências mais complicadas? “De um modo geral,
todas”, despista Póvoas, tentando esconder o jogo.
Mas, ante a insistência, ele abre um pouco: “as mais complicadas foram as cenas
quase documentais que fizemos da caminhada do 20 de novembro no Curuzu, às
vezes eu levava horas para selecionar dez segundos de imagem.” Agora, Eduardo
Airosa, à frente do Estúdio Base, e o músico Pedro Augusto Dias, vão encarar cada
um a sua missão. O primeiro, a edição de som, e o segundo, a trilha sonora. E o
público vai poder conferir tudo isso a partir de novembro, mês previsto para a
estréia de Jardim das Folhas Sagradas.
JFS, 5/5/2008
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_020.htm[27/04/2009 19:55:29]
Jardim das Folhas Sagradas
O trailer do Jardim
Intriga política, romance, magia, mistério e drama.
Jardim das Folhas Sagradas está em fase de finalização. O filme fica pronto em
Março e a previsão de lançamento é para o segundo semestre de 2009.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_022.htm[27/04/2009 19:55:31]
Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_022.htm[27/04/2009 19:55:31]
Jardim das Folhas Sagradas
Romenildo Borges (*1959 +2007)
Romenildo,
A você, que sempre foi um atleta no set, nossa saudade.
Com a amizade de sempre,
Equipe Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_017.htm[27/04/2009 19:55:33]
Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_017.htm[27/04/2009 19:55:33]
Jardim das Folhas Sagradas
Entrevista com Pola Ribeiro
Nesta entrevista, Pola Ribeiro dá as coordenadas de Jardim das Folhas
Sagradas até o lançamento do filme, em julho de 2007, faz seu balanço
sobre produção, elenco e anuncia Pau Brasil, o próximo longa-metragem de
sua produtora, a Studio Brasil, que começa a ser rodado no dia 14 de
novembro.
Como diretor do filme, que avaliação você faria de Jardim das Folhas
Sagradas no estágio atual?
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_016.htm[27/04/2009 19:55:35]
Jardim das Folhas Sagradas
Agora, me sinto outro, outra pessoa. A gente faz o filme, mas o filme também faz
a gente. Ainda mais numa produção com 60 atores, 1000 figurantes e 80
profissionais na equipe técnica. E é com esse handcap que parto para fazer a
captação do restante dos recursos. Se eu estivesse só montando agora, teria que
passar janeiro e fevereiro em busca de patrocínio.
De onde veio a primeira parte dos recursos financeiros?
Os 50% de recursos captados são de três grandes estatais: temos, via concurso
público, a BR Distribuidora e o BNDES e temos, via FazCultura, a Chesf. Portanto
nosso foco é manter diálogo com grandes empresas que, de alguma maneira,
tenham sintonia com o projeto e satisfação em investir.
E os outros projetos de sua produtora?
A Studio Brasil vai filmar a partir de 14 de novembro o longa metragem Pau Brasil,
de Fernando Bélens. É momento de torcermos para que tudo dê certo com essa
produção que está sediada em Cachoeira, cidade que tem no audiovisual uma
vocação histórica, com os seus cenários, grandes filmes realizados e a própria
mobilização de intelectuais, artistas e a própria comunidade local.
Não estamos captando apenas para Jardim, mas também para Pau Brasil. Não
existe Jardim das Folhas Sagradas sem Pau Brasil, os dois têm que caminhar
juntos. São produzidos pela mesma empresa e têm que ser geridos com a mesma
responsabilidade e prazer.
Não é o grande desafio envolver-se com
dois longas? Qual a sua relação com Pau
Brasil?
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_016.htm[27/04/2009 19:55:35]
Jardim das Folhas Sagradas
Do mesmo modo, sou imensamente grato aos meus atores musicais, todos
grandes feras: Graça, do Ilê Aiyê, Lazzo, Mariene de Castro, Virgínia Rodrigues e o
Afrogueto.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_016.htm[27/04/2009 19:55:35]
Jardim das Folhas Sagradas
Um Dia no Bom Juá
Escalação de elenco une gerações do teatro baiano
Quinta-feira, dezessete de agosto. A
gritaria de Dona Queca (Haydil
Linhares) chamava atenção para a
cena. “Isso é coisa do Diabo”, dizia
ela, bem em frente do portão do Ilê
Axé Opá Ewê. Um grupo de adeptos da
casa apareceu, liderado por Bonfim
(Antônio Godi), que providenciou a
expulsão da inconveniente senhora,
também aos berros, da vista de todos.
A gritaria foi então substituída por uma
sincronia de gritos solitários. “O som
Em ação, dona Queca (Haydil Linhares) foi bom” veio do canto direito do set,
vocifera contra o Ilê Axé Opá Ewê quando Toninho Murici acertou o áudio.
Antônio Luiz Mendes soltou um “foi
ótimo!” que deixou sem palavras o
diretor. E sem gritar, com o polegar
em riste, Pola Ribeiro deu o sinal para
equipe: seqüência 81 okay.
Agora são murmúrios, conversas paralelas. Reunidos em grupos, cada equipe parte
para a preparação do próximo plano, cada qual de acordo com suas especificidades.
O set transforma-se num formigueiro. Um número de 80 a 160 profissionais, sempre
variando no decorrer da jornada, entre técnicos, atores e figurantes, transita por
todos os lados da locação, que possui 500m2 de área construída, planejada em seus
mínimos detalhes pelo núcleo de arte. Uma ação, aliás, onde a arte de não
atrapalhar se faz o supra-sumo da sensibilidade no set cinematográfico.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_015.htm[27/04/2009 19:55:39]
Jardim das Folhas Sagradas
Uma equipe de 160 pessoas cuidavam de todos os detalhes
no set do Bom Juá
Construído na comunidade do Bom Juá, localizada nas imediações do Posto
Jaqueira, às margens da BR – 324, o Ilê Axé Opá Ewê é o território sagrado de
Bonfim. Na fábula, a tensão dramática que desenlaça a temática do filme põe em
debate conflitos populacionais, e assume a defesa da natureza e da cidade do
Salvador. No plano real, a comunidade do Bom Juá interage com a produção de
Jardim das Folhas Sagradas em seu círculo de vivência. Um contingente de 25
trabalhadores, moradores do local, foi absorvido como mão-de-obra, desde a
construção do cenário, que se estendeu por três semanas, à manutenção e
produção do set. Nessa contagem não está contabilizada a participação de outros
tantos, como figurantes de cena.
Cinema é pra homem, menino e
mulher. Todos observam atentos, e
fofocam atentos, sendo
inconscientemente interpelados pela
arte da vez. Cinema é, também, a
arte da espera. Entre um plano e
outro, dada à complexidade da cena,
do cenário e do set, pode-se contar
uma ou duas horas de relógio no
aguardo por uma nova ordem de
ação. Espera para quem observa,
diga-se, para não fazer injustiça com
o platô Macarra Vianna. Tudo passa Haydil Linhares espera a hora de entrar
pelo conhecimento dele, desde a em cena
entrada e saída de veículos da
locação, a organização do espaço,
frequentemente articulada com o 1º
assistente de direção Lula Oliveira. É a
hora da ação nos bastidores. Com a
fluência do trabalho em equipe o
tempo parece voar.
Durante uma jornada de 12h, contando com intervalos previamente ditados, grava-
se em média 3 seqüências do roteiro, escrito por Pola Ribeiro e Henrique Andrade.
Atravessando a quarta semana de filmagem, Jardim das Folhas Sagradas estreita
cada vez mais os laços e o diálogo com Salvador. Chamando a atenção para o
vínculo entre o candomblé e ecologia, o filme pretende se apresentar como uma
ação inclusiva, de provocante reflexão sobre as referências da cidade.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_015.htm[27/04/2009 19:55:39]
Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_015.htm[27/04/2009 19:55:39]
Jardim das Folhas Sagradas
Cinema, candomblé e folhas
Pubilcado em A Tarde - coluna Opinião
Os setores da produção audiovisual na Bahia estão mobilizados diante de uma
constatação que se cristalizou nos últimos meses por meio de prêmios,
orçamentos, cronogramas, montagens de equipe, ensaios: o filme de longa-
metragem volta a protagonizar a cena do cinema baiano.
O Estado vai abrigar, até dezembro de 2006, a realização de seis longas, e vale
destacar que, desse conjunto, quatro projetos são de iniciativa totalmente local –
da criação do argumento à produção executiva.
Sem ignorar as lacunas, numerosas, de um processo histórico tão complexo como o
que caracteriza o nosso cinema, trata-se de panorama dos mais animadores.
O dinheiro a ser injetado nas produções, e que circulará pelos vários níveis da
cadeia produtiva, supera os R$ 7 milhões.
Experimento, pessoalmente, a satis fação de ser autor de um dos projetos da
temporada, Jardim das Folhas Sagradas.
O filme parte de uma história fictícia para tratar dos vínculos entre o candomblé e
a ecologia, uma questão bem real e cuja concretude solicita, a cada dia, uma
postura menos passiva de soteropolitanos e baianos nascidos ou não na terra de
todos os santos.
Meu envolvimento com o tema remonta a um documentário que eu faria há 14
anos e que finalmente sairá junto com o longa-metragem. Durante esse tempo,
colecionei contribuições valiosas – Gustavo Falcon, Antonio Risério, Júlio Braga,
Raul Lody, Luís da Muriçoca, Vivaldo Costa Lima, Leopoldo de Ogum, Valdina Pinto,
entre muitos outros nomes.
Devo reconhecer que hoje tenho outra visão de Salvador. A cidade me parece mais
rica, com capacidade de elaborar uma reação eficiente ao bombardeio midiático
que tende a engessá-la no cartão-postal, pálido, de turismo e praia.
Ao mesmo tempo, do ponto de vista de sua autorepresentação, não se renega o
dilema do novo versus o velho.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_004.htm[27/04/2009 19:55:41]
Jardim das Folhas Sagradas
Acredito que o candomblé pode trazer fundamentos, resgatar o elo com o passado
em que tudo era natureza e ao mesmo tempo sagrado. Cabe perguntar se essa
compreensão está presente nos discursos de nossa cidade.
Neste sentido, o filme Jardim das Folhas Sagradas quer dar visibilidade e colocar
em discussão dilemas da população, preservar cultura e tradição, assumindo um
protagonismo perante a defesa da natureza e da cidade de Salvador no sentido
mais amplo.
Pola Ribeiro
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_004.htm[27/04/2009 19:55:41]
Jardim das Folhas Sagradas
Cineastas querem vereadores na militância
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_006.htm[27/04/2009 19:55:43]
Jardim das Folhas Sagradas
Para o diretor, o momento é mais que oportuno para um conjunto de ações capaz
de favorecer a distribuição e a exibição dos filmes brasileiros. “Essa câmara tem
essa obrigação”, destacou Ribeiro. A necessidade de uma estratégia que atenda
outros segmentos da indústria cinematográfica, e não só a produção, foi defendida
também por Solange Lima, presidente da Associação Baiana de Cinema e Vídeo.
Os cineastas Alex Souza e Marcio Cavalcante também foram ao púlpito dar o seu
recado, além da coordenadora de projetos culturais da Petrobras Lorena Coelho e
do representante da Emtursa Gustavo Ramiro. “Temos a pretensão de fazer um
festival em Salvador e estamos abertos a sugestões”, prometeu Ramiro.
Durante a sessão especial, o público conferiu ainda os curtas Mera Abulia, de Pola
Ribeiro, e Folhinha Verde, de Marcio Cavalcante, ambos vencedores do Festival
Nacional A Imagem em 5 Minutos.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_006.htm[27/04/2009 19:55:43]
Jardim das Folhas Sagradas
Quatro semanas de filmagens
Equipe de Jardim das Folhas Sagradas completa quatro semanas de filmagens
e prepara-se para rodar no recôncavo baiano. Trupe do longa-metragem dirigido por
Pola Ribeiro arma o set em Cachoeira e São Félix nos próximos dias.
Fotos: Henrique Andrade
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_013.htm[27/04/2009 19:55:45]
Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_013.htm[27/04/2009 19:55:45]
Jardim das Folhas Sagradas
“Ser negro não é moda”
Érico Brás começou no teatro atuando no grupo EPA (Evangelização Pela Arte),
sediado no bairro de Fazenda Coutos III, onde morou durante a infância. Desde os 8
anos, o ator acostumou-se a refletir sobre questões políticas e sociais, interpretando
peças de temas delicados e de difícil abordagem. Chegou ao Bando de Teatro
Olodum em 1999 pelas mãos de Márcio Meirelles, preparador de elenco de Jardim
das Folhas Sagradas, para atuar em Cabaré da Raça e permanece até hoje no
plantel do Bando.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_012.htm[27/04/2009 19:55:48]
Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_012.htm[27/04/2009 19:55:48]
Jardim das Folhas Sagradas
Curuzu de olho no cinema
Das janelas e marquises, da calçada, de cima dos muros. Pouco a pouco, naquele sábado
de 22 de julho, uma multidão (1.300 pessoas, no cálculo da PM) se formou na ladeira do
Curuzu para ver o início das filmagens do primeiro longa-metragem do cineasta Pola
Ribeiro. Jardim das Folhas Sagradas teve sua tomada inicial em Salvador justo ali, onde
os movimentos dos corpos sonoros do Ilê Aiyê reverberam toda a vibração, e caráter de
resistência, da expressão negra. A magia do cinema lapidava os sorrisos, um a um, em
sintonia harmoniosa com valores e tradições de uma Bahia de alma barroca e suas
contradições com a natureza e sua gente.
Fotos: Henrique Andrade
Clique na foto para vê- la em alta resolução Agora quem olha é a câmera. Ela desenha a
multidão colorida. O movimento se repete
algumas vezes, várias vezes. Numa
passeata, o Dia da Consciência Negra se
reconstituía em cena. No nosso 20 de
novembro, artistas, intelectuais e
personalidades da comunidade
afrodescendente encorpavam ao lado de
Bonfim (Antônio Godi) o ato em prol do
terreiro Ilê Axé Opa Ewe. Entre um plano e
outro, dá pra ver o diretor com as mãos na
A caminhada no Curuzu reuniu cabeça. Calma, Pola! Agora vai. Corre daqui,
cerca de 1.300 pessoas corre dali. Tudo certo. A ansiedade dá lugar
à satisfação. A ação conduz olhares pelos
caminhos do universo de orixás e explana
novo sentido aos espíritos guerreiros da
sétima arte: alegria, alegria!
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_011.htm[27/04/2009 19:55:50]
Jardim das Folhas Sagradas
Pola Ribeiro (diretor do filme) e Equipe de fotografia em ação
Antonio Luiz (diretor de fotografia)
Na Senzala do Barro Preto flertamos com a beleza que dança, dança, solta e linda à
espera do beijo. A cena do beijo primeiro entre Cora (Auristela Sá) e Bonfim, casal
protagonista do filme. O espaço é apertado. A equipe é grande. A figuração extravasa o
semblante faceiro. Luz ok? Vamos rodar? Dessa vez o movimento é preciso, mas
Antonio Luiz Mendes continua com a câmera na mão. A câmera encontra as nuances de
gestos sensuais e se aproxima das personagens. Está bonito, está bonito!, alguém
comenta baixinho. O Ilê faz a trilha. Olhos nos olhos. Estava na hora. Beija!!!!
Beija!!!!!!!, Pola gritou. E sorriu. O menino sorriu o sorriso que nascera há 15 anos, na
escrita das primeiras linhas do roteiro que ali se fotografava em película.
Ainda não tinha acabado. As últimas cenas eram da festa. Câmera literalmente nos
trilhos. Graça divide o palco com Lazzo. A intensidade distinta dos sons resultava em
sublime simetria com o balanço da comunidade, que àquela altura já fazia parte de tudo
o que estava acontecendo a sua volta. Lá fora a criançada se divertia e disputava pra
ver quem comeu mais acarajé. Um diz que comeu dois. Outro conta vantagem, comi
dois com camarão. Mas a menina de trança, que ainda abocanhava o quitute recheado
com tudo que a baiana tinha no tabuleiro, apontava o escore final: papou 3. Estávamos
todos saciados. Matamos a fome de cinema! Mas era só o primeiro dia.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_011.htm[27/04/2009 19:55:50]
Jardim das Folhas Sagradas
Evelin, Ângela e a câmera 'olho'
Aos quinze anos de carreira Evelin Buchegger aparece entre os destaques da
dramaturgia baiana. Conquistou o Prêmio Braskem de Teatro 2006 (melhor atriz)
pela atuação na peça Murmúrios, de Nehle Frank. Agora se prepara para viver
Ângela, mulher do protagonista Bonfim, vivido por Antônio Godi, no filme Jardim das
Folhas Sagradas, sob a direção de Pola Ribeiro.
No trânsito do teatro para o cinema, Evelin
destaca a mediação da câmera “olho” que
remonta ao público a forma singular da
interpretação direta, ao vivo. “Cada gesto deve
ser moldado para esse olho e a partir dele
devemos pensar e transmitir as sensações e
anseios da personagem”. Iniciada no curso livre
de teatro da UFBa, em 1991, parte para a
experiência cinematográfica na expectativa de
travar um dialogo com outra linguagem, “fonte
de renovação e aprendizado”.
Evelin, que já foi dirigida por Pola Ribeiro na
televisão quando realizou Bêbado em Cama
Alheia (2004) para TVE Bahia, aposta no
entrosamento para interpretar a personagem
com sucesso e salienta dizendo que “tem que
Evelin Buchegger ter uma confiança plena em quem está
dirigindo porque tudo é muito árduo”.
Veja perfil do personagem
Blanche Dubois, personagem de Tennessee Williams que a atriz viveu no teatro, e
já interpretado no cinema por Vivien Leigh, caracteriza um difícil conflito na
carreira de Evelin, resgatado desta vez por Ângela em Jardim das Folhas Sagradas.
“Reproduzir gestos discriminatórios é difícil em cena porque preciso alcançar uma
verdade que não estou acostumada na vida pessoal”. Na trama, Ângela alimentará
uma discussão de tema religioso ilustrando o preconceito ao culto do candomblé.
“É uma mulher conturbada, mas instigante."
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_010.htm[27/04/2009 19:55:52]
Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_010.htm[27/04/2009 19:55:52]
Jardim das Folhas Sagradas
Entrevista com o ator Antonio Godi
Ator, antropólogo, professor da UEFS, Godi interpreta Bonfim,
personagem principal de Jardim das Folhas Sagradas
A carreira de Antonio Godi começa pelo teatro em 1968. No ano do AI-5, o ator
estreou em uma montagem teatral do clássico de Ariano Suassuna, O Auto da
Compadecida. Godi passou à direção de espetáculos em 1977, quando constituiu, ao
lado de Cau Santos, Lia Espósito e Ana Sacramento, o grupo Palmares Inãron.
Dirigiu, durante os 80, peças que marcaram a década, a exemplo de Ajaká, Iniciação
para a Liberdade (83), com texto em português e iorubá assinado por Orlando
Senna, Mestre Didi e Juana Elbein. Boca de Sifu e Guetos: Retalhos Sangrentos são
outras montagens de destaque no período.
Na área musical, Godi atuou como produtor de
Sine Calmon, Jorge Papapá, os funkeiros Jorge
Krunk e Paulinho Lima, além do Agbeokuta,
inclusive no show ecológico que a banda de
afro-jazz realizou em 1992 com Gilberto Gil no
Hotel Meridien.
Na televisão, o ator produziu programas para a
TV Itapoan e participou da minissérie Mãe de
Santo (Rede Manchete, 1990). No cinema, Godi
Godi já trabalhou com já fez incursões pelo curta-metragem, em
Pola Ribeiro em A Lenda tempos de Super-8, o média-metragem (A
do Pai Inácio (87) Lenda do Pai Inácio / 87, de Pola Ribeiro), e
agora, com Jardim das Folhas Sagradas,
prepara-se para seu primeiro filme de longa
duração.
Nos últimos anos, a vida de artista de Godi deu lugar à rotina de professor. Ele
integrou o elenco de Os Negros (Carmem Paternostro / 1997) e escreveu o libreto
de A Revolta dos Malês, Uma Ópera Negra (2001/2002), que misturava teatro,
dança, cinema e o funk do grupo mineiro Berimbrown sob a direção geral de Mestre
Pitanga e elenco do Balé de Arte Negra da UMES de São Paulo.
Mas é com o crédito de professor do
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_009.htm[27/04/2009 19:55:54]
Jardim das Folhas Sagradas
Em um dado momento ele conhece Castro (João Miguel), que desperta nele
novidades de algum modo relacionadas aos compromissos com o orixá Ossain.
Castro é ligado ao verde, às ervas, às plantas, raízes. Mesmo distante
religiosamente do orixá, a compreensão ecológica que vem com Castro, que é
ecologista, vegetariano provoca uma virada em Bonfim. Isso desperta um
sentimento de fascinação. Ele desenvolve uma amizade que chega às raias do
amor. A essa altura Bonfim está carente, o casamento em crise. É um homem que
vive em conflitos e que de repente, vivendo pequenas tragédias, percebe que tinha
que assumir o que herdou. Mas, para chegar a isso, enfrenta a cidade, o banco, a
si próprio.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_009.htm[27/04/2009 19:55:54]
Jardim das Folhas Sagradas
roteiro sério, que toca em questões profundas. Assumi o compromisso com o Pola
há quatro anos, mas sempre tive intimamente um senão por causa do cabelo.
Tenho dreadlocks há quase 30 anos. Meus filhos só me conhecem assim. Mas topei
cortar o cabelo, será a minha contribuição. Fazer um filme é um trabalho de equipe
e minha preocupação é criar, portanto há conciliação. Meu laboratório tem sido de
experiências diversas. A consultoria do Raul Lody, por exemplo. Um simples
contato com essas pessoas do mundo mágico e você sai impregnado. Estou
fazendo um laboratório incrível com o Mauro do terreiro Ilê Axé Opô Aganjú. Você
vê as coisas acontecendo magicamente.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_009.htm[27/04/2009 19:55:54]
Jardim das Folhas Sagradas
Caminhada da Liberdade
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_008.htm[27/04/2009 19:55:57]
Jardim das Folhas Sagradas
Um outro filme estará sendo realizado neste mesmo dia, horário e local. É um
documentário que contará a história do movimento negro. Duas câmeras e um
cenário com imagens e palavras de ordem do movimento serão instalados em uma
das salas da Senzala do Barro Preto, a partir das 9 horas do dia 22 de julho para a
gravação de depoimentos de dezenas de pessoas ligadas ao movimento negro
baiano e brasileiro.
PROGRAMAÇÃO
Dia: 22 de julho
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_008.htm[27/04/2009 19:55:57]
Jardim das Folhas Sagradas
Entrevista com o ator João Miguel
Ele se mudou para São Paulo há três anos, literalmente levado pela boa repercussão
do espetáculo teatral Bispo, dirigido em parceria com Edgard Navarro. Nas telas,
atuou em Eu Me Lembro, de Navarro, e Cidade Baixa (Sergio Machado). Com a
destacada performance vista em Cinema, Aspirinas e Urubus, do pernambucano
Marcelo Gomes, tornou-se o ator mais premiado de 2005, com direito a
reconhecimento internacional.
Nos próximos filmes de Karim Ainouz (Rifa-me), Paulo Caldas (Deserto Feliz) e
Sandra Kogut (Mutum), Miguel também marca presença. Dito assim, nem parece
que o ator tem 29 anos de carreira teatral (36 de idade) iniciada com a montagem
de O Cavalinho Azul, de Maria Clara Machado, no Teatro Castro Alves.
Na entrevista a seguir, João
Miguel fala sobre as duas
linguagens, novos projetos e
comenta sua participação no
filme Jardim das Folhas
Sagradas como o personagem
homossexual Castro,
ecologista militante, amigo do
protagonista Bonfim.
< Clique na imagem para foto
em alta resolução.
Sob direção de Pola Ribeiro, João Miguel (Veja perfil do personagem em
interpreta o personagem Castro PERSONAGENS).
O que tem a dizer de sua participação no filme?
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_007.htm[27/04/2009 19:55:59]
Jardim das Folhas Sagradas
Sempre fui um cinéfilo, não muito metódico mas um apaixonado pelo cinema.
Percebi que ali se poderia dizer coisas com uma outra profundidade. Cinema traz
coisas do inconsciente. Já o teatro é mais da ação, do gesto, do corpo. Entrevistei
o Glauber quando tinha 10 anos (para o programa infantil Bombom Show, da TV
Itapoan, dirigido por Nonato Freire). Falei para ele ‘vou lhe perguntar uma
pergunta’, então ele me disse ‘e eu vou lhe responder uma resposta’. Fiquei
nervoso e falei ‘tá tudo errado’; e ele ‘pra mim tá tudo certo’.
Quando você tem o que dizer, essa adaptação vem de maneira orgânica. Você
descobre fazendo. Mas é claro que no cinema menos é mais, o que não quer dizer
que exista uma fórmula.
Depois de Jardim das Folhas Sagradas, vou rodar em novembro o longa Tropa de
Elite, de José Padilha (Ônibus 174).
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_007.htm[27/04/2009 19:55:59]
Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_007.htm[27/04/2009 19:55:59]
Jardim das Folhas Sagradas
‘O candomblé é a religião do gesto e do corpo’,
afirma antropólogo
As equipes de elenco, produção e direção do longa-metragem Jardim das Folhas
Sagradas reuniram-se na tarde da sexta-feira 16 de junho para acompanhar a
palestra do antropólogo Cláudio Pereira sobre sacrifício de animais no candomblé. A
palestra foi realizada na Fundação Cultural do Estado da Bahia (Barris) e
proporcionou um intenso debate entre os presentes.
Antropólogo Cláudio Pereira
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_005.htm[27/04/2009 19:56:02]
Jardim das Folhas Sagradas
Mães e pais de santo, iabás, ogãs. Cada um tem um papel determinado para que o
sacrifício seja cumprido corretamente. “Em qualquer religião o sagrado é altamente
destrutivo, por isso há a figura do mediador”, afirmou Pereira, que também é
professor de cinema na Faculdade de Tecnologia e Ciências.
“A oferenda foi aos poucos ganhando força no roteiro”, disse Pola Ribeiro no início
da palestra. O evento contou com a presença de profissionais da equipe de
produção, da assistente de direção Sofia Federico, do produtor de elenco Elson
Rosário e de atores do filme, entre os quais, Carlos Betão, Sergio Guedes, Lucio
Tranchesi, Erico Brás, Iara Colina, Rita Santana, Nélia Carvalho, Frida Gutmann,
Valdinéia Soariano e André Becker. As filmagens de Jardim das Folhas Sagradas
serão realizadas de 13 de julho a 30 de agosto.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_005.htm[27/04/2009 19:56:02]
Jardim das Folhas Sagradas
Studio Brasil
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02 junho 2006
Entrevista com o diretor Pola Ribeiro
O cineasta Pola Ribeiro tem trinta anos de
carreira. Quase metade desse tempo foi
dedicada a concretizar o projeto Jardim das
Folhas Sagradas, primeiro longa-metragem
do diretor que está prestes a ser rodado,
com Godi, Harildo Deda e Bando de Teatro
do Olodum no elenco. As filmagens estão
previstas para os meses de julho e agosto,
mas desde abril Ribeiro trabalha
intensamente na montagem da equipe
técnica, escolha de elenco, ensaios,
retoques no roteiro e na captação da
parcela final de recursos para garantir o
orçamento de R$ 2,4 milhões.
Na entrevista a seguir, concedida na sede de sua produtora, a Studio
Brasil, no bairro Rio Vermelho, o realizador fala de sua persistência para
finalmente chegar ao set, o envolvimento pessoal que travou com as
questões relacionadas ao candomblé durante o processo de elaboração do
roteiro e comenta a produção do seu longa-metragem no contexto do
segmento cinematográfico baiano.
Como você chegou ao argumento do filme?
Juca Ferreira, quando secretário do meio-ambiente, me pediu um documentário
que abordasse a relação entre candomblé e ecologia. Ele me deu um texto do
(Antonio) Risério para roteirizar e pediu que eu fizesse um orçamento. Fiquei
maravilhado com a história toda, fiz o projeto, mas aí Juca saiu da secretaria.
Então eu disse a ele: ‘vou fazer um longa com essa temática’. Isso já tem 14 anos.
Após tanto tempo, você não correu o risco de partir para outra e dedicar-
se a outro projeto? O primeiro longa vem sempre cercado de algumas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_002.htm[27/04/2009 19:56:04]
Jardim das Folhas Sagradas
pressões.
Quanto mais eu ouvia, menos eu sabia. Pensava ‘convivo diariamente com essas
questões e sou totalmente ignorante’. Eu aprendi muito nesse tempo todo. Por isso
esses 14 anos passaram rápido. Minha vida não parou. Fiz várias outras coisas
enquanto tocava o projeto, fui me enriquecendo. São muitos filmes por trás do
longa Jardim das Folhas Sagradas porque eu filmava cada entrevista. Não parei de
fazer cinema. Eu pretendo fazer um documentário que investigue como essa
religião convive com a natureza. Acredito que o candomblé pode trazer
fundamentos, resgatar o elo com o passado em que tudo era natureza e ao mesmo
tempo era sagrado. Cabe perguntar se essa compreensão está presente no
discurso ecológico de nossa cidade. Meu filme quer reforçar esse elo e fazer com
que o candomblé se sinta aliado, um defensor da natureza no sentido mais amplo.
Há oito anos, convidei Gustavo Falcon e Risério para trabalhar comigo e eles deram
muitas contribuições. Na verdade, eu queria que eles escrevessem o roteiro.
Acharam bacana, fizemos algumas reuniões, mas eles não escreviam. (José)
Araripe acabou me aconselhando a escrever e eu levei a dica a sério. Fiz uma
longa entrevista com o Julio Braga (antropólogo, pesquisador de cultura africana e
atual diretor do IPAC) e finalizei uma primeira escrita do roteiro.
Vamos buscar mais parcerias fora do estado e até fora do país. Mas parceiros que
pareçam com a gente e não nos engulam na parceria. Nosso objetivo em
estabelecer um diálogo de semelhança para reforçar o mercado audiovisual da
Bahia.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_002.htm[27/04/2009 19:56:04]
Jardim das Folhas Sagradas
Não preciso ser expert no assunto, tenho consultores como Lodi, o Bando de Teatro
do Olodum. A demanda por conhecimento é minha. Para o filme propriamente, eu
estou de olho nas coisas do cotidiano. Não estou antropologizando. Mas devo
reconhecer que tenho outra visão da cidade hoje. Salvador me parece mais rica,
não é só praia, não é só África. Estou atento à linguagem das ruas, do que há de
natureza nas ruas, as vegetações, não a feição urbana. Hoje o mato para mim não
é só uma mancha verde. Depois de conversar com a Valdina Pinto é impossível não
pensar assim. Quando entro em contato com a cidade eu melhoro. Minha falta de
ritmo fica mais sonora. Minha capacidade de repensar paradigmas aumenta.
Este filme é o processo mais rico de minha vida. Até 30 de agosto teremos rodado
tudo, muita energia, esforço e criatividade concentrados num curto espaço de
tempo. Minha sensibilidade está à flor da pele. Durmo cada dia menos horas, mas
não sinto falta do sono. Acordo recarregado, ansioso pela realização. É muito
trabalho, sim, mas também um privilégio.
Meu objetivo é criar um caminho dentro de outra lógica com os mesmos temas
baianos. É claro que quero público, que o filme seja uma atração. É um desafio.
Quem não quer tomar porrada fica quieto. Eu me sinto à vontade para fazer isso. A
busca é escapar do estereótipo. Não quero falar de segredos, mistérios, mesmo
sabendo que posso estar errando. Me sinto o braço cinematográfico dessa coisa
que é o Ilê, no carnaval e na música, o Bando, no teatro. Se você me pergunta
sobre o carnaval, digo que gosto do carnaval. O carnaval real, que tem reggae,
samba, Mudança do Garcia.
Gostaria de pensar Jardim das Folhas Sagradas como um filme inclusivo, no
sentido de que sejamos uma referência na cidade. Espero que as pessoas vejam o
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_002.htm[27/04/2009 19:56:04]
Jardim das Folhas Sagradas
filme, discutam, gostem, não gostem, não quero que passe batido. Desejo que o
filme mostre que aqui é um lugar especial. Quero que o filme seja um personagem
da cidade, que a Suburbana veja meu filme. Mas o set não é simplesmente um
parque de diversões. Quero falar, ser porta-voz de alguma coisa. Há uma
pretensão, me sinto porta-voz da cidade. Esse é um desejo de verdade.
Ele é um pouco de Godi, Pola e muitos outros. O que acontece com o Bonfim da
ficção está de fato acontecendo, neste momento, com vários personagens reais da
cidade. Meu herói é um homem comum, qualquer um poderia passar pelo que o
personagem passa. Seu poder é o de decidir, optar.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_002.htm[27/04/2009 19:56:04]
Jardim das Folhas Sagradas
Encontro de gerações marca escalação do elenco
Escalação de elenco une gerações do teatro baiano
O primeiro encontro da equipe de produção de Jardim das Folhas Sagradas com o
seu elenco, na noite de quarta-feira 24 de maio no Teatro Vila Velha, marcou o
início de mais uma etapa no processo de realização do longa-metragem.
Finalmente o projeto que Pola Ribeiro planeja rodar há sete anos ganhou vida na
boca dos atores que irão atuar no filme. E melhor: o elenco escalado pelo diretor
envolve participantes de gerações distintas do teatro baiano. No segmento das
companhias de elenco afro, destaca-se a parceria inédita entre o contemporâneo
Bando de Teatro do Olodum e os veteranos do Grupo Palmares, de intensa atividade
na Bahia durante a década de 70.
Pola e Godi
No total, mais de 70 atores estiveram na sala
principal do Vila Velha para fornecer medidas
aos figurinistas, fazer fotografias e conhecer os
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_001.htm[27/04/2009 19:56:07]
Jardim das Folhas Sagradas
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_001.htm[27/04/2009 19:56:07]
Jardim das Folhas Sagradas
Sérgio Guedes e Jairo Uidá não são a mesma
pessoa?
Mas bem que poderiam
Radicado em Paris desde 1984, Sérgio Guedes voltou ao Brasil por motivos
estritamente profissionais. As Criadas, de Jean Genet, foi o que levou o ator ao
circuito europeu, em montagem teatral assinada pelo diretor Eric Bopodor, que
rodou o continente, permanecendo em cartaz por três anos. Com três décadas de
carreira, Sérgio integra o elenco de Jardim das Folhas Sagradas na pele de Jairo
Uidá, um professor universitário e filho de santo, grande amigo de Bonfim (Ântonio
Godi), personagem principal da trama.
A experiência na Europa remete a coincidências
e descobertas na vida do ator. Antropólogo e
professor convidado do Instituto de Estudos
Teatrais da Universidade de Paris, Sérgio
mergulhou nos estudos da teoria do teatro e se
aprofundou na atividade cênica estrelando
montagens de autores franceses dos mais
diversos gêneros. “Eu gosto do trabalho de
ator”, diz Sérgio, que – admite ele – nunca
manteve uma grande aproximação com o
cinema. “Nunca vi os filmes que eu fiz”, revela
o ator, que já participou de alguns curtas. Sua
participação em Jardim das Folhas Sagradas
marca o reencontro profissional com o diretor
de elenco Marcio Meirelles, com quem
trabalhou na fase do grupo Avelãs y Avestruz,
Sérgio Guedes interpreta Jairo em meados dos anos 70.
Veja perfil do personagem
O alheamento confesso ao fascínio da vida social do meio artístico pode ter influência
na postura do ator, que, como intelectual, encontra refúgio na quietude de suas
pesquisas e trabalhos acadêmicos. Mas a contaminação positiva entre as duas áreas
não deixa de marcar sua rotina.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_014.htm[27/04/2009 19:56:10]
Jardim das Folhas Sagradas
Foi como pesquisador que Sérgio
Guedes encontrou sua maior
indentificação com Jairo Uidá, peça
importante na trama de Jardim das
Folhas Sagradas. Da estreita relação
com o mundo das artes, estimulada
pelo auto-conhecimento das próprias
origens, Sérgio e Jairo propõem em
suas ações uma maturação do saber
em prol da partilha de conhecimento
com os que estão à sua volta.
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/not_014.htm[27/04/2009 19:56:10]
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/fotos/bras_g.jpg[27/04/2009 19:56:12]
Jardim das Folhas Sagradas
BONFIM
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/person.htm[27/04/2009 19:56:14]
Jardim das Folhas Sagradas
João Miguel é Castro
CORA
Arquiteta, amiga e namorada de Bonfim, tem grande
participação na instalação do terreiro. Participa de
movimentos e atividades ligados à ecologia Dengosa,
vaidosa, faceira e sensual, gosta de panos vistosos,
braceletes. Cora é de Oxum.
Aurístela Sá é Cora
JAIRO
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/person.htm[27/04/2009 19:56:14]
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/fotos/camin_opa_ewe.jpg[27/04/2009 19:56:16]
http://www.jardimdasfolhassagradas.com/fotos/pola_jmiguel2.jpg[27/04/2009 19:56:20]