Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CMOS Setup
Ajuste fino no hardware
Um bom técnico de manutenção e um bom produtor de PCs deve estar
preparado para, além de usar a forma fácil de programação do CMOS
Setup, fazer ajustes finos visando:
Resolver problemas
Otimizar o desempenho
Utilizar opções de funcionamento que por padrão são desativadas
O método padrão
O método inicial recomendado para a programação do CMOS Setup
consiste no seguinte:
1. Usar a auto-configuração.
2. Acertar a data e a hora
3. Definir o drive de disquetes
4. Auto detectar o disco rígido
5. Sair e salvar
Controle do hardware
POST
Dar início ao processo de boot
Segurança contra vírus
Proteção através de senhas
Capítulo 25 – CMOS Setup 25-3
O BIOS da placa de CPU é capaz de realizar todas essas funções, sendo que
a mais importante é o controle do hardware. O programa conhecido como
CMOS Setup serve para que o usuário defina algumas opções para a
realização dessas funções. Por exemplo, entre as dezenas de opções do
CMOS Setup, existe uma que está relacionada com o processo de boot:
Boot Sequence Options: A: C: / C: A:
*** 75%
***
Figura
25.1
Tela de um Setup
com apresentação
gráfica.
*** 75%
***
Figura
25.2
Tela de um Setup
com apresentação
em texto.
O Windows e o BIOS
Nos tempos do velho MS-DOS e do Windows 3.x (assim como em todas as
versões anteriores ao Windows 95), a maior parte ou todo o controle do
hardware era feito pelo BIOS. Atualmente a maioria das funções de controle
do hardware que antes eram realizadas pelo BIOS são realizadas por drivers
do Windows. O Windows controla o vídeo, o teclado, a impressora, o disco
rígido, o drive de CD-ROM e todo o restante do hardware. Entretanto isto
não reduz a necessidade nem a importância do BIOS. Muitas das funções de
controle realizadas pelo Windows são feitas com a ajuda do BIOS, ou então
a partir de informações do CMOS Setup. Além disso o BIOS precisa
continuar sendo capaz de controlar o hardware por conta própria, para o
caso de ser utilizado um sistema operacional que não controle o hardware
por si mesmo. O BIOS também precisa ser capaz de realizar todo o controle
do hardware antes do carregamento do Windows na memória. Por questões
de compatibilidade, o BIOS sempre será capaz de controlar sozinho a maior
parte do hardware, mesmo que o Windows seja capaz de fazer o mesmo e
dispensar os serviços do BIOS.
3. Uma vez sabendo o fabricante do seu BIOS e a sua versão, você pode
tentar acessá-lo pela Internet. Aqui estão alguns endereços que poderão
ajudar:
AMI http://www.ami.com
Award http://www.award.com
Phoenix http://www.ptltd.com
Peripheral Configuration
Através deste menu podemos atuar em várias opções relativas às interfaces
existentes na placa de CPU. Podemos por exemplo habilitar ou desabilitar
qualquer uma delas, alterar seus endereços, e até mesmo definir certas
características de funcionamento.
PnP Configuration
Nesta seção existem alguns comandos que permitem atuar no modo de
funcionamento dos dispositivos Plug and Play. Podemos, por exemplo,
indicar quais interrupções de hardware estão sendo usadas por placas que
não são PnP.
Power Management
Este menu possui comandos relacionados com o gerenciamento de energia.
Todas as placas de CPU modernas possuem suporte para esta função. O
gerenciamento de energia consiste em monitorar todos os eventos de
hardware, e após detectar um determinado período sem a ocorrência de
nenhum evento, usar comandos para diminuir o consumo de energia.
Security
Em geral esta parte do Setup é muito simples. Consiste na definição de
senhas que podem bloquear o uso do PC ou do Setup (ou ambos) por
pessoas não autorizadas.
IDE Setup
No IDE Setup existem comandos que permitem detectar automaticamente os
parâmetros dos discos rígidos instalados, bem como ativar certas carac-
terísticas do seu funcionamento.
Anti Virus
Aqui temos a opção para monitorar as gravações no setor de boot do disco,
uma área que é atacada pela maior parte dos vírus. Desta forma, o usuário
pode ser avisado quando algum vírus tentar realizar uma gravação no setor
de boot.
Capítulo 25 – CMOS Setup 25-9
CPU PnP
Na verdade este nome não é muito adequado. Dispositivos Plug and Play
devem ser jumperless (ou seja, não usam jumpers para serem configurados),
mas nem tudo o que é jumperless pode ser chamado de Plug and Play. Este
menu dá acessos a comandos que definem o clock interno e o clock externo
do processador.
Load Defaults
Em geral o fabricante da placa de CPU apresenta dois conjuntos de valores
para o preenchimento automático de praticamente todos os itens do Setup.
Um desses conjuntos, chamado às vezes de “Default ótimo”, é o que resulta
no maior desempenho possível, sem comprometer a confiabilidade do PC. O
outro conjunto de valores é o “Default à prova de falhas”, que faz o PC
operar em baixa velocidade. Deve ser usado quando o PC apresenta falhas.
Best defaults
Em alguns setups existe o comando Best Defaults, que faz com que todos os
parâmetros sejam programados com as opções que resultam no maior
desempenho, mas sem se preocupar com a confiabilidade e a estabilidade do
funcionamento do PC. Em geral este recurso funciona apenas quando são
instaladas memórias bastante rápidas. A opção Optimal Defaults é uma
escolha mais sensata, pois resulta em desempenho alto, sem colocar em risco
o bom funcionamento do PC.
Power Up Control
Este menu possui vários comandos relacionados com operações de
ligamento e desligamento do PC. Por exemplo, podemos programá-lo para
ser ligado automaticamente em um determinado horário, ou então quando
ocorrer uma chamada pelo modem, ou quando chegarem dados através de
uma rede local. Podemos escolher o que fazer quando ocorre um retorno no
fornecimento de energia elétrica após uma queda, se o PC é ligado
automaticamente ou se o usuário precisa pressionar o botão Power On.
Exit
Ao sair do programa Setup, temos sempre as opções de gravar as alterações
no CMOS antes de sair, ou então ignorar as alterações.
A maioria dos itens do CMOS Setup podem ser programados com duas
opções: Enabled (Habilitado) ou Disabled (Desabilitado). Existem entretanto
itens que possuem opções diferentes, e até mesmo opções numéricas.
Data e Hora
Tipo do drive de disquete
Parâmetros dos discos rígidos
Date / Time
O primeiro comando que normalmente usamos é o acerto do relógio.
Devemos usar as setas para selecionar o item a ser alterado, e a seguir, usar
as teclas Page Up e Page Down para alterá-lo.
Hard Disk
25-12 Hardware Total
Usado para o preenchimento dos parâmetros chamados de “Geometria
Lógica” dos discos rígidos. Esses parâmetros são:
Figura 25.4
Definindo os parâmetros do disco
rígido.
O item Hard Disk não aparece necessariamente com este nome. Existem
itens independentes para cada um dos discos rígidos possíveis. Na maioria
das placas de CPU, o CMOS Setup possui itens independentes para 4 discos
rígidos, sendo que dois são conectados na interface IDE primária, e dois na
secundária. É comum encontrar esses itens com os nomes:
Primary Master
Primary Slave
Secondary Master
Secondary Slave
Capítulo 25 – CMOS Setup 25-13
Para cada um dos discos instalados, temos que definir seus parâmetros. O
disco Master ligado na interface IDE primária será reconhecido como sendo
o drive C. O segundo disco (slave) da interface primária, caso exista, será
reconhecido como sendo o drive D. Discos rígidos IDE podem ser ligados de
diversas formas diferentes, mas certas combinações não são permitidas. Por
exemplo, não podemos instalar um único disco em uma interface,
configurado como Slave. A tabela abaixo mostra as formas válidas de instalar
discos IDE, bem como os nomes que recebem do sistema operacional:
Há muitos anos atrás (anos 80) a definição dos parâmetros disco rígido era
feita através da especificação de um único número (Hard Disk Type). Cada
número resultava em valores predefinindos para todos os parâmetros do
disco rígido. Isto foi feito desta forma no Setup do IBM PC AT, pois na
época do seu lançamento, eram pouquíssimos os modelos de disco rígido
existentes no mercado. Já que eram poucos, uma tabela foi implantada no
BIOS, e bastava indicar qual o tipo do disco (no início, variava entre o tipo 1
e o tipo 11), e automaticamente estariam definidos os seus parâmetros. Nos
manuais dos discos rígidos da época, existiam instruções como “Defina este
disco no Setup como Tipo 2...”. Com o passar do tempo, novos discos foram
lançados e acrescentados na tabela de discos rígidos do BIOS. Chegou-se a
um ponto em que os fabricantes de BIOS passaram a usar itens
independentes para preencher os parâmetros, ao invés de usar parâmetros
fixos. Em muitos Setups, os tipos de 1 a 46 são fixos, e o tipo 47, também
chamado de “User Type”, é o único que permite o preenchimento individual
dos parâmetros: Cyln, Head, Sect, WPcom e Lzone.
Em todos os Setups mais recentes, não existem os tipos de 1 a 46, já que são
considerados obsoletos. Ao invés disso, possuem as opções User (permitem o
preenchimento manual desses parâmetros pelo usuário) e Auto (faz o
preenchimento automático dos parâmetros).
Discos SCSI
25-14 Hardware Total
As placas controladoras SCSI possuem o seu próprio BIOS. O BIOS da
placa de CPU, por sua vez, está preparado para controlar apenas discos IDE,
através das suas interfaces. Discos SCSI não devem ser declarados no CMOS
Setup, ou seja, devem ser indicados como “Not Installed”. Muitos Setups
possuem, entre os tipos de discos rígidos, (1 a 47), um tipo adicional, que é o
SCSI, que tem o mesmo efeito que indicar a opção “Not Installed”.
CD-ROM
Devemos usar esta opção quando conectamos um drive de CD-ROM em
uma controladora IDE da placa de CPU. Caso esta opção não esteja pre-
sente, devemos usar a opção “Not Installed”. Mesmo assim o o sistema
operacional pode usá-lo sem problemas.
Daylight Saving
Alguns Setups possuem esta opção, que nada mais é que o acerto auto-
mático do horário de verão. Este acerto é feito automaticamente pelo BIOS
no início e no final do verão. Como no Brasil o horário de verão não respeita
essas datas, devemos deixar esta opção desabilitada.
Keyboard
Este item possui duas opções: Installed e Not Installed. Usar a opção Not
Installed, não significa que o teclado será ignorado, e sim, que não será
testado durante o boot. Em certos casos, dependendo do teclado e da fonte
de alimentação, é possível que o BIOS realize um teste de presença do
teclado muito cedo, antes que o microprocessador existente dentro do
teclado esteja pronto para receber comandos. O resultado é uma mensagem
de erro na tela (Keyboard Error). Para solucionar este problema, basta mar-
car este item com a opção Not Installed. Desta forma, o BIOS não testará o
teclado após as operações de Reset, eliminando assim a mensagem de erro.
O uso do teclado será inteiramente normal.
Também é comum usar este comando em PCs que operam como servidores
de arquivos. Por questões de segurança, esses PCs ficam a maior parte do
tempo com o seu teclado trancado. Apenas o administrador da rede des-
tranca o teclado quando é necessário usar o servidor. Quando o teclado está
Capítulo 25 – CMOS Setup 25-15
trancado (ou ausente), é também apresentada a mensagem “Keyboard Error”
nas operações de boot. Para eliminar o problema, basta usar a opção
“Keyboard Not Installed” no CMOS Setup.
Typematic Delay
Serve para indicar quanto tempo uma tecla deve ser mantida pressionada
para que sejam iniciadas as repetições. Os valores disponíveis são 0,25
segundo, 0,50 segundo, 0,75 segundo e 1 segundo.
Virus Warning
Veja o item “Security”, explicado mais adiante. Na maioria dos PCs, este
comando ocupa um menu próprio no Setup, mas também pode estar dentro
do Advanced CMOS Setup.
Password Check
Habilita um pedido de senha para ter acesso ao PC. Em geral, são apresenta-
das as opções “Setup” e “Always”. Ao escolher a opção “Setup”, só será
permitido ter acesso ao programa Setup mediante o fornecimento da senha.
Entretanto, para executar o boot e fazer uso normal do PC, não será preciso
fornecer senha alguma. Por outro lado, se este item for programado com a
opção “Always”, será preciso fornecer a senha, tanto para executar o Setup,
como para realizar o boot e fazer uso normal do PC. Antes de utilizar este
item, devemos realizar um cadastramento de senha, o que é feito através do
menu “Security” ou “Password”.
Boot Sequence
O PCs executam o boot preferencialmente pelo drive A, e caso não seja
possível, o boot é feito pelo drive C. A maioria dos Setups possui este item,
no qual encontramos as opções “A: C:” e “C: A:”. É vantajoso usar a opção
“C: A:”, o que faz com que o boot seja mais rápido, já que não será perdido
tempo checando a existência de um disquete no drive A. Esta checagem
demora alguns segundos, pois para que seja feita, é preciso ligar o motor do
drive. Se for preciso executar um boot pelo drive A, devemos alterar este
item para “A: C:”. As placas de CPU modernas têm também podem
executar um boot através de um CD-ROM. Este CD-ROM precisa estar
conectado em uma das interfaces IDE existentes na placa de CPU, pois o
BIOS não dá suporte direto a interfaces IDE existentes nas placas de som.
Quando o BIOS pode executar o boot por um CD-ROM, este faz parte das
opções de seqüências de boot. É comum nas placas de CPU modernas, a
existência de outras opções de boot, como LS-120, ZIP Drive, um segundo
disco rígido, discos SCSI e outros tipos de discos removíveis.
Quick Boot
Tem quase a mesma função que o Quick Power On Self Test. Ao ser
habilitado, faz com que não seja feito o teste de memória, e o boot é
executado pelo drive C, mesmo que exista um disquete no drive A.
USB Function
Este comando habilita o funcionamento da interface USB (Universal Serial
Bus), existente na maioria das placas de CPU atuais. Se você não utiliza
dispositivos USB, pode deixar este item desabilitado.
Ao instalarmos uma placa que possui uma memória ROM, podemos usar,
por exemplo, o programa MSD (Microsoft Diagnostics) para visualizar o
mapa de memória e saber quais são os endereços ocupados por ROMs. Este
programa faz parte do Windows 3.1 e do MS-DOS 6.x. No Windows 9x, é
encontrado no CD-ROM de instalação. O MSD apresenta um relatório que
indica os endereços de memória onde existem ROMs, e desta forma,
podemos habilitar os itens “Adaptor Shadow” para estes endereços.
A figura 5 mostra o aspecto dos itens que fazem a ativação de Shadow RAM.
Normalmente encontramos itens individuais para ativação da Shadow RAM
para o BIOS da placa SVGA, para o BIOS da placa de CPU e para diversas
áreas da memória superior, na qual residem as ROMs de placas de
expansão. Esta ativação é em geral feita por faixas. Como vemos na figura,
existem diversas faixas de 16 kB, localizadas em endereços a partir do
segmento C800.
25-22 Hardware Total
Figura 25.5
Ativação da Shadow RAM.
Parity Check
Através deste item podemos habilitar ou desabilitar a checagem de paridade
realizada nas leituras da memória DRAM. Caso todas as memórias DRAM
existentes na placa de CPU possuam o bit de paridade (por exemplo,
quando todos os módulos SIMM forem de 36 bits, e não de 32, e quando as
memórias DIMM forem de 72, e não de 64 bits) podemos deixar este item
habilitado para que sejam usados esses bits. Quando pelo menos um módulo
de memória não possui bits de paridade, devemos deixar esta opção
desabilitada, caso contrário, serão emitidos falsos erros de paridade.
Event logging
Habilita a gravação de eventos DMI na Flash ROM. Deixe este item com a
opção Enabled. Você poderá então usar um software gerenciador de DMI
para Windows, ou mesmo o CMOS Setup, para checar os eventos
armazenados. Este software em geral é fornecido no CD-ROM que
acompanha a placa de CPU.
Auto Configuration
Em todos os Setups, este item está ativado por default. Faz com que diversos
itens críticos relacionados com a velocidade de transferência de dados entre
o processador e a memória sejam programados de modo adequado, além de
ficarem inacessíveis para alterações. Se você não quer ter problemas, deixe
25-26 Hardware Total
esta opção habilitada. Se você quiser alterar a maioria dos itens descritos a
seguir, será preciso desligar a Auto Configuração.
CPU Frequency
Permite escolher o clock externo a ser usado pelo processador. Em geral este
item é programado através de jumpers da placa de CPU, mas muitas delas
podem operar em modo jumperless, com comandos do Setup substituindo
os jumpers. O clock externo deve ser programado de acordo com o
processador (66, 100, 133 MHz, etc.). Não esqueça que processadores Athlon
e Duron operam com DDR (Double Data Rate). Quando um Athlon, por
exemplo, usa o “clock externo de 200 MHz”, está na verdade usando 100
MHz com duas operações por ciclo.
Byte Merge
Ao ser habilitado, este comando otimiza o desempenho das operações de
escrita no barramento PCI, agrupando escritas de dados de 8 e 16 bits dentro
de um único grupo de 32 bits. O barramento PCI opera com mais eficiência
nas operações de 32 bits, e as operações de 8 e 16 bits são mais lentas.
Habilitar este item pode melhorar o desempenho de placas de vídeo,
controladoras SCSI e IDE.
Linear Burst
Este item é encontrado em Setups de placas de CPU para Soquete 7. Pode
ser habilitado quando a placa tem um processador Cyrix. Esses
processadores possuem um modo de transferência de dados da cache L2
mais eficiente, chamado Linear Burst. Deixe portanto este item habilitado
para processadroes Cyrix (6x86, 6x86MX, MII) e desativado para
processadores Intel e AMD.
EDO Autoconfiguration
Este item é encontrado em PCs antigos, que usavam memória EDO. Os
chips que fazem o controle da memória, seja ela FPM DRAM, EDO DRAM
ou SDRAM, ou até mesmo a SRAM que forma a cache externa, precisam
ter configurados diversos parâmetros: temporização dos ciclos de leitura e de
escrita, tempo decorrido entre os sinais RAS e CAS, tempo decorrido entre
os sinais RAS e MA, e diversos outros. A opção EDO Autoconfiguration faz
a programação automática de todos esses parâmetros, fazendo com que as
memórias EDO DRAM funcionem, talvez não da forma mais rápida, mas de
uma forma segura e com velocidade razoável. Quando desabilitamos este
item, podemos atuar individualmente nos diversos itens que regulam o
acesso à memória EDO DRAM, mas este tipo de regulagem pode causar
mau funcionamento, caso seja feito de forma errada. Normalmente essas
regulagens permitem aumentar um pouco o desempenho do PC, mas se o
acesso ficar muito rápido, a memória pode não suportar e apresentar erros.
SDRAM Autoconfiguration
Assim como ocorre com a EDO DRAM, a SDRAM também precisa ter seus
parâmetros de acesso regulados no chipset. Deixando o item SDRAM
Autoconfiguration programado com a opção Enabled, esses parâmetros
serão programados com valores seguros, e permitindo um acesso
suficientemente veloz. Para “envenenar” o acesso à SDRAM, este item deve
ficar em Disabled, e cada um dos parâmetros de acesso devem ser ajustados
manualmente. Isto pode resultar em aumento de desempenho, mas também
pode fazer o PC ficar instável, apresentando travamentos e outros erros.
SDRAM Autosizing Support
Habilita o reconhecimento automático da capacidade dos módulos de
memória, de acordo com as informações presentes no chip SPD. Deixe este
item habilitado.
Cache Read Cycle
Este parâmetro define a temporização das operações de leitura da memória
cache externa pelo processador. É encontrado nos Setups de placas de CPU
que possuem cache L2 externa. De todos os itens do Advanced Chipset
Setup, este é o que tem mais impacto sobre o desempenho total do PC. A
habilidade de transferir dados em alta velocidade da cache externa para o
25-30 Hardware Total
processador, garante que a sua cache interna terá sempre instruções prontas
para serem executadas, e dados prontos para serem processados. Cada
transferência de dados da cache externa para o processador é feita por um
grupo de 4 leituras consecutivas, cada uma delas fornecendo 64 bits. Em
geral, este ciclo de leitura é marcado por 4 números, como 3-2-2-2, 2-2-2-2, 2-
1-1-1, etc. Cada um desses números indica quantas unidades de tempo são
gastas em cada leitura. A unidade de tempo usada nessas operações é o
“período”, notado pelo símbolo “T”. O valor de T é calculado a partir do
clock externo do processador:
Clock Externo T
50 MHz 20 ns
60 MHz 16,6 ns
66 MHz 15 ns
100 MHz 10 ns
Em PCs que usam memórias SDRAM, este item pode oferecer opções como
PC100/PC133, ou 100 MHz / 125 MHz / 133 MHz / 143 MHz / 166 MHz.
Pode ainda aparecer com indicações de velocidade em ns (10 ns / 8 ns / 7.5
ns / 7 ns / 6 ns).
L2 Cache Policy
A memória cache externa pode operar de dois modos: Write Through e
Write Back. No primeiro método, a cache externa acelera apenas as ope-
rações de leitura, e no segundo método, acelera também as operações de
escrita. O segundo método oferece melhor desempenho que o primeiro, e
deve ser preferencialmente utilizado.
PCI Burst
25-36 Hardware Total
O barramento PCI pode operar com transferências em modo Burst. Nas
transferências normais, o circuito que requisita a transferência deve fornecer
o endereço a ser acessado, e a seguir fornecer (ou receber) o dado. As
transferências em modo Burst, por sua vez, precisam que seja fornecido
apenas o endereço inicial, e a seguir, uma longa seqüência de dados é
transmitida, sem que os endereços precisem ser novamente fornecidos. Este
sistema é usado, por exemplo, para transferir dados para a memória de
vídeo das placas SVGA, ou para transferir dados para a interface IDE.
Entretanto, certas placas PCI podem não suportar transferências neste modo.
Se forem observados problemas, por exemplo, nas imagens exibidas na tela,
devemos desabilitar o item PCI Burst, o que fará com que as transferências
sejam realizadas no modo convencional.
IRQ 3 / 4 / 5 / 6 / 7 / 9 / 10 / 11 / 12 / 14 / 15
Esses itens são necessários para possibilitar a instalação de placas ISA que
não sejam PnP. Placas ISA PnP (Ex: Sound Blaster 16 PnP) não necessitam
que o usuário defina linhas de interrupção (IRQ) e canais de DMA. Esta
definição é feita automaticamente pelo BIOS e pelo sistema operacional que
seja PnP. Entretanto, podemos precisar instalar placas ISA não PnP. Neste
caso, precisamos indicar no CMOS Setup quais são as interrupções e canais
de DMA ocupados por essas placas, caso contrário, o BIOS provavelmente
não detectará que esses recursos estão ocupados, e os destinará a outras
placas. O resultado será um conflito de hardware. Esta série de itens servem
para indicar se cada uma dessas interrupções está sendo usada por uma
placa ISA não PnP, ou se está livre para ser usada por algum dispositivo PnP.
Digamos por exemplo que estejamos utilizando uma placa de som ISA, não
PnP, configurada com IRQ5, e uma placa de rede, ISA, não PnP,
configurada com IRQ10. A programação desses itens deve ser portanto feita
da seguinte forma:
IRQ5: ISA
IRQ10: ISA
Demais IRQs: PCI / PnP
Capítulo 25 – CMOS Setup 25-41
DMA Channel 0 / 1 / 3 / 5 / 6 / 7
Assim como determinadas interrupções podem estar ocupadas por placas
ISA não PnP, o mesmo pode ocorrer com canais de DMA. Muitos Setups
possuem itens para a indicação de cada um dos canais de DMA, informando
ao BIOS se estão em uso por alguma placa ISA não PnP, ou se estão livres
para serem usados por dispositivos PnP. Digamos por exemplo que
estejamos utilizando uma placa de som não PnP, ocupando os canais DMA1
e DMA5 (o caso típico da Sound Blaster 16 não PnP). Devemos então
programar esses itens da seguinte forma:
DMA1: ISA
DMA5: ISA
Demais canais: PCI / PnP
Peripheral Configuration
Esta parte do Setup define vários parâmetros de funcionamento das inter-
faces existentes na placa de CPU: Seriais, paralela, interfaces IDE e interface
para drives de disquetes. Muitos desses itens podem ser programados com a
opção Auto, deixando por conta do BIOS a programação. Para usuários
mais avançados, a possibilidade de usar valores default diferentes pode ser
uma característica muito oportuna, para possibilitar certos tipos de expansão.
AGP 1x / 2x / 4x / 8x Mode
As primeiras placas de CPU equipadas com slots AGP podiam operar
apenas no modo 1x, com taxa de transferência de 266 MB/s. Posteriormente
surgiram placas AGP 2x, 4x e 8x. Quando uma placa AGP é instalada no
seu slot, é utilizado automaticamente o modo mais veloz permitido
simultaneamente pela placa 3D e pela placa de CPU. Podemos entretanto
usar este item para reduzir a velocidade máxima suportada pelo slot AGP da
placa de CPU. Por exemplo, slots capazes de operar em até 4x podem ter a
velocidade reduzida para 2x ou 1x. Este ajuste pode ser necessário para
resolver problemas de compatibilidade com certas placas AGP.
AGP Read/Write WS
Este item, ao ser ativado, faz com que a placa AGP adicione um estado de
espera (Wait State) ao acessar dados da memória DRAM. Pode ser
necessária a sua ativação em casos de problemas no funcionamento de
modos 3D.
Endereço 220
IRQ 5
DMA 1 (8 bits) e 5 (16 bits)
FM Enable
Este é mais um recurso das placas Sound Blaster. Trata-se do sintetizador
MIDI, usado para gerar os sons dos instrumentos musicais. Para total
compatibilidade com as placas Sound Blaster, este item deve ficar habilitado.
O endereço da interface é 388.
Onboard Video
São bastante comuns atualmente as placas de CPU com vídeo onboard. A
maioria dessas placas de CPU permite a instalação de uma placa de vídeo
avulsa, PCI ou AGP. Podemos então desabilitar totalmente os circuitos de
vídeo onboard. A seqüência de operações a serem feitas é a seguinte:
None
Primary Only
Secondary Only
Both (ambas ficam ativas)
On Board FDC
Habilita ou desabilita a interface para drives de disquetes existente na placa
de CPU. Devemos desabilitar esta interface caso desejemos utilizar uma
interface para drives existente em uma placa de expansão.
Discos rígidos mais novos podem operar em modos Ultra DMA. Os modos
Ultra DMA mais comuns são o 2, 4 e 5 (33 MB/s, 66 MB/s e 100 MB/s), mas
existem ainda os modos 0, 1 e 3, menos usados (16,6 MB/s, 25 MB/s e 44
MB/s). Este item do Setup permite escolher o modo DMA máximo que a
interface IDE irá utilizar.
25-48 Hardware Total
Primary Slave DMA Mode
Secondary Master DMA Mode
Secondary Slave DMA Mode
Tem o mesmo significado que o Primary Master DMA Mode, exceto que
aplicam-se aos demais dispositivos IDE presentes.
Security
Em geral, esta parte do Setup possui apenas dois comandos, sendo um para
cadastramento de senha, e outro relacionado com detecção de vírus.
Password
Tome muito cuidado para não cadastrar uma senha e depois esquecê-la.
Você poderá ficar impossibilitado de usar o Setup, ou então de executar um
boot e usar o Setup, dependendo de como está programado o item
Password Checking Option, no Advanced CMOS Setup. Se você pretende
usar uma senha, anote-a em um local seguro. Quando o usuário esquece a
senha, é preciso apagar os dados do chip CMOS. Isto faz com que a senha
seja desligada, mas será preciso reprogramar todo o Setup novamente. O
manual da placa de CPU sempre traz instruções sobre como realizar esta
operação.
Quando usamos o comando Password, o Setup nos pede que seja digitada
uma senha, apresentando a mensagem Enter New Password. Depois de
digitada, é apresentada a mensagem Re-Enter New Password. É preciso
digitá-la novamente, para confirmação. Caso já tenha sido anteriormente
cadastrada uma senha, o Setup pedirá antes que seja digitada a senha atual,
apresentando a mensagem Enter Current Password. Sem saber a senha
antiga, não é possível cadastrar uma senha nova. Se quisermos desabilitar a
senha, basta responder ENTER à pergunta Enter New Password.
Depois que a senha estiver cadastrada, a checagem será feita de acordo com
o item Password Checking Option, definido no Advanced CMOS Setup.
Programe este item da seguinte forma:
Setup, se você quer que seja pedida a senha apenas para uso do CMOS
Setup. Desta forma, qualquer um poderá usar o PC, mas apenas mediante o
fornecimento da senha será possível utilizar o Setup.
IDE Setup
Esta parte do Setup contém itens relacionados com as interfaces IDE e com
os discos rígidos. Alguns desses itens podem ser encontrados em outras
partes do Setup, como no Advanced CMOS Setup e no Peripheral
Configuration Setup.
LBA Mode
Em geral este recurso é aplicado de forma independente para cada um dos 4
possíveis discos IDE. Serve para ativar o Logical Block Addressing, a função
que permite o endereçamento de discos com mais de 504 MB. Como os PCs
25-50 Hardware Total
modernos sempre utilizarão discos com capacidades acima deste valor, o
LBA deve permanecer sempre habilitado. Deixe este item desabilitado
apenas se for instalar discos rígidos muito antigos, com menos de 504 MB.
Power Management
Os PCs modernos possuem um recurso que até pouco tempo atrás só estava
disponível em PCes portáteis: o gerenciamento de energia. Consiste em uma
monitoração do uso do PC, e ao detectar inatividade durante um período
preestabelecido, colocar o PC e seus dispositivos em estados de baixo
consumo de energia. É um procedimento muito similar ao usado nos
“Screen Savers” (economizadores de tela). A diferença é que, ao invés de
simplesmente prolongar a vida do monitor, o objetivo principal é a economia
de energia. Existem ainda funções para ligamento automático do PC, desde
que ocorram determinados eventos.
Modo Standby
Neste modo, ocorre uma boa redução no consumo de energia. Menos tempo
será preciso para que o equipamento volte ao estado “ligado”. Um monitor,
por exemplo, ao ser colocado em estado “standby”, inibe o amplificador de
vídeo, fazendo com que a tela fique escura, mas mantém em funcionamento
a maioria dos seus circuitos internos. Com o simples toque em uma tecla, ou
o movimento do mouse, ou qualquer atividade, o monitor volta ao seu
estado normal, em poucos segundos.
Power Management
Este é o comando que ativa as funções de gerenciamento de energia. Suas
opções são Enabled e Disabled. Quando desabilitado, o PC não estará
usando os recursos de gerenciamento, e todos os itens seguintes do Power
Management Setup ficarão inativos e inacessíveis. Ao habilitar este item,
teremos acesso aos itens seguintes.
Remote Power On
O Windows permite que o PC seja ligado, desde que esteja em modo
Standby ou Suspend, caso ocorra uma chamada a partir de um modem
externo. Esta opção serve para permitir que essas chamadas “acordem” o PC
para que faça o atendimento. O PC pode por exemplo, ser ligado
automaticamente para receber um fax, e depois de algum tempo voltar a
“dormir”.
ACPI Aware OS
25-52 Hardware Total
Aqui deve ser indicado se o sistema operacional possui suporte para ACPI
(Advanced Configuration and Power Interface). É o caso do Windows 98 e
superiores, mas não do Windows 95. Este recurso é necessário para que o
PC possa realizar um Instant On, ou seja, voltar ao funcionamento
imediatamente a partir de um estado de hibernação ou Standby, sem a
necessidade de realizar um novo boot.
LAN Wake-Up
Este comando faz com que o PC possa “acordar” do estado suspended
quando ocorrer chegada de dados através de uma rede local.
Voltage Monitor
Este item serve para checar, através do CMOS Setup, os valores que
constam nas saídas dos reguladores de voltagem da placa de CPU. São
mostradas as tensões nominais (ou seja, o que deveria estar marcando) e os
valores medidos pelo Setup. Tolerâncias pequenas são permitidas, como 5%
para mais ou para menos. Valores fora da faixa de tolerância são informados
automaticamente quando o PC é ligado.
Inactivity Timer
Neste item podemos programar o tempo de inatividade necessário para que
o PC entre em estado de baixo consumo de energia. Em alguns Setups,
existe um único contador de tempo. Em outros, existem contadores
Capítulo 25 – CMOS Setup 25-55
independentes para que seja ativado o Standby Mode, e o Suspend Mode.
Por exemplo, podemos programar um PC para que entre em Standby após,
digamos, 10 minutos de inatividade, e para que entre em Suspend depois de
ficar, digamos 20 minutos em Standby.
Monitor IRQ
Não se trata de um item, e sim, vários itens, um para cada interrupção.
Através dele indicamos quais interrupções devem ser monitoradas para, após
inatividade em todas elas, o sistema entrar em estado de baixo consumo de
energia. Também serve para indicar quais dispositivos podem levar o sistema
à atividade normal. Digamos que queremos que o PC volte ao normal para,
por exemplo, fazer a recepção de um fax. Será preciso saber qual é a
interrupção usada pela placa fax/modem, e habilitar o seu monitoramento no
Setup. Em caso de dúvida, habilitamos o monitoramento de todas as
interrupções.
Monitor DMA
Serve para monitorar atividades nos canais de DMA. São na verdade vários
itens independentes, um para cada canal de DMA. Quando habilitamos
esses itens, esses canais de DMA serão incluídos na lista de dispositivos que
são monitorados para a detecção de um estado de atividade ou de
inatividade. Em caso de dúvida, podemos deixar todos esses itens habilita-
dos.
Power Up Control
Esta parte do CMOS Setup está presente nas placas de CPU mais modernas
que seguem o padrão ATX. Uma fonte de alimentação ATX tem como
característica, poder ser ligada por circuitos da placa de CPU. É possível, por
exemplo, programar a sua ligação automática em um determinado horário.
PCs que usam o padrão ATX podem ser completamente desligados, ou
serem colocados em modo de espera. O funcionamento volta ao normal, do
ponto onde foi feita a suspensão, sem a necessidade de realizar um novo
boot. Alguns itens do CMOS Setup fazem a regulagem do uso desses
recursos.
25-56 Hardware Total
Automatic Power Up
Permite programar o PC para que se ligue automaticamente em determi-
nadas datas e horários, ou então diariamente em um horário programado.
Load Defaults
Felizmente, todos os Setups modernos possuem comandos para realizar a
programação automática de todos os seus itens, fazendo com que o usuário
não tenha obrigação de conhecer profundamente o seu significado. Depois
de feita esta “auto configuração”, o usuário só precisa acertar o relógio,
definir os tipos de drives e os parâmetros do disco rígido. Vejamos quais são
esses comandos.
Quando usamos o comando “Load Fail Save Defaults”, todo o Setup é feito
de forma que o PC opere com a menor velocidade possível. As caches são
desabilitadas, o clock do processador é reduzido, e os tempos para acessar a
DRAM serão os mais longos possíveis. O PC acaba ficando tão lento quanto
um PC dos anos 80. Quando o PC funciona com esta redução de veloci-
dade, devemos experimentar habilitar cada um dos itens do Setup, até
descobrir qual deles é o causador do problema.
Exit
Todos os Setups possuem um comando de finalização, após do qual é dado
prosseguimento ao processo de boot. Alguns Setups continuam de onde pa-
raram quando o usuário invocou a sua execução. Outros começarão tudo
desde o início, apresentando uma nova contagem de memória e tudo o mais
que ocorre durante o processo de boot. Ao sairmos do Setup, temos duas
opções, como mostramos a seguir:
Upgrade de BIOS
Em muitos casos pode ser necessário atualizar o BIOS de uma placa de
CPU, visando resolver problemas e acrescentar suporte a novos dispositivos.
A primeira providência a ser tomada é descobrir a marca e o modelo da
placa de CPU. Essas informações podem ser obtidas com o programa
CTBIOS, e também através das técnicas apresentadas no site
www.wimsbios.com.
Figura 25.9
O programa AMIFLASH.
Importante:
Faça o upgrade de BIOS apenas se o seu PC estiver apresentando problemas causados pelo
BIOS. Este upgrade deve ser feito por sua conta e risco. Os fabricantes de placas de CPU não
se responsabilizam por problemas que possam ocorrer pela reprogramação do BIOS, mesmo
que tenha sido realizada de forma correta.
Upgrade de BIOS não é uma operação para ser feita por principiantes. Por
exemplo, se for feita uma gravação usando um arquivo errado, a Flash ROM
ficará inutilizada, e terá que ser trocada por outra igual, com o BIOS correto
já gravado. O problema todo é que se o BIOS gravado na ROM estiver
errado, não será possível executar um boot, e sem o boot, não poderemos
usar o programa gravador para reprogramar o BIOS correto.