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FACULDADES INTEGRADAS CAMPO-GRANDENSES

DIDÁTICA DA MATEMÁTICA/PROF ALZIR

Um texto escrito pelo professor Alzir.


Reflexões sobre o livro “O bom professor e sua prática.”
COMO SER UM BOM PROFESSOR?
Autor: Alzir Fourny Marinhos
Numa das nossas aulas, no Curso de Pedagogia das Faculdades Integradas
Campo-Grandenses, no Rio de Janeiro, falando de Matemática e das
dificuldades do saber Matemático e do ensinar Matemática, houve a pergunta: "
Como ser um bom Professor? Como ser um Professor que agrade? Um
Professor que tenha a habilidade de passar conteúdos, de se fazer entender, de
tornar o ensino prazeroso."
Fiquei pensando alguns minutos. É difícil responder sem referencial teórico.
Sem a pretensão de ser a resposta verdadeira, após pensar, respondi:
" Na profissão de Professor talvez possamos refletir, muito mais, como ser um
bom profissional. Entramos na Escola com três anos de idade e não paramos de
frequentá-la, até nos formarmos em Professor. Dezessete anos na Escola,
aproximadamente.
Prestamos atenção nos nossos Professores. Fazemos crítica àqueles que
consideramos fora do modelo que nos agrada. Rejeitamos um professor, e em
cadeia rejeitamos a sua disciplina, ao nos afastarmos dele.
Talvez você possa ser um bom Professor. Não tenha o perfil daquele que você
não aprovou."

QUESTÕES PARA A SEGUNDA AVALIAÇÃO

1- O ensino da Matemática deve ser orientado a se pensar e se organizar sobre


situações de ensino-aprendizagem, privilegiando as chamadas intraconexões
das diferentes áreas da Matemática.
As intraconexões favorecem uma visão mais integrada, menos
compartimentalizada da Matemática. Como exemplo, podemos relacionar a
álgebra com a geometria, a aritmética com a álgebra.
Ao resolvermos o sistema de equações 2x + y = 3 e x – 2y = 1 podemos fazer a
seguinte abordagem algébrica: os valores numéricos de x e y encontrados são
os valores que substituídos na duas equações vão satisfazê-las. Para a
abordagem geométrica o par ordenado de valores x e y será o ponto de
intersecção entre as duas retas definidas pela equações.

1.1 Como você mostraria para os seus alunos a resolução do sistema acima de
forma algébrica e de forma geométrica?
1.2 Qual o significado geométrico de um sistema possível determinado, com duas
equações e duas incógnitas?
1.3 Qual o significado geométrico de um sistema possível indeterminado, com duas
equações e duas incógnitas?
1.4 Qual o significado geométrico de um sistema impossível, com duas equações e
duas incógnitas?
1.5 Como você mostraria para seus alunos a resolução da inequação 2x – 6 > 0,
de forma algébrica e de forma geométrica?
1.6 Como você mostraria para seus alunos a resolução da inequação ( x – 1). ( - x
+ 2) < 0 de forma algébrica (com o estudo do quadro de sinais) e de forma
geométrica?

1- Muitas vezes não podemos contextualizar um conceito matemático. Este


conceito estará encorpado em outros que poderão ser contextualizados.
Mas devemos dar significado demonstrando de forma indutiva ou experimental.
Não deixe de dar significados a Matemática. A falta de significados é um dos
fatores que afasta os alunos da Matemática.
2.1 Como explicar que ( - ) x ( - ) = +?
2.2 Como explicar que não existe?
5
0
2.3 Como explicar ?
2
3 = 2x5
3 3 3
5
2.4 Como explicar que ?
1
3
2=2 3

2.5 Como explicar que 20 = 1?


2.6 Como explicar que 2 -1 = ½.

2- A história da Matemática como Metodologia do ensino da Matemática: A


atividade de ensino ou atividade de aprendizagem deve permitir os envolvidos
no processo, aprender a pensar criando conceitos num movimento semelhante
ao da dinâmica da criação conceitual na história do conceito.
3.1 – Colocar em ordem cronológica do surgimento os seguintes números:
Frações – números negativos – números irracionais – números naturais-
número zero- número e.
3.2 – Porquê chamamos um número que é dividido somente por ele e pela
unidade de número primo? (Como foi definido na Grécia, antes de Cristo,
número primo? Qual a origem da palavra primo?)
3.3 - As potencialidades pedagógicas da história no ensino de matemática têm
sido bastante discutidas. Entre as justificativas para o uso da história no ensino
de matemática, inclui-se o fato de ela suscitar oportunidades para a
investigação. Considerando essa justificativa, um professor propôs uma
atividade a partir da informação histórica de que o famoso matemático Pierre
Fermat [1601-1665], que se interessava por números primos, percebeu
algumas relações entre números primos ímpares e quadrados perfeitos.
Para que os alunos também descobrissem essa relação, pediu que eles
completassem a tabela a seguir, verificando quais números primos ímpares
podem ser escritos como soma de dois quadrados perfeitos. Além disso,
solicitou que observassem alguma propriedade comum a esses números.

3 5 7 11 13 17 19 23 29
1+4 4+9 1+16
não sim não não sim sim
A partir da atividade de investigação proposta pelo professor, analise as
afirmações seguintes.
I Todo número primo da forma 4n + 1 pode ser escrito como a soma de dois
quadrados perfeitos.
II Todo número primo da forma 4n + 3 pode ser escrito como a soma de dois
quadrados perfeitos.
III Todo número primo da forma 2n + 1 pode ser escrito como a soma de dois
quadrados perfeitos.
Está correto o que se afirma em
A I, apenas.
B II e III, apenas.
C II, apenas.
D I, II e III.
E I e III, apenas.

4 - A Matemática no ensino médio tem papel formativo — contribui para o


desenvolvimento de processos de pensamento e para a aquisição de atitudes
— e caráter instrumental — pode ser aplicada às diversas áreas do
conhecimento —, mas deve ser vista também como ciência, com suas
características estruturais específicas.
Ao planejar o estudo de funções no ensino médio, o(a) professor(a) deve
observar que
A - o objetivo do estudo de exponenciais é encontrar os zeros dessas funções.
B - as funções logarítmicas podem ser usadas para transformar soma em
produto.
C - as funções trigonométricas devem ser apresentadas após o estudo das
funções exponenciais.
D- a função quadrática é exemplo típico de comportamento de fenômenos de
crescimento populacional.
E- o estudo de funções polinomiais deve contemplar propriedades de
polinômios e de equações algébricas.

5 - A professora Clara propôs a seus alunos que encontrassem a solução da


seguinte equação do segundo grau: x2 - 1 = (2x + 3)(x - 1)
Pedro e João resolveram o exercício da seguinte maneira.
Resolução de Pedro:
x2 - 1 = (2x + 3)(x - 1)
x2 - 1 = 2x2 + x - 3
2 - x = x2
Como 1 é solução dessa equação, então S = {1}
Resolução de João:
x2 - 1 = (2x + 3)(x - 1)
(x - 1)(x + 1) = (2x + 3)(x - 1)
x + 1 = 2x + 3
x=-2
Portanto, S = {-2}
Pedro e João perguntaram à professora por que encontraram soluções
diferentes. A professora observou que outros alunos haviam apresentado
soluções parecidas com as deles.
Entre as estratégias apresentadas nas opções a seguir, escolha a mais
adequada a ser adotada por Clara visando à aprendizagem significativa por
parte dos alunos.
A - Indicar individualmente, para cada aluno que apresentou uma resolução
incorreta, onde está o erro e como corrigi-lo, a partir da estratégia inicial
escolhida pelo aluno.
B - Resolver individualmente o exercício para cada aluno, usando a fórmula da
resolução da equação do 2.º grau, mostrando que esse é o método que
fornece a resposta correta.
C - Pedir a Pedro e João que apresentem à classe suas soluções para
discussão e estimular os alunos a tentarem compreender onde está a falha nas
soluções apresentadas e como devem fazer para corrigi-las.
D- Escrever a solução do exercício no quadro, usando a fórmula da resolução
da equação do 2.º grau, para que os alunos percebam que esse é o método
que fornece a resposta correta.
E- Pedir que cada um deles comunique à classe como resolveu o exercício e,
em seguida, explicar no quadro para a turma onde está a falha na resolução

6- Muitas vezes, nós professores, temos uma parcela de culpa nos erros cometidos
por nossos alunos. Algumas matemáticas são automáticas, mas antes do automatismo
devemos fazê-los entender a significação do processo. Sem a significação poderão
errar mais. Fazem mecanicamente transportando um procedimento conceitual para
outros conceitos nos quais o procedimento não pode ser usado.

Abaixo alguns erros cometidos por nossos alunos.

Comente os erros e apresente uma forma de mostrar para os alunos o erro cometido.

a- 3 2 + 3 3 = 9 5

b- a2 . b5 = (a.b)7

c- x + y – 3(z + w) = x + y – 3z + w.

d- r (6 − s) r − 12 − 2s
− =
4 2 4

e- 3ª + 4b= 7 ab

f- 3x-1=
1
3x

g-

x 2 + y2 = x + y

h- x + y y
=
x+z z
i- xa + xb a + b
=
x + xd d

j- (3 a)4 = 3 a 4

k- (x+4) 2 = x2 + 16

l- (ab) x ( ag)
= bg
a

m- ab + bc
= a + bc
b

7 - Podemos estar usando o computador como uma metodologia para o Ensino da


Matemática.
Ao ensinarmos geometria analítica, com o software winplot, podemos construir o
exercício:
Verifique, se os pontos (1,2); (-3, -2) e ( 2,3) estão alinhados.
Sabemos que com o uso do determinante podemos saber se os pontos estão
alinhados ou não. Com o uso do winplot não estaremos trabalhando com
determinante.
Então vamos propor que os alunos escrevam as equações das retas que passam
pelos pontos (1,2) e (-3,-2); pelos pontos ( -3 , -2) e ( 2,3); pelos pontos (1,2) e (2,3).
A seguir representem as retas no sistema cartesiano ortogonal. A partir daí
poderemos saber se os pontos estão ou não alinhados. Faça o exercício usando o
winplot. Faça conclusões sobre as razões dos procedimentos.(Verifique os
coeficientes angulares e lineares de cada equação).

8- No estudo das funções y = ax + b podemos usar o winplot para representarmos


funções com vários coeficientes angulares e lineares. A partir das representações
os alunos podem tirar conclusões. Faça o exercício usando o winplot.
Trace os gráficos das funções y = x, y = x +1, y = x – 3. Faça o mesmo com as
funções y = 2x, y = 2x + 2 e y = 2x – 3. O que ocorreu? Faça conclusões.

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