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Editorial
Os Trabalhadores Sabem
Que é Preciso Lutar
Com o objetivo de alcançar reajustes salariais e o atendimento de suas reivindicações, várias cate-
gorias de trabalhadores decidiram entrar em greve neste segundo semestre. Dentre elas os metalúrgi-
cos da General Motors de São Caetano do Sul e São José dos Campos. Greves dos metalúrgicos
ocorreram em montadoras no ABC paulista, Taubaté e Paraná. Após várias negociações e audiências
no TRT, os metalúrgicos conseguiram reajustes salariais diferenciados. Isto ocorreu em função da po-
lítica adotada pela burocracia sindical de negociar por setor ou fábrica.
Os Bancários entraram em greve por tempo indeterminado em todo o país por causa do impasse na
campanha salarial, onde os trabalhadores recusaram a proposta da Fenaban (federação dos bancos)
de reajuste salarial de 4,5% para repor a inflação e o parcelamento da participação nos lucros e resulta-
dos. Os bancários reivindicam 10% de reajuste salarial, mais 5% de aumento real, participação nos lu-
cros de três salários, mais fixo de R$3.850,00.
Os trabalhadores dos Correios também entraram em greve por tempo indeterminado e consegui-
ram arrancar um reajuste salarial de 9%, mais R$100,00 de abono. No ano passando a categoria tam-
bém saiu vitoriosa da campanha salarial, obtendo o atendimento de várias reivindicações.
Em São Paulo, até os guardas-civis metropolitanos e os garis decidiram cruzar os braços no final de agos-
to e ameaçam entrar em greve novamente, caso não tenham suas reivindicações atendidas pelo prefeito.
Estes são apenas alguns exemplos de como os trabalhadores de todo o país estão se mobilizando
por suas reivindicações e demonstrando que a greve é o método de ação próprio dos trabalhadores.
Apesar da fragmentação do movimento o que notamos é uma vontade grande por parte dos operá-
rios em luitar pela manuternção do emprego e de condições dignas de vida para suas familias.
A divisão do movimento em uma série de centrais sindicais. E pior que isso o isolamento das lutas
por fábrica fez com que não obtivessem resultados melhores. A política da burocracia sindical encas-
telada nas várias centrais de apoío a política economica do governo Lula tem levado os sindicados a se
estatizarem, isto é, ser correia de transmição da política governamental, que não é outra coisa da polí-
tica patronal, principalmente das multinacional como é o caso da AES.