Perante estes factos, foi enviada queixa à CADA, em cujo parecer, agora recebido,
registado com o n.º302/2009 (acessível em: http://www.cada.pt/uploads/Pareceres/2009/302.pdf ),
extraímos os seguintes aspectos mais relevantes:
- A CADA interpelou a Valorsul, tendo esta respondido não estar abrangida pela LADA por
ser uma S.A., que o processo de fusão ainda não se encontra em curso, [os estudos da BDO e do
BPI] contêm informação confidencial e são estudos preparatórios de uma eventual decisão sobre
o hipotético processo de fusão.
- O facto de um mesmo documento poder ser detido por mais de uma entidade
pública não permite a qualquer dos detentores a recusa do acesso com fundamento em que uma
outra o possa fazer, pois todas estão obrigadas a satisfazer os pedidos de acesso.
Plataforma Ambiental de oposição à Fusão Valorsul – Resioeste
- A Valorsul não podia alegar que os documentos continham “segredos de
empresa”, pois para tal teria “… de indicar o fundamento dessa decisão [a recusa do acesso aos
documentos], referir os motivos pelos quais tal revelação, se fosse feita, afectaria esses valores, o
que de todo não se verificou.” Ou seja, “… a restrição ao direito de acesso, não assume
carácter absoluto…”, pelo que terá de ser sempre fundamentado, “Haverá, pois, que indicar
os motivos pelos quais tal revelação, se fosse feita, afectaria esses valores”. Tal fundamentação
tem de ser clara e inequívoca.
Foi hoje enviado novo requerimento à Valorsul, pelo que terá de responder cabalmente no
prazo legal de 10 dias úteis previsto pela LADA, ou seja 18 de Dezembro.
3 de Dezembro de 2009