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Acção de Formação: Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares

Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Conclusão)

Referência à Biblioteca Escolar nos relatórios analisados


Escola/Agrupament Anos Caracterização do Resultados Prestação do serviço Organização e gestão Liderança Capacidade
o agrupamento educativo escolar de auto-
regulação e
melhoria da
escola

AVE Júdice 2007/08 A EB 2,3 possui O Agrupamento O Agrupamento A


Fialho uma biblioteca participa em dispõe de três coordenadora
que, programas bibliotecas, da biblioteca
presentemente, nacionais de adequadamente sente-se
não dá resposta promoção do equipadas para motivada e
às solicitações sucesso os níveis de vê o seu
quer em termos escolar, ensino que trabalho
de recursos nomeadamente servem. reconhecido
tecnológicos, o Actualmente, a pelo órgão de
quer de espaço Plano de Acção biblioteca da gestão
físico. da Matemática EB2,3 tem um e pelos
Contígua à (nos 5.º e 9.º horário restantes
escola sede, a anos de suficientemente professores.
EB1/JI, escolaridade) e alargado o que
inaugurada em o Plano permitiu
2004, é um Nacional de um aumento
edifício de Leitura, com significativo da
significativa consequências sua utilização,
dimensão e está positivas na ainda que os
dotado, para aprendizagem alunos prefiram
além das salas dos alunos. aquele espaço
de aula, de não tanto
refeitório, sala para ler, mas
polivalente, para estudar e
biblioteca e (…) realizar
trabalhos.

Escola 2006/07 (…) existem


Secundária outros espaços
Poeta de apoio:
António auditório,
Aleixo Biblioteca
Escolar/ Centro
de Recursos (…)

Seleccionei uma amostra constituída por dois relatórios de avaliação externa de escolas cujos resultados foram
bastante diferentes, pensando que da análise dos mesmos tiraria ilações acerca do impacto do trabalho desenvolvido
pelas respectivas BE.

AVE Júdice Fialho Escola Secundária Poeta António


Aleixo
1.Resultados Suficiente Bom
2. Prestação do serviço educativo Suficiente Bom
3.Organização e gestão escolar Suficiente Muito Bom
4.Liderança Insuficiente Muito Bom
5. Capacidade de auto-regulação e melhoria da escola Insuficiente Muito Bom
No que concerne às referências às Bibliotecas Escolares, os relatórios analisados primam pela falta de menções precisas
no que toca às funções educativas que as mesmas podem e devem desempenhar.
Analisando o quadro constatamos que:
• apesar da BE da Escola Secundária Poeta António Aleixo estar integrada na RBE, apenas é referida na
caracterização da escola;
• na caracterização do AVE Júdice Fialho não é mencionada a BE da Escola de Chão das Donas, também ela
integrada na RBE;
• no que concerne aos Resultados não há qualquer referência às possíveis actividades desenvolvidas nas e pelas BE
e ao impacto das mesmas nas aprendizagens dos alunos;
• quanto à Prestação do serviço educativo apenas se faz menção à participação das escolas do AVE Júdice Fialho
nas actividades do PNL, não se vislumbrando a articulação entre o trabalho desenvolvido pelas BE e as restantes
estruturas de orientação educativa;
• no que toca à Organização e gestão escolar são focados aspectos mais ligados aos recursos disponibilizados, pese
embora seja também referido, como uma mais - valia, o alargamento do horário da BE da escola sede; não foram
feitas quaisquer alusões às actividades desenvolvidas pelas BE, ao seu Plano de Acção, aos projectos que
desenvolve;
• no domínio 4 – Liderança – apenas uma referência à coordenadora da BE da escola sede;
• no ponto 5 - Capacidade de auto-regulação e melhoria da escola as BE não aparecem mencionadas.
Pode conclui-se que os relatórios contêm referências muito vagas às BE e ao trabalho nelas desenvolvido. Não se vê
que as BE sejam encaradas como efectivas estruturas educativas.
Esta ténue referência poderá ficar a dever-se ao facto das escolas/agrupamentos ainda não terem percebido que é
necessário demonstrar que o acesso aos recursos de informação por elas disponibilizados constituem uma mais –
-valia na medida em que podem contribuir para elevar os níveis de literacia dos alunos. Poderá também perguntar -
-se se as equipas inspectivas estarão suficientemente sensibilizadas para a existência de bibliotecas escolares que
não se limitam a ser espaços com livros e computadores. Se tivermos em conta a data a que os relatórios se
reportam será que podemos afirmar que o olhar da equipa da IGE em relação às BE está a mudar?
Resta-nos esperar que a implementação do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares traga outra
visibilidade às BE, ao trabalho que nelas se desenvolve e ao impacto que pode ter no sucesso dos alunos e na
construção do conhecimento.

PPRIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

A formanda: Maria da Conceição Novais

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