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Aquecimento Global.

E eu com isso?
Flávio Wenzel
Efeito estufa, herói ou vilão?
O efeito estufa é um
fenômeno natural.
A energia emitida pelo
Sol (luz e radiação) é
acumulada na
superfície, na atmosfera
e nas águas aumentam a
temperatura do planeta.
É isso que permite este
fenômeno tão raro, a
“vida”.
Sinais de mudança

A concentração de
carbono na atmosfera
chegou a 378,9 ppm.
Antes da era industrial,
a concentração era de
280 ppm.
Evidências do aquecimento
Os termômetros subiram 0,7°C
nos últimos 100 anos (0,5°C
apenas nos últimos 50 anos).
2005 foi o ano mais quente
desde 1880, quando iniciaram
os registros de temperatura.
A última década também foi a
mais quente.
Evidências do aquecimento

Desde 1800, a concentração


de dióxido de carbono na
atmosfera cresceu 30%,
enquanto a de metano
aumentou 130%.
Analisando camadas de gelo
da Antártida, os últimos 150
anos, o CO² propagou-se
pela atmosfera do planeta
cerca de 200 vezes mais
rápido que nos últimos
650.000 anos.
Evidências do aquecimento
Entre 1950 e 1993, as
temperaturas diárias mínimas do
ar à noite sobre o solo
aumentaram em média 0,2° C por
década no planeta.
Nas últimas duas décadas, o
aumento da temperatura dos
oceanos vem causando o
branqueamento de corais em
escala global, colocando em risco
os recifes.
A temperatura nos trópicos
aumentou cerca de 1°C nos
últimos cem anos, levando os
corais a viver próximo do seu
limite térmico.
Evidências do aquecimento

A temperatura da água
está sofrendo alterações
mais lentas, mas foi
registrado aquecimento
dos oceanos Índico e
Pacífico.
Fenômenos como o El
Nino e La Nina serão
mais frequentes.
Evidências do aquecimento

Elevação no nível
dos oceanos.
As regiões glaciais
do planeta estão
diminuindo: em
algumas zonas do
Ártico, por
exemplo, a
cobertura de gelo
encolheu até 40%
em décadas
recentes.
Evidências do aquecimento

Nos Andes, as
geleiras já
perderam entre
A geleira de Chacaltaya em 1994 A geleira de Chacaltaya em 2009 20% e 30% de
sua área nos
últimos 40 anos.
Na Antártica, em
12 anos, já foram
perdidos 14 mil
Km² de gelo.
Evidências do aquecimento
Ocorreram 28
tempestades
tropicais no Oceano
Atlântico em 2005,
15 delas furacões,
entre os quais três
na categoria 5, com
ventos acima de
249 km/h;
Estes eventos
dobraram nos
últimos 35 anos;
Evidências do aquecimento

Dados do Wordwatch
Institute (WWI), nos
últimos 25 anos, 12 mil
desastres relacionados
ao clima causaram 620
mil mortes e uma perda
de US$ 1,3 trilhão;
Nas duas últimas
décadas, os danos
financeiros cresceram
300%;
Evidências do aquecimento

O Brasil está nas


rotas dos ciclones.
O litoral Sul da Bahia
foi varrido por um
forte ciclone em
2004 e neste mesmo
ano o ciclone
Catarina deixou mais
de 15 mil
desabrigados em
Santa Catarina.
Tendências preocupantes

Aumento ficará, neste


século, entre 1,8°C e 4°C,
embora não esteja
descartado outro salto
ainda maior, até 6,4°C.
Mesmo com um corte
radical na emissão de
gases, os efeitos do
aquecimento continuarão.
Tendências preocupantes

25% das espécies de mamíferos e 12% dos


tipos de aves serão afetadas pelo aumento
da temperatura.
Tendências preocupantes

Os desertos avançam.
O total de áreas atingidas
por secas dobrou em
trinta anos.
Um quarto da superfície
do planeta está ameaçada
pela desertificação.
Tendências preocupantes

A ONU estima que 150


mil pessoas morrem
anualmente por conta
das secas, inundações e
outros fatores
relacionados
diretamente com o
aquecimento global.
Estima-se que em
2030, o número
dobrará.
Tendências preocupantes
A temperatura na Amazônia deverá
aumentar entre 2°C e 3°C
O clima ficará mais seco, com redução das
chuvas entre 10% a 20%.
Espécies de animais e plantas
desaparecerão.
Tendências preocupantes
Um cerrado mais pobre
em biodiversidade vai
avançar sobre a floresta.
Esta savanização é
acelerada pelos
desmatamentos e
queimadas.
O desmatamento reduz o
transporte de umidade
para outras regiões da
América do sul, sudeste e
sul do Brasil, alterando o
regime de chuvas.
Tendências preocupantes
O nível do mar poderá
subir entre 30 cm e 80
cm em função do
derretimento de gelo
que vem ocorrendo nas
últimas décadas,
levando ao
desaparecimento de
várias ilhas e praias.
Anomalias na Antártida
podem acrescentar mais
15 cm a esta conta.
Tendências preocupantes
Cidades localizadas na
costa brasileira serão
atingidas.
Construções a beira mar
estarão comprometidas.
Populações terão que ser
remanejadas e os sistemas
de esgotos precários
entrarão em colapso.
Tendências preocupantes
Projeções indicam um aumento
de temperatura entre 1°C e 7°C
nas regiões áridas e semiáridas
até o final do século 21.
As temperaturas aumentariam
de 2°C a 5°C no nordeste
brasileiro até o final deste
século.
Um planeta mais quente
diminuiria as precipitações nas
regiões do semiárido brasileiro,
transformando rapidamente
extensas áreas em regiões
áridas.
Tendências preocupantes
Vegetação mais típica de zonas
áridas, com predominância de
cactáceas.
O alto potencial para evaporação
do nordeste, combinado com o
aumento de temperatura,
causaria diminuição da água dos
rios, lagos, açudes e
reservatórios.
A fauna silvestre e os animais
domésticos do semiárido seriam
duramente afetados.
Tendências preocupantes

O semiárido nordestino
ficará vulnerável a chuvas
torrenciais, concentrada em
curto espaço de tempo,
resultando em enchentes e
graves impactos
socioambientais.
Tendências preocupantes
A produção agrícola
poderá sofrer impactos
pelas altas
temperaturas, já que a
região trabalha em níveis
elevados.
A agricultura de sequeiro
será a mais prejudicada,
pela possível diminuição
da pluviosidade,
irregularidade e espaço
cada vez maiores entre
as estações chuvosas.
Tendências preocupantes
O zoneamento agrícola
terá que mudar para
evitar prejuízo aos
agricultores afetados
pelas alterações
climáticas.
Os números de produção
devem cair, a exemplo
da soja com previsão de
75% de redução (solos
arenosos), milho 37%,
feijão 36% e o arroz 51%.
Tendências preocupantes
Ainda neste século, as bacias da Amazônia
deverão ter uma redução de vazão da ordem
20% a 50%.
Na bacia do Paraná - Prata a redução poderá
atingir 50%.
Tendências preocupantes
As hidroelétricas serão afetadas,
comprometendo a geração de energia.
O Rio São Francisco deverá sofrer grandes
impactos.
Tendências preocupantes
Você acha que quem mora
em cidades não será
atingido?
Veja o que pode mudar:
População de insetos,
Falta de água potável,
Falta de energia elétrica,
Poluição atmosférica...
O que fazer?
Informe-se, procure
entender as causas das
mudanças climáticas.
Discuta com as autoridades
locais os efeitos do
aquecimento global na sua
comunidade.
Economize energia.
Deixe mais o carro na
garagem.
Evite o desperdício de água.
O que fazer?

Exija da sua prefeitura


sistemas eficientes de
drenagem, esgoto e
recolhimento do lixo.
Diversifique a produção
no campo.
Apóie e participe de
iniciativas ecológicas
O que pode ser feito?
Desenvolvimento sustentável,
Produção mais limpa,
Controle da poluição,
Novas tecnologias,
Energias renováveis,
Sequestro de carbono,
Controle do desperdício,
Comprometimento das autoridades e da
população.
E você?
O que vai fazer?
Está nas suas mãos

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