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TERAPIA OCUPACIONAL
RESUMO
Este artigo apresenta uma reflexão sobre o fazer dos profissionais especialistas em
neuropsicologia e terapia ocupacional, tendo como ponto de encontro as atividades neuróbicas
como o objetivo de estimular o cérebro, auxiliando na prevenção do déficit de memória.
Através do trabalho o homem cria coisas extraídas da natureza, construindo,
assim, um mundo com objetos tipicamente humanos. Portanto o homem práxico é o ser
criativo, expressivo, lúdico e transformador.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em quase todos os países a
proporção de pessoas com mais de 60 anos está crescendo mais rápido do que qualquer outra
faixa etária. Este aspecto, segundo a OMS, é um desafio à sociedade para que possa se adaptar
com a finalidade de maximizar a saúde e a capacidade funcional do idoso, tornando seu
envelhecimento ativo.
Estudos realizados tem mostrado que é possível melhorar a memória, a cognição,
a solução de problemas e a percepção de controle, entre outros aspectos comportamentais do
adulto maduro, por intermédio de programas de treinamento.
1. INTRODUÇÃO
O Terapeuta Ocupacional atua nas áreas física, mental e social, como por
exemplo: neurologia, reumatologia, ortopedia e traumatologia; psiquiatria e saúde mental;
geriatria e gerontologia; cardiorrespiratória; pediatria; deficiência mental, visual e auditiva;
oncologia; dentre outras.
Observa-se, nas definições de ambas as profissões, uma preocupação com a saúde
humana, e uma apreensão do ser humano de uma forma ampla, procurando englobar e cuidar
dos aspectos físicos, cognitivos, emocionais e sociais do indivíduo, encarando-os como parte
de um todo não-dissociado, visando uma melhor integração deste indivíduo enquanto pessoa e
no seu ambiente e, assim, uma melhor qualidade de vida.
E os locais de atuação de ambas as profissões são bastante diversos, podendo
abarcar, em sua prática, desde a avaliação, prevenção até a reabilitação.
A neuropsicologia também faz uso de atividades na sua prática reabilitadora,
assim como a terapia ocupacional. Dessa maneira, não é de se estranhar que as duas
profissões possuam processos terapêuticos com estruturas semelhantes, cujas sessões podem
ser individuais ou grupais, com avaliação contínua do processo.
Portanto, a atividade para ser terapêutica deve ter como objetivo desenvolver e/ou
recuperar aspectos físicos (sensório motor), mentais (percepção e cognição) e sociais.
No que diz respeito a memória, GUYTON (1976), refere ser a capacidade de nos
recordarmos de um pensamento pelo menos uma vez, e, frequentemente, varias vezes; sendo
o aprendizado uma capacidade do sistema nevoso de armazenar lembranças.
A memória não esta localizada em uma estrutura isolada no cérebro; ela é um
fenômeno biológico e psicológico envolvendo uma aliança de sistemas cerebrais que
funcionam juntos (CARDOSO, 1997)
A memória é um processo que permite que nossas atividades tenham
continuidade. Para que nossos afazeres diários e nossas habilidades sejam repetidas,
necessitamos codificar, armazenar e recuperar gestos, palavras, uma infinidade de
conhecimentos através dos arquivos na memória.
Segundo Davidoff (2001), a codificação é o conteúdo destinado ao
armazenamento. Refere-se a todo processo de preparo das informações para armazenar. O
armazenamento é feito logo após a codificação e é feito automaticamente. É um sistema
complexo e dinâmico, que parece mudar com a experiência adquirida. E finalmente a
recuperação, que é um sistema acionado quando desejamos usar a informação armazenada.
Para Chernow (2004), a memória é um processo mental complexo com várias
facetas. Ele entende a memória em três níveis: A memória semântica, a implícita e a
episódica:
A memória semântica diz respeito ao conhecimento geral e ao material concreto que
armazenamos no cérebro. As informações que utilizamos no trabalho e o conhecimento
que nos serve para responder às perguntas dos programas de televisão e às palavras
cruzadas são bons exemplos de memória semântica. Essa memória realmente melhora à
medida que vivemos e adquirimos mais conhecimento geral sobre o mundo externo. Essa
melhoria é conquistada pelas pessoas que mantêm a mente ativa.
Para este autor, a única memória que parece diminuir com o tempo é a episódica:
... diz respeito aos incidentes pessoais, autobiográficos, como o cardápio do almoço de
ontem, o numero de telefone de alguém,o local de uma reunião e as vezes, “porque vim
até a cozinha?” (CHERNOW, 2004)
Pessoas mais velhas podem: 1) reter altos níveis de desempenho, comparáveis aos de
quando eram jovens; 2) adquirir novos conhecimentos; 3) aprimorar capacidades de auto-
regulação e 4) manter interações sociais significativas (p.
Para uma atividade ser significativa, deve envolver motivação por parte do idoso.
A motivação, segundo DAVIDOFF é um estado interno que pode resultar de uma
necessidade:
Este artigo teve como propósito refletir sobre os pontos em comum com as áreas
da terapia ocupacional e a neuropsicologia. Além disso, possibilitou conhecer uma atividade
que pode ser usada como instrumento de intervenção em ambos os campos de conhecimento.
Observa-se, nas definições de ambas as profissões, uma preocupação com a saúde
humana, e uma apreensão do ser humano de uma forma ampla, procurando englobar e cuidar
dos aspectos físicos, cognitivos, emocionais e sociais do indivíduo, encarando-os como parte
de um todo não-dissociado, visando uma melhor integração deste indivíduo enquanto pessoa e
no seu ambiente e, assim, uma melhor qualidade de vida.
E os locais de atuação de ambas as profissões são bastante diversos, podendo
abarcar, em sua prática, desde a avaliação, prevenção até a reabilitação.
A neuropsicologia também faz uso de atividades na sua prática reabilitadora,
assim como a terapia ocupacional. Dessa maneira, não é de se estranhar que as duas
profissões possuam processos terapêuticos com estruturas semelhantes, cujas sessões podem
ser individuais ou grupais, com avaliação contínua do processo.
Uma atividade encontrada na neuropsicologia foi a neuróbica, que são sugestão de
exercícios com a finalidade de estimular o cérebro, que também pode ser aplicada pelo
profissional de terapia ocupacional.
Contudo, é preciso salientar que o profissional da terapia ocupacional tem um
método para desenvolver suas atividades que é a análise de atividades. Em contrapartida não
localizei literatura informando quais os critérios que o especialista de neuropsicologia utiliza
para a intervenção no que diz respeito ao uso de atividades.
Percebo então, a necessidade de continuar produzindo material e refletindo sobre
o uso e aplicação de atividades como um recurso terapêutico.
Portanto, este trabalho procurou contribuir tanto para o especialista em
neuropsicologia quanto ao terapeuta ocupacional, sobre a importância do trabalho
interdisciplinar, integrando profissionais da área da saúde e incrementando o trabalho em prol
da qualidade de vida, principalmente do idoso.
4. BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, Vivian et alls. Neuropsicologia Hoje. São Paulo: Ed. Artes Médicas, 2004.
BOGLIOLO. Patologia. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 1994.
CARDOSO, SILVIA. Revista Cerebro e Mente. Universidade Estadual de Campinas,
Campinas, SP, 1997.
CHERNOW, Fred. Super-memória. Jogos e exercícios para aprimorar sua memória. Rio de
Janeiro. 1ª ed. Ediouro, 2004.
COLLINS, Robert. Neurologia. 1ª edição. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 1997.
DAVIDDOFF, Linda. Introdução à Psicologia. 3ª edição. São Paulo: Ed. Makron Books,
2001.
http://gerontologia.casas.blog.br/2008/02/26/doenças-mais-comuns-na-velhice (26/11/2009)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cerebro_humano (26/11/2009)
http://www.crp07.org.br/upload/legislação/legislação79.pdf (30/11/2009)
http://www2.uol.com.br/vivermente/multimídia/aprendendo_neurofisiologia (26/11/2009)
KATZ, Lawrence. Mantenha seu cérebro vivo. Rio de Janeiro: Sextante, 2000.
Organização Mundial da Saúde - www.who.int (29/11/2009).
ZASLAVSKY, Cláudio e GUS, Iseu. Idoso. Doença Cardíaca e comorbidades. Arq. Bras.
Cardiol. Vol. 79. nr 6. São Paulo Dez, 2002.