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Justificação da amostra A opção pela análise dos relatórios produzidos pela IGE, sobre estas escolas, resulta muito naturalmente , do facto de, enquanto
CIBE, entender por necessário conhecer “o estado da arte” no território que acompanho. Assim se justifica não ter incluído
nenhum relatório relativo ao ano lectivo de 2006/07 tendo a minha escolha incidido sobre as quatro escolas/agrupamentos da
DREALE e outras tantas da DRELVT que já foram objecto de avaliação externa. Curiosamente, resultou numa amostra
“convencional” equilibrada, em número, já que nos restantes quatro concelhos que apoio, estão os de Gavião, Crato e Avis
incluídos na DREALE – onde a avaliação externa decorrerá, em momentos diferentes, a partir de Janeiro - e está neste momento
já concluída em Vila Nova da Barquinha (DRELVT), aguardando-se o relatório da IGE;aliás, tive oportunidade de participar, a 4 de
Novembro, no painel de apresentação da IGE ao Agrupamento e vice-versa. Esta análise ocupa-se, pois, das seguintes
escolas/agrupamentos: DREALE: Agrupamento Vertical de Escolas de Sousel (7 a 9 de Jan. de 2008), Agrupamento de Escolas
de Nisa (25 a 27 de Novembro 2008), Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Alter do Chão (11 e 12 Fev. 2009) e
Agrupamento de Escolas de Fronteira (11 a 13 de Maio 2009). DRELVT: Agrupamento de Escolas de Constância (21 a 23 de 2
Jan. 2009), Escola Secundária Dr. Solano de Abreu Abrantes (10 e 12 Fev. 2009), Agrupamento de Escolas de Sardoal (29 e
30 de Abril e 4 de Maio 2009) e Agrupamento de Escolas de Praia do Ribatejo (29 e 30 de Abril e 4 de Maio 2009).
DREALE Agrupam ento (2.4.) Referência à valorização (3.3.) “A Biblioteca/Centro de (4.3.) Referência à
Vertical de das vertentes experimentais, Recursos é uma mais-valia no diversidade da oferta
Agrupamento e é tida como
Escolas de culturais, artísticas e sociais educativa , de forma a
um polo mobilizador e
Sousel do curriculo que também são dinamizador das corresponder às
trabalhadas nas aulas e nas aprendizagens e das diversas características e
7 a 9 de Jan. de diversas actividades e actividades de índole cultural necessidades dos alunos e
projectos que o agrupamento por si empreendidas.” (p:9) à aposta em diferentes
2008 assegura, com ampla áreas, entre elas: “(...) no
participação dos discentes: apetrechamento da
(...) a Biblioteca/Centro de Biblioteca/Centro de
(3.3.) Referência às verbas
Recursos (referência no Recursos (...)”. (p: 10)
geradas, procedentes do bar,
distrito de Portalegre). (p: 8) da papelaria e dos projectos
O Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (conclusão) Mª Fátima Dias /09
25 a 27 de (3.1.) Refência à
impossibilidade de plena
Novembro consecução dos objectivos do
Plano Nacional de Leitura, no
2008 2º Ciclo e da Leitura
Orientada, no 7º e 8º ano:
4
“Todavia, o horário de
funcionamento da Biblioteca,
decorrente do insuficiente
número de recursos humanos
a ela afecto, tem limitado a
realização daquelas tarefas,
assim como impossibilitado
um acesso mais regular a este
espaço, por parte dos alunos.”
(p:9)
(3.3.) Referência as
O Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (conclusão) Mª Fátima Dias /09
dificuldades de
funcionamento, entre elas o
“(...) desadequado horário da
Biblioteca(...)” (p:10)
Escola (1.2.)Referência à participação (2.3.) Referência à (3.2.) A propósito da gestão (4.4.) Participação em
Secundária dos alunos na elaboração dos diferenciação e apoios na BE: dos recursos humanos: “A projectos de âmbito
docum entos estruturantes da “Existe ainda um apoio BE/CRE dispõe de uma nacional: entre outros, “(...)
Dr. Solano de vida da escola: “Estes informal facultativo, funcionária com formação em o Programa Rede de
Abreu documentos encontram-se na individualizado, prestado na documentação e arquivo,” (p: Bibliotecas Escolares (...).”
página da Escola na Internet BE/CRE, resultante da 9) (p: 11)
Abrantes e na Biblioteca Escolar/Centro disponibilidade dos
de Recursos Educativos professores para esclarecer (3.5.) Referência à forma
10 e 12 Fev. (BE/CRE), para consulta.” (p: os alunos.” (p: 8) como a BE promove princípios
6) de equidade e justiça: “Estes
2009 (2.4.) Referência a actividades princípios manifestam-se (...)
de enriquecimento e no funcionamento e
complemento curricular: “São dinamismo da BE/CRE, que
exemplos, entre outros, as tem um horário alargado,
actividades da BE/CRE, que fomentando, igualmente, a
tem uma elevada taxa de utilização pelos alunos do
O Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (conclusão) Mª Fátima Dias /09
(3.3.)”Tanto a Biblioteca
Escolar/Centro de Recursos
Educativos, que foi
recentemente inaugurada,
como a Biblioteca Municipal,
que tem sido utilizada,
sobretudo, pelos alunos do 1º
ciclo, dispõem de
equipamentos adequados e
suficientes, contando com um
acervo documental
diversificado.” (p: 9)
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Conclusões A biblioteca escolar surge como mero recurso, em que se parte do princípio que nela apenas existe o suporte livro – as literacias
tenológicas, os ambientes digitais nunca são referidos.
São feitas referências explícitas à integração na RBE, mas no domínio” Liderança”/subdomínio “Parcerias, protocolos e projectos” ,
ficando-se pela simples referência, nunca articulando com os domínios “Resultados” ou “Prestação do Serviço educativo”.
Reflexões
A forma como a BE é mais ou menos valorizada, parece depender da ausências de critérios previamente definidos, revelando
desconhecimento da sua missão e objectivos, do seu papel fundamental na escola/agrupamento, pois tanto pode ser referenciada
apenas pela negativa (o caso do agrupamento de Escolas de Nisa) como sê-lo apenas pela afirmativa ou simplesmente, ignorada.
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Os relatórios produzidos pela IGE, aqui referenciados, foram já abordados junto dos professores bibliotecários, ao longo dos meses
de Novembro e Dezembro. De sublinhar que, no caso específico do Agrupamento de Escolas de Sardoal, Escola Secundária/3 Dr.
Solano de Abreu (não agrupada) e Agrupamento Vertical de Sousel , os relatórios não reproduzem de igual forma a realidade destas
bibliotecas escolares e o envolvimento dos professores bibliotecários que, já no ano lectivo anterior, desempenhavam a função de
coordenadores da biblioteca escolar. No caso específico do primeiro (Sardoal), existe uma acentuada disparidade entre a qualidade
das iniciativas da BE, por sinal apresentadas pela professora bibliotecária no painel com a IGE e a quase nula alusão à biblioteca
escolar, como se pode confirmar, neste relatório. Em relação aos outros dois referidos, está de facto instalada uma “cultura” de
integração da biblioteca na escola que podemos ver espelhada nestes documentos...