1) O documento analisa as causas da queda da monarquia e ascensão da república no Brasil, incluindo fatores políticos como o fortalecimento do Partido Liberal e do Partido Republicano Paulista, bem como fatores econômicos como a abolição da escravatura e a industrialização.
2) Discute também o coronelismo no período republicano inicial, quando latifundiários usavam de clientelismo e outras táticas para manter o poder político local.
3) Aborda as mudanças nas relações entre Estado
Descrição original:
Título original
Transição de Monarquia Para República Segundo Celso Castro
1) O documento analisa as causas da queda da monarquia e ascensão da república no Brasil, incluindo fatores políticos como o fortalecimento do Partido Liberal e do Partido Republicano Paulista, bem como fatores econômicos como a abolição da escravatura e a industrialização.
2) Discute também o coronelismo no período republicano inicial, quando latifundiários usavam de clientelismo e outras táticas para manter o poder político local.
3) Aborda as mudanças nas relações entre Estado
1) O documento analisa as causas da queda da monarquia e ascensão da república no Brasil, incluindo fatores políticos como o fortalecimento do Partido Liberal e do Partido Republicano Paulista, bem como fatores econômicos como a abolição da escravatura e a industrialização.
2) Discute também o coronelismo no período republicano inicial, quando latifundiários usavam de clientelismo e outras táticas para manter o poder político local.
3) Aborda as mudanças nas relações entre Estado
Transio de Monarquia para Repblica segundo Celso Castro
O fim da monarquia se deu em virtude e uma serie de fatores concomitantes:
A) Fator Poltico a formao do partido liberal no RJ e a adoo de uma poltica contraria a escravido fa!ia parte de um pro"eto maior de transfer#ncia do centro econ$mico do interior para a capital tendo como base % industriali!ao& 'esta forma o fim da monarquia possibilitaria a implementao de uma rep(blica e desta forma o partido liberal poderia se fa!er representar atrav)s do voto de massa urbana& Partido Republicano Paulista o PRP manteve uma poltica escravista at) *+,- .imi/rantes) em virtude do equilbrio dos correli/ion0rios que representava a anti/a e nova oli/arquia paulista& 1este sentido a anti/a oli/arquia estava atrelada ao primeiro surto de caf) em 2P na re/io de fronteira com o RJ de cun3o aristocrata& A partir de *+,- com a entrada de imi/rantes a nova oli/arquia passa a ter maior participao na partido e este adotou a poltica antiescravista com o ob"etivo de esva!iar a representao do 4ale do Paraba e assim estabelecer polticas voltadas para este setor& Partido Republicano 5ineiro este teve como poltica o fim da escravido com o ob"etivo de instaurar a republica no pas& 6mbora possui mais de 7-8 da mo9de9obra do sudeste percebeu que o fim da escravido possibilitaria a crescimento do mercado consumidor e por sua ve! um maior enriquecimento sendo a terra a ori/em da rique!a e da diferenciao das classes sociais este poderia l3e proporcionar uma maior representao poltica atrav)s do curral eleitoral que resultaria no voto de cabresto e no estabelecimento do mandonismo local base do coronelismo: ;) Fator 6con$mico a con"untura interacional no era mais propicia a manuteno do setor a/ro9e<portador como centro priorit0rio da economia& =anto os 6>A quanto a 6uropa con3ecia neste perodo e<panso industrial e obri/atoriamente a conquista de novos mercados consumidores& 2endo assim o desenvolvimento do novo capital financeiro e<i/ia uma readaptao da economia nacional& ?) 5o9de9obra a mudana da base de economia do trabal3o escravo para o trabal3o do imi/rante desestabili!ou a monarquia em virtude de um novo ordenamento econ$mico que apro<imava a economia nacional %s pr0ticas desenvolvidas nos pases capitalistas& O alto custo do escravo devido % manuteno e das dificuldades de novas aquisi@es fi!eram com que o trabal3o imi/rante atrav)s do colonato se estabelecesse no ;rasil& ') 5ilitar a condio militar passa por uma reestruturao apAs a /uerra do Para/uai& At) ento o contin/ente era formado pelos e<cludos da sociedade e pelo recrutamento compulsArio estabelecido via banquetes p(blicos e a convocao dos fil3os de latifundi0rios .substitudo pelo ne/ro)& As condi@es que os militares se encontram no Para/uai demonstram as possibilidades de mel3ora no pas atrav)s da rep(blica e da industriali!ao& A abolio possibilitaria o desmantelamento do sistema mon0rquico e em uma rep(blica escravocrata a formao de um contin/ente militar devido % possibilidade do ne/ro encontram respaldo nessa instituio& Outra mudana que motivou o sur/imento republicano nas foras armadas foi % mudana na estrutura fsica na academia militar em virtude do sur/imento das universidades e cursos de bac3arelado que passaram a atrair os fil3os das elites nacional a academia militar passou a receber em seus quadro membro de classes m)dias& =al caracterstica possibilitaria o sur/imento de noo de corporao& 1este perodo 3ouve o desenvolvimento da teoria cientificista que postulavam o con3ecimento t)cnico via empirismo& O sur/imento na academia militar do movimento c3amado 5O?B'A'6 5BCB=AR veio a con/re/ar os acad#micos imbudos de um posicionamento prA9rep(blica e industriali!ao& 1este movimento encontrou na fi/ura de ;en"amin D?onstant sua liderana& ?om a aliana reali!ada com Rui ;arbosa .PC) a liderana prA9rep(blica passou para 'eodoro da Fonseca& Coronelismo ?om o fim do re/ime mon0rquico a poltica no unitarismo c3e/a ao fim abrindo a possibilidade de que a poltica local se fi!esse representar na poltica nacional atrav)s do poder de mando baseado na propriedade da terra e na capacidade eleitoral proveniente da mesma& ?oronelismo que tin3a por base a fora da milcia criada para prote/er a terra busca dentro do re/ime republicano uma nova de se perpetuar no poder e assim ter suas demandas atendidas pelo 6stado& 1o e<iste uma definio (nica para o coronelismo o que se tem so conceitos que variam com o tempo e espao dificultando assim sua utili!ao de forma /eral& 2e/undo 4ictor 1unes Ceal Ecoronelismo en<ada e votoF o coronelismo ) a apropriao do poder p(blico pelo poder privado atrav)s do mandonismo local& ?oronelismo embora ten3a sido uma pr0tica reali!ada por muito latifundi0rios estes em sua /rande maioria no possuam con3ecimento das letras& Ainda sim colocaram em pr0tica a poltica estabelecida por 5aquiavel no EPrncipeF ou se"a a utili!ao da coero e do consenso: A) ?oero ) a pr0tica da utili!ao da fora para atin/ir o ob"etivo de dominao& A fora no deve ser usada em demasia para evitar os des/astes de sua efic0cia: ;) ?onsenso ) utili!ado para convencer os indivduos a respeitarem as determina@es do lder sem que se"a necess0ria a utili!ao da fora& O consenso se dar de duas formas: *) ?lientelismo ) a pr0tica da cooptao de latifundi0rios de m)dio porte atrav)s da troca de favores /arantindo assim os votos necess0rios para a vitAria na eleio: G) Apani/uamento pr0tica poltica reali!ada pelo /rande latifundi0rio apadrin3ando fil3os do trabal3ador rural desta forma estabelecer uma dvida de /ratido com o campon#s: H) 1epotismo a utili!ao do curral eleitoral para ele/er um membro familiar e assim /arantir que o 6stado trabal3e para o latifundi0rio& O coronelismo se deu de formas diferentes nos estados: * 1orteI 1ordesteI ?ento9Oeste este coronelismo teve como base % disputa familiar travada atrav)s da bala& 1este sentido a famlia que comandava a poltica estadual via re/ra 3avia afastado seu opositor atrav)s da pr0tica de contratar pistoleiro: G 2ulI 2udeste a forma de disputa pelo poder se dava atrav)s das elei@es e as querelas entre indivduos eram resolvidas atrav)s do voto& Repblica e igreja A implementao da rep(blica alterou a relao entre o 6stado e a i/re"a pois em /overno republicano no 3avia a necessidade de ter uma i/re"a para referendar seu poder& 6sta nova condio se dava em virtude do presidente ser escol3ido atrav)s do voto sendo assim a rep(blica poderia usurpar din3eiro da i/re"a catAlica colocando a como se/unda instituio no poder& 6sta nova relao teve como conseqJ#ncia % seculari!ao das terras e dos cemit)rios e a e<propriao do capital e o fim do ensino reli/ioso obri/atArio& 6stas medidas alteravam diretamente dois pontos primordiais da manuteno da i/re"a: ?apital e a formao de fieis& Rea/indo a esta poltica .que ocorria em todo planeta) a i/re"a catAlica inicia o movimento c3amado romani!ao& 6ste consistia na reafirmao dos valores e tradi@es reli/iosa e da afirmao de que a i/re"a era um dos sustent0culos da sociedade .famlia reli/io e escola)& A interpretao deste movimento ocorreu de forma diferenciada entre as re/i@es litorKneas e do interior do pas& 1o litoral a interpretao da romani!ao se deu a partir do entendimento de que a i/re"a era um dos pilares da sociedade& Co/o as missas passaram a ter o cun3o do protesto dos padres contra a seculari!ao dos bens& A interpretao da romani!ao no interior teve como caracterstica a radicali!ao do discurso e o entendimento de que a rep(blica era o /overno do diabo& A 3istorio/rafia brasileira interpreta os movimentos que sur/iram a partir dessa interiori!ao de tr#s formas: A) 5aria B!aura para ela ?anudos Jua!eiro e ?ontestado podem ser interpretado como movimentos messiKnicos r(sticos que refletiam o embate entre a cultura do litoral versus a cultura do interior& =endo como base %s dificuldades criadas pela transio da monarquia para rep(blica:
;) Rui FacA se/undo este 3istoriador Jua!eiro ?anudos e ?ontestado foram formados a partir da anomia social associado %s p)ssimas condi@es de vida e<istente no interior& 2e/undo ele o car0ter reli/ioso era fruto do fanatismo e<arcebado servindo apenas como catalisador das demandas sociais: ?) 'ou/las Ferreira para ele o movimento representa a radicali!ao do discurso catAlico conferido a ele a nomenclatura do movimento r(stico& Juazeiro 5ovimento a partir da viso que o seminarista ?cero teve durante um son3o de que sua misso era se/uir pro serto do ?ariri e l0 edificar uma i/re"a para o divino& 6m torno desta i/re"a lo/o se formou um vilare"o e apAs um Emila/reF de 5e Cavadeira .san/rou durante L7 dias consecutivos sempre que recebia a 3Astia consa/rada)& >ma comisso formada por * bispo e G padres se/uiu at) Jua!eiro para analisar o fato& O resultado foi que o bispo ne/ou o mila/re por)m os G padres atestaram sua veracidade& A cidade no parou de crescer /erando capital o que a/uou o interesse da i/re"a que convocou ?cero para um acordo& 6ste acordo foi tentado al/umas ve!es sem que al/um dos lados obtivesse seus dese"os atendidos& ?cero se/uiu o camin3o da poltica tornado9se prefeito e distribuindo terras& Foi respons0vel por formali!ar acordos no interior do 1ordeste& Canudos Cevante social dos se/uidores de Ant$nio ?onsel3eiro que apAs ter respondido inqu)rito policial sobre assassinato .da mul3er e da fil3a) passou a andar pelo serto onde di! ter tido uma viso se/undo ele esta viso era a da terra prometida& 6sta terra prometida foi encontrada por Ant$nio ?onsel3eiro e seus se/uidores na localidade de ;elmonte dando ori/em ao arraial de ?anudos& 6m virtude da possibilidade da conquista de terra e da fu/a da opresso do latifundi0rio diversos nordestinos mi/raram para esta re/io& 6sta atitude levou p /overno republicano a or/ani!ar ataques ao arraial com o ob"etivo de destruir9lo& As tr#s primeiras e<curs@es no obtiveram #<itos& ?om o crescimento do arraial e a fu/a cada ve! maior de mo9de9obra do latifundi0rio para ?anudos esta insurreio passou ser considerada um ameaa a manuteno da Rep(blica& 2endo assim a quarta incurso teve como ob"etivo acabar com o arraial reali!ando o menor n(mero de pris@es possveis& ?onfi/ura assim o primeiro /enocdio da Rep(blica& Contestado 5ovimento sur/ido da re/io entre Paran0 e 2anta ?atarina tendo como liderana o padre Jos) 5aria que se di!ia a reencarnao de Jesus& 5ovimento ocorreu em virtude da e<panso da ferrovia in/lesa que desapropriara pequenos e m)dios propriet0rios de terras aumentando assim a pobre!a e desi/ualdade social& O temor de novamente sur/ir uma nova ?anudos levou a Rep(blica a atuar de forma radical& 1este aspecto os interesses do capital a/ro9e<portador pressionaram esse tipo de resoluo para necessidade da e<panso da ferrovia e a perda da mo de obra&
Repblica e economia A economia em pr0tica no /overno republicano teve como o principal mentor RuM ;arbosa este por sua ve! procurou aumentar a lin3a de credito e<pandir a rede bancaria e incentivar a emisso de papel moeda aumentando assim a quantidade de meio circulante .din3eiro)& =al poltica entendida de forma erronia por /rande parte dos livros de GN /rau atribuindo a este fato o aumento da inflao& A inflao subiu em virtude da coleta de capitais reali!ada pelos latifundi0rios diminuindo ainda mais os meios circulantes ao mesmo tempo em que os preos subiam que tornou a economia nacional ainda mais deficit0ria& A inabilidade do plano econ$mico de 'eodoro da Fonseca e sua falta de "o/o poltico levaram a renunciar colocando assim no seu lu/ar 5arec3al Floriano Pei<oto& 'e acordo com a constituio federal deveriam ser convocadas novas elei@es o que interessava diretamente ao setor a/ro9e<portador e a marin3a pAs poderiam indicar um candidato para concorrer %s elei@es& Floriano rompe o pacto em virtude de seu dese"o de perpetuar no poder& Para Floriano a democracia sA ) possvel atrav)s de uma ditadura militar .a base para este raciocnio adivin3a de sua e<peri#ncia no Para/uai 2olano Copes)& Os problemas do /overno de Floriano residia na dupla tenso e<istente entre militares e civis desta forma restou para ele a funo de controlar os levantes civis que ocorreram no inicio da Rep(blica&