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Na presente sessão foi-nos proposta uma análise crítica relativa às “Referências às BE’s nos relatórios de Avaliação Externa (IGE)
das Escolas Portuguesas”, tendo incidido a minha reflexão sobre os relatórios de avaliação externa de três agrupamentos
pertencentes a áreas geográficas distintas. São eles: Agrupamento de Escolas Dra. Maria Alice em Coimbra, Agrupamento Vertical
Betote em Vila do Conde e o Agrupamento de Escolas D. Fernando II em Sintra. Todos foram escolhidos aleatoriamente.
Os dois primeiros agrupamentos pertencem à Rede de Bibliotecas Escolares, quanto ao último não é feita qualquer menção nesse
sentido no relatório de avaliação externa.
O quadro de referência da IGE para a avaliação de escolas e agrupamentos aponta cinco domínios de avaliação:
1. Resultados
2. Prestação do serviço educativo
3. Organização e gestão escolar
4. Liderança
5. Capacidade de auto-regulação e melhoria da escola
Na tabela que se segue encontram-se representadas as referências feitas às Bibliotecas Escolares nos diversos relatórios de
avaliação externa da IGE, em cada um dos domínios de avaliação, anteriormente mencionados.
Resultado da avaliação por Agrupamento de Escolas
domínio da IGE
Conclusão Não existem referências à Não existem referências à Não existem referências à
articulação curricular. articulação curricular. articulação curricular.
Relativamente ao Agrupamento de Escolas Dra. Maria Alice em Coimbra, a avaliação externa, realizada pela Inspecção Geral da
Educação, não refere a BE enquanto ponto forte, fraco, oportunidade ou constrangimento, a mesma surge omissa em
praticamente todo o processo de avaliação.
Quanto ao Agrupamento Vertical Betote em Vila do Conde a Biblioteca Escolar surge mencionada, nas considerações finais do
relatório de avaliação externa realizada pelo IGE, enquanto um ponto forte.
No relatório de avaliação externa da IGE realizado no Agrupamento de Escolas D. Fernando II em Sintra as BE’s parecem ter
ficado esquecidas. Ficando com a dúvida se existem e se pertencem à Rede de Bibliotecas Escolares, à semelhança com o que
aconteceu com o primeiro agrupamento referido, as BE não são mencionadas nem enquanto ponto forte, fraco, oportunidade ou
constrangimento.
Nos diversos Agrupamentos alvo de análise a BE praticamente não é referida, considerando interessante o facto de à partida ter
pensado que o Agrupamento que mais ênfase lhe daria seria o de Sintra e aconteceu, precisamente, o oposto, sendo onde a BE é
menos contemplada em termos de práticas e nos documentos estruturantes do Agrupamento. Não podendo deixar de mencionar
algum espanto pelo facto de, nem sequer, ser mencionada enquanto ponto fraco ou uma oportunidade nas considerações finais
dos relatórios de avaliação da IGE.
Em nenhum dos domínios, nos diversos Agrupamentos, a BE é tida enquanto promotora de aprendizagens e do sucesso
educativo, ficando muito aquém do esperado… Não havendo, nos mesmos, uma prática de auto-avaliação das BE devidamente
integrada e interligada com a auto-avaliação dos próprios Agrupamentos. Deparando-nos com BE’s com pouca visibilidade e
importância no seio escolar. Seria importante que o modelo de avaliação externa das escolas da IGE contemplasse a BE nos seus
domínios e princípios de avaliação, de modo a que se pudesse equacionar o seu real valor e impacto.
Ana Vaz