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MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA

ESCOLAR

METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (I)

Sessão 5 - Novembro 2009

Domínio seleccionado

Domínio B. – Leitura e Literacia

Com o reforço das indicações sobre o papel da biblioteca


escolar no contexto da comunidade educativa, torna-se cada vez
mais importante o contributo desta para o sucesso da aprendizagem
das crianças e jovens que serve. A leitura e a literacia da informação
representam, assim, fontes essenciais para que o percurso até ao
sucesso seja eficaz e promotor do gosto pela descoberta e de
desenvolvimento da capacidade de raciocínio.

Indicadores trabalhados

a) B.1 – Trabalho da BE ao serviço da promoção


da leitura no agrupamento.

Este indicador será analisado tendo em vista o processo a


desenvolver, relativamente a instalações, equipamentos, recursos,
colecção, actividades, serviços prestados, pesquisas, empréstimos,...

b) B.3 – Impacto do trabalho da BE nas atitudes


e competências dos alunos, no âmbito da leitura e
literacia.

Como o nome indica, este indicador servirá para tirar


conclusões, em termos avaliativos, sobre o resultados dos serviços

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prestados pela BE, essencialmente sobre a sua funcionalidade e
eficácia no que concerne à finalidade da BE no sucesso dos alunos.
Diagnóstico – Identificação de pontos
fracos (constrangimentos)

No que diz respeito ao Agrupamento onde exerço as minhas


funções, verifica-se uma significativa motivação para a leitura ao
nível do 1º ciclo, a qual se constata pelas actividades desenvolvidas
pelas docentes, em colaboração com a BE, e vice-versa, registando-se
pelas evidências recolhidas uma forte adesão por parte deste grupo
de alunos. No entanto, e à medida que avançam na idade, os alunos
afastam-se dos hábitos de leitura, situação que se tem procurado
colmatar através de actividades de promoção da leitura na BE, em
articulação com as diferentes disciplinas. Contudo, este esforço ainda
está longe de obter os resultados pretendidos.

Assim, justifica-se a realização de uma análise prévia de


factores, com vista a um diagnóstico da acção da BE nesta área.

Indicador Factores Críticos de Instrumentos


es Sucesso para Recolha de
Evidências
 A BE disponibiliza uma  Est
colecção variada e atísticas de
adequada aos gostos, requisições para
interesses e necessidades empréstimo
B.1 – dos utilizadores; domiciliário;
Trabalho da  A BE identifica
BE ao problemáticas e  Reg
serviço da dificuldades neste istos de circulação
promoção domínio e delineia acções de materiais
da leitura e programas que relacionados com a
melhorem as situações leitura;
no
identificadas;
Agrupamen  A BE promove acções
to formativas que ajudem a  Est
desenvolver as atísticas de
competências na área da utilização da BE por
leitura; docentes externos à
 A BE incentiva o equipa da BE;
empréstimo domiciliário;
 A BE está informada  Reg
relativamente às linhas istos de actividades
de orientação e e projectos
actividades propostas desenvolvidos;
pelo PNL e desenvolve  Que

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acções implicadas na sua stionários;
implementação;
 A BE incentiva a leitura  Act
informativa, articulando as;
com os departamentos
curriculares no  PCT
desenvolvimento de s;
actividades de ensino-
aprendizagem ou em  P.
projectos que incentivem A. Agrupamento;
à leitura;
 A BE desenvolve  Reg
actividades no âmbito da istos das sugestões
promoção da leitura, de alunos/ docentes
associadas a formas de colocadas na “Caixa
leitura, de escrita ou de de Sugestões” da
comunicação em BE;
diferentes ambientes e
suportes;  PAA
 A BE promove encontros da BE.
com escritores ou outros
eventos culturais que
aproximem os alunos dos
livros ou de outros
materiais/ ambientes que
incentivem ao gosto pela
leitura;
 A BE apoia os alunos nas
suas escolhas e conhece
as novidades literárias e
de divulgação que melhor
se adequam aos seus
gostos.

 Os alunos usam o livro e


a BE para ler de forma Questionários;
recreativa, para se
informar e para realizar • Registos de
B.3 – trabalhos escolares; utilização da BE
Impacto do  Os alunos manifestam para leitura;
trabalho da progressos nas
BE nas competências de leitura, • Estatísticas de
atitudes e lendo mais e com maior requisições;
competênci profundidade;
as dos  Os alunos desenvolvem • Observação da
trabalhos onde interagem utilização da BE;
alunos, no com equipamentos e
âmbito da ambientes informacionais • Trabalhos
leitura e variados, manifestando realizados pelos

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literacia progressos nas suas alunos;
competências no âmbito
da leitura e da literacia; • Análise das
 Os alunos participam avaliações dos
activamente em alunos.
diferentes actividades
associadas à promoção
da leitura.

Refira-se que os intervenientes neste processo serão a equipa


da BE e os utilizadores da BE.

Plano de Avaliação – calendarização das fases


envolvidas

1º Período

• Análise do Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas


Escolares;
• Familiarização da equipa da BE com o Modelo;
• Apresentação do Modelo às estruturas de liderança do
Agrupamento;
• Selecção do domínio a avaliar no final do ano lectivo;
• Verificar aspectos implicados na avaliação do domínio
seleccionado;
• Definição dos instrumentos para recolha de evidências;

2º Período

• Recolha de evidências;
• Definição de amostras para aplicação de questionários;
• Aplicação de questionários;
• Auscultação de feedback através de reuniões com
estruturas do Agrupamento;
• Observação/ análise de dados.

3º Período

• Conclusão da análise dos dados;

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• Elaboração de conclusões (pontos fortes, pontos fracos,
acções de melhoria);
• Elaboração do relatório final;
• Definição do perfil de desempenho da BE;
• Apresentação dos resultados em Conselho Pedagógico;
• Preparar Plano de Acção:
• Implementação do Plano de Acção.

Conclusão:

A auto-avaliação da BE não pode entender-se como um


processo estanque, há que investir na análise do trabalho com vista à
contínua melhoria, identificando pontos fracos, atribuindo prioridades,
estabelecendo alvos de acção mais ou menos imediata, actualizando
práticas e métodos de funcionamento. Partindo da reflexão sobre as
práticas, poder-se-á partir para a melhoria do contributo da BE junto
dos alunos, promovendo, assim, a mudança de mentalidades e o
reconhecimento efectivo do papel da BE na comunidade escolar.
A formanda
Carla Martins

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