dM
=0
dt
A lei de Newton diz que a resultante das forças aplicadas a um corpo é igual ao
produto da massa pela aceleração:
r r
dv dv
F =M ⇔ Fi M i
dt dt
utilizando a lei da conservação da massa, a lei de Newton pode ser escrita como
uma equação de evolução da quantidade de movimento, em vez de ser uma
equação de evolução da velocidade.
r r
r dv dM d (Mv )
F =M +v =
dt dt dt
Esta equação diz que a resultante das forças aplicadas a um corpo é igual à taxa de
variação da sua quantidade de movimento. A lei de Newton permite também analisar
melhor o significado de quantidade de movimento. Integrando a força e a aceleração
do corpo ao longo do tempo obtém-se:
r r T r T r V
dv dv r r
F =M => ∫ Fdt = ∫ M dt = ∫ Mdv = Mv
dt 0 0
dt v =0
e2 r r e 2 dvr r e 2 dvr r v2
Esta equação mostra que o trabalho das forças que actuam um corpo é igual à
variação da sua energia cinética durante esse período. Enquanto que a quantidade
de movimento varia desde que a resultante das forças aplicadas sobre o corpo seja
não nula, a energia cinética só varia se existir trabalho. Assim, as forças
perpendiculares ao movimento modificam a quantidade de movimento, mas não lhe
modificam a energia cinética.
(BsistemaI )t + ∆t − (BsistemaI )t
0 0
∆t
(Bvc )t + ∆t − (Bvc )t
0 0
∆t
(Bvc )t 0
= (Bsistema 2 ) 0
t
em t0 + ∆t a relação entre ambos é dada pelo que entra, menos o que sai:
(Bvc )t + ∆t − (Bvc )t
0 0
=
∆t
((B sistema 2 )t + ∆t − (Bsistema2 )t
0 0
) + quantidade _ que _ entra − quantidade _ que _ sai
∆t ∆t
As quantidades que entram ou saem por unidade de tempo designam-se por fluxos
B = ∫∫∫ βdV
rr
Φadv B = ∫∫ β (v .n )dA
∂β
( )
r r
Φ dif B = ∫∫ − κ .n j dA = ∫∫ − κ∇β .ndA
∂x j
Este fluxo existe desde que existam gradientes da propriedade. Por conseguinte o
fluxo existe através das faces do volume fixo e do volume material, sendo o mesmo
quando eles são coincidentes. Deste modo este fluxo não contribui para as
diferenças entre o que se passa no interior de cada um dos volumes de controlo (fixo
e material) e não deve ser considerado na equação que relaciona ambos os
volumes.
O que se passa no interior de ambos os volumes pode então ser relacionado pela
equação:
∂ d r r
∂t ∫∫∫ βdV
vc
=
dt ∫∫∫ βdV − ∫∫ (βv .n )dA
sistema surface
Se o volume for suficientemente pequeno (volume elementar, ∆V) para que β possa
ser considerado constante no seu interior e nas suas faces, bem como a velocidade
e a difusividade, esta equação pode ser escrita como:
∂ d r r r r
β∆V = β ∆ V − (β v .n )∆ A entrada − (β v .n )∆ A saida
∂t dt
Mas
d ( β∆V ) d( β ) d ( ∆V ) d( β ) ∂u
= ∆V +β = ∆V + β∆V k
dt dt dt dt ∂x k
∂β dβ∆V
∆x1∆x2 ∆x 3 = + ∆x2 ∆x3 (βv1 )x1 − ∆x2 ∆x3 (βv1 )x + ∆x +
∂t ∆t 1 1
substituindo a equação anterior nesta e fazendo tender ∆xj para zero, obtém-se:
∂β dβ ∂v ∂ dβ ∂β ∂βv ∂v
= +β k − (βv j ), ou dt = ∂t + ∂x j − β ∂x k
∂t dt ∂x k ∂x j j k
dβ ∂β ∂β
= +vj
dt ∂t ∂x j
A derivada total representa por conseguinte a taxa de variação de uma propriedade
no interior de um volume material, enquanto que a derivada local representa a taxa
de variação num volume fixo (derivada local temporal) e a derivada convectiva
representa a divergência do fluxo advectivo e por conseguinte o transporte pelo
campo de velocidades.
2 Equação de Transporte
No parágrafo anterior quantificámos:
∫∫ ( ( ) )
∂ r r r r
∂t ∫∫∫ βdV
vc
=− βv .n − k ∇ β .n dA
surface
∂β dβ∆V ∂β ∂β
∆x1∆x2 ∆x3 = + ∆x2 ∆x3 βv1 − κ − ∆x2 ∆x3 βv1 − κ +
∂t ∆t x1 x1 x1 x +∆x
1 1
∂β ∂β ∂β ∂β
∆x1∆x3 βv2 − κ − ∆x1∆x3 βv2 − κ + ∆x1∆x2 βv3 − κ − ∆x1∆x2 βv3 − κ
x2 x2 x2 x +∆2 x3 x3 x3 x +∆x
2 1 3 3
∂β ∂v ∂v j ∂β ∂ ∂β
=β k −β −vj + κ
∂t ∂x k ∂x j ∂x j ∂x j xj
dβ ∂β ∂β ∂ ∂β
= + vj = κ
dt ∂t ∂x j ∂x j xj
dβ ∂β ∂β ∂ ∂β
= + vj = κ + (F − P )
dt ∂t ∂x j ∂x j xj
Quando consideramos um volume de controlo que acompanha o fluido estamos a
usar um formalismo lagrangeano (derivada total = difusão + fontes – poços),
enquanto que quando consideramos um ponto fixo do espaço estamos a usar um
formalismo euleriano (derivada local=advecção+difusão+fontes - poços).