1) O documento discute como calcular a velocidade média de reações químicas com base na variação da quantidade de reagentes e produtos em relação ao tempo.
2) Vários fatores podem influenciar a velocidade de uma reação, incluindo o estado físico dos reagentes, temperatura, pressão, superfície do reagente sólido e concentração dos reagentes.
3) Catalisadores aumentam a velocidade das reações alterando o mecanismo para formar um complexo ativado de menor energia, enquant
Descrição original:
velocidade media
Título original
A Velocidade Média de Consumo de Um Reagente Ou de Formação de Um Produto é Calculada Em Função Da Variação Da Quantidade de Reagentes e Produtos Pela Variação Do Tempo
1) O documento discute como calcular a velocidade média de reações químicas com base na variação da quantidade de reagentes e produtos em relação ao tempo.
2) Vários fatores podem influenciar a velocidade de uma reação, incluindo o estado físico dos reagentes, temperatura, pressão, superfície do reagente sólido e concentração dos reagentes.
3) Catalisadores aumentam a velocidade das reações alterando o mecanismo para formar um complexo ativado de menor energia, enquant
1) O documento discute como calcular a velocidade média de reações químicas com base na variação da quantidade de reagentes e produtos em relação ao tempo.
2) Vários fatores podem influenciar a velocidade de uma reação, incluindo o estado físico dos reagentes, temperatura, pressão, superfície do reagente sólido e concentração dos reagentes.
3) Catalisadores aumentam a velocidade das reações alterando o mecanismo para formar um complexo ativado de menor energia, enquant
A velocidade mdia de consumo de um reagente ou de formao de um
produto calculada em funo da variao da quantidade de reagentes e
produtos pela variao do tempo.
O mais comum representar as quantidades em mol/L e indic-las entre colchetes; mas elas tambm podem ser representadas pela massa, quantidade em mols, volume gasoso etc. O intervalo de tempo pode ser representado por: segundos, minutos, horas etc. Quando calculada, a variao da quantidade consumida (reagentes), esta ser negativa, porque a variao corresponde quantidade final menos inicial. Para evitar o surgimento de velocidade negativa, usamos o sinal negativo na expresso ou a variao em mdulo, sempre que nos referimos aos reagentes. Exemplo: N 2(g) + 3H 2(g) 2 NH 3(g)
v m de consumo de N 2 = v m de consumo de H 2 = v m de formao de NH 3 = Os reagentes so consumidos durante a reao e a sua quantidade diminui com a variao do tempo, enquanto os produtos so formados e suas quantidades aumentam com o tempo. Graficamente, podemos representar.
Com relao velocidade mdia de consumo ou formao, podemos dizer que diminuem com o passar do tempo, porque a quantidade que reage torna-se cada vez menor.
Para calcularmos a velocidade mdia de uma reao sem especificar formao ou consumo deste ou daquele produto ou reagente, basta dividirmos a velocidade mdia de consumo ou formao pelo coeficiente estequiomtrico apropriado. Para a reao. N 2(g) + 3 H 2(g) 2 NH 3(g)
v m da reao = Observao Neste caso, a quantidade que reage ou que formada no pode ser representada por massa. 2. Condies de Ocorrncia Para que uma reao qumica se processe, devem ser satisfeitas determinadas condies. So elas: 2.1. Afinidade Qumica a tendncia intrnseca de cada substncia de entrar em reao com uma outra substncia. Por exemplo: cidos tm afinidades por bases, no-metais tm afinidades por metais, reagentes nuclefilos tm afinidade por reagentes eletrfilos. 2.2. Contato entre as Molculas dos Reagentes As reaes qumicas ocorrem como resultado de choques entre as molculas dos reagentes que se encontram em movimento desordenado e contnuo. Exemplo A 2 + B 2 2AB Para haver reao, o choque entre as molculas deve provocar rompimento das ligaes presentes em A 2 e B 2 , permitindo que novas ligaes aconteam, formando assim a substncia AB. Este tipo de choque denominado por choque efetivo. O choque ser efetivo se houver: a) direo correta: as molculas dos reagentes devem colidir numa orientao e num ngulo adequados. Exemplo 1
O ngulo e a orientao no favorecem a ocorrncia da reao. Exemplo 2
O ngulo e a orientao no favorecem a ocorrncia da reao.
ngulo e orientao so favorveis ocorrncia da reao. b) energia de ativao: as molculas dos reagentes devem colidir com energia suficiente para formar o complexo ativado, que um composto intermedirio e altamente instvel, resultante de choques eficientes, em que as ligaes iniciais se enfraquecem e as novas ligaes comeam a se formar. O complexo ativado o composto mais energtico da reao toda. Exemplo
Chamamos energia de ativao quantidade de energia que devemos dar aos reagentes para que eles se transformem em complexo ativado. Se representarmos em grfico os nveis de energia dos reagentes, complexo ativado e produtos em funo do caminho da reao, teremos: Grfico 1 Reao exotrmica (H < 0)
Onde: 1) Energia de ativao 2) Variao de entalpia (H) Grfico 2 Reao endotrmica (H > 0)
Onde: 1) Energia de ativao 2) Variao de entalpia (H) Portanto, toda coliso que ocorre e resulta em reao chamada coliso eficaz ou efetiva, coliso que ocorre e no resulta em reao chamada de coliso no-eficaz ou no efetiva. 3. Fatores que influem na Velocidade das Reaes Sabemos que a velocidade da reao depende, evidentemente, do nmero de choques entre molculas, da violncia com que estes choques ocorrem e da orientao correta das molculas no instante do choque. Entretanto, existem certos fatores externos que influem na velocidade de uma reao. So eles: 3.1. Estado Fsico dos Reagentes De maneira geral, os gases reagem mais rapidamente que os lquidos, e estes mais rapidamente que os slidos, j que no estado gasoso as molculas se locomovem com muita facilidade, provocando um grande nmero de choques, o que facilita a quebra de suas ligaes. J no estado slido, a superfcie de contato, para que ocorra o choque, pequena, fazendo com que, em geral, a reao seja bastante lenta. 3.2. Temperatura Todo aumento de temperatura provoca o aumento da energia cintica mdia das molculas, fazendo com que aumente o nmero de molculas em condies de atingir o estado correspondente ao complexo ativado, aumentando o nmero de colises eficazes ou efetivas e, portanto, provocando aumento na velocidade da reao. Podemos representar graficamente a relao entre o nmero de molculas de um sistema em funo da cintica destas molculas (curva de Maxwell- Boltzmann).
Note que, numa temperatura T 1 , a quantidade de molculas em condies de reagir (com energia igual ou superior a E at ) menor que numa temperatura maior T 2 . O aumento na temperatura faz com que ocorra um aumento da energia cintica mdia das molculas, deslocando a curva para a direita, fazendo com que o nmero de molculas em condies de reagir aumente. Uma regra experimental, que relaciona o aumento de temperatura com a velocidade de uma reao a regra de Vant Hoff: Um aumento de 10 C na temperatura duplica a velocidade de uma reao qumica. Exemplo Sendo a velocidade de uma reao igual a 3,0 mols/min a 20 C, calcule a sua velocidade a 50 C. Resoluo 20 C __________ 3,0 mols/min 30 C __________ 6,0 mols/min 40 C __________ 12 mols/min 50 C __________ 24 mols/min 3.3. Eletricidade Existem reaes que precisam ser iniciadas por meio de uma descarga eltrica, aps o que prosseguem espontaneamente. A fasca eltrica fornece energia para que algumas molculas possuam condies de reagir (formao do complexo ativado); o calor liberado pela prpria reao suficiente para desencadear a reao na sua totalidade. Exemplo 2H 2(g) + O 2(g) 2H 2 O 3.4. Luz Muitas reaes adquirem energia da luz, principalmente nas radiaes ultravioleta. A luz e outras radiaes eletromagnticas exercem um efeito semelhante ao da eletricidade, fornecendo energia para que, de incio, algumas molculas apresentem condies de reao (energia igual ou superior energia de ativao). Exemplo H 2(g) + Cl 2(g) 2HCl 2
3.5. Presso A presso s apresenta influncia aprecivel na velocidade de reaes em que pelo menos um dos reagentes gasoso. O aumento da presso causa diminuio de volume acarretando aumento no nmero de choques, o que favorece a reao e, portanto, aumenta a sua velocidade.
Com a diminuio da presso, aumenta o volume do recipiente, diminuindo o nmero de choques moleculares entre os reagentes e, portanto, diminuindo a velocidade da reao. 3.6. Superfcie do Reagente Slido Quanto maior a superfcie do reagente slido, maior o nmero de colises entre as partculas dos reagentes e maior a velocidade da reao. Em uma reao que ocorre com presena de pelo menos um reagente slido, quanto mais finamente dividido for este slido, maior ser a superfcie de contato entre os reagentes. Exemplo Zn (s) + 2 HCl (aq) ZnCl 2(aq) + H 2(g)
Na equao acima, que representa a reao, se utilizarmos, num primeiro experimento, zinco em barra e, num segundo, zinco em p, a velocidade da reao no segundo ser muito maior que no primeiro experimento. 3.7. Catalisador e Inibidor Catalisador a substncia que aumenta a velocidade de uma reao, sem sofrer qualquer transformao em sua estrutura. O aumento da velocidade conhecido como catlise. O catalisador acelera a velocidade, alterando o mecanismo da reao, o que provoca a formao de um complexo ativado de energia mais baixa. So caractersticas dos catalisadores: a) o catalisador no fornece energia reao; b) o catalisador participa da reao formando um complexo ativado de menor energia: c) o catalisador no altera o H da reao; d) o catalisador pode participar das etapas da reao, mas no consumido pela mesma.
O inibidor uma substncia que diminui a velo-cidade das reaes, por formar um complexo ativado de alta energia de ativao. Contudo, o inibidor consumido pela reao.
e) as reaes envolvendo catalisadores podem ser de 2 tipos: catlise homognea: catalisador e reagentes no mesmo estado fsico; catlise heterognea: catalisador e reagentes em estados fsicos diferentes. Exemplos
Catlise homognea
Catlise heterognea Observao: Existem casos de autocatlise, no qual o catalisador um dos produtos da prpria reao. Estas reaes iniciam lentamente e medida que o catalisador vai se formando, a velocidadeda reao vai aumentando. Encontramos substncias que atuam no catalisador, aumentando sua atividade cataltica: so chamadas de ativadores de catalisador ou promotores. Outras diminuem ou mesmo destroem a ao do catalisa-dor: so chamadas venenos de catalisador. 3.8. Concentrao dos Reagentes Lembrando que uma reao se processa por meio de choques moleculares, conclui-se facilmente que um aumento de concentrao dos reagentes determina um aumento da velocidade da reao pois, aumentando-se a concentrao, aumenta-se o nmero de molculas reagentes e, conseqen- temente, aumenta, tambm, o nmero de choques moleculares.. Vamos analisar a reao entre A e B em 3 situaes diferentes, todas ocorrendo num recipiente de mesmo volume: A + B AB 1 a situao 1 molcula de A e 1 molcula de B
Se houver uma molcula de A e 1 molcula de B, haver certa probabilidade de choque e, conseqentemente, certa velocidade de reao. 2 a situao Dobremos a concentrao de um dos reagentes:
Ao se dobrar a concentrao de A (ou de B), a probabilidade de a molcula de um dos reagentes chocar-se com a molcula do outro reagente dobra, e, conseqentemente, a velocidade da reao aumenta duas vezes. 3 a situao Dobremos a concentrao dos dois reagentes.
Se duplicarmos simultaneamente o nmero de molculas de A e B, a probabilidade de choque ser quatro vezes maior e a velocidade quadruplicar. Concluindo, podemos dizer que o aumento da concentrao dos reagentes (nmero de molculas por unidade de volume) aumenta o nmero de choques, fazendo aumentar a velocidade das reaes. Vrios cientistas tentaram estabelecer uma relao matemtica entre a velocidade da reao e a concentrao, entretanto, foram Guldberg e Waage, em 1867, que enunciaram a lei que relaciona essas duas grandezas, a qual recebeu o nome da Lei da Ao das Massas, cujo enunciado o seguinte: A velocidade de uma reao diretamente proporcional ao produto das concentraes molares dos reagentes, elevadas a potncias determinadas experimentalmente. Para reaes que se realizam em uma s etapa (reaes elementares), as potncias que elevam as concentraes coincidem com os coeficientes da reao. Assim, para a reao: aA + bB cC + dD a lei da velocidade expressa por: v = K [A] a [B] b
em que: v velocidade da reao [A] concentrao molar do reagente A [B] concentrao molar do reagente B a ordem do reagente A b ordem do reagente B a + b ordem global da reao K concentrao cintica ou constante de velocidade da reao Exemplos NO 2 + CO NO + CO 2
v = K [NO] [CO] Lei de Velocidade 2 NO + H 2 N 2 O + H 2 O v = K [NO] 2 [H 2 ] Lei de Velocidade Para as reaes no-elementares (ocorrem em vrias etapas), a velocidade da reao determinada pela velocidade de etapa mais lenta do mecanismo. Por exemplo: 4 HBr (g) + O 2(g) 2 H 2 O (g) + 2 Br 2(g) (equao global) cujo mecanismo : HBr + O 2 HBrO 2 (Etapa lenta) HBrO 2 + HBr 2 HBrO (Etapa rpida) 2 HBrO + 2HBr 2H 2 O + 2Br 2 (Etapa rpida) A lei de velocidade determinada pela etapa lenta e no pela equao global. v = K [HBr] [O 2 ] Em decorrncia das consideraes feitas acima, podemos definir dois conceitos muito importantes na cintica qumica: Ordem: corresponde aos expoentes dos termos de concentrao na lei de velocidade. Exemplo: 2 NO + H 2 N 2 O + H 2 O v = K [NO] 2 [H 2 ] Em relao ao NO, a reao de 2 a ordem ou ordem 2. Em relao ao H 2 , a reao de 1 a ordem ou ordem 1. Em relao reao, sem especificar reagente, 3 a ordem ou ordem 3 (soma de todos os expoentes na lei de velocidade). Molecularidade: o nmero de molculas que se chocam para que ocorra uma reao elementar ou uma etapa de uma reao no-elementar. Assim, as reaes podem ser moleculares, bimoleculares e trimoleculares. Exemplo