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Matéria paga por Ildefonso, flamenguista de coração, atleticano por evolução.
ELOIR: um cidadão que merece respeito
Tenho dúvida quanto o ano. Talvez início da década de 60, eu devia ter uns 9 anos. Do gol eu
não esqueço. Ficou retido na minha memória. Um cruzamento da direita, feito pelo Cidinho
Vieira, sobre a grande área, na marca do pênalti. Um crioulinho subiu, amorteceu a bola no
peito, desceram juntos, e antes que ela tocasse ao solo, chutou de pé direito, no ângulo
direito da meta do juvenil do Ubaense. Um golaço que teima em ficar na minha reminiscência
futebolística. O mais belo gol que até então meus olhos presenciaram. Nesse tempo ver
futebol na TV nem pensar. Guidoval nem tinha televisão. Os craques do Rio de Janeiro e São
Paulo só eram vistos através do Canal 100, do Carlos Niemeyer, no cinema do Severino Occhi,
mesmo assim com alguns meses depois do evento. Pelé já era o Rei do Futebol. Todo interior
do Brasil via no primeiro moleque bom de bola um novo Pelé. Guidoval enxergou o seu novo
Pelé em ELOIR, filho do Sô Lanchim e D. Alzira. Adolescente, foi para o Nacional de Visconde
do Rio Branco e depois para o Sport de Juiz de Fora. De longe íamos acompanhando a sua
trajetória, torcendo pelo seu sucesso. Mais tarde, quando poucos tinham televisão em nossa
cidade, presenteou a sua mãe com uma, preto-e-branco – um luxo, fruto dos gols que marcou
pelo Sport. Entretanto, os deuses do futebol não lhe estenderam o manto da consagração
triunfal. Quis o destino que ele não ficasse rico e famoso. Em 1982, escrevi, em sua
homenagem, um poema “Majestade de um Rei sem Reino” publicado no livro “Saudade
Sapeense”, que pode ser lido, na íntegra, no Site de Guidoval, no endereço:
http://planeta.terra.com.br/turismo/guidoval/eloir.htm. “Efêmera glória, etéreo sucesso, a
fama arquivada prematuramente. O vazio da realidade, da sorte, dos amigos, portas
fechadas”. Seriam menos amigos os que agora recolhem suas mãos receosas do fracasso, fosse
Eloir uma celebridade? Não custa perguntar, né! Sempre ouvi dizer que o Eloir marcara gols
no Atlético (Galo) e Cruzeiro (Raposa). Resolvi, apurar, pesquisar, passar a limpo. Enviei e-
mails para diversas pessoas buscando informações sobre os jogos dos times de Juiz de Fora
contra os times de Belo Horizonte. Respondeu-me o Sr. Henrique Ribeiro, do Depto de
Estatísticas do Cruzeiro Esporte Clube, passando-me as datas e os resultados dos jogos do
Campeonato Mineiro de 1970 e 1971. De posse desses dados fui até ao centro de pesquisa do
jornal Estado de Minas e confirmei que Eloir marcara gols no Cruzeiro e Clube Atlético
Mineiro, em pleno Mineirão.
“(...) Foi quando o Atlético estava esperando marcar o seu gol que o Sport fez um contra-
ataque e marcou. A defesa estava desprevenida. Antes da bola chegar em frente à área,
Grapete e Vantuir, os dois zagueiros, estavam batidos. Edinho recebeu em frente à meia-lua
e, quando Careca se adiantou, ele fez o passe para Eloir, que corria junto a Humberto. Eloir
esperou Careca sair do gol, enganou o goleiro e Humberto, com um giro sobre a bola, e
chutou de pé esquerdo, fazendo 1 a 0(...).”
ATLÉTICO – Careca, Humberto, Grapete, Vantuir e Cincunegui; Vanderlei e Oldair;
Vaguinho, Dario, Laci (Beto) e Tião (Ronaldo).
SPORT – Manga, Maurício, Edmar, Fifi e Augusto; Guilherme e Haroldo; Edinho, Guará,
Cabral e Eloir.
ESCLARECENDO
Em 15/jul/1970, o SPORT venceu o Atlético, por 1 a 0, gol de Eloir, na única partida que o
GALO perdeu na temporada, quando se sagrou campeão mineiro, quebrando uma seqüência
de cinco títulos consecutivos do Cruzeiro. O time do Atlético que disputou essa partida foi
praticamente o mesmo que ganhou o primeiro campeonato brasileiro em 1971, comandado
pelo grande Telê Santana.
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“(...) Na estréia de Filpo Nunes, o Cruzeiro perdeu de 2 a 1 para o Sport de Juiz de Fora, o
único time que venceu o Atlético até agora. Na sua despedida: o novo time do Cruzeiro
perdeu a invencibilidade que mantinha há quatro rodadas.(...)”
“(...) O primeiro gol foi aos 30m. Guará dominou no meio e lançou Eloir. O ponta, sem
marcação, recebeu e chutou encobrindo a Tonho. Morais tentou salvar o gol mas não
conseguiu. Dois minutos depois, houve um córner pela direita. Na cobrança, Guará cabeceou
para Eloir que, de costas, chutou de virada. Antes de entrar, a bola ainda tocou na trave.
(...)”
“(...) O Cruzeiro tentou a reação mas fez apenas um gol aos 39m. Raul Fernandes foi à linha
de findo, como um ponta, e centrou para trás a Gilberto, que chutou forte no canto
esquerdo de Cavalheiro.(...)”
Os times jogaram assim:
SPORT – Cavalheiro, Zico, Edmar (Clóvis), Fifi e Augusto; Guilherme e Haroldo; Edinho
(Cabral), Guará, Ademir e Eloir.
CRUZEIRO – Tonho, Raul Fernandes, Morais, Emerson e Neco; Dirceu Batista, Spencer; Gil,
João Ribeiro (Gilberto), Eduardo e Ferreira.
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SALIM - um mestre inesquecível
A primeira lembrança que guardo do Professor Ibsen Francisco de Sales vem do final de 1963.
Ele e o ex-prefeito José Pinto de Aguiar criaram um cursinho preparatório para ingressar no
Ginásio Guido Marlière. Terminava eu o 4º ano do grupo escolar com a querida Profª Élvia Reis
de Andrade. Graças ao somatório dos ensinamentos desses mestres fui aprovado em primeiro
lugar no exame de admissão, para surpresa de muitos, inclusive a minha. Passei raspando em
Português com a nota 5, a
mínima permitida. A média
geral não foi grande coisa:
6,9. O primeiro lugar não foi
por mérito meu e sim pelas
dificuldades do famigerado
exame que impediu vários
rapazes de matricular-se no
ginásio. Muitos colegas não
foram aprovados nesta
etapa. Ficaram para os
próximos anos. Mas não
quero falar disso. O meu
assunto é o Prof. Ibsen,
carinhosamente conhecido
por Salim. Fiz, em 1964, o
primeiro ano ginasial, hoje
5ª série, com o Prof. Ibsen
lecionando Português para
uma turma enorme. Alunos
de várias faixas etárias,
alguns meninotes, outros
rapagões.
Ia de desatentos a rebeldes,
de tímidos a bagunceiros. Nada que uma boa reprimenda não controlasse a classe. Aos mais
afoitos ameaçava-lhes bater com uma gigantesca vara de talo ubá. Intimidação nunca levada
a efeito, mas o suficiente para acalmar petulantes e assim poder explanar as suas
inesquecíveis aulas. Só para se ter uma idéia do encantamento dessas aulas, até hoje são
rememoradas por saudosos alunos. Quando em férias na cidade, pois em 1965 fui estudar em
Rio Pomba, corria a assistir às suas aulas. Quem não se lembra das encenações e histórias
como a do “ME DÁ MEU ANEL...” e outras invenções de sua mente criativa. Quando ouvia
alguém dizer “PRA MIM FAZER”, Salim bronqueava desesperado, dizendo: “MIM NÃO FAZ
NADA”. Aprenda de uma vez por todas: “PARA EU FAZER.”
Voltando no tempo
Ibsen Francisco de Sales, filho de Antônio Fernandes de Oliveira e Maria Madalena de Oliveira,
nasceu a 29 de janeiro de 1920, na Fazenda do Progresso, distrito de Sereno, município de
Cataguases. Mais tarde mudou-se para fazenda Santa Cruz que hoje pertence a Guidoval. Ali
viveu toda sua infância e adolescência, no seu dizer “no meio de pessoas broncas”. Não
existiam escolas para se estudar nas proximidades. Aprendeu as primeiras letras com sua irmã
mais velha Maria Augusta de Oliveira. Aos 22 anos saiu da fazenda para tentar a vida na
cidade. Acolheu-o seu tio Teófilo Teodoro da Silva com quem praticou em farmácia na
localidade de Coimbra, à época, distrito da cidade de Viçosa. Depois trabalhou na farmácia
Gomes em Visconde do Rio Branco. Seguiu-se dali para o Rio de Janeiro para exercer a mesma
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profissão. Por não se adaptar com a mudança de clima, retornou a Minas Gerais e foi viver em
Belo Horizonte, nos anos de 1.954 e 1.955, quando fez o curso de Auxiliar de Enfermagem.
Trabalhou nesta profissão na campanha contra a Tuberculose, doença terrível naquele tempo.
Por essa ocasião trouxe de Belo Horizonte para Guidoval o “Jogo de Buraco”. Logo se
transformou no passatempo predileto dos amantes do carteado, com a vantagem de não se
apostar em dinheiro, impedindo prejuízos monetários aos competidores, quando se sabe que
em Guidoval já se perderam até fazendas nas mesas de Pif, Cunca e Pôquer. A moda
espalhou-se. Entre os adeptos, podemos citar o irmão Jésus Fernandes de Oliveira e os amigos
Adauto Pacheco Ribeiral, Cândido Alves (Duzin) Vieira Filho, Chiquito Galdino, Jorge (Negão)
do Tilúcio, Odilon Marcelo, Oséas Teixeira Albino, Zé Bressan, Zé Maria Matos. Em 1956 o
Salim fundou o jornal “Espião”, de curta duração. O diferencial consistia na forma como era
redigido, todo em charadas e trocadilhos, criticando o cotidiano duma Guidoval dando os
primeiros passos como cidade. Ele 1.957 retorna ao Rio de Janeiro para trabalhar novamente,
durante o dia, no ramo Farmacêutico. À noite, estudava numa escola particular o curso de
madureza. Em 1966 conseguiu o certificado do primeiro grau. Estabelece por uns tempos em
Cataguases no comércio de secos molhados. Abandonou esse comércio para ser secretário
particular do Prefeito Francisco Moacir da Silva em Guidoval. Paralelamente leciona
Português no Ginásio Guido Marlière. Freqüenta vários cursos de adestramento para
professores (CADES). Obtém o registro definitivo de professor em 1968 apenas com o
certificado de 1º Grau. Estuda segundo Grau no Colégio Raul Soares em Ubá. Além da Escola
Estadual Guido Marlière leciona ainda na Escola José Januário Carneiro, em Ubá, até 1985.
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“Admirador da poesia, principalmente a poesia tradicional, pela simetria dos versos e de
rimas!”.
Na Internet, site da cidade de Guidoval, tem o Cantin do Salim, na página
http://planeta.terra.com.br/turismo/guidoval/frsalim.htm onde pode-se ler algumas de suas
poesias, charadas, apontamentos e um exemplar completo do jornal “Espião”. No início da
década de 70 os boêmios e seresteiros encontravam-se no Bar do Oscar Occhi que fazia “o
melhor bife acebolado de toda a região”. Por essa época, eu começava a arranhar os
primeiros acordes ao violão. Inúmeras vezes acompanhei o Salim interpretando “RAPSÓDIA
NEGRA”, texto de Martins Fontes, que o Prof. Ibsen, em primorosa adaptação, transformou
em poesia.
Em 1978, em plena terça-feira de carnaval, o Salim intimou-me a abandonar o baile momesco
no “Clube Francisco Campos” para acompanhar o Bijica (José Occhi) numa serenata.
A princípio, tentei adiar o evento para um outro dia. Não consegui. Salim usou de argumento
“ad populam” (*) .
Durante o percurso da serenata o cordão foi só aumentando. Sem dúvida, uma serenata
memorável, patrocinada pelo romantismo e insistência do Salim, carregando um litro de
conhaque e outro de campari para matar a nossa sede.
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Um guidovalense notável
Formado em Letras Neolatinas, Dr. Edison escreveu com fina ironia, crônicas
saborosas sobre o cotidiano, belas histórias colhidas ao longo do tempo como “A
sobrevivência do amor”, “Carta a um brasiliense enfermo”, “Beethoven e o samba”,
“Um mistério de 50 anos”, “Parabéns pra você”, “Um caso de amor”.
A crônica que empresta o nome ao livro - Entre o que foi e o que virá – é
premonitória ao relatar que “as mulheres se amotinaram por um pedaço de pano, a
menos ou a mais, na saia de seu vestido” na “voluntariosa e incoerente moda
feminina”, prevendo de certa forma, a minissaia surgida só duas décadas depois.
Dr. Edison saiu de nossa cidade, ainda adolescente, em 1936 para estudar e
trabalhar. Nunca se esqueceu da nossa terrinha, tanto que Guidoval é citada umas 15
vezes na obra, além do Chopotó, Marlière, nossas ruas, praças, bandas de músicas e
times de futebol.
O livro é dedicado à esposa Neuza e aos filhos Mônica, Marcos e Edson Jr.
Como guidovalense também me sinto homenageado. Vale a pena lê-lo.
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MISÉRIA DA ALMA HUMANA
Fecha o semáforo da Avenida Francisco Sales com Avenida Brasil, coração
boêmio do Bairro São Lucas, frente ao barzinho Tarot. Paro o carro. São quase treze
horas, início do mês de junho, que apesar de outono no fim, já se prenuncia em frio
de inverno belo-horizontino, através de seu vento miúdo e renitente.
Sentado na lateral da rua o paraplégico esmoler, descamisado literalmente,
expõe a mudança do tempo através dos poros de seu dorso desnudo, pele, pelos
empolados e hirtos.
Ironia ou não do destino, momentos antes havia eu tirado do porta-malas de
meu carro uma blusa que herdei de meu pai após a sua morte. Por prudência, nesses
tempos instáveis, deixo-a sempre ao meu alcance. Naquele instante encontrava-se
estirada no banco do carona.
A blusa cinza que poderia agasalhar o pedinte bem ao meu lado. Fiz tenção
em tirar uma moeda qualquer e dar ao pobre que nada me pedira. Não tinha moedas
na carteira ou outra quantia insignificante que se costuma dar aos infortunados.
Pensei em meu pai, Zizinho do Marcílio, e na sua conhecida e reconhecida
benevolência em Guidoval, pequena cidade mineira da Zona da Mata. Assenti, com
meus botões, meu pai lhe daria a blusa incontinenti.
Cogitei em lhe dar o agasalho que pertenceu ao meu pai. Cismei, será que é
isto que o meu pai quer, seja de onde estiver? Meditei, alguém está me colocando à
prova?
Capetinhas e querubins, do sim e do não, ziguezaguearam meu pensamento
gritando argumentos prós e contras: “Estás querendo comprar uma passagem para o
céu”, “Insensível, desumano, egoísta”, “são francisco do asfalto poluído”, “quixote
das causas perdidas”.
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Um cidadão em busca de cidadania
Sem o vigor da juventude, aos 63 anos de idade já não tem mais a altivez de um rei ou o
corpo atlético de um guerreiro africano. Seus ancestrais vieram para o Brasil em navios
negreiros, seqüestrados quem sabe da nação Cabinda, Benguela e Jêje; do povo Nagô ou da
etnia dos Bantos de Angola, negros vindos do Gongo e da Guiné.
Não sofreu a injúria da escravidão imposta aos seus antepassados, mas padeceu as
suas conseqüências, nascendo em berço humilde, sem recursos para custear-lhe os estudos,
passaporte de um futuro melhor.
É raro vê-lo, atualmente, andando por nossas ruas e quando o faz apóia-se num
cajado que não chega a ser um báculo e mais parece uma bengala a lhe servir de porrete para
se proteger dos cães vadios que infestam a cidade.
Na juventude, o porte físico privilegiado, quase dois metros de altura, assegurou-lhe o
ingresso na Polícia Militar de Minas Gerais, destacando-se no atletismo ao ganhar várias
competições em diversas modalidades como 100 e 200 metros rasos, revezamento 4X100,
Arremesso de Peso, Lançamento de Disco, Dardo e Martelo.
Em 1968 a Confederação Brasileira do Desporto, presidida na época por João
Havelange, realizou na cidade de Ipatinga provas eliminatórias para as Olimpíadas no México.
Patinou na largada da corrida, perdendo preciosos centésimos de segundo que lhe garantiria
vaga na equipe brasileira. A mão torta do destino negou-lhe galgar os degraus da fama,
ocasião em que Nelson Prudêncio ganhou uma medalha de prata no Salto Triplo.
Tivessem os deuses do Olimpo laureado a sua carreira com conquistas, títulos,
prêmios e fortuna, muitos dos que hoje lhe viram as costas, seriam os primeiros bajuladores.
Aos 16 anos, em 1958, tornou-se goleiro titular do Cruzeiro, defendendo o nosso time
por mais de 23 anos, até 1981. Evitou derrotas humilhantes, colaborou com vitórias
inesquecíveis, fazendo defesas espetaculares, agarrando chutes indefensáveis em saídas
arrojadas e corajosas. A sua reposição de bola era um contra-ataque, com chutes de bate-
pronto atravessando toda extensão do campo, colocando nossos atacantes à frente do gol
adversário.
Jogou em grandes equipes da região como o Nacional e Sport de Visconde de Rio
Branco, Manufatora de Cataguases. Consagrou-se como campeão municipal pelo Boa Vista
(Lagartixa), sendo o goleiro menos vazado da competição.
Hoje comanda, na Rua do Alto, um modesto time com o poético nome “Assim somos
nós”, que serve para atrair a atenção dos jovens para o esporte ao invés das drogas.
Numa final da década de 50, ainda inexperiente, começando a difícil carreira de
goleiro, falhou num gol marcado pelo Itararé, numa sensacional final de campeonato.
Quiseram por toda culpa da derrota nele, assim como fizeram com o grande goleiro Barbosa
em 1950. Esquecem esses críticos que ERRAR É HUMANO, ainda mais jogando na difícil posição
onde nem grama nasce. E depois o Itararé já havia vencido o Cruzeiro dentro do nosso campo
e contava com craques como Jarbas, Genaro, Binha e Conrado. Perdemos porque o adversário
era melhor.
Contou-me que a sua melhor partida foi contra o 1º de Maio que ganhou do Cruzeiro
dentro do “Ninho das Águias” por 3 X 0 e no match de volta em Mirai a expectativa era que
seríamos massacrados. Pois bem, naquela tarde uns dos ídolos do futebol que guardo da
infância, fechou o gol, pegou tudo, até pensamento e o jogo terminou em 0 X 0, um empate
com sabor de vitória.
Nasceu em 20/07/1942 no distrito de Diamante. É o filho mais velho dos saudosos
Antônio Máximo e Alzira Gomes. Refiro-me a José Alan Máximo, o ZÉ ALAN, um cidadão em
busca da cidadania guidovalense.
Espero que no próximo 26 de julho, na FESTA DE SANTANA, um vereador inspirado lhe
dê o ”Título de Cidadão Guidovalense”, é o mínimo que podemos fazer a quem tanto
defendeu as cores alvinegras do nosso glorioso CRUZEIRO FUTEBOL CLUBE.
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Transparência administrativa, respeito ao cidadão
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Legislar e fiscalizar, é só começar...
Muita gente, a maioria, desconhece ou não dá importância à Câmara
Municipal. Votam, às vezes, em vereadores por favores recebidos como uma carona
até o hospital em Ubá, uma caixa d’água, um saco de cimento ou um punhado de
telhas. A distribuição destes mimos e pequenos agrados desobrigam os vereadores de
exercerem as suas verdadeiras funções de LEGISLAR, FISCALIZAR e DELIBERAR. O
prejuízo deste desvio de conduta é da sociedade.
A Câmara Municipal é responsável por criar leis que assegurem direitos aos
cidadãos e melhorias ao município. Fiscalizar e a acompanhar a execução do
orçamento. Julgar as contas da prefeitura. Fixar vencimentos dos servidores
públicos. Dar forma ao Regimento Interno, e principalmente, elaborar a Lei Orgânica
(Constituição do Município), suas alterações, acréscimos e aprimoramento.
Houve um tempo em que os vereadores nada recebiam para exercer a sua
nobre missão. Bons tempos, hein!!! Pela nossa Câmara passaram ilustres
guidovalenses que exerceram a vereança sem nenhum pagamento. A recompensa???
Servir ao município, ora bolas!!!
Era comum um vereador pedir licença para que outro colega assumisse o seu
lugar. Gentlemen das causas públicas. É bom que se saiba que política não é
PROFISSÃO e sim um ENCARGO, ofício de doar-se à coletividade.
O “golpe de 64” criou monstrengos e casuísmos como senadores biônicos,
prefeitos nomeados, eleições indiretas e remuneração a vereadores em cidades com
menos de cem mil habitantes.
Garanto que há em Guidoval mais de 54 cidadãos dispostos a exercer de
“graça”, o cargo de vereador. Portanto, como são nove vereadores que compõem a
nossa câmara, existe mais de seis concidadãos propensos a candidatar-se para cada
cadeira de vereador.
São conterrâneos, nos mais variados segmentos representativos da sociedade,
como professores, comerciários, comerciantes, agricultores, fazendeiros,
funcionários públicos, industriais, industriários e aposentados dispostos a colaborar
com a municipalidade e desempenhar essa missão comunitária sem receber ou
usufruir do erário público.
Raras e esparsas são as reuniões da câmara e dá para conciliar as atividades
profissionais do cotidiano com a de vereador. Muito se economizaria caso não
houvesse gastos com os vereadores. Daria para construir casas populares, manter
asilos para idosos e creches infantis, doar verbas para banda de música, contratar
professores de informática, fazer convênios com cursos profissionalizantes, distribuir
bolsas de estudos. Não tudo de uma vez, é claro que faltaria grana, mas seriam
verbas substanciais que a própria Câmara poderia escolher, priorizar e definir a
aplicação.
Uma vez que os vereadores não abrem mão de seus salários, que pelo menos
cumpram com os deveres e obrigações inerentes ao mandato que lhes foi outorgado
pelo povo. Comer, coçar, legislar e fiscalizar, é só começar...
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DIA DO GUIDOVALENSE
Em 1961 o jornal “A VOZ DE GUIDOVAL”, dirigido por Trajano Fernandes Viana e José
Maciel Queiroga, o Zé do Gil, idealiza o Dia do Guidovalense a ser comemorado em 26 de
julho, junto com a festa da nossa Padroeira Santana.
À época, era prefeito o saudoso Eduardo Nicodemo Occhi que aprovou a iniciativa e
participou da primeira Comissão Organizadora do evento composta por diversos segmentos da
sociedade.
Decidiu-se que no Dia do Guidovalense o prefeito teria o compromisso de entregar
uma melhoria ao município. Na primeira festa, Eduardo Occhi inaugurou a nossa primeira
praça urbanizada: Major Albino.
A simples e luminosa idéia do jornal resultou em várias melhorias nos anos que se
seguiram, com os prefeitos executando alguma benfeitoria para o município.
Tivemos obras e obras. Aconteceram casos de negligência no cumprimento da
promessa firmada em 1961. Talvez por falta de visão administrativa ou recursos financeiros.
Não é o caso de agora denunciar. Vamos olhar para frente. Aprender com o passado,
aperfeiçoar no futuro.
Ocorreram festas e festas. O que diferencia o fracasso do sucesso numa festa é a
organização, planejamento, participação, envolvimento. A improvisação, quase sempre, é má
companheira.
É necessário, todo início de ano, formar uma comissão representativa da sociedade,
para elaborar a programação do Dia do Guidovalense. É preciso da união de todos, prefeito,
vereadores, professoras, diretoras, estudantes, religiosos, jornalistas, funcionários públicos,
comerciantes, empresários, agricultores, fazendeiros, trabalhadores em geral, juntos para o
êxito de nossa festa maior.
Devemos perpetuar tradições. Não pode faltar nas festividades a Alvorada Musical,
de preferência com banda de música de nossa terra, a Procissão e Elevação do Mastro com o
Quadro da Padroeira ao lado da fogueira, acompanhada do “Congado”, mais a bênção de
Missa Solene na Matriz de SANTANA e novena cultuando a Padroeira com participação das
comunidades rurais.
Não esquecer do Momento Cívico com hasteamento dos pavilhões Nacional, Estadual
e Municipal à frente da prefeitura e quem sabe um desfile ou apresentação de alunos das
escolas do município ou das Escolas de Samba “Calouros” e “Vila”.
É bem-vinda uma partida de Futebol do Cruzeiro ou o encerramento de um torneio
ou campeonato municipal envolvendo times da cidade e zona rural.
O povo gosta de vibrar com a emocionante Corrida de Bicicleta e à Pé, a Queima de
Fogos de Artifício à porta da igreja, um festival e apresentação de Música Sertaneja na
Praça Santo Antônio.
Para reencontros e reminiscências, os barzinhos da cidade e o Baile da Saudade.
Valorizemos a nossa cultura. É de bom alvitre uma peça de teatro, apresentações musicais,
exposição de produtos da terra, fotos e artesanatos.
Para coroar os festejos, conceder o Título de Cidadão Guidovalense a quem
realmente o mereça. Alguns agraciados não fizeram coisa nenhuma para receber a honraria.
Eram políticos que em nada contribuíram por Guidoval, apenas pescaram nossos votos,
sumiram, só aparecem de eleição em eleição.
Aproveito para lembrar de três beneméritos que ainda não foram condecorados pela
nossa Câmara Municipal. São eles: José Alan Máximo (matéria do Jornal de Guidoval - nº 15),
o fotógrafo Adão e o poeta Marcus Cremonese que escreveu o mais lindo poema de amor à
nossa cidade. Para compreendermos a ligação sentimental do Marcus com Guidoval basta
reler o artigo “E por falar em serenata...” no JG (nºs 16 e 17 - Abril e maio/2006). O Saca-
Rolha publicou o poema “De como eu amo uma cidade” no número 73 de 26 de julho de
1999.
Ah! Não pode faltar no Dia do Guidovalense a presença do Etiene que com mérito já
recebeu o título de Cidadão Guidovalense. No mais é rezar a nossa Mãe Santana agradecendo
pelas dádivas da vida.
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Um conterrâneo de bem com a vida
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CIRCO BARTHOLO
No final dos anos 50 o Circo Bartholo apresentando-se em nossa cidade foi
destruído por um forte temporal. O povo de Guidoval, hospitaleiro e solidário, ajudou
a reconstruir o circo. Considero esse gesto de grandeza dos guidovalenses um marco
na nossa história.
Há tempos venho procurando notícias sobre o Circo Bartholo. Enfim, consegui
contatar a família através de Ruy Bartholo Júnior, domador de elefantes no famoso
Parque Temático Beto Carrero Word. Disse-me que o pai, Ruy, tem um hotel na
cidade, está adoentado, sofreu três derrames, mas que Graças a Deus vem, aos
poucos, se recuperando.
Em 1999, seu pai escreveu o livro “Respeitável Público – Os bastidores do
fascinante mundo do circo”. Recebi um exemplar e li imediatamente a epopéia do
Gran Circus Bartholo.
Dentre as várias emoções que senti lendo o livro, uma foi descrita nas páginas
36 e 37, quando se fala de nossa terra. Texto que transcrevo abaixo:
“Jamais vou esquecer de Guidoval, uma pequena cidade mineira, onde um
forte temporal atingiu o circo, que não resistiu e foi ao chão, as madeiras quebradas
e o pano todo rasgado. Ainda estávamos meio aturdidos, olhando os estragos, quando
ouvimos a voz do padre Oscar pelo alto-falante, conclamando todo o povo da cidade
a nos ajudar a reerguer o circo.
- Povo de Guidoval – gritava ele. – Vamos ajudar o Bartholo (meu pai). Temos
que levantar este pequeno circo que tantas alegrias nos trouxe. Toda ajuda será
bem-vinda!
E, imediatamente, antes que sequer nos déssemos conta do que estava
acontecendo, dezenas de mulheres afluíram ao local onde o circo jazia destroçado no
chão, empunhando agulhas e linhas para remendar o pano rasgado.
Enquanto isso, chegavam os homens, munidos de serrotes, pregos e martelos,
que prontamente se puseram a consertar tábuas, cruzetas e grades.
Tudo ficou novinho em folha, e naquela mesma noite ainda fomos
homenageados no cine-teatro da cidade, com um show de cantores locais. Mais
parecíamos heróis voltando ao lar depois da batalha! Foi realmente uma experiência
incrível.
Em Guidoval, o padre vendia ingressos para o circo na hora da missa de
domingo, quando a igreja estava lotada.
- Vamos ao circo – dizia ele. – Enquanto eu rezo, as Filhas de Maria vão vender
os ingressos.
E o padre era convincente, pois todos compravam para ajudar, até mesmo
aqueles que já tinham entradas permanentes, o que fez com que o circo ficasse uma
maravilha, em pleno período de chuvas, quando normalmente estaria sem público.
Guidoval era a cidade dos sonhos de qualquer circense da época e, se
pudéssemos, teríamos ficado lá para sempre. Mas o circo tinha de seguir o seu
caminho, para levar sua alegria a outras paragens e, assim, cumprir seu destino.”
Uma das grandes qualidades do ser humano é a gratidão. Foi o que Ruy, filho
do velho Bartholo demonstrou no livro que escreveu. Que viva, sobreviva o circo, o
riso, a cordialidade, hospitalidade e solidariedade.
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Votar para Melhorar
No Brasil existe todo tipo de político. Até honestos, mas estes são raros. Em 1993,
Lula afirmou que tinham “300 picaretas no congresso”. Ano passado surgiram os
MENSALEIROS e agora, recentemente, os SANGUESSSUGAS. São vampiros sangrando a
nós, brasileiros.
Há poucos dias um senador disse que 90% dos congressistas levavam uma BEIRADA nas
emendas apresentadas no orçamento. São estas “beiradas” que vão comendo um
pedaço de asfalto aqui, um centro de hemodiálise acolá ou a merenda de uma creche
mais adiante.
Estamos nos aproximando de mais uma eleição. Irão aparecer candidatos como
formigas em pomar abandonado. Não faltarão tapinhas nas costas, sorrisos amarelos,
promessas vãs. Em época de eleição, todos se vestem de santos e distribuem
santinhos por todos os cantos e esquinas. São PÁRA-QUEDISTAS de todas as plagas.
Parecem praga. E são.
Não troque seu valioso voto por um saco de cimento, um punhado de tijolos ou um
par de botinas. Barganha com político, quase sempre, é prejuízo certo. São as
“beiradas” que depois ficam faltando para construir escolas e hospitais, distribuir
remédios e livros, aumentar salário mínimo e aposentadoria, investir em segurança e
criação de novos empregos.
Nas últimas eleições os Deputados Federais mais votados em Guidoval foram Danilo
de Castro (1504 votos), Vadinho Baião (496 votos), Lael Varella (480 votos), Paulo
Delgado (277 votos) e Saraiva Felipe (222 votos). Serão ainda merecedores do nosso
voto? Fica a interrogação.
A Organização Não Governamental “Transparência Brasil” tem por propósito
combater a corrupção. Mantém o site www.transparencia.org.br . Nele você pode
verificar o que andam fazendo os deputados federais. Consultei os mais votados nas
últimas eleições em Guidoval. Constatei que não apresentaram nenhuma emenda
beneficiando a nossa terra. Em compensação, houve casos de cidades que receberam
recursos e deram uma votação irrisória a esses congressistas.
A lista de acusações e crimes cometidos por mais de 180 parlamentares vão desde
apropriação indébita, compra de votos, corrupção ativa e passiva, passando por
formação de quadrilha, desvio de dinheiro público, dólares na cueca, até extorsão,
estelionato, peculato e prevaricação. É podridão para corar até o PCC.
O voto é a nossa arma de cidadania, não sejamos vítimas dela. A nossa escolha pode
levar a nossa cidade, o país, a um futuro melhor. Mas pode também nos mandar ao
brejo, areia movediça de muitos candidatos que apenas buscam imunidade
parlamentar para ganhar dinheiro fácil e continuar praticando falcatruas.
Um candidato para receber o nosso voto deveria saber onde fica o FUNDÃO, que a
nossa Padroeira é a Gloriosa SANTANA e que o Agripino “não matou o coronel”.
Vamos votar em deputados que sejam da nossa região, comprometidos com Guidoval,
para que possamos depois cobrar a sua atuação parlamentar. Muitos candidatos
pagam pessoas para trabalharem por eles, cabalar e pedir votos. Não votem nesses
candidatos. Eles estão comprando os votos deles com antecedência. Depois
desaparecem por quatro anos só retornando às vésperas de novas eleições.
Não vamos votar em PICARETAS, MENSALEIROS, SANGUESSUGAS e PÁRA-QUEDISTAS.
Não é a toa que já é voz corrente: “Voto não tem preço. Tem conseqüência”.
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Voz ao vento
Tenho vários assuntos que gostaria de comentar. Faltam tempo e espaço. São
palpites, sugestões, tempestade de idéias. Nem sei por onde começar. Vamos lá...
É preciso fazer Tombamento de prédios, casarões e fazendas do município. Tombar ao
contrário do que se possa pensar, significa um conjunto de ações realizadas pelo poder
público com o objetivo de preservar, através da aplicação de legislação específica, bens de
valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a
população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados. Já perdemos os
casarões do Sebastião Reis, Juca Damato, Felisimino, Pensão da Maria Pereira, Grupo Escolar
Antigo, Prefeitura Velha, além da Igrejinha São José e Fazenda Santana (um crime). Ainda há
tempo de salvar um pouco do nosso patrimônio.
Já tivemos em atividade, simultaneamente, duas bandas de música, hoje nenhuma.
Faz falta uma Banda para nossas festas, batizados, coroações, alvoradas, procissões e até
enterros. Corporações musicais ajudam na formação de cidadãos e até de músicos
profissionais. O Ministério da Cultura tem um “Programa de Apoio a Bandas de Músicas” com
doação de instrumentos, oferta de cursos de capacitação dos regentes. O telefone para
maiores informações é (61) 3316-2126 ou (61) 3316-2104. Criar e manter uma banda é barato.
Faz bem à alma da comunidade.
O conterrâneo José Jorge, do Zé Negueta, me telefonou sugerindo gravar um CD com
músicas de guidovalenses. Registrar chorinhos do Sô Nilo, valsas e dobrados do Sô Tute, o
samba sincopado de Josias do Pombal, canções carnavalescas de Vicente do Dario e Neto
(Berkeley Silvério Gonzaga), sambas-enredo do Aloísio Pinheiro, Marcílio Vieira, Luizinho do
Virgílio e Tarcísio Mendes. Perpetuar o “Gato Preto” do Zé Manga Rosa, a toada que o Zé
Bento fez para os meninos da Memélia Ramos e Landinho Estulano. Imortalizar músicas da
dupla sertaneja Canhoto e Carlito, do violeiro e repentista Oswaldo Soares, canções do
Wanderlei do Duzin Vieira, Renatinho, Domingos Coelho, Cláudio do Chiquito e Marquim do
Leon Denis. Eternizar a música que Odilon Reis fez em homenagem ao Mundico. É possível
concretizar este projeto, basta somarmos ações do legislativo, executivo, empresários e
comerciantes.
Uns anos atrás, passando na cidade de Guarará me chamou a atenção a enorme
quantidade de casas recém-pintadas. Informaram-me que a prefeitura entra com a mão-de-
obra e o proprietário com a tinta. É só fazer um cadastro das pessoas interessadas para
priorizar a ordem de atendimento. Taí um bom exemplo a ser copiado. De quebra ainda
daríamos serviço ao Jorge do Tilúcio, Agnaldo e tantos outros pintores de nossa terra, que
poderiam também ensinar o ofício a funcionários da prefeitura que, por ventura, encontram-
se sem função.
No minifúndio de papel que me resta nesta página proponho a criação de uma pista
de “cooper” na Rua Padre Baião até a Vila Trajano. Determinar aos proprietários para murar
os seus lotes vagos. Fazer calçamento e urbanização nas imediações do Monumento do Guido.
Canalizar todo o esgoto que é despejado no Córrego da Lajinha. Gramar as encostas da Vila
Trajano, plantando flores e até árvores frutíferas. Construir, pelo menos, um trecho de
arquibancada no Campo do Cruzeiro. Pintar de cal os meios-fios existentes. Embeleza-se a
cidade com medidas simples e de baixo custo. Descobrir a localização da Aldeia do Morro
Grande onde moravam várias famílias dos índios Coroados, com um provável sítio
arqueológico com utensílios e ossadas dos silvícolas, primeiros habitantes de nossa terra, a
ser explorado turisticamente. Criar, através de voluntários, cursos de artesanato, tricô,
crochê, bordados, doces, salgados. Alguns de nossos abnegados e magnânimos professores,
em horários disponíveis, poderiam criar um cursinho intensivo gratuito, nos meses de outubro,
novembro e dezembro, para melhor capacitar os nossos jovens alunos que queiram ingressar
num curso superior em Ubá, Viçosa e Juiz de Fora.
Finalizando, ajardinar e florir as nossas praças, resgatar o nosso Canário da Terra,
deixando pratos de canjiquinha, suspensos, espalhados pela cidade e transformar a frase
“Guidoval, a mais mineira das cidades” do escritor Lúcio Cardoso em slogan oficial do nosso
município.
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Memórias Sapeense
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Conde de Afonso Celso, filho do Visconde de Ouro Preto. Tarquínio B.
Grandis (1897) completou a colonização rural da fazenda com um número de
25 famílias (quatro nacionais, carreiros, terreireiros), edificou uma colônia
com “20 cômodos de tijolos, cobertos de telha, substituindo as imundas
senzalas”, introduziu várias melhorias, construiu uma “rede de caminhos”. É
uma fazenda histórica. O novo proprietário, Dr. Luiz Senra de Oliveira,
transformou a lindíssima casa residencial em luxuosa mansão para o veraneio,
os salões ostentando telas de autores celebres, nacionais e estrangeiros.
Belarmino Campos
Nasceu a 27 de maio de 1864, no distrito de Sant’Ana do Sapé. Quando
da fundação em 1891, do “ATENEU SAPEENSE” foi eleito o professor Belarmino
Campos, seu primeiro presidente. Foi autodidata. Ocupou posições humildes,
de início, sendo ourives e relojoeiro, comerciante, até que aprendeu a arte
dentária, onde se fixou, revelando seu pendor científico na arte fotográfica e
no manejo do cinematógrafo incipiente. Perseverante e dedicado, inteligente
e tenaz, pôde dar enorme prestígio ao “Ateneu Sapeense”, esta entidade
cultural, que dirigiu por dilatados anos. Chegou a trazer ao Sapé de Ubá a
mais famosa empresa teatral, dirigida pela célebre Itália Fausta. Deixou o
convívio de seus companheiros e amigos no dia 9 de agosto de 1935, em
Guidoval.
Informação do JG:
Itália Fausta nasceu em 1887. Era considerada uma das maiores artistas
brasileiras do início do Século XX. É como se hoje se apresentasse na nossa
humilde terrinha a atriz Fernanda Montenegro.
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O mais novo Sergipano
O Superintendente Regional da Caixa Econômica Federal de Sergipe é Gilberto
Magalhães Occhi, filho dos conterrâneos Glorinha Magalhães e José (Bijica) Occhi, o
maior cantor de nossa cidade nos idos de 1960. Seu avô paterno, Orestes Occhi, foi o
maior leiloeiro da história do nosso município. Seu avô materno, Dilermando Teixeira
Magalhães, foi o segundo prefeito de Guidoval e realizou obras importantes para a
cidade.
Na infância, Gilberto, freqüentava Guidoval nas férias escolares de julho e
janeiro, quando jogava bola no campinho do Largo, hoje Praça Santo Antônio. O
companheiro inseparável dessas “peladas” era o primo Padinha, filho do ex-Prefeito
Eduardo Occhi.
No dia 16 de outubro a Assembléia Legislativa de Sergipe concedeu o Título de
Cidadão Honorário ao Gilberto pelos relevantes serviços prestados ao estado.
Os jornais de Aracaju registraram reportagens sobre o evento, enaltecendo o
homenageado. Várias empresas publicaram anúncios de congratulações.
O jornal “Correio de Sergipe”, no “Caderno Negócios” de 19/10/2006, traz na
capa foto de Gilberto com a manchete “Ajudando Sergipe a crescer”. Da matéria
escrita pelo jornalista Sílvio Oliveira intitulada “Sergipano, Sim Senhor!”, transcrevo
alguns trechos:
“Mineiro de nascença, sergipano por merecimento. É assim que se pode
definir Gilberto Magalhães Occhi, Superintendente da
Caixa Econômica Federal em Sergipe (CEF/SE).
Recebeu o Título de Cidadão Sergipano, pelos
relevantes serviços prestados ao Estado, a exemplo
de ter colocado a Superintendência da Caixa
Econômica de Sergipe em destaque no país,
recebendo diversas premiações nacionais.”
“Como representante maior da Caixa Econômica no
Estado, Gilberto Occhi investiu mais de R$420
milhões para empréstimos a pessoa física e jurídica.”
Gilberto disse à reportagem:
“Recentemente, fomos premiados para assistir a
Copa do Mundo. Também fomos contemplados com
uma viagem para o Chile e mais recentemente 16
funcionários da Caixa foram homenageados em São
Paulo.”
Quanto ao recebimento do Título de Cidadão
Sergipano, Occhi avalia “como uma honra muito grande, porque não é uma
homenagem somente a ele, mas o reconhecimento do trabalho em equipe e da
instituição Caixa Econômica.” “Se não estivesse trabalhando na superintendência,
não teria a oportunidade de realizar o trabalho e dar visibilidade.” “O mérito é
também de outras pessoas, dos funcionários, da imprensa, que confia no trabalho.”
Compareceram à solenidade várias autoridades sergipanas, a família do
homenageado, inclusive a sua mãe Glorinha e a prima Marta Ribeiral que viajaram
para Aracaju exclusivamente para participar deste momento muito especial na vida
do Gilberto.
O Jornal de Guidoval também parabeniza Gilberto Magalhães Occhi pela justa
honraria. É o DNA da velha Sant’Ana do Sapé conquistando o mundo!!!
19
As mentiras que os governos contam
A Previdência Social surgiu em 1923 para atender os empregados das estradas
de ferro. Ao longo dos anos, estendeu-se aos portuários e marítimos (1926),
telegrafia e radiotelegrafia (1928), serviços públicos (1931), mineração,
comerciários, bancários e transporte aéreo (1934), industriários (1936), transportes
de cargas (1939).
No intuito de fortalecer as diversas previdências, a “redentora”, em 1966,
achou por bem unificá-las. Criou-se o INPS. Foi o primeiro passo para a
esculhambação.
De uns anos para cá, desde que FHC, aquele do nhenhenhém, assumiu o
governo, todo ano vem a lengalenga que a Previdência está quebrada. Conversa
fiada. E vão mudando as regras do jogo com ele em andamento, sempre em prejuízo
do trabalhador.
Em 1998 impuseram limite de idade para aposentadoria. Homens, aos 53 anos
e mulheres, aos 48 anos. Mudaram as fórmulas no cálculo do benefício, introduziram
o fator previdenciário. Passaram, mais uma vez, a perna no trabalhador.
O câncer da previdência são as aposentadorias milionárias de parte do
Legislativo, Executivo, Judiciário e Forças Armadas, sem a contrapartida do governo
federal e dos beneficiários. É claro que um juiz tem que se aposentar com o salário
digno de juiz e não como se fosse um serventuário menos graduado. Um general deve
se aposentar com o salário correspondente ao da ativa e não com o soldo de um
recruta. Mas têm que pagar mês-a-mês, ano a ano por isto. Têm que contribuir o
servidor-beneficiário e o governo-patrão, igual ocorre na iniciativa privada.
O que carcome a previdência são sonegadores, os inadimplentes, empresas
que não recolhem o INSS. O que rói e enfraquece é a ineficiência do órgão, o festival
de fraudes e roubos comuns na previdência, pagamentos de indenizações milionárias
por incompetência jurídica. O que deteriora são os desvios de recursos para
construção de transamazônicas, pontes Rio-Niterói e outras obras mirabolantes. O
que destrói o INSS é o abandono de milhares de imóveis e terrenos que poderiam
render aluguéis ou recursos à instituição. O que vicia a instituição é o perdão de
dívidas a devedores contumazes. O que corrompe são as anistias sem pé nem cabeça,
inclusive pensão a anistiados políticos. Se o Estado tiver que indenizar, que justiça se
faça, mas não com as minguadas economias da Previdência.
O que corrói a previdência é economia informal, a burocracia estatal, o
pagamento de aposentadorias como a do FUNRURAL, Amparo Social ao Deficiente
Físico e Amparo Social ao Idoso. Não sou contra estes benefícios, para os
trabalhadores rurais, idosos ou deficientes físicos. Até louvo e aprovo esta forma de
assistencialismo por parte do governo. Estas pensões sustentam e dão dignidade a
muita gente. Só não posso concordar que se faça isto com o dinheiro dos
contribuintes da previdência. O governo tem que criar fontes de recursos próprios a
esta finalidade.
A previdência tem solução, o problema é o governo. Cada celetista é auto-
suficiente para a sua aposentadoria. Hoje, no mínimo, o empregado junto com o
empregador recolhe, todo mês, 20% ao INSS.
Se pouparmos, mensalmente, durante 30 anos, estes 20%, ao final desse
período acumularemos um capital, que aplicado, dará um rendimento mensal maior
que o valor da aposentadoria que o INSS paga aos contribuintes. E ainda preserva-se
o capital.
Exemplifico:
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Para se aposentar com R$1.000,00 é só poupar todo mês R$200,00. Depois de
360 meses ter-se-á um capital de R$201.907,52 que poderá render todo mês, na pior
das hipóteses R$1.009,54. Basta que esta aplicação tenha um rendimento de 0,5% ao
mês, protegido da inflação. É só aplicar num Banco da Suíça, na Caixa Econômica
Federal ou no Banco do Brasil.
Este raciocínio vale tanto para o Salário Mínimo de R$350,00 quanto para o
teto máximo que é de R$2801,82 ou mesmo para quem queira se aposentar com
R$10.000,00 ou R$50.000,00.
No site do JORNAL DE GUIDOVAL está disponível uma planilha em Excel onde
se poderão fazer inúmeras simulações e comprovar o que afirmo.
Em síntese é balela de que é preciso 3 ou 4 contribuintes para que uma pessoa
possa se aposentar. O celetista é auto-sustentável e é bom que seja assim.
Então onde está o rombo? No governo que é PATRÃO do Executivo, do
Legislativo, Judiciário e Forças Armadas. O governo é patrão e não paga a parte dele.
Se privatizar a Previdência ela irá passar a dar lucro. Aposto que Bradesco,
Itaú, Unibanco, Santander, Real, HSBC aceitam este desafio. Será mais uma mamata.
Que já está acontecendo. E o povo Ó!...
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Sobre os bons jogadores da época, Trajano, lembrou de “Armando Luiz, irmão
do Juca Alfaiete. Talvez como beque não apareceu outro igual, com a facilidade
para subir e para cabecear, a não ser o Tuninho Estulano, no linha. Foram os dois
melhores cabeceadores que eu já vi aqui.”
Sobre o Calixto, pai do Lilico, avô do Agnaldo, bisavô do garoto-artilheiro
Carlos Roberto, Trajano Viana falou “era um jogador de estilo completamente
desengonçado, feio, não tinha chute, mas era um furador de gol.” D. Nininha,
complementou “Piraúba". Trajano, continuou “ele furou um gol aqui no Aymorés de
Ubá (cinematográfico). Ele passou pelo sujeito na estrada, o sujeito calçou, ele
perdeu o boné, caiu, levantou, veio, voltou, apanhou o boné, pôs na cabeça, e ainda
furou o gol. O Álbero Campos é que conta melhor... Aliás, o Álbero foi um grande
chutador. Tinha uma potência no pé esquerdo... Teve uma época que o Áureo
Ribeiral jogou muito futebol... Outro defensor (espetacular) foi o Elier...”
Sobre os treinos daquela época, Trajano Viana disse “hoje ninguém adota
mais, este tipo de brincadeira. Dez minutos antes de acabar, punha-se a bola ao
centro e era chamado de jogo livre. Valia tudo. Empurrão, calçar pé, puxar calção,
E tudo quanto era coisa... Agora era à vontade... De vez em quando algum
machucava... E tinha lá um dia ou outro, resolviam tirar o calção de um dos
jogadores... Tirava mesmo... e ele ia sem calção para casa.” Mas isso fica para outra
história...
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estão convidados para a solenidade. Uma caravana de Guidoval seria muito bem-vinda ao
evento.
A merecida cidadania juizforana não diminui o Gersinho como guidovalense, pelo
contrário, só lhe abre mais portas a um mundo sem fronteiras como poetizou John Lennon em
“Imagine”.
O Jornal de Guidoval felicita o Vereador Eduardo Novy pela oportuna iniciativa.
Parabéns Gerson, você merece a honraria!!!
Um guidovalense com história
Recebi, no início de fevereiro, através dos correios um envelope com 130 fotografias.
São registros de Guidoval dos últimos 40 anos. Algumas fotos já estão amareladas e
desbotadas pelo tempo, o que não lhes retira o brilho e a história que contêm. Mandou-me o
presente um amigo de tempos imemoriais como atestam algumas dessas imagens.
Descende de uma das famílias fundadoras do nosso município. Parece que este
parentesco entranhado no seu sangue o fez um dos mais apaixonados pela sua terra.
Quando criança no Sapé, engraxava sapatos dos fregueses na barbearia de seu pai.
Aprendeu o ofício de barbeiro, exercendo-o por um breve tempo. Estudou música na
Corporação Musical Belarmino Campos.
Adolescente, em 1962, fez parte da Comissão de Festas do “Dia do Guidovalense”. Em
1968, junto com o Pedrinho Dias, publicou o “Jornal Marlière”.
Em meados dos anos 70, residindo em Belo Horizonte, ajudou a fundar a “Associação
dos Guidovalenses de BH”. Várias reuniões ocorreram com a presença de conterrâneos vindos
de diversas cidades para participar do evento.
Ainda em BH, junto com os irmãos, tinha um time de FUTSAL, com um cartel
respeitável de vitórias. Amante do futebol, não perdia uma pelada nos campos do Cruzeiro
(onde jogou no juvenil) ou do Bambu (Vai-quem-quer).
Em 1976, junto com outros conterrâneos, idealizou, criou e dirigiu o Festival de
Batidas. Por vários anos este acontecimento agitou o mês de novembro em Guidoval.
É um dos fundadores do SER 66, vindo a presidir o clube com dinamismo, logo no
início de sua existência.
Junto com a esposa Graça Geraldo, em Belo Horizonte, recebia os guidovalenses em
sua residência com sucos, cerveja, tira-gosto e muita hospitalidade!
Ainda em BH, Lourdes e eu cantamos vários “parabéns” nos primeiros anos de
existência dos filhos exemplares: Fabrício e Mariana.
Depois se mudou para Juiz de Fora. Uniu-se ao Dr. Gérson Occhi e criaram o
“Encontro dos Guidovalenses residentes em Juiz de Fora”. Esta festa já conta com várias
reuniões, com muito êxito e gosto de “quero-mais” pelos inúmeros participantes.
Hoje, não freqüenta Guidoval com a assiduidade de antigamente. O que é uma pena!
Faz falta a sua dedicação e criatividade em prol de nossa terra.
Prezado amigo LUCIANO FERREIRA DA COSTA, você é um guidovalense com história.
Obrigado pelas fotos que me enviou! Vou escaneá-las e colocar no site de Guidoval, com os
devidos créditos ao autor.
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Etiene amava Guidoval, tanto que nas últimas semanas de sua vida buscou refúgio em
nossa terra, vagabundeando pelas nossas ruas, adentrando lares e corações, tomando um
cafezinho aqui e acolá.
Acredito que Etiene gostaria de ter Guidoval como última residência ao seu corpo-
matéria, mas foi enterrado em Juiz de Fora. Vários conterrâneos presentes na despedida ao
Etiene se prontificaram a fazer o velório e enterro dele em nossa cidade, inclusive o Prefeito
Élio Lopes, sem nenhuma despesa ou custo à família, que não aceitou.
Colecionando amigos vida afora, conquistou o último na enfermaria do hospital
enquanto aguardava a cirurgia. Em pouco tempo de convivência já passava o número do
celular do vizinho de cama aos amigos. Foi através deste telefone que conversei pela última
vez com o Etiene. Estava otimista como sempre foi. Deu errado a cirurgia, atrapalhando a sua
trajetória terrena.
Já deve estar no céu, rodeado de amigos. Inventando uma comida na cozinha com o
Renato Ramos. Fazendo tabelinha com o Eloir e o Silvestre. Contando uma piada para o
Natalino Dornelas. Esperando ansioso, junto com o Padinha Occhi, a próxima Festa de
Santana. Bebericando uma cervejinha com o Salim. Proseando com o Wilton Franco.
Abraçando o Zizinho do Marcílio ou juntando uma turma para soltar balões no terreno baldio
do paraíso. O Etiene era de grandes amigos e amizades. Passou pela TERRA como um cometa
iluminando todos ao seu redor. Agora, Etiene brilha no CÉU!!!
DINASTIA GUIDOVALENSE
Desde que Marlière pisou pela primeira vez nesta Freguesia de Sant’Ana não pararam
de chegar aventureiros, dispostos a construir uma cidade, um lar, uma família. E, com muito
amor, foram fazendo sapeenses, guidovalenses, gente da melhor qualidade. E foram tantos,
com tantos sonhos, que de repente muitos tiveram que sair pelo mundo afora em busca de
novas oportunidades.
Assim, temos guidovalenses, e descendentes, espalhados por este mundo de meu
Deus. Na França, São Paulo, EUA, Juiz de Fora, Suíça, BH, Austrália, Curitiba, Rio de Janeiro,
Cataguases, São José dos Campos e até, logo ali, na vizinha Ubá.
Todos partem pensando um dia voltar. Poucos conseguem. São uns felizardos. “É a
roda viva da vida”. É a vida.
Mesmo longe, nunca esquecem o torrão natal. E esse amor é passado aos filhos, à
família. É comum vermos filhos de conterrâneos, nascidos em outras plagas, adotarem o
apelido de “guidoval”, criarem e-mails com nome de “guidoval”, e até mesmo serem
chamados de “guidoval”. Herança, DNA, patrimônio ancestral.
Minha filha Thaís é um exemplo do que digo. Belo-horizontina de nascimento, ama
Guidoval, como vinda ao mundo pelas mãos abençoadas da saudosa Vó Elisa ou da doce filha
Maria Leopoldo, parteiras de várias gerações. Assim também acontece com os filhos de
amigos meus que nasceram além dos limites geográficos da terra que SANTANA sempre
abençoou. Somos reféns do amor à Guidoval.
Em 1961, em feliz inspiração do jornal “A Voz de Guidoval”, e a determinação do
Prefeito Eduardo Nicodemo Occhi criou-se o “Dia do Guidovalense”, festa maior da nossa
cidade.
Acontece que com o passar dos anos, em muitos aspectos, a festa perdeu atrativos de
outrora. Muitos guidovalenses sumiram. É preciso fazer um chamamento a esses “ausentes”
para as festividades.
A Câmara Municipal, com o apoio do Prefeito Élio Lopes, poderia criar o “Dia dos
Filhos e Descendentes de Guidovalenses” a ser comemorado no último sábado de julho. O
evento se somaria à Festa de Santana e oscilaria entre o dia 25 e 31 de julho, final das férias
de meio de ano, num final de semana, facilitando a participação de todos.
O dia poderia começar com uma missa ou um culto ecumênico, ao ar livre. Depois
competições esportivas ou culturais, miniolímpiada ou gincana, ou um festival de música ou
de batidas, uma peça de teatro, concurso de dança, um carnaval temporão, tipo a Banda de
Cá que já desfilou pelas nossas ruas. À noite, encerrar com um grande show à altura dos
jovens.
É só dar apoio e incentivar à nossa moçada que idéias eles têm de sobra para realizar
uma grande festa, dar início a mais uma tradição.
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Assim seria criado o “Dia dos Filhos de Guidovalenses” ou “Festa da Dinastia
guidovalense” ou que se dê um nome mais apropriado, pois “Guidovalense não parte.
Reparte! Uma parte fica. Outra parte, parte!”
REMINISCÊNCIAS
O jornal “Cidade de Guidoval” de 18 de junho de 1953 publicava uma nota intitulada
“MISSA” informando “Por lembrança do Revº Padre Oscar de Oliveira e apoio unânime
das zeladoras, o Apostolado da Oração mandará celebrar, dia 26, às 8 horas, missa
em sufrágio das almas dos Padres aqui falecidos e dos que tendo falecido em outra
localidade, foram vigários nesta Paróquia. Esta missa será celebrada todos os anos,
no dia da Padroeira Senhora Sant’Ana.”
Vamos manter a promessa e intenção do grande Padre Oscar.
25
No Campo do Cruzeiro encontrei a Diana Nogueira, amiga de infância, que não via há
muito tempo, pois reside nos EUA e vem esporadicamente ao Brasil. O nosso Cruzeiro de
Guidoval, preto-e-branco, venceu por um a zero o Galo de BH (sub-20).
Entre a Barraca do Tito e Cláudio do Domício e a Barraca do Negão (Jorge do Tilúcio)
abracei os amigos Tarcísio Cusati, Gonzaga e Zé Maria Matos, Ronaldo e Zé Geraldo Vieira,
Miguel Alonso. Revi o primo Januário Queiroz, o vereador Juscelino Pinheiro e a Profª Elaine
Ramos, o Cidinho Vieira, a Dilourdes e a Memélia Ramos, o Vicente da Farmácia e a esposa
Mary, o Aloísio do Zé Estulano, Anito Siqueira e Anjinho do Roldão.
Ouvi o Oswaldo Soares recitar uns “repentes”, visitei o primo Mundico, que estava
acompanhado da irmã Aparecida e do sobrinho Christiano. Cumprimentei os irmãos Varela,
Jésus e Zé Ferreira.
Junto com a Lourdes e a sua mãe D. Lourdes Ribeiral, visitamos a D. Célia Teixeira
Albino, que estava rodeada das filhas Graça e Gicele, as netas Camila e Fernanda. Revi os
amigos Lucas Vieira e Márcio.
De tempos em tempos, uma gíria predomina na cidade. Houve a época de “tinindo”,
“pedra noventa”, “thufo”, “rhâm”. O que mais se ouviu, nesses dias, pelas ruas da cidade foi
“tô doido!!!”, “tô doido!!!”, “tô doido!!!”. Por isso digo “TÔ DOIDO” para que chegue a nova
Festa de Santana, para rever, confraternizar, abraçar os amigos.
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UMA FOTO EM BUSCA DE IDENTIDADE
Das boas recordações com que a vida nos presenteia, é na infância que acontecem a
maioria delas. Nem poderia ser diferente. Não há prestações a pagar, aluguel ou cheque
especial vencido, reumatismo a combater, colesterol para controlar, coronárias entupidas,
problemas normais dos adultos.
Na infância, o mundo é uma bola, de futebol, de gude. Gira e rodopia como uma pipa,
um pião, um cata-vento. A vida corre com exuberância como corria o Xopotó repleto de
mandis, dourados, lambaris e bocarras. A vida amadurece em jabuticabeiras, laranjais e pés
de manga, principalmente dos vizinhos, sujeitos a pequenos furtos que não corrompem o
caráter e não comprometem a dignidade.
É por esta época que conhecemos os primeiros amigos, muitos deles preservados pelo
resto de nossas vidas. Observamos, sem imaginar, quem sabe a primeira namorada, ou ainda
as futuras esposas de nossos amigos. Aprendemos as primeiras letras. Começamos a rabiscar,
desenhar, registrar e dar forma ao nosso futuro.
Assim, quando vejo uma fotografia antiga, sirvo-me dela como se fora uma máquina
do tempo. Retorno sem constrangimento ao passado. Busco e rebusco os bons momentos.
Reabasteço o meu poço de saudade.
Tudo isso me veio à mente, outro dia, ao receber de presente uma fotografia. Nela
estão perfilados à porta da Igreja Matriz de SANTANA, alunos do 2º ano do Grupo Escolar
Mariana de Paiva e que depois foram estudar no Grupo Escolar Cel. Joaquim Martins,
acompanhando a inesquecível professora Élvia Reis de Andrade, a quem reverencio, rendo a
minha gratidão eterna e dedico este artigo.
Fui identificando num canto e noutro, acima e abaixo, um amigo ou amiga. Reconheci
e recordei-me de vários. Muitos, entretanto, refugiaram-se num canto remoto da memória e
não consegui resgatá-los. A estes, de imediato, peço perdão pela falha imperdoável.
Na fotografia, vi, vivi, revi e revivi os meus primeiros companheiros, como o Roberto
Vieira do Geraldo Didu. Amigo de ontem, amanhã e sempre, de prosas, serenatas e
confidências. Amigo de fé. Nossos saudosos pais foram amigos. Minha filha Thaís e o seu filho
Leandro dão continuidade a estes laços de respeito e admiração.
27
Fiz uma prece ao saudoso José Oscar do Vicente Matos, o Zé Xereta, que nunca
prejudicou ninguém com a sua bisbilhotice infantil. De tão bom, DEUS chamou-o mais cedo
para a Sua companhia.
À minha lembrança, surgiu a Maria da Paz de Oliveira, da Várzea Alegre, tímida,
quieta, dona de uma fulgurante inteligência.
Muitos dos meus amigos casaram com as meninas da turma. O Gonzaga do Isaías
Geraldo com a Rosália do Paulo Ramos, o Elísio do Edson Andrade com a Fatinha do Tuninho
Estulano, o Sebastião da Padaria com a Heloísa do Eduardo Occhi, o Zé Ângelo Camargo da D.
Mafisa com a Cleusa do Chiquito Oliveira.
Revejo a minha primeira namorada Diana, filha do Sô Adão Nogueira, um grande
conhecedor da história e "causos" de Guidoval. Hoje a Diana mora nos EUA, bem sucedida,
casada, com filhos. Reencontramos-nos nesta última Festa de SANTANA.
Do meio rural, lembrei-me do Jorge Gomes Pereira, extrovertido, falastrão, bem
humorado; do Pedro Teodoro Pereira, baixinho, destemido, briguento; do Zé Luiz de Freitas
Maciel, magrelo, tímido, educado e ainda do Getúlio do Sôtão, excelente em matemática.
Torcíamos pelo PSD, o mesmo partido político de nossos pais.
O convívio saudável estendeu-se além dos limites do grupo escolar, prolongando-se
em peraltices e travessuras próprias da idade, nas ruas empoeiradas da cidade, nas águas
"não poluídas" da Cachoeira e do Joca (Ponte do Guarani), nas gramas do Campo do Bambu
(Vai-quem-quer) ou do Cruzeiro ou no campinho do Jaburu (quintal do Pedro Vieira). Localizo
a turma de "peladas", Ângelo do Casin, Francisco do Zé Matias, Dé do Ferreirinha, o Jorge da
D. Arlete Avidago, o Luiz Fernando do Levindo Albino, o Nélio do Sô Gil Queiroga, este o
melhor de bola da turma.
Avisto, a um canto da fotografia, o primo Paulinho da Aparecida do Benjamin que me
acertou, sem aviso prévio, um soco no olho esquerdo, deixando-o roxo e eu vendo estrelas e
pirilampos. O tempo retirou a mancha, a nódoa, o ressentimento. Somos bons amigos, pena
que nos encontremos tão pouco.
Na parte de baixo da foto, reconheço a Vera Lúcia do Paulo Queiroz, loira, bela e
inteligente. A família mudou-se para Ubá e nunca mais a vi. Relembro que num 13 de maio
interpretei um escravo, maquiado a carvão, e ela, a Princesa Isabel. No meio da foto, vejo a
Maria Inês do Wallace Azevedo. Continua tão bonita quanto em criança.
Destacam-se na fotografia e me pergunto onde andam a Isaura Maciel, filha do Ninísio
(Leão) Maciel, a Rita de Cássia do Neném Barros, a Rita de Cássia do Nely e Sazina, a Maria do
Carmo do Zuzu Matos?
Distingo a Sandra, sempre sorridente. Fui o seu par numa festa junina. Ela faceira,
bonita e alegre, não me tolerou como desengonçado parceiro. Sempre fui um péssimo
dançarino. Tentando me motivar, insistia em dizer-me: Dança Dé! Dança Dé! Esta frase depois
virou um bordão, sempre repetido pelo seu pai quando me encontrava. Falo do saudoso
Oswaldo Occhi, um grande amigo de meu pai.
Para concluir, renovo, rogo e reforço aos amigos e colegas que não foram
mencionados as minhas sinceras desculpas e solicito humildemente a absolvição.
Aproveito para convidar a todos os ex-alunos da querida mestra ÉLVIA REIS DE
ANDRADE para um REENCONTRO na Escola Estadual Cel. Joaquim Martins a se realizar no dia
26 de janeiro de 2008. Aguardo manifestações.
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Livros trazem ensinamentos, informações. Quem detém informação, tem o poder.
Você estará contribuindo para ampliar os horizontes de nossos jovens. Ler é cultura, fonte de
sabedoria e entretenimento.
Já fiz doações para a Biblioteca da E.E. Mariana de Paiva. Da próxima vez que for a
Guidoval levarei livros para a nossa Biblioteca Municipal.
Tem um ditado que diz “Quem lê, sabe mais”. Acrescento: “Quem lê mais, sabe
muito mais”.
Tributo: é melhor doar do que pagar
Pagar IMPOSTO é uma praga, castigo. Está no Aurélio, o dicionário: “feito
aceitar ou realizar à força”, e ainda; “tributo exigido, independentemente da
prestação de serviços específicos, ao contribuinte”. É o que os governos fazem.
Cobram, fiscalizam, recebem, mas pouco, ou quase nada, retribuem ao cidadão.
Pagamos impostos como se morássemos na Noruega e recebemos em troca
obras e serviços como se fôssemos o Reino do Butão, um pobre país da Ásia. Nem
pretendo fazer neologismo.
E os governos são pródigos e criativos quanto a criar impostos, tributos, taxas,
serviços, tarifas, contribuições, algumas provisórias que se transformam em
definitivas. Temos aí a famigerada CPMF a me confirmar.
Por impostos muito menores que os atuais, Tiradentes, mártir da
independência, liderou a Conjuração Mineira. Enforcaram-no em 1792 e o
enforcariam de novo, mil vezes, se preciso fosse. Governos gostam de impostos e
muita grana para gastar em mordomias e corrupção.
Era a DERRAMA, apenas o QUINTO (20%) sobre o ouro extraído. Hoje a alíquota
do Imposto de Renda chega a 27,5%. No Brasil, entre impostos, taxas e contribuições
contabilizam-se uns 65. Há quem diga existir mais. Não duvido.
Alguns deles são nossos velhos conhecidos como os IMPOSTOS “IPTU, IPVA,
ICMS, ISS, IPI, ITR, IOF, ITBI”, ou as CONTRIBUIÇÕES “FGTS, INSS, COFINS, PIS,
PASEP, FUNRURAL, INCRA” além de TAXAS como as de Limpeza e Iluminação Pública.
Têm-se muito mais, falta-me espaço para relacionar todos.
Eles fazem parte do nosso dia-a-dia. Estão embutidos nos produtos que
consumimos e nos serviços que utilizamos. Encontram-se no feijão, fubá, carne,
aluguel, escola, energia elétrica, telefonia, cerveja, cigarro, cinema, internet, nos
vícios, necessidades e virtudes. Na cama que dormimos, na mesa que almoçamos, nas
viagens de férias, nas fantasias que sonhamos realizar.
Todos, empresários (pequenos, grandes e micros), comerciantes, agricultores,
prestadores de serviço (todo mundo, sem exceção), são obrigados a cobrar muito
mais pelos seus serviços ou produtos para compensar os inexoráveis impostos
agregados aos seus processos e atividades. É uma bola de neve, um círculo vicioso,
cachorro correndo atrás do rabo.
Como não existem fórmulas para fugir dos impostos, principalmente o
IMPOSTO DE RENDA descontado na fonte dos assalariados e aposentados, o jeito é
buscar alternativas para torná-lo menos indigesto.
Foi o que fiz no ano passado. DESTINEI 6% (seis por cento) do meu IMPOSTO
DE RENDA DEVIDO ao “Conselho ESTADUAL dos Direitos da Criança e do
Adolescente”. A minha intenção era doar para Guidoval, mas à época ainda não
tínhamos o “Conselho Municipal da Criança e do Adolescente”, criado em
21/12/2006. Os seus membros tomaram posse em março de 2007. É composto por
ilustres e respeitáveis conterrâneos.
Abriu-se uma conta específica para o Fundo Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente de Guidoval - FMDCA, na Agência do Banco do Brasil em
nossa cidade. Assinam pela Conta o Padre Pedro Luiz da Silva, Presidente do
“Conselho Municipal” e o Prefeito Municipal Élio Lopes dos Santos.
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Eu já fiz a minha doação no dia 10 de dezembro. É muito fácil. O código do
Banco do Brasil é “001”; a Agência é nº 3826-1 e a Conta Corrente nº 7.743-7. O
CNPJ da Prefeitura tem o nº 18.128.215/0001-58.
Estamos chegando a outro final de ano. A última data para fazermos doações
dedutíveis no Imposto de Renda (Ano-Calendário 2007) é o dia 28 de dezembro. Ainda
dá tempo de fazer a doação. Em março quando formos fazer a Declaração de I.R. à
Receita Federal, poderemos DESCONTAR integralmente o VALOR DOADO, desde que
limitado, como já disse, aos 6% do Imposto Devido. Caso alguém tenha alguma
dúvida, o seu contador poderá esclarecê-lo melhor sobre o assunto.
Não importa o quanto você paga de Imposto de Renda, o importante é que
você pode DOAR / DESTINAR, diretamente, para uma associação de nossa terra,
evitando que uma parte de seu imposto escorregue pelos ralos, escaninhos e
descaminhos dos governos federal e estadual. O seu dinheiro será muito melhor
aproveitado. Tenho certeza. Que o governo federal se contente com o muito que já
recebe. E não é pouco não!
Alguns exemplos do Valor a ser DOADO
Se o seu IMPOSTO DEVIDO for de R$1.000,00 você pode DESTINAR R$60,00.
Para quem paga R$10.000,00 o valor passa a ser de R$600,00 e se você recolhe
R$100,00 pode doar R$6,00. Alguns poderão exclamar: “mas só seis reais!!!”. Reflito:
“de seis em seis chega-se a milhão”. Sei que temos inúmeros guidovalenses que
podem fazer esta simples doação ao nosso município.
Aproveito, a ocasião, para CONVOCAR e INCENTIVAR a todos guidovalenses e
amigos de Guidoval para que façam a DOAÇÃO POSSÍVEL para Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente de Guidoval.
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Encontro de alunos da Profª Élvia
No dia 26 de janeiro reuniram-se no Bar da Fatinha alunos que estudaram com
a Profª Élvia Reis de Andrade,de 1961 até 1963, cursando do 2º ao 4º ano do Grupo
Escolar.
O motivo do encontro era homenagear a querida professora “dos tempos de
criança”. Muitos não se viam há mais de 45 anos.
Vieram conterrâneos de diversas cidades: Ângelo Pinto de Aguiar (São José dos
Campos), Isaura Rosa Occhi Antunes e Francisco de Assis Matias (Juiz de Fora), Maria
Célia Ribeiro Pinto Pacheco (Barbacena), Maria da Paz de Oliveira (São João do
Meriti), Nélio Maciel de Queiroga (Betim), Rita de Cássia Barbosa Nunes (Rio de
Janeiro), Rita de Cássia Barros (Leopoldina), Roberto Alves Vieira (São José do Vale
do Rio Preto), Maria de Fátima de Oliveira Pereira Andrade e eu (Belo Horizonte). De
Guidoval compareceram Cleusa Oliveira Camargo, Heloísa Mendonça Occhi Andrade,
Margarida Gonçalves de Oliveira, Maria Inês Carvalho Azevedo e Neusa Lúcia Cruz
Vital.
Os alunos e alunas, na maioria, trouxeram seus familiares (mãe, marido,
filhos, filhas, genros, noras, cunhado) para participar do encontro. Família unida,
bênçãos de longa vida... Ao todo, somaram-se 46 pessoas.
Alguns, impossibilitados de comparecer, manifestaram-se através de e-mails,
cartas e telefonemas. São os casos da Vera Queiroz, que residindo na Inglaterra,
mandou um comovente e-mail, lido durante o evento. A Rosália Ribeiro Ramos
Geraldo, de Belo Horizonte, enviou através de Sedex um lindo presente,
acompanhado de um cartão sentimental lido pela própria Élvia. O Paulo Sérgio dos
Santos (Paulinho do Benjamin) telefonou-me de São João da Barra, RJ, justificando
sua ausência. A Sandra Occhi, morando no Rio de Janeiro, mandou e-mail
expressando a vontade de participar, mas compromisso assumido anteriormente
impedia o seu comparecimento. O Jorge Avidago Andrade, de Palmas em Tocantins,
também por e-mail, elogiou a iniciativa e a justa homenagem à sua Tia Élvia,
esclarecendo que encargos profissionais impediam a sua presença.
A Élvia, inspirada mestra, deu uma aula aos presentes, chamando-a de “AULA
DO AMOR”, recebendo de todos abraços, aplausos, prendas, carinho e mimos.
Os participantes deram depoimentos, contaram histórias, fatos marcantes e
pitorescos. Até os jovens meninos Pedro Henrique, filho do Roberto Vieira, e Marcílio
Vieira, meu sobrinho, fizeram os seus comentários.
A minha irmã Sueli Vieira, Diretora da Escola Estadual Cel. Joaquim Martins,
lembrou que a Élvia, sem premeditar, preparou 47 anos atrás, este encontro com os
seus alunos. Colheu os frutos da sementinha que plantou, há quase meio século,
quando os educava com dedicação, entusiasmo e sabedoria.
O bom atendimento do Bar da Fatinha, a cerveja gelada, os tira-gostos de dar
água na boca, contribuíram para o sucesso da reunião, que teve música, cantoria,
muita prosa e confraternização. Foram momentos inesquecíveis e especiais. Perdeu
quem não participou.
Devido ao sucesso desse encontro, recomendo que os nossos vereadores
instituam no nosso calendário festivo o dia do “Reencontro de Professores e
Alunos”, uma justa homenagem aos nossos abnegados mestres e educadores, sempre
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guardados em nossas boas lembranças. Uma boa ocasião para reminiscências e
confraternizações. A data poderia ser o último sábado de julho, encorpando a Festa
de Santana, na Quadra Poliesportiva “Antônio de Pádua Occhi”, ao lado do “Parque
de Exposições Adauto Pacheco Ribeiral”. Se me convidar, eu vou!
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