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Ano IV • Nº 37 • Setembro 2002 • R$ 6,00

www.embalagemmarca.com.br
Na luta para ganhar
os consumidores,
fabricantes de
macarrão melhoram
as embalagens

OS GANHADORES DO II PRÊMIO ABRE DE DESIGN DE EMBALAGEM


IndexFlex 11/09/02 19:30 Page 1
37editorial 11/09/02 17:28 Page 4

Tudo na medida adequada


T odo produto tem
uma missão – mas
somente a cumpre se é
prir os profissionais atuan-
tes na cadeia de embala-
gens com análise e infor-
outras que considerem in-
teressante fazer. Nossa in-
tenção é fazer uma revista
usado por seu destinatário mações capazes de contri- sempre sintonizada com
e para aquilo que foi pla- buir para que suas decisões os interesses e as necessi-
nejado. Se for utilizado resultem em produtos de dades de seu público.
para outra função que a bom desempenho indus- Acreditamos que a presen-
não planejada, esse uso trial e mercadológico”? O te edição atende mais uma
somente será satisfatório retorno que temos tido, em vez a esse objetivo, ao tra-
se resultar em benefícios depoimentos de leitores e zer entre seus principais
maiores do que os dele es- em apoio publicitário, indi- temas uma reportagem so-
perados. Desperdício e ca que sim. bre embalagens seguras,
falta de senso, por exem- Mas, contrariando a máxi- complemento do tema de
plo, é guardar carvão num ma de que “em time que capa da edição anterior, os
balde de prata destinado a está ganhando não se resultados do II Prêmio
Desperdício e
gelar vinhos finos. mexe”, esta edição traz, Abre de Design de Emba-
falta de senso é A filosofada acima vem a por exemplo, um artigo lagem e, como sempre,
guardar carvão propósito de uma indaga- em lugar da tradicional muitas novidades nacio-
em balde de prata ção que nos fazemos sem- Entrevista. Gostaríamos (e nais e internacionais. Até
pre: estará EMBALAGEM- isto é um convite) que os outubro.
destinado a gelar MARCA cumprindo a mis- leitores opinassem sobre
vinhos finos são que se colocou, de “su- essa pequena mudança e Wilson Palhares
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setembro 2002
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br

6 ARTIGO: SEGURANÇA
34 SEGURANÇA Reportagem
redacao@embalagemmarca.com.br
DE MARCAS Varejo começa a Flávio Palhares
Especialista em exigir etiquetas flavio@embalagemmarca.com.br
prevenção de perdas inteligentes Guilherme Kamio
guma@embalagemmarca.com.br
fala sobre soluções Leandro Haberli
indicadas para o leandro@embalagemmarca.com.br
roubo de marcas Thays Freitas
thays@embalagemmarca.com.br

Colaboradores
Josué Machado e Luiz Antonio Maciel

Diretor de Arte

38 PERFIL
Um pouco da história
do papelão ondulado
Carlos Gustavo Curado

Administração
Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
no Brasil, contada Eunice Fruet (Diretora Financeira)
pela sexagenária
Departamento Comercial
Rigesa comercial@embalagemmarca.com.br
Wagner Ferreira

Circulação e Assinaturas

14 CAPA: MASSAS
Embalagem
42 MAKING OF
Iracema
diversifica e
Marcella de Freitas Monteiro
assinaturas@embalagemmarca.com.br
Assinatura anual (11 exemplares): R$ 60,00
ganha relevância moderniza
com crescimento embalagens Público-Alvo
e sofisticação de castanhas EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que
ocupam cargos técnicos, de direção, gerência
dos macarrões e supervisão em empresas fornecedoras, con-
vertedoras e usuárias de embalagens para ali-
mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,
materiais de limpeza e home service, bem
como prestadores de serviços relacionados

20 PRÊMIO ABRE com a cadeia de embalagem.


Veja quais foram os
vencedores da segunda Tiragem desta edição
7 500 exemplares
edição do Prêmio Abre de
Filiada ao
Design de Embalagem, que
se consolida como o mais
importante do setor.

3 Editorial 40 Painel gráfico


Impressa em papel couché
mate 95 g/m2 (miolo) e
couché brilho 150 g/m2 (capa)
A essência da edição do mês Novidades do setor, da criação da Cia. Suzano de Papel e Celulose
ao acabamento de embalagens Impressão: Grande ABC

18 Metálicas 44 Panorama EMBALAGEMMARCA é uma publicação


mensal da Bloco de Comunicação Ltda.
Há cada vez mais inteligência Movimentação na indústria de
FOTO DE CAPA: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo


nas latas embalagens e seus lançamentos Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP
Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
31 Livros 46 Display
www.embalagemmarca.com.br
Projeto da Ripasa e aniversário Lançamentos e novidades – e O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
da Du Pont em destaque seus sistemas de embalagem resguardado por direitos autorais. Não é permi-
tida a reprodução de matérias editoriais publi-
32 Matéria-prima 50 Almanaque cadas nesta revista sem autorização da Bloco
de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em
Braskem inicia atividades e pro- Fatos e curiosidades do mundo matérias assinadas não refletem necessaria-
mete fortalecer setor petroquímico das marcas e das embalagens mente a opinião da revista.
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Segurança de marcas
Proteja seu investimento com inteligência
Por Norberto Padovan*

o processo de lançamento de novas cipais alvos desse tipo de atividade eram os artigos

N marcas no mercado, as empresas in-


vestem não só importantes volumes de
capital como também esforços neces-
sários para construir sua reputação e expectativas
de luxo, como relógios e canetas de alto valor.
Atualmente, ante a ubiqüidade de uso da tecno-
logia e o acesso a ela, os criminosos estenderam a
gama de produtos, incluindo: produtos farmacêuti-
para o futuro. Quase todas as empresas compreen- cos, alimentos, bebidas, chips para computadores,
dem que, apesar de ter planos cuidadosamente tra- peças de automóveis e aviões, cosméticos, softwa-
çados, as marcas não se desenvolverão necessaria- re, brinquedos, discos compactos e uma infinidade
mente de acordo com esses planos. Somente em- de outros artigos.
presas bem sucedidas levarão em conta certos Apesar de reconhecer-se que na atualidade o
eventos imprevistos que poderão custar-lhes muito problema do roubo de marcas é extenso, é difícil
mais que dinheiro. medi-lo com precisão. Os especialistas calculam
Ao lançar uma nova marca no mercado, muitas que pelo menos 5% da totalidade do comércio
empresas levam em consideração a possibilidade mundial são perdidos devido a esse fenômeno. Isso
de imprevistos, como os gostos mutáveis dos con- significou aproximadamente 500 bilhões de dóla-
sumidores ou condições econômicas em deteriora- res no ano 2001.
ção. Apesar disso, é extremamente difícil prever Pior ainda, o roubo de marcas é um problema
determinados eventos, como atos terroristas, que global em crescimento, particularmente nos merca-
poderiam diminuir consideravelmente as vendas. dos emergentes. O alto grau de incidência do rou-
No entanto, hoje em dia existe um fenômeno bo de marcas pode indicar também a presença de
que certamente deve ser considerado, devido à alta grupos organizados envolvidos com outros tipos de
probabilidade de que venha a ocorrer: o roubo de atividades delituosas, como o crime e a corrupção,
marcas. Embora essa probabilidade seja alta, cer- especialmente na América Latina.
tas empresas não a incluem em seu planejamento. No Brasil, mais especificamente em São Paulo,
O roubo de marcas é um termo que inclui a fal- é muito comum encontrar-se roupa falsificada na
sificação de produtos, pirataria, substituição, adul- rua 25 de Março e na Galeria Pajé. “Turistas” fre-
teração e distribuição de produtos através de canais qüentam diariamente locais onde o comércio ilegal
não autorizados, entre outros. No passado, os prin- cresce dia a dia e as autoridades policiais não pre-
vinem nem controlam esse tipo de delito. Perdas
devido ao roubo de marcas no Brasil ascendem a
10 bilhões de reais por ano.
Mas o problema não se limita ao Brasil. Segun-
do um relatório da IACC (International Anticoun-
terfeiting Coalition), um paciente comprou recen-
*Norberto Padovan temente no México um recipiente de 20 gramas de
é Security Retin-A, um creme enriquecido com vitamina A
Solutions para rugas, por 2 dólares. A embalagem era quase
Manager, Latin idêntica à do mesmo produto vendido nos Estados
America, para Unidos por 20 dólares, mas continha um creme fal-
Westvaco sificado que não possuía os atributos nem os bene-
Brand Security fícios do creme original.
(WBS) Inc. O roubo de marcas no Brasil contribuiu para o

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politeno 11/09/02 20:12 Page 1
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aumento desmesurado do crime organizado. Dia- grandes quantias de recursos para desenvolvê-las e
riamente milhares de produtos falsificados de mar- comercializá-las.
cas conhecidas são divulgados pelos meios de co- Em segundo lugar, existe a possibilidade de
municação. Algumas dessas listas incluem pilhas, prejudicar a reputação corporativa. Quando se ig-
preservativos e bonecas, entre muitos outros. nora o problema do roubo de marcas, corre-se o
Além do problema da falsificação de produtos, risco de que se produzam variações acentuadas na
existe o problema do roubo e revenda de produtos. qualidade do produto, amplas oscilações de preço
É surpreendente saber que no Estado de São Pau- e rumores quanto a experiências dos consumidores
lo o roubo de cargas aumentou três vezes nos últi- que posteriormente poderiam afetar negativamen-
mos seis anos. Devido ao problema do roubo de te sua confiança, bem como impactar a relação
cargas, as empresas transportadoras vêem-se im- preço/valor que define essa marca.
possibilitadas de fazer seguros de suas cargas, pois Por último, existem riscos legais. Os fabri-
nenhuma companhia de seguros os aceita. cantes, em especial aqueles que manufaturam
Na verdade, o comércio ilegal se expandiu tão produtos relacionados com o consumo e aplica-
rapidamente ao redor do mundo que muitos países ção em seres humanos, correm risco maior de
o consideram o quarto componente da economia sujeitar-se a demandas no âmbito judicial devi-
depois da indústria, do setor governamental e das do ao surgimento de produtos falsificados no
organizações não-governamentais. Não é só o se- mercado.
tor industrial que sofre as conseqüências negativas Apesar disso, a maior parte das empresas não
do roubo de marcas. As entidades governamentais implementará uma estratégia para solucionar esse
sofrem pela perda de receita ao diminuírem as ar- problema até que se haja quantificado uma consi-
recadações de impostos. Os políticos, por sua vez, derável queda nas vendas ou uma perda irreversí-
aumentam os impostos para compensar a queda vel na confiança do consumidor. Lamentavelmen-
das receitas, prejudicando assim a economia e de- te, uma vez que a empresa reconheça e aceite que
bilitando o poder aquisitivo dos consumidores. Se existe um problema de roubo de marcas, é possí-
as economias sofrem, as indústrias se contraem e vel que já tenha o perdido algo em torno de 15%
os empregos escasseiam. Até quando? das vendas do produto devido a esse fenômeno.

Combatendo o roubo de marcas Perdas globais devido à contrafração


Os governos empreenderam de forma (projeção estimada)
tardia a elaboração de leis relacionadas
US$ Bilhões
com essas atividades, de forma a proteger
os cidadãos. Seus esforços se viram limi-
tados à legislação pertinente a datas de
vencimento, conteúdo do produto, códi-
gos de barras e números em série, embo-
ra alguns países em vias de desenvolvi-
mento, como o Brasil, tenham começado
a implementar leis mais rigorosas.
Em vez de esperar que os governos ou
as autoridades resolvam esse grave pro-
blema, os proprietários de marcas devem
conscientizar-se de que a responsabilida-
de de proteger esse seu patrimônio recai
sobre eles próprios. As razões são claras.
Em primeiro lugar, o roubo de marcas
pode potencialmente fazer evaporar o fa-
turamento e diluir a rentabilidade. É lógi-
co que as empresas tentem proteger a
rentabilidade gerada no mercado por es-
sas marcas depois de terem investido

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NovelPrint 11/09/02 16:52 Page 1
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Ainda assim muitos donos de marcas preferem ini- marca no que se refere à proteção do consumidor
ciar um processo judicial em vez de tomar as me- ou à preservação da qualidade do produto.
didas necessárias para proteger-se. Quando um produto se transforma em alvo dos
Para prevenir o problema do roubo de marcas é falsificadores, uma simples cinta termoencolhível
preciso implementar uma estratégia ativa. Feliz- não conseguirá evitar que ele seja copiado ou
mente, as empresas estão mais dispostas a tomar as adulterado. Em tais casos, os fabricantes pode-
medidas necessárias para aliviar esse flagelo. riam decidir incorporar uma solução de seguran-
O que uma empresa precisa fazer para estabe- ça no rótulo do produto. Existem soluções sofisti-
lecer uma estratégia de proteção de marcas? O cadas nesse âmbito, como os rótulos holográficos
processo começa com o reconhecimento e a cons- ou as impressões em relevo que contêm design de
cientização do problema por parte da liderança da segurança, com as quais se combate a falsificação
empresa. Se o ímpeto dessa estratégia provém da tornando a reprodução mais complicada. Alguns
direção executiva da empresa, com certeza será dos produtos vendidos na América Latina pos-
outorgada maior prioridade a esse projeto, e em suem esse tipo de rótulo e são valorizados tanto
geral serão conseguidos resultados satisfatórios pelos comerciantes como pelo público em geral.
com maior rapidez. Um método mais avançado para prevenir a fal-
Uma vez que a liderança da empresa decida sificação, a adulteração ou outros tipos de fatos
empreender uma estratégia para combater o pro- fraudulentos é a incorporação de mecanismos de
blema, poderá ser convocada uma equipe de prote- segurança na embalagem do produto. Muitas des-
ção de marcas. Gerentes de produtos, advogados sas tecnologias de proteção originaram-se de me-
especialistas em propriedade intelectual, pessoal didas de segurança destinadas a proteger cédulas
de produção e manufatura, designers de embala- de dinheiro, cartões de crédito e outros documen-
gens, engenheiros e gerentes de logística possuem tos de valor. Podem ser classificadas em três gru-
potencial para contribuir com idéias valiosas como pos: visível, oculto ou uma combinação de ocul-
parte dessa equipe. to/visível.
A equipe responsável pela proteção de marcas As soluções de segurança visíveis são eviden-
deverá avaliar as ameaças a ela classificadas em tes e facilmente detectáveis. Permitem que os
regiões do mundo, determinando o que se pode fa- consumidores, os distribuidores e os comercian-
zer antes que surjam problemas, estabelecendo tes verifiquem a autenticidade do produto. As so-
prioridades e definindo os objetivos. É imperativo luções visíveis mais difundidas são os hologra-
entender os problemas enfrentados por cada mar- mas, as tintas reativas e as impressões em relevo.
ca: se se trata de produtos falsificados, embalagens São dificultadores razoavelmente eficazes que re-
falsas, produtos adulterados etc. Cada problema querem investimentos mínimos. Apesar de sua
requer uma solução sob medida. Ademais, deve-se eficácia, freqüentemente os falsificadores tentam
determinar se a empresa pretende controlar ou de- copiar esses dispositivos utilizando computado-
ter o problema, prender ou processar os culpados, res, scanners e impressoras de alta resolução.
ou se vai empreender todas essas estratégias ao As soluções de segurança ocultas encontram-
mesmo tempo. se encobertas nos produtos ou nas embalagens,
Uma vez que tenham sido tomadas as medidas sem conhecimento dos consumidores. Como os
pertinentes e empreendidas as avaliações necessá- falsificadores não podem detectá-las facilmente,
rias, será possível desenhar uma solução específica. essa estratégia proporciona maior grau de segu-
rança e torna mais difícil a cópia do que com o
Soluções sob medida uso de métodos visíveis. As tecnologias ocultas
Embora existam soluções de segurança tecnologi- de última geração incluem aditivos em tintas ca-
camente avançadas que podem ser implementadas, pazes de comunicar o “ADN” do produto – nume-
inicialmente tentam-se saídas mais simples e me- ração em lote que provê informação-chave sobre
nos dispendiosas, como cintas termoencolhíveis ele – quando escaneado utilizando-se leitores es-
para proteção contra adulteração utilizadas em pro- peciais. Números de série invisíveis podem ser
dutos alimentícios. Apesar de essa medida propor- utilizados para o rastreamento de produtos através
cionar um nível básico de proteção, nota-se uma de canais de distribuição até que finalmente che-
evidente preocupação por parte do proprietário da guem às mãos do consumidor.

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As marcas d’água digitais são outra nova tecno- delas, sozinhas, podem garantir a integridade de
logia. Elas podem ser facilmente detectadas utili- um produto, porém seguindo-se uma estratégia
zando-se software e hardware, e são praticamente estabelecida. Com apoio da liderança da empresa
imperceptíveis a olho nu. As marcas d’água digi- e aplicando uma estratégia de fases múltiplas no
tais estão incorporadas ao exterior da embalagem que se refere à segurança das marcas, poderão ser
do produto em questão. A marca d’água digital minimizados os riscos que surgem a partir da fal-
contém informação a respeito do fabricante ou dis- sificação, da adulteração e de todo tipo de ativi-
tribuidor do produto, deixando clara sua autentici- dades ilegais.
dade mediante a inspeção da embalagem. Essa tec- A boa notícia é que algumas empresas líderes
nologia também possui a capacidade de rastrea- mundiais em seus setores estão atualmente com-
mento por número de lote de produtos, contribuin- prometidas em combater o roubo de marcas – e
do para a localização potencial da origem de emba- estão colhendo os frutos de seus investimentos
lagens falsas. em medidas de segurança. Os governos em torno
A combinação de metodologias visíveis e do mundo, também conscientes da gravidade do
ocultas através de uma estratégia de fases múlti- problema, começam a indicar que estariam pre-
plas é uma maneira efetiva para proteger-se do parados para tomar as medidas necessárias para
roubo de marcas. É também a estratégia escolhi- tratar a questão com maior agressividade.
da por muitas empresas globais: ela dá ao consu- Finalmente, novas tecnologias surgem todos
midor a certeza de saber que está adquirindo um os anos para ajudar os proprietários a combater o
produto autêntico, ao mesmo tempo que permite flagelo do roubo de marcas, protegendo não só
ao fabricante proteger a integridade de seus pro- seus lucros, mas também a saúde e o bem-estar
dutos e assegurar seus canais de distribuição. do público em geral.
Um exemplo de solução combinada seria o uso
de um rótulo holográfico (visível) que pode ser ve-
rificado pelo consumidor final. Esse rótulo pode A Westvaco Brand Security (WBS) Inc. é uma
também contar com um adesivo reativo oculto, subsidiária da MeadWestvaco Corp especia-
uma imagem latente ou ambos, que podem ser au- lizada em soluções de segurança sob medida
tenticados somente pelo dono da marca. Mesmo que impedem a falsificação e outras atividades
que o falsificador consiga replicar a parte visível delituosas a elas relacionadas, utilizando uma
do rótulo holográfico, o dono da marca poderá ve- metodologia registrada sob o nome “Brand
rificar sua autenticidade por meio de suas caracte- Theft Solutions”
rísticas ocultas.
(19) 3869-9106
Maior concientização resulta em ação npadovan@WestvacoBrandSecurity.com
Cada uma dessas tecnologias é um impedimento
www.WestvacoBrandSecurity.com
útil na luta contra o roubo de marcas. Algumas

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reportagem de capa

Pastas da esperança
Indústria de massas quer crescimento, e investe em embalagens
Por Guilherme Kamio
uitos ligariam o fenômeno ao Não se trata de afirmação desprovida de

M crescimento do poder de con-


sumo decorrente da estabili-
zação da moeda, pois desde
então as vendas do produto aumentam
embasamento.
Apesar do positivo salto nas vendas, os
índices brasileiros ainda são tímidos se
comparados aos de outros países. Na Itá-
20% ao ano. Também pode ser a prova da lia, o consumo individual por ano chega à
existência da indução subliminar, causada casa dos 27 quilos. Mesmo em outros paí-
pela enxurrada de novelas globais envol- ses latinos a volúpia frente às massas é
vendo histórias de imigrantes italianos de maior: os venezuelanos consomem 12
sotaque canhestro. Sem entrar no mérito quilos por ano, os chilenos, 10 quilos, e
das causas, o fato é que o brasileiro está peruanos e argentinos, 9 quilos e 8 quilos,
cada vez mais consumindo pasta, ou me- respectivamente.
lhor, macarrão, para ficar na forma popu- Na esperada curva ascendente para o
larmente usada na terra nossa. alimento no país, assegura Quintanilha, a
Dados da Associação Brasileira das embalagem e a força da marca se colocam
Indústrias de Massas Alimentícias (Abi- entre os principais recursos a serem ex-
ma) aferem que o consumo anual per ca- plorados pelos fabricantes nacionais de
pita do produto saltou de 4 quilos para 5,5 massas alimentícias, como meio de se
quilos de 1994 para cá. “Porém ainda há destacar num mercado pulverizado, no
muito potencial no mercado para cresci- qual a fatia do líder de mercado não atin-
mento”, sustenta Aluísio Quintanilha de ge 20%. Ademais, como lembra o empre-
Barros, presidente da entidade de classe. sário, trata-se de um componente de pro-

FOTOS: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

14 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


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40% do seu faturamento.


Na visão de Fabre, pelo fato de a atual
tecnologia em filmes ser bastante satis-
fatória, o campo a ser
desenvolvido
cada vez mais é
o do visual das
embalagens. Re-
sidem aí os in-
vestimentos dos
fornecedores de
Adria: 11 milhões embalagens plásti-
de reais investidos
para entrar com cas do setor.
cartuchos, ao Em 2001, a Can-
mesmo estilo da guru investiu na
Barilla
atualização de suas plantas gráficas de
Chapecó e Criciúma, em Santa Catarina,
responsáveis por atender o segmento, e
atualmente é capaz de imprimir em até
oito cores em flexografia.
“O enobrecimento das embalagens
também vem acompanhando a tendência
do mercado, pautada pelo lançamento de
linhas com apelo premium, como a de
massas grano duro, feitas com trigos es-
peciais”, analisa Quintanilha, da Abima.
duto cujo valor somente ganhou peso Nesse sentido, o profissional ressalta, a
num plano recente – mais precisamente, maioria dos fabricantes está buscando dar
no início da década de 90, quando a com- identidade às suas diferentes linhas, dife-
petitividade se acirrou com o fim do mo- renciando-as através da inserção de uma
nopólio do trigo e o povoamento das gôn- cor predominante e de outros signos.
dolas por marcas estrangeiras.
Cartuchos prometem
Flexíveis mais nobres É o que pode ser visto, entre outros exem-
Iniciou-se, a partir de então, uma forte plos, na própria empresa de Quintanilha, a
substituição da forma de acondicionar o Emegê/Reimassas, e na Petybon, da Bun-
produto. As embalagens do tipo flow- ge Alimentos (Santista). Nas embalagens
pack, até então feitas de singelos filmes desta última, impressas pela Unipac, outra
monoweb, sobretudo de polietileno, co- grande fornecedora de embalagens plásti-
meçaram a ganhar estruturas mais traba- cas para o segmento, predomina ora o ver-
lhadas. Conseqüentemente, a imagem de melho, para a linha de massa com ovos,
embalagem descuidada, associada ao ora o verde, que identifica a linha premi-
produto, começou a ruir. um Grano Duro.
“Hoje, a coqueluche é a combinação Nas massas com Essa tendência de exploração de ni-
laminada de BOPP e polipropileno, que ovos da Emegê
predomina o
proporciona boa barreira e dá o brilho e a
vermelho como
transparência necessários”, sinaliza Ál- cor principal
varo Edson Fabre, gerente de negócios
em alimentos da Canguru Embalagens,
DIVULGAÇÃO

convertedora que afirma deter cerca de


55% do fornecimento de envoltórios
plásticos para a indústria nacional de
massas, negócio que responde por quase
set 2002 • EMBALAGEMMARCA – 15
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chos de maior valor agregado e de forta- embalagem ainda é muito nivelado – em


lecimento de marcas através da embala- formatos, sistemas e apelo visual –, ex-
gem está indo além do maior esmero grá- plorar outros tipos de embalagem é uma
fico das embalagens plásticas flexíveis. oportunidade a se levar em consideração.
Como a diferenciação é uma arma tenta- Nesse sentido, merece destaque a ini-
dora num mercado em que o cenário de ciativa da Adria, a líder nacional no seg-
mento. A empresa acaba de lançar sua
grife Grano Duro em cartuchos de papel
cartão, nos moldes da famosa marca ita-
liana Barilla.
Em vez do azul, a Adria aposta na cor
branca para marcar sua linha especial,
que também traz uma pequena janela em
acetato para a visualização do conteúdo.
No verso dos cartuchos, há receitas de
chefs, outro ponto que enobrece a linha.
“Pela ampliação do facing no ponto-
de-venda e as poucas iniciativas em larga
escala, a participação dos cartuchos no
segmento ainda pode crescer bastante”,
acredita Mauro Rodrigues, diretor comer-
Marcas cial da Flexcell, convertedora das caixi-
estrangeiras
ditam tendências nhas da Adria e que atende também a
em embalagem marca Renata, do Pastifício Selmi, que

Um nicho de soluções de alta tecnologia


No rastro do crescimento do mercado de massas ali- por conta de provedores como a Itap Bemis e a Uni-
mentícias, e também no do boom dos alimentos com pac. “Há uma tendência de migração dos pouches
apelo de praticidade, as massas frescas, sobretudo processados a vácuo, feitos de náilon e polietileno,
as recheadas, vêm configurando um nicho de solu- para as soluções bandeja e tampa pela aparência e
ções aprimoradas em embalagem. As bandejas ter- pela velocidade das máquinas processadoras”, diz
moformadas fechadas com filmes peelable, em Luciano Leme, gerente
muitos casos contendo processos de atmosfe- de unidade de negócios
ra modificada para preservar o sabor e aumen- da Itap Bemis. “Trata-se
tar a vida de prateleira do produto, estão cada de uma embalagem
vez mais presentes nos bal- sofisticada, que agrega
cões refrigera- valor”.
dos dos super-
mercados.
Para essas
“massas traba-
lhadas”, que
vêm rendendo
bons dividendos
a marcas como
Sadia, Frescarini
e Mezzani, entre
outras, os gran-
des fornecimen-
tos em embala-
gem têm ficado

16 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


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também utiliza os cartuchos – no caso, Nesse panorama todo, um ponto fica


vermelhos – já há algum tempo. evidente: ainda há muito a se explorar em
Resultado de investimentos de cerca de termos de embalagem, e a maior profusão
onze milhões de reais, distribuídos em de opções tende a deixar esse mercado al
pesquisas, importação de equipamentos, dente. Até pouco tempo atrás, quem agra-
ações publicitárias e promocionais e de- deceria eram as “mammas” provedoras da
senvolvimento de produto e embalagem, a tradicional macarronada dominical. Como
linha tem a missão de conquistar a lideran- essa figura é cada vez menos presente nos
ça de mercado na categoria grano duro em lares – e até nas telenovelas –, quem hoje
até três anos. agradece são basicamente dois públicos.
De um lado, os apressados, a “turma do
Mudança aprovada molho pronto”, que em geral ganha uma al-
A empresa parece estar segura quanto à ternativa não só cômoda, mas de melhor
mudança: pesquisa realizada pelo Instituto qualidade do que seria capaz de criar com os
InterScience com 320 consumidoras reve- ingredientes in natura. De outro, a crescente
lou que 99% delas declararam possuir in- legião de gourmets, os cozinheiros de fim de
teresse em experimentar o produto devido semana que costumeiramente se iniciam na
à apresentação; 39% acharam a embala- arte da culinária preparando macarrão.
gem da Adria a mais atrativa da categoria;
e 46% associaram o cartucho à idéia de
que o produto é o melhor do segmento. Abima
Se os cartuchos crescem com a onda de (11) 3815-3233
www.abima.com.br
agregar valor a linhas, por outro lado as
flexíveis também encontram novos Canguru Embalagens
nichos. Um deles é o das marcas próprias, (48) 461-9000
www.canguru.com.br
que vem elevando a produção de con-
vertedores como a Mazda Embalagens, Flexcell
fornecedora dos pacotes das massas da (11) 3208-2411

rede Carrefour. Itap Bemis


(43) 372-3500
www.itapbemis.com.br

Mazda Embalagens
(11) 4441-6500
mazda@mazdanet.com.br
Valorização do
Unipac
(11) 6165-2400 que é nacional
Desde o ano passado os consumidores
têm encontrado impresso nas embala-
gens das massas nacionais o Selo Abi-
ma. A rubrica garante a procedência e a
qualidade dos produtos. Trata-se de uma
iniciativa da Associação Brasileira das In-
dústrias de Massas Alimentícias para
conter o avanço das marcas estrangeiras,
oriundas principalmente da Itália e da
b

China. Neste ano, a Abima está colocan-


do em curso uma ampla campanha de
marketing institucional, com direito a pro-
Cores
pagandas em outdoor e participações em
diferenciam
linhas nas programas de TV. Tudo para resguardar
embalagens da um mercado de 200 milhões de reais de
Petybon, impressas faturamento anual, ou seja, 16% do fatu-
b l

pela Unipac ramento da indústria alimentícia no país.

set 2002 • EMBALAGEMMARCA – 17


37latas 11/09/02 17:11 Page 18

metálicas

Comodidade Latas inteligentes


facilitam a vida do
consumidor – só lá
e interação fora, por enquanto

ovas tecnologias vêm fazen-

N do com que as embalagens


assumam, cada vez mais, um
papel ativo no momento do
consumo. Ganham com isso, de modo ób-
vio, as marcas dos produtos acondiciona-
dos nesses recipientes inteligentes, assim
como o consumidor, com o regozijo da
conveniência. As novas no front, desta
vez, vêm do mercado europeu de bebidas,
através de latas de elevado QI.
Para os alemães, notórios apreciadores
de cerveja, a solução inovadora atende
pelo nome CoolKeg, desenvolvida pela
também germânica Cool-System. Trata-
se de um barril metálico para 20 litros da Vinte litros de
bebida, que traz embutido um mecanismo cerveja gelada sem
de auto-resfriamento. Ao ser acionado, auxílio de freezer ou
geladeira, o atrativo
ele gela o conteúdo em menos de uma do CoolKeg.
hora. O segredo da embalagem é uma tec- Auto-suficiente, a
nologia de adsorção baseada na reação embalagem pode
quebrar o galho até
entre um tipo de zeólito, mineral encon-
mesmo em
trado na natureza, e água acondicionada passeios em
em um ambiente de vácuo. Em condições lugares ermos,
normais, o zeólito adsorve grande quanti- como um deserto
(foto acima)
dade de água. Sob vácuo, é capaz de pro-
duzir gelo, numa reação de catálise.

Hi-tech, mas retornável


O mérito da empresa alemã foi conseguir
reunir o processo em um mecanismo sim-
ples e embuti-lo no barril, feito de alumí- cerveja. Após 30 ou 40 minutos é possível
nio, através de reservatórios, estruturados servir e sorver as primeiras tulipas, abrin-
em camadas separadas por folhas de me- do uma válvula plástica, semelhante a
tal. Na camada interior fica a cerveja; na uma torneirinha, que fica na parte inferior
intermediária, a água; finalmente, na ca- da parede do barril. Já o restante da bebi-
mada exterior, é armazenado o zeólito. da permanece gelado, entre 6o C e 8o C,
Um tubo conecta os compartimentos, por no mínimo doze horas.
e é aí que reside a essência do mecanis- O CoolKeg é retornável. De volta à fá-
mo: o consumidor, ao abrir uma válvula brica, ele é recondicionado através do
localizada no topo do barril, libera o tubo, CoolCharger, um aparelho que reverte o
que transporta vapor d’água para o zeóli- processo físico, fazendo com que o zeólito
to. Este rapidamente esquenta, enquanto repulse a água. Posteriormente ele também
o reservatório de água resfria, gelando a é novamente rotulado. Aliás, o rótulo do

18 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


37latas 11/09/02 17:11 Page 19

barril tem de ser obrigato- logia na bebida à base de café Kenco Ice
riamente um sleeve, desen- Cappio, da Kraft Foods, comercializada
volvido pela CoolSystem e no mercado britânico. Trata-se da primei-
nomeado CoolSleeve. Mo- ra lata de 250ml a contar com tal diferen-
tivo: proteção do consumi- cial. Até então, a Widget apenas era em-
dor. Quando a válvula do butida em latas de cerveja de 500ml. De
barril é acionada e o pro- acordo com a S-L, a intenção é progredir
cesso de resfriamento tem para outros mercados, como bebidas mis-
início, a temperatura da su- turadas à base de leite, milk shakes, io-
perfície do barril chega a gurtes e cafés.
80oC. Aliás, falando em cafés em latas auto-
A inovação do Cool- aquecíveis, o Nescafé Hot When You
Keg rendeu à CoolSystem Want, da Nestlé, primeiro grande case de
o Prêmio Alemão de Em- impacto nessa seara, está completando
balagem no fim de 2001 e, um ano de mercado na Inglaterra, tendo
neste ano, o President’s Award, categoria abocanhado diversos prêmios internacio-
Nescafé auto-
especial do prêmio WorldStars, organiza- aquecível está nais de embalagem – mérito da tecnolo-
do pela World Packaging Organisation completando um gia da Crown Cork & Seal.
ano no mercado Para o Brasil, uma novidade promete
(WPO). E não é apenas cerveja que pode
(acima). Abaixo:
ser contemplada com a invenção. A fabri- ao abrir a lata da estrear em breve no mercado, como anun-
cante alemã Vom Fass, por exemplo, o Schmalbach- ciado na edição passada de EMBALAGEM-
utiliza para acondicionar prosecco e vi- Lubeca, espuma MARCA. Trata-se da tecnologia de auto-
na bebida
nho branco. resfriamento de latas licenciada à empre-
sa paranaense Ice Tec do Brasil. Desen-
Espuma fresquinha volvida na Coréia do Sul, ela está atual-
Outra lata que vem atraindo bastante a mente em fase de prospecção junto aos
atenção na Europa é a Widget, da fabricantes nacionais de bebidas.
Schmalbach-Lubeca, que também já
pode ser vista em ação em diversas mar-
cas de cerveja. Os recipientes brindados
com a tecnologia produzem uma suave
camada de espuma no topo da bebida ao
serem abertos, eliminando o tradicional
“jeitinho” de servir para a formação do
colarinho.
A tecnologia da S-L baseia-se em
uma cápsula plástica situada na base da
lata. Na fase de enchimento, a bebida é
acondicionada na lata juntamente com
uma pequena quantidade de nitrogênio
líquido. Quando a lata é fechada, o ni-
CoolSystem
trogênio evapora, sendo que uma parte www.coolsystem.de
dele produz a pressão interna que estabi-
liza a embalagem, enquanto uma outra Crown Cork & Seal
(11) 4529-1000
parte adentra a cápsula. No momento da www.crowncork.com
abertura, uma troca de pressão com a
Ice Tec do Brasil
bebida acondicionada tem início, for-
(41) 333-5861
mando assim a espuma. lira@icetecdobrasil.com.br
Da mesma forma que o CoolKeg, a
Schmalbach-Lubeca
lata Widget não se restringe às cervejas, e www.schmalbach.com
está abrindo novos mercados. Um exem-
plo oportuno é a recente estréia da tecno-

set 2002 • EMBALAGEMMARCA – 19


37premio 11/09/02 17:47 Page 20

prêmio

Novo e respeitado
Prêmio Abre se consolida como o mais importante do setor
o último dia 28 de agosto, a

N ABRE – Associação Brasi-


leira de Embalagem divul-
gou a lista com os vencedo-
res do Prêmio Abre de Design de Emba-
lagem em São Paulo. Apesar de jovem
(esta foi a segunda edição), a premiação
já se consolidou como a principal do se-
tor de embalagens. A prova disso está no
crescimento no número de inscrições,
que pulou de 300 projetos concorrentes
em 2001 para cerca de 400 embalagens
em 2002.
Segundo a entidade, o aumento no in-
teresse do setor pelo prêmio se deve às
novidades introduzidas neste ano, tais
como a criação de novas categorias (ago-
ra são dezoito, mais as categorias espe-
ciais “Voto Popular” e “Empresa do
Ano”) e um regulamento mais enxuto.
Um dos destaques deste ano foi a criação ABRE balagens que uniam beleza, qualidade e
da categoria “Ecodesign”, concebida para (11) 3082-9722 praticidade.
www.abre.org.br
valorizar aquelas embalagens que otimi- A grande qualidade técnica e visual
zam a utilização de recursos naturais e dos trabalhos inscritos reflete o amadure-
eliminam desperdícios, sem agredir o cimento do setor de design de embala-
ambiente. gem, que nos últimos anos tem se consa-
Seguindo uma tendência que se con- grado como aliado importante de fabri-
solida no primeiro mundo, a ABRE deci- cantes nos mais diversos setores indus-
diu premiar as empresas que estão incor- triais. “As empresas estão percebendo que
porando um importante aspecto da res- o produto e a embalagem estão interliga-
ponsabilidade social, que é a redução do dos de tal forma que já não é mais possí-
volume de embalagens descartadas no vel considerar um sem levar em conta o
ambiente. De acordo com a associação, o outro”, enfatiza Fábio Mestriner, presi-
volume de embalagens jogadas anual- dente da ABRE, que comandou a cerimô-
mente no lixo e não recicladas equivale a nia de premiação.
4 bilhões de reais. A escolha do vencedor na categoria es-
pecial “Voto Popular” foi feita por aproxi-
Especialistas madamente 3 000 pessoas que votaram no
Coube a um júri formado por trinta espe- estande da ABRE durante a 18ª Fispal –
cialistas ligados a toda a cadeia produtiva Feira Internacional de Tecnologia & Em-
de embalagem a difícil missão de selecio- balagem para a Indústria Alimentícia, rea-
nar os premiados em meio a trabalhos de lizada em junho em São Paulo.
alto nível. Esses profissionais (veja qua- Nas próximas páginas, a revista EMBA-
dro na página 30) buscaram premiar em- LAGEMMARCA traz os cases vencedores.

20 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


37premio 11/09/02 17:47 Page 22

DESIGN DE EMBALAGEM –
ALIMENTOS
Título do trabalho: Misturas para Bolos
Vencedor: J. Macêdo Alimentos
Design: Seragini Design
Convertedor: Itap Bemis
Usuário: J. Macêdo Alimentos
Atributos da embalagem: A embalagem uti-
liza uma estrutura de 91 g/m2 composta de
PET+Tintas+Adesivo+PE, com quatro sol-
das. Dessa forma, as embalagens mantêm-
se em pé nas prateleiras, sem perda de visi-
bilidade em relação aos cartuchos de papel DESIGN DE EMBALAGEM –
cartão tradicionais na categoria. COSMÉTICOS E CUIDADOS
PESSOAIS
Título do trabalho: Casal de perfumes
Sintonia de Natura Feminino e Sintonia de
Natura Masculino
Vencedor: Natura Cosméticos
Design: Design com Z
Convertedores: Tapon Corona/Rexam do
Brasil/Bormioli Rocco e Figlio
Usuário: Natura Cosméticos
Atributos da embalagem: O frasco é trans-
parente e arredondado, e vem dentro de
uma embalagem de aço. O sistema exclusi-
vo de válvula dispensa a tampa e transmite
conforto através do toque proporcionado
pelo material emborrachado da capa do atu-
ador, bi-injetada com PP e borracha flexível.

DESIGN DE EMBALAGEM –
BEBIDAS
Título do trabalho: Bohemia – Cerveja
Escura – Edição Especial
Vencedor: Saint-Gobain Vidros
Design: Saint-Gobain/Ambev
Convertedor: Saint-Gobain
Usuário: Ambev
Atributos da embalagem: A embalagem pos-
sui capacidade volumétrica e design dife-
renciado em relação à categoria
DESIGN DE EMBALAGEM –
HIGIENE E LIMPEZA
Título do trabalho: Cartucho Omo Progress
Windows 1 kg
Vencedor: Dixie Toga
Design: Oz Design
Convertedor: Dixie Toga
Usuário: Unilever
Atributos da embalagem: A inclusão de uma
janela no cartucho impresso em rotogravura
permite que o consumidor controle a quanti-
dade de produto remanescente

22 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


37premio 11/09/02 17:47 Page 24

DESIGN DE EMBALAGEM –
SAÚDE E FARMACÊUTICO
Título do trabalho: Marluvas
Vencedor: Rigesa Celulose, Papel e Embalagens
Design: Marluvas Calçados Profissionais e de Segurança
Convertedor: Rigesa Celulose, Papel e Embalagens
Usuário: Marluvas Calçados Profissionais e de Segurança
Atributos da embalagem: Feita de papelão ondulado e impressa em
processo flexográfico em quatro cores mais verniz, a embalagem é
resistente e tem sistema de travas internas que dispensa o uso de
cola para montagem. Tem formato de maleta (com alça plástica
como acessório) e possui tampa integrada ao corpo da embalagem.

DESIGN DE EMBALAGEM –
BRICOLAGEM
Título do trabalho: Latas com fechamento
Biplus Coral (1/4)
Vencedor: Brasilata
Design: Brasilata
Convertedor: Brasilata
Usuário: Tintas Coral
Atributos da embalagem: Desenvolvida es-
pecialmente para utilização no sistema tinto-
métrico, a embalagem possui sobretampa
transparente que permite a verificação da
cor. Facilita a abertura e o fechamento, e eli- DESIGN DE EMBALAGEM –
mina a necessidade de reabrir a emba- ELETROELETRÔNICOS
lagem depois de tingida a base
E DOMÉSTICOS
branca
Título do trabalho: Linha de embalagens
Home Theater Solution Gradiente
Vencedor: Brandgroup Design e
Comunicação
Design: Brandgroup Design e Comunicação
Convertedor: Studio de Fotolito Litokromia
Usuário: Gradiente Áudio e Vídeo
Atributos da embalagem: Visual sofisticado
obtido com a utilização de recursos gráficos
com hot stamping e verniz fosco. Os deta-
lhes do produto foram usados em todas as
laterais.

DESIGN DE EMBALAGEM –
MISCELÂNEA
Título do trabalho: DVD Harry Potter
Vencedor: Rigesa Celulose, Papel e Embalagens
Design: T & M Design
Convertedor: Rigesa Celulose, Papel e Embalagens
Usuário: Warner Bros. Home Video
Atributos da embalagem: Combinação de papel cartão com berços
plásticos transparentes para o acondicionamento dos discos.
Impressão offset, com grande resistência mecânica e áreas adi-
cionais de impressão e rotulagem. Mais fina que as embalagens
tradicionais.

24 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


37premio 11/09/02 17:47 Page 26

REDESIGN DE EMBALAGEM –
ALIMENTOS REDESIGN DE EMBALAGEM –
Título do trabalho: Iracema – linha de snacks BEBIDAS
Vencedor: Dil Consultores em Design Título do trabalho: Minalba Classic
Design: Dil Consultores em Design Vencedor: Hi Design
Convertedores: Santa Rosa Embalagens Design: Hi Design
Flexíveis/Litografia Valença Convertedor: Multilabel do Brasil
Usuário: Kraft Foods Brasil Usuário: Minalba Alimentos e Bebidas
Atributos da embalagem: Redesign gráfico Atributos da embalagem: A diminuição dos
da logomarca e dos catorze itens que com- contornos e aumento da legibilidade das
põem a linha. Modernização das letras e letras da marca, combinados com um ajuste
introdução de fundo azul escuro nas latas nas próprias letras (compensação ótica) e a
litografadas em seis cores e nas embalagens redução na quantidade de elementos gráfi-
laminadas com oito cores impressas em cos da ilustração do rótulo deram um visual
rotogravura (veja Making Of na página 42). mais leve, limpo e iluminado à embalagem.
Alteração nas cores do logo com utilização
REDESIGN DE EMBALAGEM – de degradé e introdução da denominação
“Classic” para reforçar o posicionamento
COSMÉTICOS E CUIDADOS
do produto. O fato de a Minalba ter linha
PESSOAIS E HIGIENE E LIMPEZA
própria de sopro ajudou na opção pelo PET.
Título do trabalho: Nova embalagem Minerva
O rótulo auto-adesivo com visual no-label é
com Silicone Hidrativo
inovador na categoria.
Vencedor: R. 1234 Art Design
Design: R. 1234 Art Design
Convertedores: Dixie Toga/Impressora
Paranaense
Usuário: Unilever
Atributos da embalagem: Introdução de ícone
de ferro de passar roupa cruzando o painel
principal e passando a sensação de velocida-
de, para comunicar benefício do produto.
Preocupação em deixar as costas da embala-
gem tão atraentes quanto a frente, para agili-
zar posicionamento em gôndola. Apelo visual
com a utilização de hot stamping. ECODESIGN
Título do trabalho: Caixas Plaform Rasip
Vencedor: Rigesa Celulose, Papel e
Embalagens
Design: Rasip Agro Pastoril
Convertedor: Rigesa Celulose, Papel e
Embalagens
Usuário: Rasip Agro Pastoril
Atributos da embalagem: Utilização de ma-
teriais biodegradáveis como papelão ondu-
lado e tintas e vernizes à base d’água. A em-
balagem é descartável e 100% reciclável.

26 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


37premio 11/09/02 17:48 Page 28

DESIGN PARA EXPORTAÇÃO


Título do trabalho: Bud 3 Pack
Vencedor: Mead Westvaco
Design: Mead Westvaco
Convertedor: Mead Westvaco
Usuário: Companhia Industrial Cervejera
Atributos da embalagem: Embalagem agru-
padora para três latas no formato triangular

TECNOLOGIA
Título do trabalho: Embalagem para pizza
congelada tamanho família
Vencedor: Caeté Embalagens
Design: Vogt Design e Comunicação
Convertedor: Caeté Embalagens
Usuário: Matzupel Indústria de Alimentos
Atributos da embalagem: Embalagem em
forma redonda. Exclusivo processo de
fusão de polietileno com polietileno.

CASE DE EMBALAGEM
Título do trabalho: Coleção Mulher & Poesia
por Vinícius de Moraes de Avon
Vencedor: M Design
Design: M Design
Convertedor: Lavezzo Gráfica e Editora
Usuário: Avon
Atributos da embalagem: Foram escolhidos
três perfis aos quais se associaram músicas
EMBALAGEM PROMOCIONAL
de Vinícius de Moraes. O frasco, simples, Título do trabalho: Estojo Bombonier
contém linhas femininas, longilíneas, e base Modelo Coração
quadrada. No centro, o frasco é arredonda- Vencedor: Metalgráfica Itaquá
do, mas volta a ficar quadrado na tampa. O Design: Narita & Associados Design
fundo espesso foi usado para enobrecer a Convertedor: Metalgráfica Itaquá
embalagem de vidro. Os estojos com aber- Usuário: Kraft Foods Brasil
turas laterais foram concebidos de forma a Atributos da embalagem: Embalagem de
lembrar porta-jóias, e receberam as letras aço em formato de coração, desenvolvida
das obras de Vinícius na parte interna. Mu- para o dia dos namorados. Sistema de
lher & Poesia atingiu recorde de vendas na fechamento diferenciado proporciona
história da Avon Brasil, tornou-se global e acabamento uniforme entre a tampa e o
rendeu um prêmio da corporação de melhor fundo, não deixando nenhuma saliência
projeto de marketing em todo o mundo. externa no estojo.

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37premio 11/09/02 17:48 Page 30

VOTO POPULAR
Título do trabalho: Embalagem 3 em 1
Colônia Ápice
Vencedor: Maria Rosângela Figueiredo de
Souza Teixeira ME
Design: Maria Rosângela Figueiredo de
Souza Teixeira ME
Convertedor: Flor de Maio
Usuário: Skin Hair Indústria e Comércio de
Cosméticos
Atributos da embalagem: Aspecto rústico,
obtido com impressão no verso do cartão. A
FAMÍLIA DE PRODUTOS face branca, voltada para dentro, valoriza e
Título do trabalho: Bons Sonhos ilumina o produto. A embalagem não tem
Vencedor: WR… Comunicação Marketing pontos de colagem, e pode ser utilizada de
Design três formas diferentes: montada com as
Design: WR… Comunicação Marketing abas para dentro, para fora e em forma
Design de flor (servindo como expositor).
Convertedores: Flor de Maio/Gráfica e
Editora Modelo
Usuário: La Façon
Atributos da embalagem: Desenvolvida em
Kraft e decorada com traços manuais, com
o intuito de reforçar o conceito artesanal da
linha. A composição de todos os itens (cai-
xa, rótulo, envoltório, sachê de chá e traves-
seiro), apesar de impressos em uma única
cor, ajudaram a conferir à linha um visual
original.

EMPRESA DO ANO
Vencedora: Nestlé Brasil Ltda. Os jurados deste ano
Enrique Gustavo Rossi Consult-Em
Antonio Eduardo Pinattti Faculdade de Belas Artes de SP
Márcia Nori ABEA
Fausto Guilheme Longo FIESP/CIESP
Sheila Brabo Centro SP Design
João Carlos Basilio da Silva ABIHPEC / SIPATESP
Ari Nelson Rodrigues Costa Consultor
Renata Ashcar Cosmetics Com. e Mkt.
Marcos Sardas GS&SG
Ernesto Freire Pichler IPT
Serafim Branco Neto FEBRAFARMA
Gustavo Ferreira Lendnhardt Inst. Mauá de Tecnologia
ESTUDANTE Ronald Peach Jr. POPAI - Brasil
Título do trabalho: Ecologia Vital Lauro Moretto SINDUSFARMA
Vencedor: Octavio Machado Estanislau Pérez ZEGRAPH Design
Léo Bick ABIA
Andre Vilhena CEMPRE
Ewaldo Danilo Endler ADVB
Reginaldo Baggio Universidade Anhembi Morumbi
Mara Vegso About
Glaucia Boner de Oliveira ESPM
Adriana Valese Universidade Anhembi Morumbi
Elcio de Sousa SENAI
Carlos André Pereira de Barros Min. do Des., Ind. e Com. Exterior
Luis Fernando Ceribelli Madi CETEA / ITAL
Maria Luiza Leal Antunes Research International
Eloisa Elena Corrêa Garcia CETEA / ITAL
Elza Tsumori AMPRO
Elmo Schiavetti Jr. ABRAS

30 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


37livros 11/09/02 17:19 Page 65

livros

Arte chinesa nas escolas


Ripasa S/A Celulose e Papel sição China – AArte Imperial, AArte

A está patrocinando o projeto


Arte nos Museus, que visa
difundir o gosto pela arte entre alunos
do Cotidiano, A Arte Contemporâ-
nea, que vai até 3 de novembro pró-
ximo. No dia do evento, a entrada foi
do grau secundário, através dos edu- franqueada aos convidados. Iniciou-
cadores. O projeto consiste em patro- se então a distribuição do livro A Fas-
cinar eventos culturais, com apoio de cinante Civilização da China, de au-
material impres- toria da professo-
so. A primeira ra Nereide Schi-
iniciativa do pro- laro Santa Rosa,
jeto contempla a que autografou
cultura dos chi- exemplares. Se-
neses, inventores rão doados
do papel, produto 24 000 exem-
que a Ripasa pro- plares do livro,
duz há mais de 44 impresso em
anos e é distribuí- papel Image
do não só no Bra- Mate 145g/m2
sil, mas em inúme- e capa em Ro-
ros países no mun- yal 250g/m2,
do inteiro. da Ripasa, e 15 000 re-
Para marcar o início do projeto, a produções de obras de arte em papel,
empresa patrocinou dia 31 de agosto além de 21 500 manuais de orienta-
último um coquetel no Museu de ção pedagógica para os educadores
Arte Brasileira, o MAB, localizado de escolas e bibliotecas públicas no
nas instalações das Faculdades Ar- Estado de São Paulo. O projeto tem
mando Alvares Penteado (FAAP), apoio da Secretaria da Educação do
em São Paulo, onde se realiza a expo- Estado de São Paulo.

Uma gigante bicentenária


poio à cultura comprova es- cantor e compositor Toquinho, na

A tar se tornando mesmo uma


ferramenta de grande apelo
para fortalecer marcas no Brasil.
Sala São Paulo, em São Paulo, an-
tecedido de um “vin d’honneur”
para 1 200 convidados.
Para comemorar no país o 200º ani- A todos os presentes foi entre-
versário de fundação da Du Pont, a gue um exemplar do livro Du Pont:
empresa patrocinou dia 28 de agos- From the Banks of the Brandwyne
to um concerto da Orquestra Jazz to Miracles of Science (Du Pont,
Sinfônica, com apresentação do Das Margens do Brandwyne aos
Milagres da Ciência), do historiador
americano Adrian Kinnane. O lu-
xuoso volume, com 268 páginas e
profusão de fotografias e ilustra-
ções conta a história da gigante com
sede nos Estados Unidos e presença
em praticamente todos os países.
Ao mesmo tempo, traça um fasci-
nante retrato da evolução industrial
Du Pont: duzentos anos de história nos últimos dois séculos.
37braskem 11/09/02 17:59 Page 32

matéria-prima

Gerações integradas
Braskem, petroquímica de classe mundial, inicia suas atividades
m passo inédito no setor petro- mos Básicos, responsável pela fabricação e

U químico brasileiro foi dado


com a inauguração oficial da
Braskem, em 19 de agosto:
pela primeira vez no país uma única empre-
comercialização dos produtos de primeira
geração na central de matérias-primas de
Camaçari (BA) e combustíveis; Poliolefi-
nas, responsável pela produção e comercia-
sa fabrica produtos de primeira e segunda lização de polietileno e polipropileno nos
geração petroquímica. Fugindo dos jargões, pólos de Triunfo (RS) e Camaçari; Viníli-
isso significa que a Braskem é capaz de pro- cos, que responde pela cadeia de produção
duzir insumos básicos, como eteno e prope- de PVC, incluindo cloro e soda; e, final-
no, e também resinas termoplásticas, como mente, Desenvolvimento de Negócios, res-
polietileno e polipropileno. ponsável pela fabricação de resina PET e
Fruto da integração dos ativos petroquí- que terá papel estratégico, gerenciando a
micos dos grupos Odebrecht e Mariani – participação da Braskem em outras empre-

www.embalagemmarca.com.br
leia-se OPP Química, Trikem e Nitrocarbo- sas e avaliando oportunidades de negócios.
no – à Copene, a Braskem já nasce como a Braskem No que diz respeito à cadeia de embala-
www.braskem.com.br
maior do setor na América Latina e líder re- gem, para a qual influem de maneira decisi-
gional em termoplásticos, com faturamento va os negócios em poliolefinas, PVC e PET
anual superior a sete bilhões de reais e ati- – e aí merece lembrança a posição privile-
vos avaliados em doze bilhões de reais. Tais giada que a OPP sempre ostentou nesse
dados a incluem entre as cinco maiores in- mercado – a Braskem já inicia suas opera-
dústrias brasileiras de capital privado. ções como líder do mercado regional, com
Os planos, após a consolidação da nova participações avaliadas em 39% no segmen-
empresa, são auspiciosos. Entre eles, se des- to de polipropileno, 31% no de polietileno e
taca a implementação de um programa de 51% no de PVC.
exportações em um nível nunca antes visto
na petroquímica nacional, pelos “patamares Planta da Braskem
em Triunfo (RS) será
globais de competitividade atingidos pela centro de poliolefinas
criação de uma companhia brasileira de
classe mundial”, diz José Carlos Grubisich,
presidente da Braskem. As exportações
anuais da empresa, para mais de 40 países
nas Américas, Europa, Ásia e África, deve-
rão representar perto de 15% de seu fatura-
mento, superando 380 milhões de dólares.

Quatro unidades
Ainda no quesito competitividade, vale des-
tacar que outros atrativos da união entre as
empresas formadoras da Braskem são as si-
nergias operacionais, administrativas e tri-
butárias atingidas, algo em torno de 330 mi-
lhões de reais por ano.
Para suportar essa nova estrutura, quatro
unidades de negócio foram criadas: Insu-

32 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


37segurança 11/09/02 18:04 Page 34

segurança

Neurônio nas gôndolas


Controle de perdas multiplica mercado para etiquetas inteligentes
Por Leandro Haberli
omo no caso do disparo que 3,7 bilhões de dólares os prejuízos acar-

C acaba ameaçando atingir o


próprio atirador, a consoli-
dação do modelo de auto-
serviço no varejo, ainda que decisiva
retados pelo sumiço de seus produtos.
No Brasil, calcula-se que a perda média
de mercadorias no varejo é de 1,13% so-
bre o faturamento das lojas. Tais levanta-
para a consagração da embalagem como mentos não se restringem à ação de
suporte de marcas e trampolim de ven- clientes cleptômanos. Também são con-
das em indistintas categorias de produ- siderados verdadeiros conluios de forne-
tos, também apresentou efeitos indiges- cedores e prestadores de serviço, erros
tos. Por mais excêntrico que pareça, esse administrativos, além dos desvios prati-
irreversível conceito de atendimento, cados por funcionários espertalhões (ver
que privilegia a exposição dos produtos gráfico). O fato é que o extravio de mer-
livre da vigília de gerentes e vendedores, cadorias adquiriu proporções que tornam
e sem intermediários como o balcão das proibitiva a velha postura de simples-
antigas mercearias, abriu caminho para mente fazer vista grossa à questão.
gatunos e consumidores gaiatos, tornan-
do o furto de mercadorias um problema Vigilância eletrônica
severo para muitas empresas. Sentindo isso no bolso, redes de hiper-
Em 1999, 32 das maiores redes vare- mercados, lojas de conveniência e de de-
jistas dos Estados Unidos estimaram em partamentos, livrarias, home centers e
até farmácias buscam a duras penas solu-
ções para fechar o ralo da “distração”
DE ONDE VÊM AS PERDAS alheia, num movimento responsável por
um extenso campo de oportunidades para
empresas que se propõem a essa tarefa.
Em grande parte das vezes, as táticas su-
14,7% geridas para controlar esse vespeiro se
constituem de acessórios como selos de
segurança, lacres invioláveis e filmes
36,5% termoencolhíveis. Porém, ganha cada
FUNDAÇÃO INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

vez mais força na metodologia de pre-


23,5% venção de furtos o conceito de eletronic
article surveillance, ou vigilância eletrô-
nica de mercadorias.
Nessa seara, prospera um moderno
25,3% insumo ligado a embalagem: a smart tag,
ou etiqueta inteligente, que vem sendo
avaliada por um número cada vez maior
de varejistas como solução eficaz ao pro-
blema das perdas. Feito de papel ou fil-
Furtos por clientes me, esse tipo de auto-adesivo pode ser
Erros operacionais dotado de um chip interno e de uma an-
Furtos por empregados tena, que se comunica com um leitor,
Erros administrativos normalmente instalado em pedestais na

34 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


37segurança 11/09/02 18:04 Page 35

saída das lojas. Quando alguém tenta le-

FOTOS: DIVULGAÇÃO
var um produto cujo pagamento não foi
registrado, o sensor dispara sinais vi-
suais e sonoros. Esse mecanismo é co-
nhecido como RFID, iniciais da expres-
são em inglês Radio Frequency Identifi-
cation.
“Trata-se da tecnologia de prevenção
de perdas que se tornou padrão no vare-
jo da Europa e dos Estados Unidos”, diz
Gabriel Fuhr, supervisor de marketing
da Checkpoint do Brasil, uma das gran-
Desativação das eti-
des fornecedoras de etiquetas inteligen- quetas inteligentes no
tes e de soluções de prevenção de perdas momento da compra
do país. Somado ao zelo contra o furto
no ponto-de-venda, o uso das smart tags a etiqueta é dotada de duas pequenas lâ-
pode agilizar processos de inventário no minas de metal, cobertas por um filme
centro de distribuição, facilitar o contro- de PVC, onde se aplica um falso código
le e a manutenção de estoque, proteger de barras”, resume Luciano Medeiros
produtos da contrafação e ainda permitir Raposo, gerente de etiquetagem na ori-
que itens extraviados durante processos gem da Plastrom Sensormatic, única for-
logísticos sejam rastreados. necedora de soluções de prevenção de
perdas que trabalha com etiquetas acus-
Opções tecnológicas to-magnéticas no Brasil. Neste sistema,
Porém, nos últimos anos, novas tecnolo- prossegue Raposo, os sensores antifurto
gias, além da RFID, têm surgido no mer- são acionados pela vibração das lâmi-
cado de etiquetas inteligentes para de- nas, ao passo que a impressão de um có-
sempenhar semelhantes funções. O prin- digo de barras inócuo tem por objetivo
cipal concorrente da rádio freqüência é o “confundir o ladrão”.
sistema acusto-magnético. “Neste caso, Além das diferenças tecnológicas, o

Exportação e novos jogadores


Há mais de um ano, a Torres, fornecedora nacional de didas para estes países, principalmente para proteção
etiquetas e soluções de automação comercial, vem ex- de CDs e equipamentos de informática. Utilizando a tec-
portando smart labels para Alemanha e Suíça. A empre- nologia RFID, as etiquetas da Torres têm como substra-
sa informa que mais de 120 000 etiquetas já foram ven- to filmes de poliéster. Segundo Douglas Miyazato, res-
ponsável técnico por RFID da Torres, o chip utilizado,
fornecido pela Sokymat, é de baixa freqüência. “A idéia
é oferecer smart labels criptográficos antipirataria a um
custo relativamente baixo”, diz Myazato.
A movimentação com vistas ao mercado externo de eti-
quetas inteligentes não é exclusividade da Torres. Em
contrapartida, a sueca Gateway aterrissou no Brasil no
início deste ano, trazendo na bagagem toda sua linha
de tecnologias magnéticas e de rádio freqüência para
combate às perdas. Com algumas lojas do Carrefour já
atendidas, a empresa garante oferecer soluções com-
pletas para instalação de sistemas antifurto em redes
varejistas. “Nosso portfólio inclui etiquetas rígidas, fle-
xíveis e estojos para proteção de multimídia, além de
antenas com design privilegiado”, descreve Luiz Sam-
bugaro, diretor de marketing da Gateway.

set 2002 • EMBALAGEMMARCA – 35


37segurança 11/09/02 18:04 Page 36

ônus da etiquetagem também parece ser sumidores de fato os produtos mais visa-
um ponto sensível na análise do merca- dos pelos ladrões, as vendas crescem
do brasileiro de smart tags. Por aqui, a sensivelmente”, acrescenta o executivo
adoção dessas etiquetas vem sendo feita da Checkpoint.
basicamente pelas redes varejistas, a
suas próprias expensas. Mas multipli-
cam-se ações com vistas a implementar
o conceito de source tagging, ou etique-
Disputa entre padrões
tagem na origem, isto é, diretamente na Hoje as grandes redes varejistas pos-
linha de produção do fabricante. Pro- suem diretorias específicas para lidar
gressivamente exigida pelo varejo, so- com prevenção de perdas. Além de se
bretudo para os produtos mais visados preocupar com a gatunagem, estas divi-
pelos gatunos, a etiquetagem na origem, sões são responsáveis pelo controle de
além de ratear o investimento entre fa- erros administrativos, de inadimplência
bricantes e varejistas, é defendida pela e até da data de validade de produtos
possibilidade de ampliar o espaço de perecíveis. Porém, a preocupação maior
exposição dos produtos nas gôndolas. é com o furto, que em alguns casos

“Lá fora o source tagging é uma rea- chega a representar 70% das perdas de
um supermercado.
lidade em praticamente toda a indústria
Conquanto venham ampliando a aten-
de bens de consumo e está presente em
ção para diminuir as perdas, os super-
muitos segmentos do varejo”, lembra o
mercados brasileiros ainda investem
supervisor de marketing da Checkpoint
pouco para inibir o furto no ponto-de-
do Brasil. Um exemplo observado por
venda. Segundo estudo feito pelo Pro-
Gabriel Fuhr é o das farmácias america-
grama de Administração de Varejo (Pro-
nas, que, muito antes de o Brasil se de-
var), da Fundação Instituto de Adminis-
parar com o drama dos remédios falsifi-
tração (FIA), da Universidade de São
cados, já recebiam os medicamentos em
Paulo, apenas 0,16% do faturamento
embalagens dotadas de etiquetas inteli-
das empresas varejistas brasileiras é
gentes. “Sem precisar esconder dos con-
destinado a medidas de controle de per-
das.
A mesma pesquisa mostra que as em-
MERCADO BRASILEIRO DE SISTEMAS presas brasileiras têm dado preferência
ANTIFURTO (SENSORES) à rádio freqüência na hora de optar por
um sistema de controle de processos
(ver gráfico). Mas de acordo com Lucia-
no Medeiros Raposo, gerente de etique-
tagem na origem da Plastrom Sensor-
matic, tal levantamento reflete o que
ocorre apenas em lojas de confecção.
FONTE: 2ª PESQUISA PROVAR/USP DE PREVENÇÃO DE PERDAS - 2001

“Nos supermercados a tecnologia acus-


to-magnética tem mais de 90% de parti-
cipação”, ele diz.

36 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


37segurança 11/09/02 18:04 Page 37

A ampliação dos negócios gerada


pela etiquetagem na origem também
pode ser justificada pela incomparável Etiquetas com
receptividade dos varejistas a produtos cirquitos integra-
já protegidos. Paralelamente, agiliza-se dos: múltiplas
funções
o processo de distribuição, à medida que
o período de espera nos depósitos das
lojas pela tecnologia de proteção é eli-
minado. Empunhando tais argumentos, a
Associação Brasileira de Supermerca-
dos (Abras) está coordenando um pro-
grama para incentivar o source tagging Checkpoint do Brasil redes como Wal-Mart e Pão de Açúcar
(11) 5013-2333
no Brasil. Denominada Núcleo de Eti- entre os adeptos do programa mostra que
www.checkpointsystems.com
quetagem na Origem (NEO), a iniciativa o campo de oportunidades para esse com-
foi feita em conjunto com a Plastrom Gateway plexo insumo tecnológico que é a smart
(11) 5561-2922
Sensormatic, que se tornou a única for- luizfernando@gateway-securi-
tag tende a se tornar cada vez mais fértil.
necedora de etiquetas inteligentes para ty.com.br Também fica visível que a embalagem se
os supermercados participantes. consolidou como um meio eficaz de su-
Plastrom Sensormatic
De acordo com o gerente de etiqueta- (11) 4166-4400 perar os efeitos colaterais do auto-servi-
gem na origem da Plastrom Sensormatic, www.plastrom.com.br ço, sem alterar o fato de que ela sempre
a tecnologia escolhida para fornecimento será uma das grandes beneficiárias do
Torres
do NEO é a Ultra Max, que opera com (11) 3346-6900 crescimento desse outrora revolucionário
sistema acusto-magnético. A presença de www.torres.ind.br modelo de vendas.
37perfil 11/09/02 19:06 Page 38

perfil

Fibra de gigante
Recém-sexagenária, Rigesa é referência no mercado de celulose

o seu rol de índices indecoro-

FOTOS: DIVULGAÇÃO
N sos, o Brasil permanece um
recordista em mortalidade
empresarial. É expressivo o
número de companhias que surgem para
rapidamente ir à bancarrota, ou simples-
mente expirar antes mesmo de ultrapassar
a chamada tenra idade. No lugar de novas
marcas, o que fica é a impressão de que,
tentando girar a roda produtiva,
muitos acabam se sentindo como
no dito popular: dando soco em
ponta de faca.
Diante desse prognóstico, é
natural o interesse por empresas Aos 60 anos, tvaco (hoje MeadWestvaco, em conseqüên-
que conseguiram formar frondo- produção cia da fusão anunciada no primeiro semes-
sas estruturas, gerando desenvol- verticalizada: tre desse ano, que resultou numa das maio-
do plantio à
vimento de fato sustentável. E embalagem
res empresas do mercado de celulose do
quando alguma dessas empresas mundo) garante que a convivência
se mantém há décadas entre as líderes de é harmoniosa. O namoro começou
um mercado-chave, a curiosidade é mais em 1952, quando a Westvaco, no
justificável. A Rigesa, que comemorou ses- auge do crescimento econômico do
senta anos em agosto último, é um desses pós-guerra, percebeu que os recur-
STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

nomes – e não apenas por sua longevidade, sos americanos em árvores conífe-
mas também porque se tornou uma prova ras eram limitados.
do potencial do Brasil no setor de papel,
papelão ondulado e papel cartão. Condições ideais
A fábrica de papel fundada por uma família
Casamento com liberdade de imigrantes escoceses passou a procurar
Batizada em função da sociedade anônima novas fontes de matérias-primas, sabendo
firmada entre as famílias Ribeiro e Gerin, a que o Brasil reunia condições ideais para o
Rigesa conta hoje com 48 000 hectares de cultivo de árvores de fibra longa. Além dos
terras cultivadas, e dezoito escritórios co- apenas dezoito anos necessários para um
merciais. Unida às suas oito fábricas, sua pinus estar próprio para extração (contra 30
base instalada, iniciada em Valinhos à épo- anos em regiões setentrionais), a Westvaco
ca em que essa cidade do interior paulista se empolgou com o Brasil graças a uma
era um distrito de 20 000 habitantes, cobre empresa que dispunha de bom equipamen-
todo o país. Mas a empresa nascida fami- to e pessoal disposto a aprender.
liar gosta de dizer que tantas conquistas se- Era a Rigesa, que a cúpula de diretores
riam inviáveis sem um casamento que, na da companhia americana decidiu imediata-
visão dos mais críticos, poderia ser mais mente comprar. Por 1 milhão de dólares, ou
um caso de perda de autonomia. 42 milhões de cruzeiros, na moeda
Mas quem acompanha a relação de brasileira da época, o negócio foi fechado.
décadas entre a Rigesa e a americana Wes- Uma das primeiras decisões foi manter a

38 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


37perfil 11/09/02 19:06 Page 39

força de trabalho. “O clima fraternal e de


coleguismo que havia sido formado foi se-
guido após a fusão com a Westvaco”, diz
Desirée Colucci Martini, gerente do depar-
tamento de relações públicas da Rigesa. A
tradição de empregar filhos de funcioná-
rios, observa ela, permanece até hoje. “O
giro é baixo, e quem vem fica conosco por
bastante tempo”, acrescenta Desirée, ela
mesma há 23 anos na Rigesa.
Com o capital humano indo bem, os
americanos se focaram na expansão fabril. Crescimento
Mas em meados dos anos 50, a celulose de centrado nas de relações públicas da Rigesa, lembrando
madeira tinha importância secundária na vantagens do que a empresa sempre investiu em equipa-
papelão ondulado
produção de papel. O que predominava era mentos próprios para impressão e acaba-
o capim-jaraguá, que em seguida começou mento de embalagens.
a ser substituído pelo bagaço de cana, Os recursos tecnológicos tornaram-se
abundante na região de Valinhos. vitais com o surgimento das novas fábri-
FICHA TÉCNICA cas. As primeiras fora
Apagando incêndios Fundação: agosto de 1942 do interior de São
A mudança, contudo, não trouxe alívio Participação*: segunda maior empresa de Paulo foram inaugu-
para um dos grandes problemas da Rigesa papelão ondulado do país (atrás da Klabin), radas no Sul do País,
à época: o fogo. Os pioneiros da celulose com 13,1% do mercado onde a Rigesa cen-
inflamavam com facilidade nos antigos de- Divisão florestal: criada em 1958, hoje conta trara sua produção de
com 48 000 hectares de terras cultivadas
pósitos abertos. Para minimizar o proble- madeira. Em 1974,
Produtos: papel, papelão ondulado e papel
ma, a Rigesa formou um corpo de bombei- nascia em Santa Cata-
cartão para embalagens
ros próprio, que acabou sendo adotado Sede corporativa: Campinas (SP)
rina a Fábrica de Pa-
pela cidade de Valinhos, por muitos anos Funcionários: mais de 2 000 pel de Três Barras.
desprovida de uma brigada pública. Fábricas: 8 Quatro anos mais tar-
“Quando havia algum incêndio, as pessoas Escritórios de vendas e representação: 18 de, era a vez da Fábri-
ligavam para a portaria da Rigesa”, lembra Aniversário: ao completar sessenta anos, ca de Embalagens de
a gerente da empresa. em 7 de agosto último, a empresa inaugurou Blumenau. Em 1984,
Com o avanço em torno da extração de o Centro de Memória Rigesa, em Valinhos a Rigesa fundou sua
celulose a partir da madeira, a Rigesa pas- (SP), e lançou livro comemorativo à data planta de produção de
sou a investir com mais força no plantio de * Fonte ABPO/2001 papelão ondulado em
árvores. Em 1958, inaugurou sua divisão Manaus, interessada no complexo indus-
florestal, que gerou auto-suficiência em pi- Rigesa
trial que crescia na capital amazonense.
nus. “A empresa sempre buscou verticali- (19) 3869-9330 A Rigesa buscou também expandir seu
zar seu processo produtivo”, diz a gerente www.rigesa.com.br escopo de negócios. Em 1996, com a
compra da Impressora Paranaense, veio a
entrada no mercado de papel cartão para
embalagens. Logo após, a Rigesa inaugu-
rou sua mais recente fábrica, em Pacajus
(CE), estendendo sua presença ao merca-
do nordestino.
Tanto crescimento levou a matriz ame-
ricana a ver a empresa de Valinhos com ca-
rinho especial. Em 2000, 3 milhões de dó-
lares foram investidos pela Westvaco Cor-
poration na fábrica paulista da empresa.
Nada excepcional para a unidade que foi o
No registro de 1974, um dos primeiros lotes da fábrica de Três Barras (SC)
germe da Rigesa atual.

set 2002 • EMBALAGEMMARCA – 39


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O papel Multiuso
da Suzano
Sintonizada com a tendência de qualidade superior que melhor visua-
registrada em todos os gran- sirva para imprimir, copiar, lização no
des mercados, onde os pa- escrever, recortar e colar”. ponto-de-
péis do segmento multiuso, Assim, o Dia a Dia possibili- venda, além de cores e de-
ou uso geral, exercem maior ta impressão, cópia, recor- sign modernos. “Muitas ve-
atração sobre os consumi- tes e escrita. O Mais Espes- zes o consumidor fica inse-
dores, na medida em que so garante maior qualidade guro na hora da comopra”,
dispensam a necessidade de para tais trabalhos, e o Co- diz Marta Vasconcelos, res-
escolher um tipo de papel lorido permite personaliza- ponsável pela divisão de
para cada finalidade, a Cia. ção e criatividade nas co- marketing da empresa.
Suzano de Papel e Celulose res verde, amarelo, rosa, “Nossa intenção é facili-
está lançando sua nova li- azul e salmão. tar a vida dele.”
nha de papéis Report Multiu- Pesquisa feita pela Suzano Além de inaugurar um novo
so, com os produtos indicou que o consumidor segmento de papel sulfite,
Papel do Dia a Dia, Pa- brasileiro tem dificuldade a linha Report Multiuso traz
pel Mais Espesso e Mul- para entender a diferença o selo “De olho
tiuso Colorido. entre as diversas terminolo- na Ecologia”,
A idéia é atender ao mes- gias de uso do papel sulfite para reforçar o
mo tempo as necessida- atual e suas aplicações, compromisso
des de trabalhos escola- como papel para laser ou da Suzano
res e profissionais, ofere- jato de tinta. Por isso a em- com o meio
cendo aos usuários, segun- balagem da linha vem com ambiente.
do a empresa, “um produto diferente identificação, para (11) 3037-9493

O papel para fax da VCP Como utilizar a tecnologia CtP


Líder no segmento de pela agência Forecast, A Abigraf acaba de lançar ção de tecnologias, uma
papéis para fax, o Ter- ela tem como proposta uma cartilha de esclareci- vez que a utilização do
mocopy HD da VCP ga- valorizar as característi- mento sobre processos CtP não elimina a etapa
que envolvem a tecnologia da pré-impressão e sim
nha maior visibilidade: a cas técnicas do produto
CtP (Computer to Plate), os filmes e a tarefa da
marca agora é apresen- e, ao mesmo tempo, tor-
processo gráfico que pro- gravação em fotolitos.
tada em nova embala- ná-lo mais atraente nos
porciona a gravação direta A Cartilha CtP aborda as
gem, que se pontos-de-venda. A do computador para a cha- dúvidas técnicas e de
transforma em nova embalagem desta- pa. O objetivo é proporcio- processos mais freqüen-
display quando ca a alta definição do nar ao mercado práticas tes sobre o novo sistema
aberta. Criada papel (daí HD, de high saudáveis de trabalho, por e será distribuída gratuita-
definition, ini- meio da normatização de mente ao mercado, na
ciais da expres- tarefas, reavaliação de versão impressa ou digi-
conceitos tecnológicos e tal. Em linguagem simples
são em inglês),
conscientização sobre e objetiva, detalha regras
suas dimensões
procedimentos do setor. A para envio de trabalhos
(30mm x
cartilha foi elaborada pelo em CtP e descreve deve-
216mm) e a ga- Grupo Empresarial Promo- res e direitos das gráficas
rantia da VCP cional - Ge-Prom, com me- diante dessa nova tecno-
de que a bobina didas que visam preservar logia.
tem 30 metros. a saúde financeira das em- (11) 5087-7777
(11) 3269-4028 presas na fase de transi- www.abigraf.org.br

40 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


37painel 11/09/02 20:33 Page 41

Abigraf adota novas logomarcas


Os logotipos da Abigraf – Asso-
ciação Brasileira da Indústria
Gráfica, do Sindigraf e da ABTG –
Associação Brasileira de Tecnolo-
gia Gráfica mudaram. Agora, a in-
tegração das três entidades fica
evidente pela padronização de
cores e estilos presentes em to-
das as novas marcas. O objetivo
foi promover imagens que fizes-
sem jus à vanguarda e ao engaja-
mento político do sistema, segun-
do os responsáveis pela comuni-
cação da Abigraf. Não foi infor-
mado quem realizou o trabalho.
(11) 5087-7777
www.abigraf.org.br

Agito na comunicação visual


Acontece entre os dias 16 e 19 de outubro, em São Pau-
lo, a 5ª edição da Visual Communication, evento que
reúne profissionais e fornecedores
do mercado de comunicação vi-
sual brasileiro. Entre os ex-
positores, a Agfa mostrará
softwares e equipamentos
que compõem suas mais
recentes linha de produtos.
Um dos destaques é a Xcalibur 45,
platesetter térmica, projetada para grava-
ção de alta qualidade, baseada no sistema Grating Light Valve (GLV). Outra
novidade da Agfa é a Palladio, CtP de tecnologia laser violeta, que atende
ao mercado de até meia folha, produzindo de 800 a 8 000 chapas por mês.
Em 6 meses foram vendidas 150 unidades deste equipamento.
Os organizadores da Visual Com-
munication esperam receber
13 000 visitantes
nesta edição do evento,
que acontece no Transa-
mérica Expo Center.
www.agfa.com.br
(11) 5188-6444
37makingof 11/09/02 18:15 Page 42

making of

Jogando por resultados


Redesign de embalagens moderniza linha de salgadinhos Iracema
recente trabalho de redesign Depois de adquirir a marca da Iracema

O gráfico das embalagens dos


salgadinhos para aperitivos
Iracema, marca-sinônimo de
castanha de caju, remete mais uma vez ao
Produtos Alimentícios, líder mundial no be-
neficiamento de castanha de caju, a Kraft
Foods incumbiu a DIL Consultores em De-
sign, de São Paulo, de revitalizar a marca e
rol dos grandes equívocos a história de que as embalagens dos produtos. A orientação
“não se mexe em time que está ganhando”. básica, conta Marina Sanchez, diretora de
Recolocada no mercado em julho último atendimento da agência, foi a busca de mo-
com apresentação totalmente reformulada, dernização e maior competitividade frente à
depois de trinta anos praticamente sem alte- concorrência, além da racionalização do nú-
rações, a linha de snacks da americana mero de itens (SKU’s) e dos tipos de emba-
Kraft Foods acaba de ganhar o Prêmio lagens dos snacks.
ABRE de Design de Embalagem na cate-
goria Redesign/Alimentos. Sem mexer nos equities
Porém, mais importante do que esse gol A DIL começou por submeter os layouts da
de placa, a Iracema parece ter jogo para primeira etapa do trabalho a uma pesquisa
sair-se bem no campo onde o que vale mes- qualitativa (focus groups) com consumido-
mo é o placar, isto é, o resultado de vendas, res habituais e também eventuais dos produ-
embora a empresa ainda considere cedo tos. Entre outros aspectos interessantes, fi-
para falar em números. O fato é que, em cou evidente um ponto do qual crescente
vez de jogar apenas para a torcida, pelo que número de empresas e profissionais vem se
se vê nas embalagens redesenhadas, a mar- conscientizando: a força da marca é um po-
ca está orientada a jogar com ela. Vale dizer deroso elemento de fidelização.
que as mudanças feitas no design respon- No caso específico, a pesquisa demons-
Família estendida,
dem ao que o consumidor esperava, segun- mas com equities trou que a marca Iracema é muito tradicio-
do indicações de pesquisas. preservados nal e extremamente valorizada, mas poucas
pessoas sabem que por trás dela exis-
tem outros produtos
além das Castanhas
de Caju. Por esse
motivo, conta Antônio
Muniz Simas, diretor
da DIL, os equities vi-
suais das embalagens –
isto é, aquelas
características
que tornam cada
marca inconfundí-
FOTOS: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

vel – foram preserva-


dos.
A logomarca Iracema
foi suavemente moderni-
zada. As letras ganharam
quase uma serifa e sombras
que proporcionam efeito de

42 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


37makingof 11/09/02 18:15 Page 43

exportadas, as latas, montadas na própria


fábrica, com chapas fornecidas já litografa-
das pela Litografia Valença (fotolitos da Se-
lectocor), ganharam dois painéis principais,
um em português e outro em inglês. Já nos
sachês, fornecidos pela Santa Rosa Embala-
gens, o painel traseiro foi explorado promo-
cionalmente, com a introdução de um texto
explicativo e padronização dos tipos de le-
tras. Foi incluído, ainda, um ícone de orien-
Latas são mon- tação para descarte.
volume. A passagem do fundo branco para tadas na própria
o azul na embalagem passou a ser “esfuma- fábrica da Iracema Eliminados ou modernizados
çada”, mediante um leve degradê, em lugar Alguns itens da linha foram eliminados
da linha reta anterior, muito brusca. Ao (como Nozes e Macadâmia) e outros ga-
Alberto Naddeo
mesmo tempo, a comunicação visual – que (11) 4191-4257 nharam novas apresentações. Foi o caso do
tinha uma linha para latas e outra para sa- Pistache, considerado na pesquisa como o
chês! – foi totalmente retrabalhada. DIL Consultores em Design item mais sofisticado depois da Castanha de
(11) 3086-2466
O fundo das embalagens ganhou um dilpackdesign@dil.com.br Caju: além do sachê de 100g, será comer-
tom de azul mais intenso, que é mais sofis- cializado também em lata de 150g. Por sua
ticado, e os sachês receberam uma textura Estúdio Gráfico Selectocor vez, o Mix de Amêndoas passou para a lata
(21) 2240-0731
de dois tons de azul no fundo, com efeito www.selectocor.hpg.com.br de 200g, e a lata anterior (de 250g) foi eli-
metalizado, não explorado nas embalagens minada. Também foi criada uma versão de
Litografia Valença
anteriores. As fotos, de autoria de Amir 30g para as Castanhas de Caju, um sachê
(21) 2597-1652
Campos, do Studio A, receberam atenção valencadiretoria@uol.com.br para lojas de conveniência e pequeno vare-
especial, para despertar o appetite appeal e valenca.quali@ig.com.br jo, com base na expectativa de que a porção
mostrar o produto pronto para ser consumi- Santa Rosa Embalagens
menor e o desembolso baixo estimularão a
do. Para dar realce, foi mantido o calço de (11) 3621-4000 / 3772-0242 experimentação.
branco para os cromos. vendas@santarosaembala- Como atestado de qualidade, foi criado
gens.com.br
A pesquisa mostrou também que prati- um selo para aplicar nas Castanhas de Caju
camente ninguém conhecia as extensões de Studio A (“tipo exportação”). Esse mesmo selo foi
linha da Iracema. Por isso foi estabelecida (11) 5511-4855 aplicado no Mix de Amêndoas, com o tex-
uma codificação de sabores. Os designers to “seleção especial”. Já no Pistache, foi
da DIL criaram, abaixo da logomarca, uma aplicado o selo do exportador da Califórnia
área que muda de cor conforme o produto. (“California Pistachios”).
Sachês da Santa
A fim de diferenciá-los e reforçar sua ori-
Rosa: estrutura
gem nobre, essa área passou a contar com mantida
uma família específica de letras e
pequenas vinhetas (ilustrações hi-
per-realistas, do ilustrador Alberto
Naddeo). Assim, segundo Muniz, “o
consumidor identifica claramente
cada sabor, sem confundi-los”. Uma
curiosidade: o desenho do caju mostra
a fruta com a castanha virada para
baixo, como cresce na natureza e ra-
ramente é retratada em embalagens e
materiais promocionais.
As estruturas das embalagens, isto é,
as latas com tampa easy open e sobretam-
pa plástica, e os sachês de filmes lamina-
dos, foram preservadas. Como também são

set 2002 • EMBALAGEMMARCA – 43


37panorama 11/09/02 18:49 Page 44

Papelão cresce
Após retração de vendas em ju-
nho, o setor de papelão ondulado
registrou em julho vendas de
147,1 mil toneladas, um incre-
mento de 2,9% em relação ao
mesmo período de 2001. Os dados
são da Associação Brasileira do
Papelão Ondulado (ABPO).

Fibra nova
Fernando Silveira Filho, ex-diretor
da Mead Embalagens, assumiu a
presidência da Hartmann-Mapol Cilíndricas com maior destaque
do Brasil e da Hartmann-PPM Ar-
gentina, subsidiárias do grupo di-
Uma interessante ferramenta de design adesivo resselável na extremidade, para
namarquês Hartmann, um dos três
chega para as embalagens pequenas e que o consumidor possa abrir o rótulo
maiores fabricantes de embala-
de formato cilíndrico: o Form-a-Label Es- quantas vezes quiser. A parte sem adesi-
gens de fibra (polpa) moldada no
tendido, da Novelprint, solução auto- vo permite impressão na frente e no ver-
mundo e líder nacional no seg-
adesiva capaz de revestir frascos em so. Segundo a Novelprint, a solução é
mento de embalagens para ovos.
todo o seu perímetro, permitindo a inclu- indicada para embalagens sem espaço
são de informações adicionais sobre o suficiente para divulgar informações ao
Diversificação
produto em toda a sua extensão. A área consumidor, como as que não utilizam
A SPP Nemo, divisão da Suzano
da etiqueta que entra em contato com a cartucho, e pode ser confeccionada em
que distribui papéis de diferentes
embalagem possui um adesivo perma- material plástico ou papel.
marcas nacionais e importadas,
nente, enquanto sua extensão recebe (11) 3768-4111 • www.novelprint.com.br
está comercializando também
tintas e chapas para impressão. Tampografia compacta
Maiores informações podem A Wutzl está lançando a mini-impressora tampográfica
ser conseguidas em manual Smart Print, que permite o uso de diversas me-
www.sppnemo.com.br. didas de clichês para decoração de peças planas ou
curvas e de superfícies irregulares. Com operação leve
Queda de consumo... e simples e rápida desmontagem para troca de cores, é
O consumo de resinas termoplás- fabricada com guias rolamentadas, eixos temperados e
ticas caiu 5,2% no primeiro se- pintura em epóxi. Há uma mesa opcional para a forma-
mestre, segundo o Sindicato da ção de conjuntos multicores (até oito cores) e o trabalho
Indústria de Resinas Sintéticas no é com clichê padrão de 80x80mm, imprimindo áreas
Estado de São Paulo (Siresp). Jean úteis de 50x50mm ou 50x90mm.
Daniel Peter, presidente da enti- (11) 603-4233 • www.wutzl.com.br
dade, atribui a queda à retração
geral do mercado. Os fabricantes
nacionais também perderam mer-
Armazenador híbrido
Indústria de transformação plástica com forte atua-
cado para os estrangeiros, princi-
ção no mercado de embalagens, a Unipac lançou
palmente os argentinos.
uma nova solução para transporte e armazenamento
de cargas: o contêiner Aramóbil, que mistura mate-
...puxada pelo PE rial plástico e aramado. Segundo os executivos da
A queda no mercado foi puxada empresa, além de facilidade de embarque, movimen-
pelo encolhimento dos negócios tação e carregamento, o produto permite a visualiza-
com o polietileno, que represen- ção de todo o conteúdo, característica que o torna
tam metade da produção total de ideal para supermercados e auto-serviços. O lança-
resinas. Por outro lado, a produ- mento, que marca a entrada da Unipac no mercado
ção e as vendas de polipropileno e de contêineres aramados, ocorreu durante a Movimat
PVC aumentaram no período. 2002. (11) 4166-4260 • www.unipac.com.br

44 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


37panorama 11/09/02 18:49 Page 45

Para evitar maiores problemas…


Embora ainda não tenha sido de mudança de nome foi mesmo
oficializada, está cada vez mais imediata. Em anúncios veicula-
certa a mudança de nome da dos em revistas americanas, uma
maior fabricante de cigarros do ONG denominada Campanha
mundo, a Philip Morris. A dona Crianças Livres do Tabaco diz,
da marca Marlboro, que sozinha sobre a nova identidade da em-
traga 40% do mercado america- presa, que “não importa com
no de tabaco, pode passar a se que freqüência uma cobra muda
chamar Altria. Para antibagistas, a sua pele; ela ainda é uma co-
a nova chancela, bra”. Até 2007,
pauta cada vez analistas esti-
mais freqüente mam que, a
de reuniões do despeito de
comando acio- campanhas con-
nário da empre- tra o cigarro, os
sa, não passa de um truque para lucros da Philip Morris cresce-
reverter os danos de imagem rão 7% nos Estados Unidos, e
que a Philip Morris vem sofren- 12% no resto do mundo. Vale
do por conta das progressivas lembrar que a empresa atua com
restrições ao hábito de fumar. A quatro divisões de negócios,
polêmica causada pela intenção além de cigarro.

B+C e Sunnyvale Selo higiênico rende


fecham parceria prêmio à Krones
A Sunnyvale, representante exclusi- A Taxomatic, rotuladora para aplicação
va de equipamentos industriais como de selos higiênicos em latas de bebidas,
as codificadoras Domino, os detecto- valeu à subsidiária brasileira da Krones
res de metais Loma e as embalado- o prêmio de tecnologia inovadora no 2º
ras a vácuo Webomatic, entre ou- TecnoBebida Award, prêmio que ocor-
tros, acaba de fechar parceria com a reu paralelamente ao evento, em São
Bauch & Campos, a maior fabricante Paulo. Fabricada no Brasil, a máquina
nacional de rotuladoras e etiquetado- custa cerca de 600 000 reais. Além
ras. A parceria engloba a comerciali- dos selos, a higiene é gerada pela apli-
zação de toda a linha da Bauch & cação de raios ultravioletas, que são
Campos, que inclui, além dess es lançados sobre o bocal das embala-
produtos, aplicadoras de etiquetas e gens. Só depois são aplicados os invó-
seladoras de cartuchos, entre outros. lucros de alumínio, que, segundo a em-
Os produtos Bauch & Campos – presa, protegem contra a ação de mi-
Sunnyvale irão para o mercado com croorganismos. A máquina tem capaci-
a marca Sunnyvale, e terão a mes- dade para lacrar até 60 000 latas por
ma tecnologia reconhecida da Bauch hora.
& Campos. Terão também, além da (11) 4075-9500 • www.krones.com.br
assistência técnica Bauch, a assis-
tência técnica e distribuição da
Sunnyvale em todo o país.
(11) 3048-0121
sunnybr@sunnyvale.com.br
37display 11/09/02 20:00 Page 46

Perfex ganha versão limão


Acostumada aos já tradi-
cionais Perfex rosa e azul,
a dona de casa poderá
contar a partir de outubro
com mais um item na linha
de panos de limpeza da
Johnson & Johnson. Tra-
ta-se do Perfex Limão.
O novo Perfex tem aroma
de limão, que, de acordo

Pfizer adota solução booklet com o fabricante, é con-


servado por até cinco la-
A Divisão Saúde Animal até oito páginas. O Booklet vagens. Para diferenciar o pano possa ser utilizado
dos laboratórios Pfizer é o é uma versão mais sofisti- novo produto dos outros normalmente sem que o
primeiro cliente da Novel- cada do rótulo-bula. Con- da marca, o limão ganhou mau cheiro, proveniente
print a utilizar o rótulo feccionados em material destaque na embalagem, do uso prolongado do
auto-adesivo Booklet nas plástico e papel couché, os onde as cores verde e produto, possa incomo-
embalagens do medica- Booklets possuem a parte amarela serão predomi- dar a dona de casa. A fra-
mento antibacteriano Ter- frontal em BOPP para pro- nantes. grância do Perfex Limão
ramicina. Trata-se de uma teger do manuseio, além O objetivo da Johnson & se limita ao pano e não
solução em forma de livre- de um flap (aba) especial Johnson com este lança- deixa o cheiro nas super-
te, com capacidade para para facilitar a abertura. mento é fazer com que o fícies em que é usado.

BEL EM SACO DE FUNDO CHATO


Sediada em Marília (SP), a desenvolvimento, tem a van-
Bel Chocolates renovou as tagem de poder ficar expos-
embalagens de sua linha ta em pé no ponto-de-ven-
de bombons, lançando da, ganhando destaque. Os
mão de um inovador bag bags, confeccionados pela
de fundo chato. De acordo Shellmar, trazem 81g dos
com a empresa, a nova bombons de maior sucesso
embalagem, cujo design foi da empresa, entre eles o
criado pelos departamentos Moranguete, o Yogurt e o
de marketing e pesquisa e Leite Condensado.

Alta tecnologia nas embalagens dos novos Dove


A linha de xampus e condicionadores Dove, da Unilever,
que está chegando ao mercado, traz em suas embalagens
os rótulos auto-adesivos da Prodesmaq que empregam vá-
rios processos de impressão combinados, como offset, seri-
grafia e hot stamping. Segundo a Prodesmaq, a intenção da
Unilever com o esmero gráfico é estimular o uso dos novos
produtos, aproveitando que a marca Dove é reconhecida
pelos consumidores por sua propriedade de hidratação da
pele. A Prodesmaq fornece os rótulos para as quatro ver-
sões do produto – cabelos normais, secos, mistos e tingidos.
Outra novidade é o desenvolvimento de mini rótulos para
decoração das embalagens utilizadas nas ações de lança-
mento do produto. Os frascos da linha são da Sinimplast.

46 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


modulos 11/09/02 20:05 Page 1

Visão em profundidade
Informação atualizada sobre os principais acontecimentos, tendências e novidades
na cadeia de embalagem – do fornecedor ao usuário final.
Enfoque do ponto-de-vista das empresas e dos profissionais do ramo.
www.embalagemmarca.com.br

Uma publicação da
B LOCO DE C OMUNICAÇÃO
Rua Arcílio Martins, 53
São Paulo, SP • CEP 04718-040
Telefone: (11) 5181-6533
Fax: (11) 5182-9463

Entre em contato com o nosso departamento comercial por telefone ou pelo e-mail: comercial@embalagemmarca.com.br
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Crescendo em home care Novidades da Domecq


A Allied Domecq está lançando
Apresentando bons resultados no nas ilustrações. De propriedade da fa-
duas novas bebidas, o Domecq
mercado de lã de aço, onde já conta mília Alves de Queiroz (ex-Arisco), a
Guaraná e a vodca premium Kro-
com 12% de participação, a marca Prátika privilegiou os aspectos logísti-
nia. O lançamento do Domecq
Assolan, da Prátika Industrial, vem cos na escolha do convertedor. A for-
Guaraná faz parte da estratégia
sendo vista em novos produtos, numa necedora em questão, a Poligel Em-
de aumentar o consumo de
clara iniciativa da empresa de am- balagens, fica em Goiânia (GO), pró-
conhaques no Brasil, iniciada
pliar seu portfólio no movimentado ximo à planta dos produtos Assolan.
no início deste ano, com o
mercado de home care. O mais re-
lançamento de Domecq Li-
cente lançamento é a linha de espon-
mão. As bebidas, flavorizadas
jas Limpa Tudo. Plásticas e flexíveis,
e com graduação alcoólica
as embalagens do produto foram
mais baixa (30o), visam atingir
projetadas pela agência MNDesign,
um público mais jovem e de
que se preocupou em manter os equi-
alto poder aquisitivo, segundo
ties da marca Assolan na logotipia e
Bruno Zolotar, gerente de pro-
dutos da companhia. Ademais, são
ideais para serem consumidas com
gelo e em drinques. A empresa espe-
ra vender 120 000 garrafas do produ-
to em um ano.
Já o segundo lançamento da em-
presa, a vodca Kronia, pretende
abocanhar uma fatia do mercado
premium de vodcas nacionais.
Duas em uma com mais segurança “A Kronia tem o mesmo pa-
Pensando no mercado de varejo, a ções técnicas sobre o produto. A drão de qualidade das melho-
Sylvania Iluminação criou embala- expectativa da empresa é aumentar res vodcas nacionais com uma
gens de design moderno e explica- as vendas em 10%. proposta de embalagem que
tivo para lâmpadas fluorescentes, A nova embalagem propicia mais inova, seguindo a tendência
que permitem ao consumidor levar segurança para o produto, com das vodcas internacionais lan-
duas unidades em um mesmo car- proteção para os pinos das lâmpa- çadas recentemente”, diz Zolo-
tucho. As informações das novas das. Inicialmente, as lâmpadas que tar. As garrafas de ambos os
embalagens estão mais ricas, com receberão as embalagens são da li- produtos são da Santa Marina.
orientações de uso e mais informa- nhas “Fluorescente” e “Designer”. Os rótulos, da Prodesmaq.

ADVANCED NUTRITION RELANÇA FIBROCRAC EM EMBALAGENS MENORES


Lançada em 1989 e pio- cional – o novo Fibrocrac é lhor arrumadas nos pontos- classic diet e coco diet) foi
neira no segmento de pro- apresentado em embala- de-venda. As embalagens escolhida uma cor distinta.
dutos ricos em fibras, a li- gens modernas e de visual possuem quatro sachês As embalagens foram cri-
nha de biscoitos Fibrocrac mais atrativo. Menores, as com seis biscoitos, e para adas pela designer Clarisse
está de cara nova. Relan- novas caixas podem ser cada um dos sete sabores Tarran e são fabricadas em
çado pela Advanced Nutri- manuseadas com facilida- (aveia, aveia diet, chocola- papel cartão pela Gráfica
tion – empresa 100% na- de pelo consumidor e me- te, chocolate diet, classic, Tupi, de Petrópolis (RJ).

48 – EMBALAGEMMARCA • set 2002


37almanaque 11/09/02 16:01 Page 1

Almanaque
Das quadras para os balcões
Robert Falkenburg, tenista americano que conquistou o Torneio de Wim-
bledon em 1948, não dedicou sua vida apenas às raquetes. Após deixar as
quadras, Bob, como era conhecido, criou a cadeia de lanchonetes Bob’s,
que este ano está completando meio século de vida. Para marcar a data, a
empresa, que apesar das nacionalidades de seu fundador e de seu atual presiden-
te, o holandês Peter Van Voorst Vader, é brasileira, reformulou sua identidade vi-
sual. Todas as 250 lojas da rede, inclusive a única internacional, em Lisboa,
Portugal, estão recebendo nova logomarca.

Adeus ao abridor de bolso A “nonna” das


As primeiras cervejas em lata, surgidas nos embalagens
anos 50, não causaram entusiasmo. Talvez a marca mais reco-
Motivo: era preciso ter sempre à nhecida mundialmente quando
mão um abridor para poder usu- o assunto é massa alimentí-
fruir a bebida. O problema foi cia, a italiana Barilla os-
resolvido em 1962, quando a tenta o título de primeira
Alcoa mostrou à companhia empresa a adotar embalagens
americana Iron City Brewery para toda uma linha de mas-
sua invenção, o hoje popular sas, em 1955. Até então,
sistema pull-top, para abrir costumava-se vender o produ-
latas com a ajuda de anéis. A to a granel. O criador da
diferença do sistema original identidade da marca e de um
para o atual era que, após a abertu- de seus principais patrimô-
ra, o anel se desprendia da lata, tendo nios – as embalagens de pa-
que ser dispensado separadamente. Com a pel cartão – foi o publici-
posterior invenção da lata snap-top, esse in- tário Erberto Carboni. As
cômodo também acabou, assim como dimi- caixinhas azuis foram prota-
nuíram as falcatruas que eram feitas com a gonistas, a partir de en-
peça solta, como o seu uso para quebrar par- tão, de várias campanhas de
químetros. marketing da empresa.

A força ancestral dos “elixires da longa vida”


No final do século XIX, com a medicina ainda
engatinhando, os “tônicos medicinais” faziam
grande sucesso, principalmente nos Estados
Unidos. As fórmulas não variavam muito: eram
misturas de ervas e álcool. O que mudava mes-
mo era a cor e a forma da embalagem, sempre
de vidro. Confirmando o axioma mercadológico
de que a embalagem é um poderoso instrumen-
to de venda e de fortalecimento de imagem,
cada fabricante dos “tônicos que curam tudo”
procurava fazer com que seus recipientes cha-
massem mais a atenção do que o dos concor-
rentes, como mostra a foto de frascos norte-
americanos centenários.

50 – EMBALAGEMMARCA • set 2002

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